Segredos e Mentiras escrita por CatrinaEvans


Capítulo 26
Capítulo 26 - Primos II


Notas iniciais do capítulo

Parentescos e revelações inesperados.



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Primos II

Parentescos e revelações inesperados.

-       Bem, eu fui a Londres por causa do testamento da vovó, lembra que o senhor Austin falou de uma tia nossa que morreu depois de nascer?

-       Lembro!

_______

-       Então, ela não morreu! Houve uma troca de bebês, depois de sair da depressão que ficou com o fato da morte da filha, vovó viu que tinha algo errado e foi investigar. Descobriu a troca e que a filha estava viva, passou anos à procura da filha.

-       Quer dizer que temos uma tia ainda viva e que desconhecemos? - perguntou alegre.

-       Um primo na realidade, nossa tia morreu há alguns anos protegendo o filho.

-       Quando ela morreu? - perguntou Harry curioso.

-       Há quinze anos, na época em que Voldemort tentava tomar conta de tudo.

-       Porque nunca soubemos disso?

-       Ninguém nunca soube! Eu descobri quando li o diário dela que fica no cofre. Ela procurou por anos e quando a encontrou soube que ela e o marido haviam sido assassinados, sobrevivendo apenas o menino.

-       Então, cadê ele? Porque ele não o trouxe para casa?

-       Porque se o fizesse ele estaria morto.

-       Como assim? – perguntaram os dois surpresos.

-       Vocês sabem o que é um guardião?

-       Eu sei que é mais que um padrinho, Sirius era meu padrinho e guardião. – disse Harry triste.

-       Sim, mas ele escolheu, aceitou ser seu guardião. Ele aceitou morrer se preciso por aquele que ele guardava.

-       Como assim? – Perguntou Vivian.

-       Essa é a sina de um guardião, morrer se preciso for para proteger o objeto de sua proteção.

-       Ah... Entendi. Eu acho! – fez uma cara pensativa, fazendo Harry e Cathy rirem.

-       Mas existem aqueles que nascem com o dom de proteger.

-       Como você! – falou Vivian animada.

-       Sim, como eu.

-       Como assim? Você vai morrer? – disse Harry assustado e assustando Vivian.

-       Claro! – riu. – Assim como você! Todo mundo morre um dia Harry!

-       Sou uma guardiã de nascença, assim como minha avó e minha tia. Elas abriram mão de serem guardiãs por motivos diferentes e no final tiveram o mesmo destino, morreram protegendo quem amavam.

-       Como assim? – perguntou Harry.

-       Quando um guardião de nascença abre mão de ser um guardião, ele pode ainda fazer um último sacrifício, dar sua vida por quem ama, fazendo assim com que a pessoa salva tenha uma segunda chance.

-       No caso da vovó foi você, Vivian. Ela não podia salvar nós duas então ela arranjou um jeito de digamos, “burlar” as regras.

-       Co- como assim? – Vivian estava assustada, seus olhos já estavam marejados fazia força para não chorar.

-       Sua mãe era uma vidente, ela já tinha previsto que todos iriam morrer, apenas com uma exceção.

-       Mas nós duas...

-       Sim, porque me mandaram para longe no inicio do ano, e mesmo assim eu não estava segura, alias, muito pelo contrário. Estava sem proteção alguma! Por isso duas semanas depois que embarquei, ela me escreveu e me mandou uma carta me mandando para a casa de um amigo da família.

-       Eu fui sem hesitar, algo dentro de mim me alertava para o perigo. Recebi a carta de manhã, viajei à tarde e de noite a família que havia me recebido estava morta.

      Estavam Vivian e Harry abismados com esses fatos antes desconhecidos por eles e com a tranqüilidade com que Cathy contava tudo.

-       Desde então ficou impossível ver o meu futuro, se tentarem vão ver que eu não o tenho como se estivasse morta ou prestes à. 

-       Mas deixem isso de lado! Vamos voltar ao assunto!

-       A vovó escolheu proteger você por motivos que cabiam a ela. – disse com tom de quem encerra um assunto. – E a sua mãe escolheu você Harry!

-       Hein? – Harry olhou assustado pelo assunto ter ido parar nele.

-       Ela podia ter sobrevivido, mas escolheu lhe proteger. Fazendo com que ele não pudesse lhe tocar.

-       Como o assim? – perguntou Vivian

-       O que você quer dizer com isso? – perguntou já meio que desconfiando.

-       Você nunca se perguntou por que e como eu consegui sua guarda tão fácil? – ela estava com um sorriso maroto no rosto.

-       Como assim guarda? – Agora era Vivian que tinha perdido totalmente o fio da meada.

-       Ela me adotou no nome do pai dela! – disse rápido. – Você ta querendo me dizer que... – ele só viu o sorriso dela aumentar tomando assim compreensão do que ela estava querendo dizer. No segundo seguinte ele a abraçava fortemente.

-       Como assim, pai dela? Você descobriu quem é o seu pai? E como assim adotou? Porque estão se abraçando? Eu também quero! – disse fazendo beicinho.

Os dois riram e a puxaram para o abraço.

-       Eu já disse, a carente da família sou eu! – disse rindo para Vivian.

-       Ta, mas agora explica!

-       Vi, Harry é o nosso primo. – disse com um sorriso caloroso nos lábios.

-       Que? – Ela estava boquiaberta.

oO.Oo

-       Como assim primos? – ele estava mais branco que o normal e realmente com uma expressão de incredulidade no rosto.

-       Pois é Draquinho, parece que a mãe dele foi adotada por trouxas. – dizia Pansy sem notar a cara de Draco. – Por isso a afinidade deles e a falta de classe dela, são tudo farinha do mesmo saco. – disse com arrogância e nojo.

      Draco que estava sentado no sofá da sala comunal da Sonserina levantou-se rápido quase derrubando Pansy que estava sentada ao seu lado.

-       Aonde você vai? – perguntou sem entender o rompante do loiro.

-       Preciso averiguar uma coisa. – disse frio.

-       Posso ir com você? – perguntou, mas o olhar mais frio que sua voz que ele lhe lançou a fez desistir de acompanhá-lo.

oO.Oo

      Draco esperou que não tivesse ninguém, então entrou na enfermaria e a viu dormindo. Aproximou-se de vagar iria acordá-la, pois poderia não ter outra chance de lhe falar a sós, mas lembrou-se do que lhe acontecerá e resolveu ir embora.

-       Não vá! Também quero falar com você. – disse suave.

-       Como está? – perguntou aproximando-se.

-       Cansada. Mas feliz! – sorriu cansada.

-       Eu soube! Primos!  - disse sarcástico. - Desde quando sabe? – sua voz continuava baixa assim como a dela.

-       Importa?

-       E se importar? – disse na defensiva

-       Então não tem mais o que fazer aqui. Pode ir. – disse virando o rosto para o outro lado e ele pode ver o cansaço dela.

-       Está cansada, conversamos outra hora. – disse virando-se para sair.

-       Importa ou não? Você não respondeu.

      Ele voltou-se para ela e viu que ela o encarava exigindo a resposta. Não soube dizer o que ela queria escutar, nunca sabia, não com ela. Nem o que falar nem o que fazer, ela não reagia como ele esperava. A salvará e ela fugira depois de ficarem, toda vez que lhe jogará charme e seu melhor sorriso ela o ignorara e o desprezara.

      Sabia que ela vivia fingindo para todos, pois sempre que se distraia ele podia ver tristeza em seu rosto, mesmo quando estava entre os Grifinórios e achava que não era observada, lá estava seu semblante triste, assim como agora.

-       Não, não importa. – disse num tom cansado. Ela sorriu.

-       Então não vá! Fique. – disse voltando a olhar pela janela.

            Draco então se sentou na cama ao lado apenas a observando. E pensava em como a conheceu e o que passou depois de tê-la salvo, da surra que levou depois de tê-la “deixado escapar”. Riu com o pensamento, se seu pai soubesse que na realidade ele, Draco Malfoy, explodiu com o portão da mansão Malfoy e a tirou da masmorra onde estava aprisionada, com certeza não teria apenas levado uma surra.

            Nunca havia visto alguém resistir a tatos cruciatus, impérios e até mesmo Veretas como ela resistiu, três dias, não só pelo bracelete que possuía encantamentos poderosos para protegê-la, mas a fibra e a determinação dela em não se entregar.

-       Obrigada! – disse tirando-o de seus pensamentos.

-       O que?

-       Obrigada! Acho que nunca lhe agradeci direito por ter me salvo! – disse olhando em seus olhos.

-       Não há de que! – sorriu.


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Notas finais do capítulo

Valeu Juhh-chan pelos comentários que bom que está gostando!

Galera, cadê os comentários?
Quando chegar em 100 eu posto um bonus!!!
Bjs, Cat.