Segredos e Mentiras escrita por CatrinaEvans


Capítulo 45
Capítulo 46 - Cap. Bônus Halloween3


Notas iniciais do capítulo

Um novo Ponto de Vista, de um personagem que ainda não tinha aparecido...
Espero que gostem. (continuação)



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Cap. Bônus Halloween3 (continuação)

No Bonus Anterior...


Quando a enfermaria ficou totalmente vazia aproximei-me dela para verificar como estava, ficaria velando seu sono durante aquela noite.
Já era madrugada alta quando ouço passos se aproximando, fiquei entre as sombras novamente, quem poderia ser? Então eu vi a única pessoa que jamais poderia imaginar ver, Draco Malfoy, mas o que ele estaria fazendo aqui?

- Não sei o que houve não nos disseram nada. Aquele infeliz do McMille tentou saber algo, mas o Snape não tinha nenhuma informação sobre você apesar de ter lhe trazido para cá.

Ele estava conversando com ela? Demonstrando preocupação?

- Perdoe-me, não sei o que me deu hoje, talvez o fato de você ter preferido ir ao baile com o Longbottom ao invés de ir comigo e depois aqueles... Porque tinha que dar trela para eles? Sabe que não gosto de te ver com aqueles Grifinórios isso porque já estou acostumado a vê-los pelo castelo com eles, mas te ver cheia de intimidade com aqueles caras que nunca vi mais gordos... Não agüentei! Não queria gritar, perdão.


Espera um instante, um Malfoy pedindo perdão? E porque ele fala assim com ela com tanta intimidade? Pelo que ele está falando ele tem ciúmes... Dela?
Será que ela corresponde a esse afeto que ele demonstra por ela? Merlin não permita! 
O que ele pensa que está fazendo? Ele vai beijá-la???
                                                                           

oO~Oo


Eu não podia acreditar, ele ia mesmo beijá-la... Foi quando a senti do meu lado, tocando em meu ombro.

- Olá! - ela estava sim do meu lado. - Vamos, ele não irá fazer nada que seja irremediável. - riu.

- Como ele ousa chegar perto de você?

- Relaxa, estresse faz mal! - disse rindo.

- Como pode estar tão despreocupada? É o seu corpo ali!

- É e dentro dele o meu sangue, o seu sangue. O sangue dos Black! Nada irá me acontecer, ainda mais em Hogwarts.

- Você está na enfermaria, não está?

- Usei feitiços poderosos em um curto espaço de tempo, meu corpo não está acostumado. Agora venha, estamos atrasados.

- O que você pretende?

- Bem, o feitiço que fiz para lhe trazer e para que pudéssemos nos ver e nos falarmos não era bem assim. - disse apontando para nós dois.

- O que aconteceu exatamente?

- Venha, no caminho te explico. - disse e começamos a seguir por fora do castelo em meio as sombras até a torre da Grifinória.

- Nós não estamos mortos, se é o que quer saber. - riu. - Nós estamos no estado de projeção astral, estamos fora de nossos corpos, porem vivos. É dessa forma que vamos até o mundo dos sonhos, só que geralmente não temos a consciência dessa viagem.

- Estamos sonhando?

- Não e sim, estamos num estado entre o sonho e a realidade. Ou seja, isto é real, mas vamos entrar nos sonhos de uma pessoa.

- Não estou entendendo nada! Quer me explicar direito?

- Não achei justo que só eu tivesse o prazer da sua presença hoje... Então resolvi mudar o encantamento em cima da hora, o que causou um grande défice de energia em mim e quando tive de fazer um escudo em volta da escola o gasto de energia foi muito grande.


MAS DO QUE ELA ESTÁ FALANDO?


- E não eu não estou falando coisas sem nexo, por mais que pareça.

- Como...

- Também não li a sua mente - riu. - Sei que pode parecer que estou falando as coisas sem muito sentido ou sem um contexto, mas se conseguir prestar atenção verá as coisas como vejo.

- E como você vê?

- A noite de Halloween é uma noite mágica onde tudo é possível! A noite em que os mortos podem andar entre os vivos.

- Você usou Artes das Trevas para me trazer aqui? - Parei chocado. Ela não podia fazer isso...

- Claro que não!!! Não havia trevas em meu coração quando fiz o encantamento.

- O que? - Ela enlouqueceu? Artes das trevas são artes das trevas!

- Não me julgue, não sem me entender primeiro.

- Você disse que não estava lendo a minha mente.

- E não estou. Só tive uma criação diferente da sua, meus conhecimentos são outros, minha magia é outra. Sabe que não sou igual a mais ninguém.

- Todos são diferentes.

- Claro! Mas depois a gente conversa sobre isso. Vamos entrar? - ela disse frente a uma janela.

- Onde estamos?

- Não reconhece o seu quarto? Nem o seu melhor amigo e a esposa dele? Ou o seu afilhado?


Não era possível! James? Lilian? Estavam os dois ao lado do Harry que dormia com um sorriso nos lábios.

- Toque-o e deixe a sua mente aberta.


Assim o fiz, toquei no ombro de Harry, do lado oposta ao que os pais dele o tocavam, era como se eu fosse puxado para outro lugar. 
Eu não estava mais em Hogwarts, estava numa casa ampla e clara. Eu podia escutar risos vindo do lado de fora, então como se algo me impulsionasse fui seguindo aquele som que enchia o meu peito de alegria. Do lado de fora havia um imenso jardim onde um casal brincava com uma criança de uns cinco anos. Me aproximei e os reconheci, James e Lilian, com o pequeno Harry.
Quando sentiram a minha presença me olharam sorrindo, Harry veio até mim correndo e se jogou em meus braços, o carreguei de volta até os seus pais e não resisti a abraçar os meus amigos. Era tão real...
Derrepente senti a barra da minha calça sendo puxada, quando olho para baixo lá estava ela, aquela que sempre foi o meu maior orgulho, a minha filha, aparentava uns três ou quatro anos e estendia os bracinhos para mim querendo que a pegasse no colo. 
Entreguei o Harry para o James e a peguei. Ela colocou suas mãozinhas em meu rosto.

"É real!" - ela me disse sem abrir a boca, era como se ela falasse dentro da minha cabeça.

"É porque estou falando com vc por pensamento, aqui é assim que me comunico, como o Harry não pode ouvir o que tenho que falar tenho que tocar em seu rosto." - ela disse me surpreendendo.

- E o que você quer me dizer?

"Temos que ir, eu vc e o tio James."

- Para onde? - perguntei confuso.

"Ver um 'amigo'!" - disse sorrindo como se fosse aprontar.

"Desculpe papai, mas quem te escuta até pensa que o senhor sempre foi um anjinho..."

- Do... Do que me chamou?

- Papai - ela disse, e dessa vez não foi pensamento...

- É a primeira vez que ela lhe chama de pai? - perguntou Lilian.

- Não, mas é como se fosse... - Ok! Eu estava todo bobo e babando pela minha filha ter me chamado de papai!!!


Ela tirou as mãozinhas do meu rosto e se jogou na direção da Lilian, por pouco ela não cai no chão. Lilian a pegou no colo e as duas começaram uma conversa sem palavras, quando percebi as duas estavam chorando e Lilian a abraçava fortemente.  

- Obrigada! - disse Lilian.

- Pelo que? - ela perguntou.

- Esqueceu? Temos a mesma fonte de poder. - Lilian disse rindo e a minha filha arregalou os olhos corando.

- Não se preocupe... Será o nosso pequeno segredo... - disse Lilian encontrando o nariz no da minha filha que ria com o carinho.

- Ok... Agora posso dizer que já vi de tudo... - disse James incrédulo. - Acho que estou sonhando... – riu

- Deixe de ser bobo James, - disse Lilian - Afinal somos uma família, não somos? - sorriu.

- Quem é você e o que fez com a Lilian? - perguntei pasmo, as duas não se suportavam... Bem a Lilian sempre teve ciúmes da minha Kitty...

- Digamos, Padfoot, que agora sei de coisas que antes não sabia, como o fato dessa coisinha fofa ser afilhada do James e sua filha.

oO~Oo


Após deixarmos os sonhos de Harry, eu e James seguimos minha filha até a beira da floresta proibida.

- É o seguinte, não sou boazinha, principalmente para quem faz mal para a minha família, então não me julguem.

- O que pretende fazer? - perguntou James.

- Só dar um pequeno susto num certo rato...

- Realmente ela é sua filha, Padfoot. Não nega o sangue! - Disse uma voz familiar, quando me viro me deparo com o Remus, ele também estava em sua forma de "projeção astral", foi neste instante que pude ver as diferenças, James era mais translúcido do que nós, apesar de eu estar mais "apagado" Kitty e Remus estão mais "vivos".

- Então os marotos irão se reunir mais uma vez? - perguntou James animado e doido para aprontar. Fazendo todos nós rirmos.

- Atenção, quando eu começar não me parem, se quiserem brigar, briguem depois. Agora deem as mãos. - disse ela erguendo as mãos.


Quando dei por mim estávamos em Askaban do lado de fora de uma cela.

- Ele está aqui. - ela disse e passou pela porta. Nós a seguimos. - toquem nele como fizeram com o Harry, menos você, fique de guarda qualquer coisa fale algo nem nossos ouvidos. - disse diretamente para o Remus.

- Porque que eu sempre fico de guarda quando vocês três se juntam para aprontar?

- Porque você é sempre o mais correto de nós, além de que não deve estar nesse sonho dele se alguém resolver ver a lembrança dele. - disse ela.


Kitty entrou primeiro na mente de Pedro, somente alguns segundos antes, mas creio que fora o bastante, assim que entramos vimos um cenário sombrio, era uma floresta, estava escuro e frio, ouvia-se uivos e barulhos estranhos vindo da mata. Logo Pedro apareceu correndo e apavorado, implorava por misericórdia, de repente ouvimos uma gargalhada realmente assustadora seguida da voz dela carregada de malicia e crueldade.

- Acha mesmo que um rato feito você terá perdão? Por sua causa os espíritos daqueles que me eram queridos não descansam em paz. Por sua causa uma criança de cinco anos foi torturada e deixada para morrer achando que havia traído aqueles que amava.

Ele entrou em um tronco oco de uma velha arvore tentando se escondendo de um gato preto enorme de olhos azuis, os meus olhos azuis, era a minha doce Kitty...

- É... Parece que ela gosta de brincar... - disse James.

Quando vi estavamos com 17 anos, pedro também. De alguma forma pareciamos todos bem reais ali, inclusive James.

- É melhor o ajudarmos... - disse James sacando a varinha e fazendo um escudo protegendo o rato.

- "ajude-o" - escutei a voz dela na minha cabeça.

Assim nós ajudamos aquele rato, mas ainda não sei o porque. De repente tudo mudou, Kitty sumiu e não estavamos mais visiveis para ele pois ele nos procurava, também não estávamos mais na floresta, agora estavamos em uma casa e escutávamos sons de gritos, ele foi na direção dos gritos e nós o seguimos, quando entramos senti todo o meu sangue fugir do meu corpo.

Kitty estava no chão desacordada e presa por cordas mágicas e com sinais visiveis de tortura, ela estava com cinco anos, suas roupas estavam manchadas de sangue. Quando dei por mim James me segurava com força impedindo que eu fosse adiante e a arrancasse de lá; eles me mostraram Malfoy, Crabble, Goyel e para meu espanto Regulos, meu irmão.

- Milord. - disse Pedro e então eu pude ver Voldemort num canto da sala com a varinha em mãos, ele próprio torturava a minha Kitty.

Eu vi vermelho tentei todas as maldições interdoaveis, mas nenhuma acertou nenhum dos dois. Era como se eu não estivesse lá.

- Espero que tenha conseguido algo, a criança não sabe de nada. Então deixei eles brincarem um pouco... - ele disse e riu.

- Os Potter estão em Godric's Hollow.

- Ótimo! - disse - Régulos, mate-a. - falou antes de sair.

- O que está esperando Black? - Perguntou Malfoy

- Ainda é cedo. - nesse momento entrou um patrono em forma de sucuri e foi até ele.

- O que é isso? - perguntou Crabble.

- Eu mandei o meu patrono para saber se o Sirius está longe o bastante.

- e ele está? - perguntou Malfoy sarcástico

- O bastante para não senti-la sofrendo ou morrendo.

- então porque não a mata logo? - perguntou Goyle.

- O que foi Black? Vai desobedecer o Mestre para salvar a sua sobrinha de sangue ruim? - perguntou o Malfoy. Então eles sabiam quem ela era...

- Na realidade eu queria algo para mostrar ao meu irmão... - disse ele pensativo

- Que tal o feitiço "novissima hora"? - sugeriu Crabble.(última hora)

- Prefeito! Usarei o medalhão com o brasão da familia, assim ele terá certeza de fui eu quem o fez.

Então Régulos pegou o medalhão e conjurou o feitiço, quando iam voltar a torturá-la, estavamos novamente na cela do rato.

- Desculpa! - disse ela com lágrimas nos olhos

- O que houve? - perguntou Remus. - O que houve te tão ruim que você não consegue mostrar nem reviver?

- Eles me despertaram e me fizeram crer que eu havia traido vocês, me fizeram assistir ele matando a todos.

- Se aquele infeliz não estivesse morto eu o matava agora! - Eu estava furioso com aquele verme que um dia chamei de irmão.

- Você está bem? - Perguntou James para ela.

- Ficarei...

- E agora? - perguntou Remus

- Agora vocês fiquem bem encostados na parede. - disse ela e nós ficamos, ela ficou do lado dele sussurando algo em seu ouvido quando de repente ele começou a se contorcer e se debater implorando por perdão.

- A verdade, a verdade, a verdade, a verdade... - Pedro murmurava baixinho enquanto ela se afastava.

Kitty fez um sinal com a cabeça para que a seguissemos, fomos em silêncio. O dia estava amanhecendo quando chegamos a Hogwarts, James se despediu e foi encontrar com Lilian que ainda estava com Harry.

- Não vou lembrar de nada, não é? - perguntou Remus.

- Só vamos saber quando despertar. - respondeu ela.

Fui com ela até a enfermaria e a vi desaparecer com os primeiros raios de sol que tocavam seu corpo, então pude ver um leve movimento de seu corpo. Tudo ficaria bem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do Bônus.
Postarei o próximo cap em breve!
Bjs, Cat. =^_^=



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