Partes em Negrito são os pensamentos deles.

Thomas

Depois de ler a carta de sua mãe, Cathy não conseguia ficar dentro daquela casa, colocou o colar que sua avó tinha lhe dado antes de sua viajem para os Estados Unidos, pulou a janela depois passou pelos jardins e pelo portão despercebida. Tirando o colar logo depois de passar pelo portão e voltando a ficar visível.

POV - CATHY

Eu não posso acreditar, além de saber que eu era uma bruxa e ter me escondido isso ela mentiu sobre o meu pai.

Sabia de tudo e me escondeu! Mas o pior foi a mentira, durante anos sofri por não ser órfã de pai e ele está vivo?

POV – DRACO

Para onde ela foi? Eu não a vi saindo daquela loja, mas também esse elfo idiota fica me chamando para dizer que isso não vai dar certo, que o meu pai vai descobrir.

Besteira! Se ele não descobriu que fui eu quem a tirou lá de casa, não vai descobrir, e muito menos imaginar que estou a seguindo, muito menos que estou interessado nela.

E agora? Onde ela se enfiou nesse maldito prédio trouxa?

Ali! – ele a viu saindo do banheiro. – Ela parece triste... O que será que houve?

POV - CATHY

Compras! Não tem coisa melhor para não pensar! Nessas horas sinto falta da Alice, ele era a minha melhor companhia para compras.

-       Por falar nisso acho que vou ligar para ela. – Disse para si mesma já pegando o telefone e discando.

1 TOQUE... 2 TOQUES...

-       Alô? – Era a voz da fadinha.

-       Adivinha quem é? Duvido que acerte! – não agüentei tive de tirar uma com a cara dela.

-       OMG!!! Cathy! OMG! É você mesma?

-       Que foi Allie? Começou a fazer adivinhações comigo agora? – ri.

-       Onde você está? O que está fazendo? Você está bem? Estávamos muito preocupados, há semanas não temos noticias de você.

-       Calma Allie! Estou em Londres com minha prima, que não está comigo agora. Estou num shopping fazendo compras, por isso te liguei! Deu saudades! – ri.

-       Mas você está bem, não está? – a voz dela estava com tom de preocupação.

-       Ah! Tirando uma coisinha ou outra está tudo bem, sim! E como está a galera ai?

-       Preocupados por você não dar noticias e com saudades também.

-       Pode avisar aos senhores navegantes que está tudo bem! – eu tava tentando parecer o mais alegre possível. Mas acho que é impossível enganar essa fadinha!

-       Tá bom, eu digo a eles. – ela percebeu.

-       Allie vou entrar no banheiro, se cair não fica brava não!

-       Tá!

No Banheiro.

-       Milagre! Um banheiro de shopping vazio. – ri.

-       Só você mesma para conseguir uma proeza dessas! – ela ria também.

-       Mas vai falando as novidades enquanto eu retoco o meu batom.

-       Tudo na mesma! Ah! O pulguento veio até aqui para saber se a gente tinha noticias suas!

-       O Jake foi até ai? Não acredito! Ele virou suicida, ou o que?

-       Edward o colocou para correr, dizendo que não queria cachorro nenhum atrás da irmã dele. Foi hilário!

-       Imagino a cena! O Emmett deve ter ajudado.

-       Até o Jazz! Ah! Cat, tive uma visão com você...

-       ... – suspirei. – você sabe que as suas visões comigo...

-       Sim, eu sei, não vejo o seu futuro, só o seu passado, por isso estávamos preocupados, principalmente o Ed, acho que se não fosse pela Bella ele sairia a sua procura.

-       Estou bem! O que aconteceu, aconteceu! Agora é bola pra frente, levantar e sacudir a poeira! Além do mais, foi revelado que eu sou uma bruxa e vou para uma escola de magia para que eu possa controlar os meus poderes.

-       Uma bruxa!? Quer dizer...

-       Que eu já aprontava antes imagina agora? Quem mais está por ai?

-       Saíram todos, nem sei por que fiquei! – disse pensativa.

-       Vai ver que de alguma forma seu dom está começando a funcionar comigo. – ri.

-       Quem sabe? – disse alegre. – Adorei você ter ligado! Vê se não some de novo!

-       Pode deixar!

-       Mais uma coisa, ficamos sabendo sobre a sua família, é por isso que você está na Inglaterra!

-       É sim Allie! No testamento minha mãe deixou uma casa aqui para mim e vim ver, e lá foi descoberto que eu e minha prima éramos bruxas.

-       Ela também?

-       Sim. – eu ri. – Allie, me faz um favor ENORME?

-       Claro! É só falar!

-       Avise ao Billy que está tudo bem comigo e que eu liguei. – Afinal ele sempre foi muito legal comigo, me tratava como da família.

-       COMO EXATAMENTE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA ISSO? – Ela gritava comigo.

-       Com quem você está falando minha fadinha? – pude escutar a voz do Jazz.

-       COM UMA LOUCA!

-       Posso ser louca, mas não sou SURDA! – Briguei com ela. – Para de gritar!

-       É a Cat? – ele me ouviu. – Fala que o Edward está louco por notícias dela.

-       Já falei meu amor! – Ela já voltará ao normal. – Agora quanto a você! Como exatamente você quer que eu faça isso?  Posso saber?

-       Vai até a fronteira e espera, dá o recado para um dos lobos e vai embora! Simples!

-       Ela quer que você faça o quê? – perguntou Jazz preocupado.

-       Allie, preciso desligar, afinal é uma ligação internacional, manda beijos para todos.

-       Ok! Manda notícias.

-       Pode deixar! – desliguei já saindo do banheiro.

Adorei falar com a Alice, pena que essa conversa me deixou triste, não! Não posso cair agora! Tenho de cuidar da minha prima e de mim...

Já fui ao salão e coloquei um mega-hair e comprei algumas coisas, mais isso não vai me animar mais... Talvez...

POV – DRACO

Ela estava com uma cara triste ao sair do banheiro mais depois deu um lindo sorriso como se tivesse tido uma idéia, voltou ao banheiro e saiu com as roupas que tinha comprado, agora ela estava entrando nesse bar trouxa, ‘Black Cat’.

Porque essa trouxa me encanta tanto? Não consigo ignorar a sensação de conhecê-la há muito tempo.

Ela falou com o segurança do lugar, se conheciam. Logo ela foi para uma mesa, me sentei numa mesa um pouco distante num canto perto do palco, assim podia fingir apreciar o “show”, dum trouxa que achava que sabia cantar e podia ficar admirando-a de longe.

Ela tinha os cabelos negros, que iam até um pouco abaixo dos ombros, usava uma boina na cor vinho, calça jeans azul bem escuro, colada no corpo, botas de cano curto preta, uma blusa preta transparente sobre uma regata bem justa também na cor preta, a maquiagem era pesada.

Então aquele trouxa infernal parou de cantar e saiu do palco. Graças a Merlin!

-       Ok! Muito bom! – disse o que acho ser o apresentador. – Depois de algum tempo longe do Black Cat, e pelo que parece a algum tempo sem cantar uma amiga muito querida resolveu nos agraciar com sua voz.

Olhei para a mesa dela e ela não estava mais lá! - Será que foi embora?

-       Boa noite! Desculpem-me qualquer coisa, mas como o Millo (lê-se: mailho) mesmo disse, faz um tempo que não canto. – Ela ai cantar?

-       Vou cantar uma música que umas amigas minhas cantam. Espero que gostem.

-       Ela se chama “Tarde Demais”.

Jurei nunca mais sofrer, desilusão, senti na pele então me fechei
Na solidão
Até contra o próprio sentimento tentei lutar
Mas reconheço e me conheço bem;
Como evitar?
Quando o corpo fala,
Quando os olhos traem,
Quando faço planos, tarde demais!

A voz dela é incrível!

[refrão]
Eu caí numa cilada só agora eu sei,
Prometi algo impossível pro meu coração
É inútil negar que me apaixonei
Se não posso mais fingir que não.

Espera ai! Ela conhece as Pusscat Witch´s?

Queria tanto ter certeza, sobre o amor,
A minha última defesa, se esgotou,
Quando o corpo fala,
Quando os olhos traem,
Quando faço planos, tarde demais!

[refrão 2x]
Eu caí numa cilada só agora eu sei,
Prometi algo impossível pro meu coração
É inútil negar que me apaixonei
Se não posso mais fingir que não.

Se o amor (se o amor) me sorriu (me sorrio)
Vou deixar ele me levar
Simplesmente sentir e amar!

[refrão 3x]
Caí numa cilada só agora eu sei,
Prometi algo impossível pro meu coração
É inútil negar que me apaixonei
Se não posso mais fingir que não.

POV - CATHY

Vim para o Black Cat, um Pub que conheço aqui em Londres. Aquela conversa com a Alice me deixou de um jeito que só cantando ou indo dançar, pensei em ir à boate ai do lado, mas tinha muita fila.

Lembrei do meu príncipe dos olhos cor de prata, sonho com ele desde que tinha cinco anos, carinha que me salvou também tinha olhos cor de prata, não tinha como imaginar isso, apesar de toda a dor e sofrimento.

Então decidi que ia cantar “Tarde Demais” é a música que me faz lembrar dele. Do meu príncipe que vem me visitar quase toda a noite em meus sonhos.

POV – DRACO

Após terminar a terceira música, ela desceu do palco e foi em direção a mesa que estava antes. Levantei-me e fui até a mesa dela.

-       Posso te oferecer uma bebida? – disse mostrando a cerveja que segurava.

-       Eu não bebo! E não falo com estranhos.

-       Thomas. Muito prazer! – Disse meu nome do meio, assim não estaria mentindo nem me comprometendo.

Ela não respondeu e fez uma negativa com a cabeça, como se dissesse: “Ninguém merece!”.

-       Se ainda não entendeu, eu quero ficar sozinha e não estou nem um pouco a fim de conhecer ninguém!

-       Nossa que gatinha arisca! – disse com um sorriso cínico.

-       Qual é o problema de vocês ingleses? Por acaso eu tenho cara de algum felino? Tenho rabo comprido, orelhas pontudas ou coisa parecida? – disse ríspida.

-       Está certo você não gosta de gatos! – ri.

-       E só porque não caio nessas cantadas baratas, nem me derreto toda com o seu charme de “sou O cara” eu sou arisca? Vai perturbar o juízo de outra! – disse levantando-se e indo para a saída.

Fiquei olhando ela ir embora sorri, gostei, ela tem o gênio forte. Voltei ao meu lugar e finalizei minha cerveja, saindo em seguida atrás dela.

Quando a encontrei logo depois de sair do bar, ela estava sendo atacada, não agüentei e puxei a minha varinha estuporando aquele trouxa idiota.

-       Você está bem? – perguntei ao me aproximar dela.

POV – CATHY

Nossa que idiota! Ele achou mesmo que aquela cantada barata ia dar certo comigo? Ninguém merece!

Espera, onde eu entrei? Droga, rua errada!

-       Esperando por mim gata? – Disse um homem atrás de mim me empurrando contra a parede impedindo que eu reagisse.

-       Me solta! – tentei me soltar mais não consegui, foi quando senti ele sendo jogado para longe de mim. E alguém se aproximar.

-       Você está bem? – perguntou ao se aproximar mais. Foi quando me virei e olhei em seus olhos. Olhos cor de prata.