Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 139
Capítulo 139




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Como combinado, e já depois de muita espera devido ao atraso da chegada a Londres do rapaz, Caroline e o "gémeo" de Harry estavam no parque à espera de Derek. Aquilo tinha de parecer real, por isso escolheram o parque para a "sessão fotográfica".

Derek sentia-se mal por fazer aquilo, mas não tinha outro remédio, precisava do dinheiro para voltar para casa, pedir ajuda a Dylan estava fora de questão.

- Bem... Parecemos mesmo eu e o verdadeiro Harry! - Comentou Caroline ao ver as fotos - Quero isto ainda hoje revelado. Amanhã quero mandar-lhe as fotos. Entendido?

- Passa por minha casa de manhã, então.

Assim, na manhã seguinte, a ex obcecada de Harry tinha as fotos nas suas mãos. Sentia-se orgulhosa. As fotografias estavam num envelope. Teria de as pôr no cacifo de Gina, apesar de ter pensado pô-las na caixa do correio, porém assim não haveria escandalo na universidade que era o que ela queria.

-x-x-x-

Nessa madrugada, por volta das três da manhã, Zayn é acordado pelo toque do seu telemóvel. Sylvia estava a ir para o hospital. O parto tinha-se adiantado. Teria de ser só dali a umas semanas, mas a criança não quis esperar. Ele sentia um turbilhão de sensações. Feliz, mas triste, preocupado, culpado, receoso… Não estava de todo preparado para aquilo. Atordoado pelo sono e apressado, tropeçou, fez o candeeiro cair no chão, bateu com o dedo do pé na perna da cama e, assim, acordou todos os outros.

- A Sylvia vai ter o bebé, agora. – Respondeu ele às perguntas do que se passava.

- Tu vais ser pai, Zayn! – Alerta-o Liam. – Parabéns, meu!

Zayn olhou para ele com um sorriso apagado.

- Era motivo para ficares muito mais feliz… digo eu. – Repara Niall.

- Niall… - Chama-o à atenção Louis, tentando-o relembrar de toda a complicação da situação.

- Precisas que alguém vá contigo? – Predispõe-se Harry ao ver o amigo já pronto para sair.

- Não, não. Obrigado. Amanhã vocês têm aulas.

- Mantem-nos informados! – Pede Liam.

O muçulmano já não respondeu e saiu meio desorientado do quarto.

No caminho, enquanto conduzia, a sua cabeça dava uma volta por tudo o que tinha vivido, por tudo o que sonhara para o futuro, e naquilo que significava aquele dia para ele. A partir dali, nada seria o mesmo. Sabia que até ali tudo tinha sido difícil para Sofia, mas agora, enfrentar a realidade, era ainda pior. Porém, era melhor que ela soubesse por ele e naquele preciso momento. Mesmo não sendo hora decente para lhe ligar, assim o fez.

- ‘Tou… - Atendeu ela com voz de sono.

- Desculpa amor…

- Zayn… Já estava a dormir, fofo… Que horas são?

- Três e meia. Desculpa acordar-te.

- Passou-se alguma coisa? – Perguntou ela um pouco mais desperta, notando alguma tensão na voz dele.

- A Sylvia está a caminho do hospital… O bebé vai nascer.

Do outro lado Sofia fez silêncio. Há algum tempo que se andava a preparar para aquele momento, mas ainda assim era complicado. Só que sabia que tinha de o apoiar. Não podia fazê-lo sentir-se pior do que ele estava a sentir-se, porque ela sabia que ele não estava propriamente contente com aquilo.

- Isso é motivo para estares feliz. Vais ser pai!

- Tu sabes que não é bem assim.

- Então Zayn? Temos falado imenso nisso e tu já estavas mentalizado. A qualquer momento chegaria “o momento”.

Ela não obteve resposta.

- Para que hospital ela vai? – Questionou a portuguesa.

- Cygnet Hospital Harrow…

- Eu vou ter contigo.

- Não! Nem penses! Amanhã tens aulas ainda por cima!

- E achas que te vou deixar sozinho num momnto destes? É o nascimento da tua filha, Zayn. Eu quero estar contigo.

- Mesmo assim. Amanhã tens aulas e eu não te quero prejudicar.

- Está bem… Olha, eu apareço lá. Vá beijinho. Amo-te. Até já.

Ela desligou a chamada e respirou fundo. Não estava feliz com aquilo e sentia-se mesmo estúpida por estar com ciúmes de uma criança que ainda nem ao mundo tinha vindo, mas essa era a realidade. Não podia negar que tudo o que queria era vir a saber que aquela criança não era filha dele. Sentia-se egoísta. De qualquer forma estava preparada para tudo.

À chegada ao hospital, Sofia logo viu Zayn na sala de espera. Beijou-o e perguntou-lhe por novidades. O rapaz estava inquieto, nervoso. Não tinha tido notícias até ao momento.

- Tem calma Zayn, vai correr tudo bem. – Tentava ela acalmá-lo.

- Como queres que tenha calma? É muita coisa a passar na minha cabeça…

- Pois… É um filho… - Concordou ela, sem conseguir disfaçar o seu abatimento no tom de voz.

Ele olhou para ela.

- Nada há-de mudar entre nós. Vai ser um bocadinho diferente dos planos que tinhamos, mas o que nunca vai mudar é o que eu sinto por ti. 

Só aquela frase despertou-lhe um sorriso. Era tudo o que necessitava ouvir. Abraçou-o e manteve-se depois com a cabeça no ombro dele. Sentia a respiração dele acelerada. A cada minuto parecia mais ansioso.

- Preciso de ir fumar. Mas tenho medo que venham dizer alguma coisa enquanto eu esteja lá fora.

- Porque não perguntas informações? Ela já está lá dentro há muito tempo…

O namorado seguiu o conselho. Dirigiu-se à receção e perguntou por novidades. Lá nada sabiam. Voltou ao lugar e um médico apareceu.

- Senhor Zayn? – Chamou o médico, procurando resposta entre as pessoas que estavam na sala.

- Sou eu. Já há novidades senhor doutor?

- Antes de mais, parabéns. Tem uma linda menina.

Ele sorriu para Sofia, que lhe respondeu da mesma forma.

- Então já nasceu… Está tudo bem com ela?

- Pois. Eu preciso que me acompanhe. Venha, pelo caminho explico-lhe.

O parto de Sylvia fora muito complicado. Ela tinha perdido imenso sangue e os médicos tentaram fazer tudo para salvar ambas as vidas. Por fim, a menina chegava ao mundo. Com ela tudo estava bem. Precisava de uns diazinhos no hospital, mas não tinha risco de vida. Já com Sylvia, o mesmo não se passara. A perda de sangue tinha sido demasiada e estava realmente muito fraca. Os médicos continuavam a tentar tudo para a salvar, mas estavam a perder as esperanças. Pelo sim, pelo não, quiseram atender ao pedido dela. Ao longo de todo o parto ela pedia, como persentindo o pior, para que lhe deixassem falar com o pai da bebé quando ele chegasse. Sabia que ele estava a caminho do hospital e sentia que algo de mal lhe ia acontecer. Havia algo que tinha de lhe dizer. Por isso chamaram-no. Ele entrou na sala onde ela estava deitada naquela maca, com sangue por todo o lado, viu-a branca como papel, soada, velha de tanto esforço que fizera. Aproximou-se. As lágrimas inundavam-lhe os olhos, não só por aquilo a que assistia ali, mas pelo que o médico já lhe tinha dito. Sabia que a rapariga não ia aguentar. Era uma situação triste e ao mesmo tempo deixava-o assustado porque teria de tomar o papel de pai muito mais a sério do que ele imaginara.

- Zayn…

- Tu vais ficar bem…

- Shh… Ouve-me. Eu gostava que a menina… se chama-se Jane… Por favor.

- Tu vais estar aqui para dar o nome que quiseres à tua filha.

- Por favor… Eu preciso… Desculpa.

A rapariga começou num choro soluçado. Ele já não entendia nada do que ela lhe queria dizer.

- Eu só queria o melhor… para o bebé. Desculpa, desculpa.

- Do que estás tu a falar?

- Não queria… Eu não queria estragar a tua vida. Eu esperei, mas não tive outra solução...

- Mas Sylvia…

- Ela não é… Ela não é… 

Ele não estava a entender nada. O choro era cada vez mais intenso e os batimentos cardiacos iam-se escasseando. Os médicos afastaram-no, não os deixando concluir a conversa e começaram com o trabalho de reanimação com choques. O muçulmano sentia-se numa cena retirada de um filme. Não sabia o que pensar, o que dizer, como reagir. Observava tudo apático. Por fim um apito agudo, intenso e contínuo saía de uma das máquinas a que a rapariga estava ligada e a movimentação apressada dos médicos cessava. Sabia o que aquilo significava. No mesmo instante desatou a chorar como havia anos que não chorava. Foi como se naquele momento despertasse e reagisse a tudo o que tinha assistido ali, até ao momento. Sentia-se perdido, desesperado e não sabia muito bem a razão. Talvez o ambiente envolvente o fizesse sentir dessa forma. Ele próprio não compreendia o porquê do choro, daquele sentimento.

Uma enfermeira acompanhou-o para fora dali e foi bastante simpática a tentar acalmá-lo. Um copo de água e uma troca de palavras deixaram-no melhor. Queria agora falar com Sofia. Devia estar preocupada e farta de estar à espera sozinha, por isso foi ter com ela.


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Notas finais do capítulo

Como vão agora começar os testes, o próximo capítulo será publicado sexta-feira ou sábado :)
Ah! E deixem-nos a vossa opinião sobre o que acharam do capítulo e sobre o que acham que vai acontecer nos próximos com o Zayn e com a Gina e o Harry.
Beijinhos ♥



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