No cap anterior:

Cathy ergueu a sobrancelha direita em sinal claro de incredulidade irônica.

—          Draco pediu ao Neville?

—          Fala sério Cathy! Não vai dizer que você acha que o Harry está inventando, não é? - diz Vivian.

Num movimento rápido, Cathy estava com sua varinha apontada para Harry, assustando a todos. Tonks e Vivian tentaram falar algo, mas ela já murmurava um feitiço.

Continuação...

Quando Harry soltou a carta de forma brusca e ela flutuou é que foram perceber que Cathy apontava para a carta e não para o primo.

—          Me desculpem por isso. – disse pegando a carta no ar – Mas convenhamos, Draco Malfoy pedindo algo é de se desconfiar, ainda mais para o Neville.

—          Anne Marie Catherine Drum Black!!! Você quase me matou do coração!  – Brigou a senhora Weasley na porta atrás  dos três bruxos que chegaram antes. – Nunca mais faça isso novamente.

—          Acharam que eu iria Azarar o Harry? – ela riu, ou melhor, gargalhou. – Eu nunca o faria, sou sua guardiã, eu morreria antes de feri-lo intencionalmente. – Vamos, entrem!

—          Como assim guardiã dele? - perguntou Fred

—          Nada com que precisem se preocupar ou saber. – deu de ombros – Agora, entrem e se acomodem que nós iremos ao shopping. – disse sorrindo.

(N/A: No cap. Fantasias, Hermione descobre que Cathy é uma guardiã, uma guardiã da família. E conta ao Harry, ao Rony a Gina e a Vivian.)

oOOo

A ida ao shopping foi rápida em duas horas eles estavam de volta. A senhora Weasley disse que eles não precisavam fazer compras, pois todos já haviam comprado seus presentes de Amigo Oculto, então foram Cathy, Vivian, Harry e Tonks.

Já era 8:30pm quando o Sr. Austin e Hector chegaram. Cathy recebeu uma ligação dos Cullen dizendo que não poderiam ir, avisaram que Rafael também não iria. Ela já sabia que o primo iria pedir a mão de Leah em casamento, então não ficou tão chateada, porem, achou que Carlisle escondia algo, mas não quis tentar saber o que era por hora... Se fosse realmente importante ela sabia que ele lhe contaria.

Havia também a ausência de Gina que se recusará a ir a casa de Cathy e deixará o clima um tanto tenso, principalmente quando a indiferença da anfitriã pela ruiva ter ido passar o natal na casa de Luna.

—          Dá para parar de agir assim!

—          Assim como Harry?

—          Como se não se importasse com o fato da Gina não estar aqui.

—          Harry, – disse colocando a mão direita sobre seu ombro – foi escolha dela não vir, assim como foi a de Draco, ele preferiu passar o natal com a mãe já que o pai está ausente, Gina preferiu passar o natal longe daqui.

—          Então você prefere ignorar a ausência de ambos? É isso?

—          Bem, em relação ao Draco sim, já em relação a Gina vai ser um pouco mais difícil disso acontecer...

Nesse momento a campainha toca.

—          Creio que sejam alguns dos meus últimos convidados. – disse sorrindo.

Cathy foi até a porta para recepcionar seus convidados.

—          Boa noite Sr. Lovegood, Luna. – saudou sorrindo, porém sorriu mais ainda ao ver a terceira pessoa que adentrava em sua casa. – Boa noite Ginevra! – disse num tom convencido. Vitorioso.

—          Boa noite Srta. Black, muito obrigado pelo convite. Espero que não se incomode de termos trazido a Srta. Weasley, ela veio passar o natal conosco e...

—          Não se preocupe Sr. Lovegood, Gina é bem-vinda a passar o natal conosco. – sorriu amigavelmente. – Venham, entrem e sintam-se a vontade.

—          Harry, Vivian! Venham ver quem chegou. – chamou os primos em tom travesso.

—          OMG! Luna, Gina! – Exclamou Vivian ao avistá-las chamando a atenção de todos.

Vendo a confusão nos olhos do senhor Lovegood diante tanta comoção por parte de Vivian e dos outros convidados que ficaram animados e emocionados pela presença da caçula dos Weasley, Cathy resolveu explicar.

Aproximou-se e conduzindo-o para a sala começou a explicar.

—          Gina e Luna quando combinaram de passar o natal juntas não sabiam que eu havia convidado suas famílias a passar o natal aqui. Assim sendo, como a senhora Weasley não sabia que eu o havia convidado resolvi não mencionar a presença de vocês para fazer uma surpresa. Nem Harry ou Vivian sabiam que o senhor e as meninas vinham.

—          Uma surpresa de natal? Reunindo a família nessa noite especial.

—          Sim. – disse com um sorriso doce e sincero – Para mim o que mais importa no natal não são os presentes, mas a união familiar.

—          Sei como é, depois que minha esposa morreu, passei a dar mais valor a esses momentos.

—          Então o senhor me entende. – disse em tom triste, porem sorrindo. – Bem, hoje é dia de festa! – sorriu mais – Aceita uma bebida?

—          Nada alcoólico, por favor! – disse fazendo Cathy rir com gosto.

—          Não se preocupe, temos sucos, refrigerantes, chá matte e, é claro, chocolate quente.

—          Igual o da tia Selena? – perguntou Vivian se aproximando e abraçando a prima.

—          Acho que depois da quarta tentativa ficou parecido, mas não garanto nada... – disse rindo.

—          Acho que aceito um chocolate quente Srta. Black.

—          Ruby! – chamou. – Traga um chocolate quente para o Sr. Lovegood e um para Vivian sim. – pediu assim que o elfo surgiu na sua frente.

—          Sim senhorita! – respondeu com entusiasmo sumindo em seguida.

—          Sim senhorita... Sim senhorita... Puxa saco, fofoqueira... #*!# - Monstro passou atrás deles reclamando.

Cathy se virou para o elfo com a sobrancelha direita erguida num arco perfeito e o chamou fazendo-o parar de imediato e vira-se para sua mestra.

—          Si... Sim senhorita... – disse Monstro com medo na voz.

—          Por acaso não estaria reclamando e xingando como é de seu costume, não é?

—          Não, não senhorita... – apressou-se em responder.

—          Assim espero! Agora vá!

—          Sim senhorita. – disse desaparecendo.

—          Ignore o Monstro senhorita, ele está mais rabugento do que nunca desde que soube que não iria ganhar presentes de natal como nós, ele pode negar, mas bem que queria ganhar também. – disse Ruby servindo as bebidas e saindo em seguida.

—          Eu sabia!!! Você vai libertá-los! – disse Hermione abraçando a Sonserina.

Cathy ficou sem reação diante o rompante da Grifinória e então se dirigiu aos gêmeos Weasley.

—          Ok, o que vocês colocaram no suco dela?

—          Nada! – disseram em unissom.

Então Cathy afastou-se sutilmente de Hermione e ainda segurando-a pelos ombros a encarou e perguntou se ela havia ingerido álcool ou qualquer outra coisa que altere a realidade das coisas.

—          Não, claro que não. Por quê? – respondeu confusa.

—          Então porque diabos você acha que eu vou libertar alguém?

—          Mas... Você não vai dar roupas para eles?

—          Ok! Respira Hermione! Foi dito que eles ganharão presentes, não roupas. Há uma grande diferença. Eu não vou libertar elfo algum.

—          Fala sério não é Hermione! Você acha mesmo que vai convencer logo ela a libertar os elfos?

—          GINA! - Chamou a sra. Weasley já em tom de advertência.

—          Qual é! Ela é uma Black e uma Sonserina! Namora o Malfoy e controla o Monstro só com o olhar! O Sirius mal conseguia fazê-lo ficar calado. E além do mais, a única pessoa que quer os elfos livres é a Hermione, nem os próprios elfos querem ser livres!

Cathy respirou fundo e respondeu em tom baixo e calmo, mas audível para todos que estavam por perto.

—          Em primeiro lugar, Eu sou sim uma Black e tenho muito orgulho disso. Em segundo lugar o fato de ter caído na sonserina apenas me deixa mais orgulhosa do meu sangue. - sorriu de lado. - Afinal como já lhe disse, eu não sou "boazinha". E em terceiro lugar, quem eu namoro ou deixo de namorar não influencia quem eu sou. Agora, abaixe esse tom, modere seus atos e palavras que você está na minha casa em uma comemoração de natal com nossos amigos e familiares e tenho certeza que sua mãe lhe deu educação suficiente para que você saiba se comportar. E lembre-se, não é a mim ou a você a quem você está envergonhando com esse seu showzinho de amargura, são os seus pais e sua família.

—          Agora, se me dão licença, preciso ver algo no segundo andar. - disse Cathy num meio sorriso e se virando em direção das escadas.

Todos viram-na subindo e desde que ela começou a falar todos fizeram silencio, afinal era uma situação constrangedora, em momento algum a anfitriã fez algo que pudesse denegrir sua imagem, mesmo que em sua resposta tivesse afirmado que não era "boazinha" ela foi firme impondo respeito sem cair na provocação da ruiva que na opinião de todos fez comentários desnecessários.

—          Ginevra Molly Weasley! A senhorita está de castigo entendeu? - disse uma sra Weasley muito furiosa. - E depois nós conversamos.

Monstro passou com uma bandeja de canapés e ofereceu a todos com exceção de Gina e quando ela foi pegar ele a ignorou e voltando para a cozinha.

—          Hey! Eu não peguei - reclamou Gina.

—          Eu não sirvo alguém do seu nível, traidora... - respondeu baixinho, mas alto o bastante para ela escutar.

—          Monstro! A mestra já não lhe proibiu de tratar assim os seus convidados? - Disse Duke ao lado dele. - Agora volte para a cozinha!

Monstro saiu resmungando sobre crianças terem de aprender respeitar seus superiores... Deixando o outro elfo contrariado.

—          Olhem, está nevando aqui dentro! - comentou Luna fascinada com a neve que vinha do teto mas que ao tocar em alguém ou em algum objeto, ou até mesmo no chão, se desfazia desaparecendo como se nunca tivesse existido.

—          Sua... Sua Pirralha, mimada, fedelha de uma figa! Quem você pensa que é para tratar a nossa menina desse jeito! - Ruby veio da cozinha esbravejando e quase atacou fisicamente a bruxa ruiva, mas foi contida pelo outro elfo.

—          Ruby! Pare! Está parecendo o Monstro agindo dessa forma.

—          Dessa vez eu tenho de concordar com aquele estrupício! Essa dai não vale a comida que come!

Nesse momento a campainha tocou.

—          Ruby, vá atender a porta!

—          Claro, mas antes vou dar uma surra nessa "zinha". - disse Ruby tentando se soltar.

—          Pare! Vá atender a porta e depois vá para a cozinha, ou eu mesmo falo com nossa senhora para te dar um castigo. - ralhou o elfo chefe

Ruby foi atender a porta contrariada, quando a abriu, lá estavam o professor Remus Lupin, Neville Longboton e sua avó.

—          Boa noite, desculpe o atraso. - disse o professor.

—          Boa noite professor, sra. Longbotton, sr. Longbotton. - respondeu Ruby. – entrem, por favor.

Os três entraram na casa e foram recebidos por Tonks e Vivian.

—          Está tudo bem? - Remus perguntou para Tonks ao perceber o clima tenso.

—          Espero que sim, Gina disse algumas coisas que não deveria, Cathy subiu tem uns cinco minutos e Ruby quase estuporou a Gina.

—          Uau! E perdemos isso tudo?

—          Não zombe! A cena não foi nada bonita de se assistir.

—          Relaxe, ela é uma Black e os Black's não se abalam por qualquer coisa. A prova disso é que ela está de pé no alto da escada sorrindo. – disse Remus abraçando-a e olhando para onde estava Cathy.

—          Boa noite. – cumprimentou Cathy os recém chegados e começando a descer.

—          Oi Cathy! – disse Neville.

—          Catrina! – cumprimentou Remus.

—          Oh! Olá srta. Black. – cumprimentou a sra Longbotton.

—          Olá sra. Longbotton, seja bem vinda!

—          Obrigada querida, sua casa é adorável!

—          Obrigada! Por favor, fiquem a vontade.

A festa estava correndo harmoniosa depois da chegada dos três últimos convidados. Gina e Cathy mantinham-se o mais longe uma da outra enquanto todos curtiam as músicas e os canapés e bebidas que eram servidos. Logo Duke avisou que a ceia estava servida, então todos se dirigiram a sala de jantar, onde havia uma enorme mesa posta linda mente com uma fina porcelana e em cima da mesa e no buffet diversos pratos que iam da entrada ao prato principal.

Havia Carpacio, Sopa de ervilha com croutons, Salada de folhas ao molho pesto, Ceviche de robalo com manga e cebola, Lombo Canadense, Arroz Branco, Arroz Com Passas, Peru, Tender, Bacalhau, Talharim à Parisiense, Pudim de Leite condensado, Quindim, Bolo, Salada de Frutas, Lentilha e mais bebidas.

Quando já haviam começado o jantar, a campainha tocou e Ruby foi atender.

—          Boa noite! - disse a voz calma que todos conheciam.

—          Diretor! Que bom que o senhor pode vir, por favor, sente-se e ceie conosco. - disse sorrindo

—          Acho que irei aceitar srta. Black, mas antes se me permitir, eu trouxe algo para a srta... - dizendo isso ele fez um movimento com o corpo mostrando algo a sua direita que estava escondido.

Um pouco atrás de Dumbledore havia um cão preto de tamanho médio, seu pêlo estava aparado bem curto, possuía olhos num azul profundo, quase negros que transmitiam inteligência e algo familiar que Cathy de inicio não reconheceu, porem assim que ele inclinou a cabeça para a direita com as orelhas curtas um pouco baixas e inclinadas para trás e fez aquela carinha de "que foi ?" percebeu o que era tão familiar. Ela se levantou num átimo e foi correndo até os dois e sem se importar com nada abaixou-se diante o cão e o abraçou pelo pescoço sussurrando algo que apenas ele escutou e respondeu com um grunhido baixo e suave.

Quando ela se levantou mais de um minuto depois seus olhos estavam úmidos pelas lágrimas não derramadas, o que fez com que todos, exceto Dumbledore, se assustassem já que não é comum verem-na chorar.

—          Diretor, - virou-se para ele - tenho até que horas?

Ele sorriu

—          Se não estiver planejando matá-lo o terá por muito tempo.

—          Permanente??? Mas... Como?? - perguntou atordoada.

—          Certos sacrifícios são recompensados de formas surpreendentemente agradáveis de vez em quando. - disse sorrindo.

Cathy arfou quando entendeu que a presença dele seria permanente, então não segurou mas as lagrimas e voltou a abraçar o cão.

—          Cara esse cachorro é a cara do Sirius, quer dizer, focinho. - Rony disse - Ai! - reclamou ao ser chutado por debaixo da mesa por Hermione que o fuzilava com os olhos.

—          Que foi? - perguntou sem entender - Ai! - reclamou novamente ao levar um tapa na cabeça dado pelo irmão.

—          Mas é um sem noção mesmo. - Disse o outro gêmeo.

—          Cathy... - Vivian chamou com cautela. - Está tudo bem?

—          É ele Vi! É o "ALMOFADINHAS" - disse em português. E virando-se para a prima, ela chorava, mas também sorria.

—          Quem? - perguntou Luna.

—          O cachorro dela de quando ela era pequena, todos achavam que era tipo um amigo imaginário, pois ninguém nunca o viu, só que na forma de um cachorro.

—          Bem, bem, bem, creio que interrompi a ceia, porque nós dois não nos sentamos, ceiamos e depois tocamos os presentes?

—          Mas e ele? - perguntou preocupada.

—          Por Merlin garota! Deixa de showzinho, é só um cachorro! - disse Gina.

—          Não é SÓ um cachorro, é o MEU "Almofadinhas"! – respondeu e abraçou mais o cão.

—          Gina, a senhorita está passando dos limites com essa implicância e seu ciúme bobo! - brigou a senhora Weasley.

O cão virou a cabeça como se estivesse pensando nas palavras ditas, então deu um latido e abanou o rabo como se estivesse contente.

—          Pode tirando o cavalinho da chuva! Harry é meu primo e só! Além do mais, eu tenho namorado.

O cão fez um grunhido e parou de abanar o rabo, de repente deu uns três latidos.

—          Ora sendo, tia Lily era irmã de sangue da minha mãe, então somos primos. - respondeu a pergunta feita e deu de ombros indo sentar-se.

—          Diretor, por favor, sente-se. - indicou o lugar.

—          Monstro. - chamou baixo, fazendo o elfo aparecer. - Ponha mais dois lugares a mesa sim!?

O elfo olhou para o diretor o para o cão então, seus olhos abriram-se em prato quando a compreensão lhe alcançou.

—          E sem discutir! - acrescentou ela.

A ceia seguiu tranquila depois do choque inicial pelo fato do cachorro sentar a mesa como se fosse natural. O mesmo fez questão de ficar entre Cathy e Harry.

Após a ceia todos foram para a sala e de acordo com a tradição dos Drum começaram a trocar presentes, primeiro fizeram um "amigo surpresa" com presentes unissex e sorteio na hora com todos os presentes, com exceção dos elfos e do cão. Depois houve o Tradicional amigo oculto o qual participaram apenas a família Weasley, a família de Cathy e Neville, juntamente com Remus, já que os outros ainda não haviam confirmado presença até a data do sorteio dos nomes.

Os presentes foram distribuídos e a medida que iam sendo abertos os presenteados tinham de ir adivinhando quem os havia tirado.

Quando Tonks abriu a caixa branca de tamanho médio-grande presa com uma linda faixa vermelha, nunca imaginou que iria ganhar aquilo. Seu cabelo ficou tomado por várias cores quase ao mesmo tempo.