O Medalhão escrita por Tina Granger


Capítulo 11
Capítulo 11




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O assobio continuo fez que a garota, parasse de chutar o saco de areia. Jogando a mecha que se desprendera da longa trança e grudara no cabelo, ela virou o corpo para encarar o sorriso do Hyuuga que estava na janela.

– Ohayo, Cho.

– Ohayo Yasuo. Aconteceu alguma coisa?

– Voce quer ajuda no treinamento? – ele pediu, olhando ao redor.

– Por que voce acha que eu preciso ajuda no treinamento? – Cho pediu, sentindo o coração disparar.

– Por que se voce terminar o seu treinamento mais cedo, pode me ajudar a comprar uma coisa.

Embora o tom que ele usava fosse normal, ela corou com a intensidade do olhar dele.

– E o que voce tem que comprar, Yasuo, que quer a minha ajuda?

O moreno olhou em volta, como se procurasse por alguém.

– Eu quero comprar... – ele pulou para dentro do pequeno dojo, indo murmurar o que queria comprar no ouvido de Cho. A morena arregalou os olhos, dando um passo para trás.

– O QUE? – ela berrou, sem acreditar no que ouvia.

– Voce me ajuda? – o sorriso inocente dele, não foi suficiente para evitar que a garota desse um belo soco no rosto dele.

O medalhão

O medalhão

Yasuo estava sentado em um banco da praça central, com a mão no olho direito. Ele pensava no quão difícil ia ser para ele comprar... aquilo que ele precisava comprar... quando um homem usando uma máscara que tampava metade do rosto aproximou-se dele.

– Ei, Yasuo. Andou brigando com a maçaneta da porta?

Ante o olhar enfezado do Hyuuga, o filho de Kakashi Hatake sorriu, embaixo da mascara.

– Se voce não bateu com o olho na maçaneta da porta... andou brigando com quem?

O Hyuuga cruzou os braços.

– Eu não briguei. Eu apanhei. É diferente.

– E quem foi a criatura que bateu em voce? Voce revidou, não foi?

– É claro que não! Em menina não se bate!

– Qual foi a menina que bateu em voce? – Sem o menor vergonha, Haijame Hatake sentou-se ao lado do Hyuuga, que bufou.

– A Cho.

– A Cho? A filha do senhor Lee?

Yasuo bufou.

– Eu pedi para ela me ajudar a comprar uma coisa e...

– Que coisa que voce pediu ajuda para comprar...

Quando Haijame colocou a mão no ombro de Yasuo, o moreno deu um salto.

– A imouto-chan disse que eu não podia falar com você! Eu esqueci disso!

– Agora é oficial! A sua imouto-chan, Tomoyo é maluca! – Haijame levantou-se e colocou a mão no ombro de Yasuo. – Escute bem, Yasuo. Eu não sei o que ela pensa que eu fiz, mas eu sei que eu não fiz nada para a sua irmã ficar brava comigo!

– Ela viu voce beijando a Sasame.

Haijame ficou alguns segundos paralisado, antes de respirar fundo.

– Eu vou lhe explicar o que aconteceu. Eu estava falando com a Sasame, a bruxa percebeu que a sua irmã estava vindo... e foi ela que me beijou.

Yasuo estreitou os olhos, encarando o Hatake com firmeza.

– Voce não está mentindo para mim, não é?

– Yasuo, quando eu menti para voce? Lembra que quando eu te emprestei aquelas revistinhas, eu disse que se alguém pegasse voce lendo elas, voce ia ficar encrencado? E quando a sua haha pegou voce lendo...

– Eu fiquei de castigo um mês. – Yasuo bufou, lembrando. Sua haha geralmente era a pessoa mais paciente do mundo, mas, quando ela o pegara lendo revistas de mangá, sem ele ter feito as tarefas da academia...

– Então. Somos amigos ou não somos?

– Hai, hai... – Haijame assentiu.

– E amigos ajudam um ao outro! Eu ajudo voce a comprar o que voce quer comprar e depois, voce me ajuda a conversar com a Tomoyo.... o que voce acha?

– Acho que a minha imouto-chan vai ficar muito brava... Mas voce me ajuda e daí eu ajudo você!

O medalhão

Hanabi estava separando alguns documentos, quando seu pai entrou no escritório.

– Sabe onde seu filho está?

– Ele não foi treinar com o senhor?

Hiashi respirou fundo.

– Ele disse que ia buscar alguma coisa para você, quando percebi, ele havia desaparecido.

– Yasuo está aprontando alguma coisa. – a líder dos Hyuuga suspirou. – Eu não preciso nem pensar muito para saber disso.

– A questão é o que tipo de problemas esse garoto esta metido.

– Yasuo é um bom menino. Provavelmente, é alguma coisa relacionada a Cho. – um meio sorriso estava no rosto de Hanabi, quando ela voltou a examinar os documentos que tinha a separar.

– Se Yasuo tivesse nascido normal, provavelmente teria transformado Rock Lee em sofu. – Hiashi falou, pensando na jovem que era a melhor amiga de Tomoyo, juntamente com Mariko Uchiha.

– Não é minha culpa que Yasuo não seja normal. – Hanabi deixou escapar. A vinte e cinco anos, ela sentia-se culpada. Fora quase inacreditável que ela decidisse que no segundo casamento, ela se aventurasse a ter mais filhos, depois que Yasuo nascera deficiente.

– Não estou lhe culpando, Hanabi. Mas esses sumiços de seu filho...

– A partir de amanha, eu já determinei que Kenji, Gohan, Susumu e Toyo passem a vigiar meu filho. – ela falou, passando os olhos rapidamente pelo documento que tinha nas mãos, desprezando-o e pegando outro. – o senhor não é o único que se preocupa com Yasuo.

– A razão dessa sua irritação é o casamento do Uchiha?

– Não. Itachi é... era livre para casar-se com quem quisesse. Se acreditei que ele podia querer casar comigo... foi pura tolice.

– A criança que voce espera não é pura tolice. – hiashi falou, quase rudemente.

– A criança será uma Hyuuga, assim como Yusuo e Tomoyo. Se para isso eu precisar casar com alguém do clã, esteja certo que eu farei isso.

– Vai renegar o pai dessa criança?

– Itachi renegou a mim ao casar-se. - Hanabi levantou-se, com um papel nas mãos. – Encontrei a carta de Hinata.

A mulher falou, a voz tremendo. Entregou ao pai o papel, que, depois de fitar a filha, a abraçou.

– Voce continua tão forte quanto a minha choujo... e tão bonita quanto a sua haha...

Horas mais tarde, o ex-lider dos Hyuuga sentado a uma poltrona, com lágrimas, relia a carta, que muitas vezes o fizera chorar em segredo...


Querido chichiwe

Esta talvez seja a ultima carta que o senhor receba de mim. Talvez, possa até ser, que ela não chegue em suas mãos, tamanho é o rebuliço que os acontecimentos que se sucedem por aqui...

Semana passada, Naruto-kun e eu escapamos, graças a ajuda de alguns novos amigos, de uma armadilha de criminosos que desejava retirar meu byakugan. A situação esteve tão seria, que Naruto-kun pensou em voltarmos imediatamente a Konoha. Porem, não tivemos tempo, nem como fazer isso.

Entre nos escondermos e escaparmos, passou-se vários dias... Nossos amigos, uma família que viajou para cá com propositos parecidos com os nossos, esteve nos acolhendo desde entao. Nosso hotel, simplesmente virou pó, entre algumas lutas que estouraram por aqui.

Ontem, fomos localizados... Naruto-kun lutou até com mais energia da ultima batalha, contra a akatsuki... porem, ele foi apanhado. Não fui capaz de seguir meu marido, pois sua mago resolveu que ontem era a noite que ela desejava vir ao mundo.

Foram varias horas, de um trabalho de parto longo e doloroso, mas chichiwe, tenho a vista de meus olhos, perto de meus braços, minha choujo. As lagrimas que correm por meu rosto, manchando esse papel, são de alegria pela minha choujo , de cabelos tão claros quanto Naruto-kun, tendo olhos que não herdaram o byakugan.

E também possuo lagrimas de dor e medo, pois tenho a certeza que a raposa de nove caudas, se não encontrarmos Naruto-kun a tempo, será retirada de meu marido... Talvez eu esteja sendo egoísta, em priorizar a vida de Naruto-kun, nesse momento, ao invés de sua mago... porem, sei que nossos amigos cuidarão dela, enquanto ela estiver sob sua proteção.

Digo isso na certeza, que se algo acontecer a Naruto-kun e a mim nessa batalha que irá se iniciar, minha choujo, a única criança que meu ventre gerou, será levada pela família honrada a quem chamo de amigos, até Konoha, em segurança.

Deixo com eles, as poucas joias que me acompanharam nessa jornada... Joias que não desejo que o senhor os acuse de roubar, pois uma delas servira para identificar minha pequena hime. E as outras pagarão o leite e os alimentos que ela necessite, pois a viagem para Konoha, apenas poderá acontecer, quando o mundo estiver novamente em paz.

Minha aliança de casamento, a pulseira que era da haha... e o medalhão que ganhei de Naruto-kun, quando lhe contei que estava grávida.

Sua mago, no momento, está dormindo como o anjo que é, nos braços de um nobre garoto de treze anos, que prontificou-se a lutar em meu lugar. Porem, não posso permitir. Jurei amar e proteger Naruto-kun, assim como ele fez o mesmo juramento em relação a mim. As chances que eu encontre meu marido com vida são muito poucas... mas não consigo achar impossivel, o fato de salva-lo, uma vez que ele sempre fez isso em relação a mim.

O gentil protetor da minha choujo, jurou-me que irá com ela até Konoha, não importando quantos anos leve. Vejo nesse menino, a força de um grande ninja... por favor, respeite esse garoto, como respeitaria a um homem. Não sei quantos anos levara, mas tenho a certeza, chichiwe, que esse menino, talvez homem feito quando chegar aí, terá ensinado, protegido, cuidado e amado minha choujo-chan, com o mais puro dos afetos.

Dei a ela, o nome de haha. Naruto-kun, havia concordado alguns dias antes. Se ela tivesse nascido menino, seria Minato...

Eu o amo, chichiwe. Diga a imouto-chan, ao nii-san, que eu os amo também. Não deixe hanabi cultivar o ódio no peito, não permita que neji busque vingança. Cuide da minha chibi hime... Permita que ela encontre a felicidade, como fez comigo, mesmo que não no seio dos Hyuuga.

Considere meu pedido

De sua choujo

Hinata Hyuuga Uzumaki

O medalhão



Sofu – avô

Mago – neto, neta

Choujo – primeira filha, independentemente da ordem de nascimento

Haha – mãe

Chichiwe – pai

Imouto – irmã mais nova

Nii-san – irmão mais velho, primo mais velho

Chibi- pequena

Hime – princesa

Bato – pai em romani

Oka-chan – mãezinha

Dai- mãe em romani

Calin – termo carinhoso para cigana


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