Segredos e Mentiras escrita por CatrinaEvans


Capítulo 42
Capítulo 43 - Dezesseis – parte1


Notas iniciais do capítulo

O aniversário de Cathy começa com algumas surpresas, alguém considerado morto está vivo e segredos antes guardados são revelados.



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Dezesseis – parte1

O aniversário de Cathy começa com algumas surpresas, alguém considerado morto está vivo e segredos antes guardados são revelados.

 

     Segunda feira, dia do aniversário de Catherine, ninguém a viu na mesa do café aquela manhã, Draco também não estava...

     Harry ainda estava um pouco preocupado com a prima, afinal após saírem da torre de astronomia ela disse o que queria falar com ele e que não era bem sobre o que eles falaram antes, ela contou que eles tinham dois tios e alguns primos que moravam nos Estados Unidos e que estava preocupada com a reação dele e principalmente de Vivian, mas ela queria muito que se conhecessem. Catherine não conseguiu terminar de falar o que queria, pois foram interrompidos por Richard que a lembrou que eles tinham que terminar um trabalho que faziam juntos, mais tarde naquele dia quando se viram novamente eles não tiveram mais oportunidades de concluir a conversa.

 

-       Por que será que ela ainda não apareceu?

-       Calma Harry, a Vivian não disse que ela gosta de dormir até mais tarde no aniversário dela? Provavelmente ela vai chegar tarde nessa aula, ou nem vá vir. – disse Hermione tentando acalmar o amigo.

-       Potter! – chamou a professora Spout entrando na estufa. – Você está sendo chamado na enfermaria.

-       O que houve professora? – perguntou ele alarmado.

-       Eu não sei, mas é melhor ir, o professor Lupin não estava com uma cara boa quando me deu o recado.

 

    Harry ficou preocupado e foi correndo até a enfermaria, seus amigos quiseram ir junto, mas a professora não deixou.

    Ao entrar na enfermaria Harry logo viu Catherine desacordada numa das camas e visivelmente machucada, na cama ao lada da dela Draco estava sentado de frente à ela a olhando fixamente e também estava visivelmente

 

-       O que você fez Malfoy? – perguntou Harry já sacando a varinha e indo furioso para cima dele.

 

    Draco não desviou os olhos de Catherine, não teve reação alguma, como se estivesse em choque.

 

-       Harry acalme-se! – disse o professor Lupin atrás dele tocando-lhe os ombros na tentativa de acalmá-lo.

-       O que houve?

-       Não sei dizer Harry, mas creio que se não fosse o Draco ela poderia não estar viva agora, depois que começaram a cuidar dela ele não disse mais nada, nem Snape conseguiu fazer ele falar.

 

    Harry virou para encará-lo e foi quando percebeu uma movimentação do outro lado da enfermaria, Ponfrey e Dumbledore estavam cuidando de alguém.

 

-       Quem é? – perguntou curioso.

-       Não sei, só Dumbledore, Ponfrey e Minerva sabem, fomos proibidos de nos aproximarmos.

 

    Nesse momento entra uma coruja negra carregando um envelope vermelho e o solta ao lado de Draco que olha o envelope rapidamente de rabo-de-olho e volta a se concentrar em observar a respiração regular de Catherine.

 

-       Um berrante. – disse Lupin baixo. (N/A: Não lembro se é assim que é chamado se estiver errado, pe perdoem).

 

    A carta começou a levitar e ficou na altura do rosto de Draco, então a voz furiosa apesar do tom calmo de Lucius Malfoy começou o seu pequeno discurso.

 

-       Draco, estou realmente desapontado com você, eu tinha tantos planos... O meu Lorde tinha tantos planos... Mas você sempre foi um fraco, um imprestável, sempre tive vergonha de chamá-lo de filho. Agora essa traição... Você não merece o nome Malfoy! Esteja ciente que os seus atos terão conseqüências, a primeira delas é que não lhe considero mais meu filho, está deserdado.  – com essa Draco deu um pequeno riso sarcástico.

 

    Em seguida a carta se destruiu. Draco se levantou e foi para perto de Catherine e pegou em sua mão.

 

-       Fique longe dela! – disse uma voz grave que vinha da porta da enfermaria.

 

    Era um rapaz alto de pele morena, cabelo curto e negro como seus olhos, vestia apenas um short e tênis.

 

-       Quem você pensa que é para achar que pode mandar em mim? – perguntou Draco em seu habitual tom frio e arrogante.

-       Alguém que pode te fazer em pedaços...

-       Já chega senhores! – Disse Minerva atrás do jovem. – Aqui não é lugar para discussões.

 

    Ambos se calaram, então houvesse passos de alguém correndo e Vivian entra na enfermaria como um furação, indo direto ao seu primo.

-       Harry! O que aconteceu? – ela estava visivelmente preocupada.

-       Não sei, o Malfoy é o único que sabe e se nega a dizer qualquer coisa. – disse com fúria na voz. Sendo ignorado pelo loiro.

-       Senhor Malfoy, já percebemos que está em perfeitas condições de falar o que houve já que quando entrei estava no inicio de uma discussão. – disse Minerva chamando a atenção para ela.

   

    Nesse instante Vivian percebeu que havia mais pessoas na enfermaria, quando o seu olhar se cruzou com o do rapaz e reconheceu a figura ali diante dela não pode evitar de sorrir e chorar.

 

-       Rafael... – disse num quase sussurro.

-       O sorriso eu aceito, mas as lágrimas... – disse sorrindo largamente. – Não precisa chorar pequena.

 

    No mesmo instante Vivian correu até ele e o abraçou com todas as suas forças.

 

-       Pensei que estivesse morto...

-       Shiii... Não chore pequena, vai ficar tudo bem, a pirralha tem mais vidas que um gato.

-       Deixa de drama Vivian, ninguém morreu, muito pelo contrário! – disse Catherine ainda de olhos fechados e de mal-humor.

-       Catherine! – disseram felizes por ela estar bem.

-       Não disse que a pirralha tem sete vidas?

-       Se continuar a me chamar assim você não vai ter nenhuma, Rafael!

-       É ela já está melhor! – Disse ele rindo.

-       Nem pense em se levantar! – disse Draco ao perceber a intenção dela.

-       O que faz você pensar que vou obedecer?

-       Uma palavra. – disse ele com um brilho no olhar.

   

    Um rosnado baixo saiu de sua garganta assustando a todos com exceção dela própria e de Draco e Rafael ao lado de Vivian.

 

-       Você vai usar isso contra mim por toda a vida, não é? – perguntou séria.

-       Não é contra você. Está fraca e ferida. – disse sério.

-       Pode não parecer, mas só o meu orgulho é que está ferido.

-       PRO INFERNO CATHERINE! VOCÊ ENTROU CONCIENTEMENTE NA FLORESTA PROIBINA NO MEIO DA MADRUGADA E QUASE MORREU POR CAUSA DE UM MALDITO VAMPIRO E UMA TROUXA E DIZ QUE SÓMO SEU ORGULHO É QUE ESTÁ FERIDO? VOCÊ É LOUCA POR UM ACASO? – Draco explodiu sem se importar com quem estava ali e que pudesse ouvir.

 

    Todos ficaram estáticos com a revelação e com a explosão de Draco.

 

-       Você jamais entenderá! – disse com raiva na voz.

-       Você deveria ser proibida de chegar perto deles isso sim. – disse ele furioso.

 

    Cathy o olhou com os olhos arregalados de horror e medo.

 

-       Não ousaria... – disse ela tão baixo que só Draco escutaria.

-       Por enquanto não é minha intenção fazê-lo, sei que a magoaria. – respondeu ele no mesmo tom baixo.

-       Acho muito bom! – disse uma voz grave que vinha da porta da enfermaria. – Porque se fizer algo com a minha prima, qualquer coisa, você vai ter de se alimentar de canudinho!

 

    Na porta da enfermaria havia oito pessoas, seis jovens e dois adultos todos casais. Eles não se pareciam em nada, e ainda assim, eles se pareciam muito. Todos eram muito pálidos, e seus olhos eram dourados. Com exceção de uma garota que tinha olhos cor de chocolate.

    Dos três garotos, o que falou era grande e musculoso, com cabelo escuro e encaracolado. Outro era alto, mais magro, mas ainda musculoso, e com cabelo loiro escuro. O outro era mais magro, menos musculoso, com cabelo cor de bronze, meio bagunçado. Ele parecia mais jovem do que os outros.

    As garotas eram opostos. A mais alta era maravilhosa. Ela tinha uma silhueta linda, do tipo que se vê em capa de revista, e daquelas que fazem as outras garotas se sentirem mal consigo mesma só por estarem na mesma sala. O cabelo dela era dourado, gentilmente balançando até o meio das costas. Ela estava abraçada ao rapaz que falou. A outra garota era mais baixa, bem magra, com feições pequenas. O cabelo dela era totalmente preto, cortado curtinho e apontando para todas as direções. E havia a outra que se destacava por ser completamente diferente dos outros, apesar de ser muito pálida, ela tinha cabelos e olhos cor de chocolate, seu rosto tinha formato de coração, cabelos ondulados que iam até as costas.

    Dos adultos o homem era loiro aparentava ter uns trinta anos e tinha aparência tranqüila e inspirava confiança, já a mulher que também tinha um rosto em formato de coração também tinha os cabelos castanhos que iam até os ombros, seus olhos expressavam amor.

    Logo os bruxos ali presentes compreenderam, vampiros, um grupo grande de vampiros. Mas antes que eles percebessem o grandão estava ao lado de Catherine afagando os seus cabelos.

 

-       E ai gatinha, aprontando muito por aqui? – disse ele.

-       Oi Emm! – disse ela sorrindo.

 

    No mesmo instante, Harry, Draco e o professor Lupin estavam de varinhas nas mãos prontos para lutar. A professora Minerva foi para junto de Vivian e do rapaz que estava junto dela. Com essa reação, os vampiros também ficaram atentos.

 

-       Podem parar com a palhaçada, ninguém aqui vai brigar com ninguém! Harry abaixe essa varinha. – falou ela em tom de reprovação.

-       Mas, Cathy, eles são...

-       Eles são os Cullen, falei deles para você. – ela pode ver o choque passar pelo seu rosto.

-       Você sabia... – disse ele incrédulo. Ela assentiu. – Por isso você disse que não sabia como seria a nossa reação... – ele disse abaixando a varinha.

-       O que pensa que está fazendo Potter? – perguntou Draco.

-       Eles não vão fazer mal a ela, nem a nós. – disse ele num tom um pouco triste.

-       Harry? – perguntou Lupin.

-       Tudo bem professor. Ela os conhece...

-       Como assim? – perguntou o professor confuso.

-       Minha avó confiou a minha segurança e a minha vida a eles no passado e eles fizeram jus a essa confiança.

-       É, mas a sua vovozinha não está mais aqui! – disse Draco em tom de zombaria e raiva.

 

    Rafael colocou Vivian para trás de si em posição de defesa e os Cullen ficaram rígidos e olhavam para Catherine observando sua reação. Eles puderam ver mágoa e tristeza passarem por seus olhos.

 

-       Você tem sorte Malfoy! – sua voz era fria e indiferente. – Pois hoje você arriscou a sua vida por mim, do contrário eu iria fazer você engolir as suas palavras.

 

     Draco viu que falou mais do que deveria, ela já havia o advertido a não mexer com a família dela, principalmente com a memória daqueles que não estão mais aqui.

 

-       Agora, se já estiver bem, creio que não tem mais nada o que fazer aqui. Senão volte para a sua cama, fique quieto e espere ser liberado!

 

    Draco a fuzilou com os olhos não acreditando no que escutará, seu orgulho pedia que ele saísse dali imediatamente, mas ele não a deixaria no meio de um bando de vampiros mesmo tendo professores presentes. Então ele voltou para a sua cama.

 

-       Dormir... – disse ela enquanto fechava os olhos e tão baixo que só vampiros e lobisomens escutariam. Em seguida ela franziu um pouco a testa como se sentisse dor.

-       Droga! – disse o vampiro de cabelos cor de bronze. – Emmett, segure-a! Rose, Alice tirem Jasper daqui.

 

    Nisso Catherine começou a gritar e a se contorcer de dor, sendo segurada por Emmett e pelo vampiro mais velho. O vampiro loiro também parecia sentir dor e foi tirado de lá pelas duas vampiras mais novas. O que deu o alerta foi amparado pela mulher.

 

-        Mas... O que estão fazendo com ela? – perguntou Vivian desesperada.

-       Calma Vivian, eles sabem o que estão fazendo, estão ajudando-a.

-       Argh! – Harry soltou um grito de dor e levou as mãos à cabeça.

-       Harry! – gritou o professor Lupin indo socorrê-lo, Minerva fez o mesmo.

 

    Nesse momento o diretor deixou Ponfrey cuidando sozinha da pessoa desconhecida e foi até os dois, olhou sério e com preocupação para eles, principalmente para Catherine. Apontou sua varinha para eles murmurando algumas palavras, então os dois começaram a parar de gritar e de sentir dor.

 

-       Remus coloque-o na cama e dê porção revigorante para os dois e vamos deixá-los descançar. Eles precisam.

-       Com licença diretor, não creio que seja uma boa idéia dar essa porção a Catherine, ela nunca reagiu bem a ela. – disse Rafael.

-       Ah! Sim, senhor Drum. É um prazer conhecê-lo, a senhorita Drum falou do senhor, mas creio que ela tenha se esquecido de mencionar a sua outra natureza peculiaridade. – disse com um sorriso que chegava aos olhos.

-       Vai ver que ela estava com vergonha do cachorro! – disse Emmett rindo.

-       Emmett!! – Brigaram os vampiros que estavam presentes.

-       Porque vocês sempre brigam comigo? – disse choroso e cruzando os braços em seu peito como uma criança birrenta.

 

    Vivian riu com a cena, sendo repreendida com o olhar pela professora Minerva.

 

-       Desculpa.  – ela disse corando.  – Mas não pude deixar de lembrar da Cathy fazendo a mesma coisa. – riu um pouco mais.

-       Isso faz muito tempo... – disse Rafael num tom triste.

-       Sim... “Muito” tempo, tipo ontem.

-       Esse sarcasmo não é de você... Espera! Você disse ontem? – perguntou Rafael surpreso.

-       É por quê? – perguntou ela vendo um sorriso se formando no rosto do primo.

-       Você não poderia ter me dado noticia melhor!!! – disse pegando-a no colo e rodando-a.

-       Rafael!!! – gritou ela rindo.

-       Alvo, o que aconteceu afinal? – perguntou Minerva.

-       Bem, acredito que com as exceções de vocês meus caros professores e de Draco todos sabem da verdadeira natureza da senhorita Drum, não?

 

    Os vampiros que ali estavam, Vivian e Rafael assentiram.

 

-       Uma guardiã. – disse Draco chamando a atenção para si. – Por isso ela sempre está na defensiva, principalmente quando o assunto é o Potter. Ela seria o ser mais poderoso do mundo se não fosse pelo fato de que não pode se proteger. – disse sério.

-       Impossível... – disse Lupin pasmo.

-       Mas... Como... – Minerva estava tão pasma quando o professor de DCAT. – Alvo...

-       Draco está certo, ao mesmo tempo em que ela é poderosa ao defender os outros ela pode ser mais indefesa do que aqueles que ela defende. Precisando ser protegida.

-       Er... Vocês nunca a viram brigando, não é? – disse Rafael quase rindo. – Cathy é faixa preta em artes marciais. Nossa avó sabia mais que a tia Selena podia imaginar! Por isso brigou para que a Cathy aprendesse a se defender desde cedo.

-       Se ela queria realmente proteger a Catherine, porque não disse a verdade? Porque não disse que ela era uma bruxa? Não ensinou magia, feitiços? Assim ela poderia se defender de verdade!  - brigou Draco com revolta e fúria em sua voz que chegavam a seus olhos.

-       Você não sabe do que está falando! – retrucou Rafael.

-       Não! Você é que não sabe. Das horas, dos dias de tortura que ela sofreu nas mãos do lunático do meu pai e daquele desgraçado do Spencer. Não foi você quem viu as marcas deixadas nela depois deles “brincarem” com ela. Do medo em seus olhos toda vez que eu entrava no quarto para levar algum alimento até que ela percebesse que era eu ali. Ou quando ela finalmente havia desistido de lutar e não se importou mais se viveria ou morreria, se eu não tivesse conseguido tirá-la de lá não sei o que seria dela.

 

    Todos estavam chocados com as palavras de Draco. Os três vampiros que haviam saído antes agora estavam na porta imóveis. A primeira a se mexer foi a baixinha de cabelos arrepiados. Ela oi até o Draco tão rápido que ele só percebeu o movimento quando sentiu que ela o abraçava.

 

-       Obrigada! – disse ela em seu ouvido para em seguida o soltar e ir para o lado da Cathy. – Há algum tempo eu queria conhecer o “anjo de olhos cor de prata”, nunca consegui ver o seu rosto. Obrigada por cuidar da nossa caçula. – disse ela sorrindo.

-       Mas... do que está falando? – perguntou ele sem entender.

-       Alice pode ver o futuro. – disse o vampiro mais “velho”. – Porem no caso da Catherine durante certo tempo ela só pode ver as coisas depois que elas aconteciam, portanto não podíamos tentar impedir os acontecimentos já que eles já haviam ocorrido. Por isso Alice virou uma grande fã sua. – finalizou sorrindo.

-       É, mas não pense que pode fazer o que quiser se magoá-la faço picadinho de você! – disse ela de modo protetor para com Cathy.

-       E quem disse que eu tenho medo de você sanguessuga? – disse ele arrogante.

-       Deveria! – disse ela rosnando.

-       Parem! – disse Cathy. Todos olharam para ela e viram que ainda dormia.

-       Hauhauhauahu... – Emmett caiu na gargalhada. – Mesmo dormindo ela não deixa de ser mandona...

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
Bjs, Cat.



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