-    Disse, por quê?

-    Ele é parente do Lucius?

-    É filho dele. – disse Hermione.

Cathy que não acreditava no que estava ouvindo, o rapaz com quem falava a pouco era filho de seu primo, ou seja, seu primo.

Cathy conseguiu não responder o porquê do tapa em Draco Malfoy, disse apenas que ele era muito metido e se achava demais.

No dia seguinte, bem cedo ela saiu dizendo que tinha de resolver uns assuntos trouxas.

oO.Oo

Ao entrar na casa de chá, o sr. Austin a viu sentada numa das mesas do salão principal, ela vestia um lindo terninho cinza claro, seu cabelo molhado estava todo para trás e em cima de uma das cadeiras uma bolsa-pasta na cor preta.

-    Bom dia senhorita Drum!

-    Bom dia sr. Austin. Por favor, sente-se.  – e apontou para a cadeira a sua frente.

-    Aceita algo? – Ela tomava um chá completo, torradas, salgadinhos, suco, etc.

-    Não obrigado! Devo dizer que fiquei intrigado com a sua ligação, e principalmente com o seu pedido.

-    Ora, mas por quê? É algo muito complicado de se conseguir?

-    Bem, normalmente até é, mas neste caso presumo que seja quase impossível.

-    Por quê?

-    Além de você não ser da família, existem certas circunstancias que estão fora do meu alcance.

-    Entendo. – disse abrindo a pasta e pegando algo. – Veja se com isto a minha situação melhora. – e entregou uma pasta fina para ele.

-    Do que se trata? – disse pegando a pasta.

-    Leia.

Enquanto examinava os documentos que se encontravam dentro da pasta o sr. Austin não podia acreditar no que lia. Cathy pode perceber o quanto ele estava surpreso.

-    Mas como você conseguiu estes documentos? São autênticos?

-    No cofre da família em Gringotes. Havia outro cofre dentro dele, usei a senha de minha avó e abri, lá encontrei esses documentos, além de outros.

-    Neste caso, a sua situação muda bastante, mas ainda teríamos outros fatores a serem revistos.

-    Os parentes

-    Exato.

-    Se eles aceitarem, fica tudo certo?

-    Duvido que o façam.

-    Mas fica tudo certo?

-    Fica sim, mas...

-    Então não há problema. – disse pegando outra pasta dentro da bolsa e entregando a ele. – Aqui está, assinaram esta manhã.

-    Catarina, isso é sério, sabe que responsabilidades você vai somar as que você já tem?

-    Sei. E quanto ao nome no documento, quero que seja o meu nome mágico e não o trouxa, seria possível?

-    Creio que seja a coisa mais fácil que me pediu hoje.

Cathy riu e terminou o chá, eles se despediram e ela seguiu para casa.

oO.Oo

Naquele dia, mais cedo...

      Bateram na porta, e um rapaz bem gorducho foi abri-la. Diante dele estava a moça mais linda que ele já havia visto, ela era morena, seus cabelos compridos que iam até o ombro estavam presos para trás num rabo-de-cavalo, seus olhos azuis estavam escondidos atrás de um lindo óculos de armação fina, na cor preta, e vestia um terninho cinza claro, e tinha uma bolsa-pasta preta no mesmo tom de seus sapatos.

-    Bom dia, eu gostaria de falar com a senhora Petunia Dursley, por favor. – disse a moça com um lindo sorriso nos lábios.

-    Mãe!!! – berrou.

-    O que foi Duda? – disse a mulher vindo até a porta.

-    Essa moça quer falar com você.

-    Pois não?

-    Senhora Dursley? Petunia Dursley?

-    Sim.

-    Bom dia, eu gostaria de lhe fazer uma proposta, que tenho certeza que vai lhe interessar bastante.

-    E do que se trata?

-    Seu sobrinho, Harry Potter.

oO.Oo

Ao chegar em casa deparou-se com uma senhora Weasley muito aflita.

-    O que foi?

-    É Vivian! Ela não acordou ainda. – disse Hermione se adiantando.

-    Não se preocupe, ela não deve ter dormido direito, só isso. – disse tentando disfarçar.

-    Tem mais uma coisa

-    O que foi senhora Weasley? – perguntou já sabendo a resposta.

-    Ela tem um campo de energia que a está envolvendo e ninguém consegue chegar perto, mas não se preocupe, Dumbledore já está lá em cima.

Cathy sentiu o sangue lhe fugir quando ouviu a senhora W., mas conseguiu correr até o quarto da prima e encontrou o diretor do lado de fora do quarto.

-    Professor! – disse num tom assustado.

-    Acalme-se, senhorita. Sua prima está bem, posso sentir, mas não consegui entrar no quarto. – nesse momento ele pode ver o alivio em seus olhos. – Talvez devêssemos chamar alguém...

-    Não será preciso, professor. – disse sorrindo e entrando no quarto.

oO.Oo

-    Ainda não posso acreditar! Às vezes parece um sonho, às vezes um pesadelo.

-    Primeiro acordo no hospital sem saber direito o que tinha acontecido, então vi minha prima ao lado da cama, ela estava linda, havia cortado o cabelo, chamei por ela, mas minha voz quebrou, perguntei pelos outro, queria saber o que tinha acontecido, ela não precisou de palavras, pude ver em seus olhos cheios de lágrimas, estavam mortos. Éramos tudo o que tínhamos agora, uma a outra.

-    Depois houve aquele nosso primo distante que apareceu do nada na leitura do testamento querendo ser nosso tutor, e da mesma forma como entrou ele saiu. Não entendi nada!

-    No colégio comecei a ser excluída pelas minhas “amigas” por isso eu quis mudar de colégio, mas para minha surpresa, Cathy já havia providenciado isso. Fiquei feliz. Então ela me surpreendeu mais uma vez, iríamos viajar para Londres.

-    Tirando a primeira noite em que fomos atacadas por comensais, foi no dia seguinte que as coisas começaram a parecer um sonho e não mais um pesadelo. No dia seguinte me falaram sobre o mundo mágico e fomos ver a casa que Cathy havia herdado.

-    Lá descobrimos que somos bruxas, através das cartas deixadas para nós, eu fiquei eufórica com a noticia, mas Cathy não reagiu muito bem. – disse triste. – Ela sumiu por horas e voltou com refrigerante e coisas para fazer brigadeiro, ai eu soube que ela tinha ou ia aprontar algo, mas como tinha gente em casa não falei nada, mas depois...

-    Eu sabia! Ela realmente tinha aprontado algo. Que sair para espairecer que nada! Depois que todos saíram, ela me contou o que realmente tinha acontecido...

oO.Oo

-    Ao entrar no quarto aquela energia a envolveu, ela chegou há flutuar um pouco, riu e foi até sua prima, sentou na cama ao seu lado e começou a chamá-la.

-    Vi, acorda. – disse numa voz melosa. – Vivi, acorda minha flor.

-    Ela chora toda noite... Acha que não sei... – dizia baixinho, quase inaudível, mas não para Cathy.

-    Vivian! Acorda! – disse alto.

-    Cathy... – disse abrindo os olhos.

-    Com quem falava? – falou séria.

-    Sonhei com a mamãe, contava tudo o que aconteceu conosco...

-    Isso inclui os meus pesadelos? – disse num tom mais sério ainda e levantando a sobrancelha direita.

-    Você fala dormindo. – tentou se justificar.

-    Há quanto tempo e o que você sabe?

-    Desde que voltamos da Toca, sei somente que um tal de Ty fez algo ruim para você que a faz chorar quase toda noite.

-    E o que mais?

-    Só isso.

-    O que você esta me escondendo?

-    Como assim?

-    Eu sinto que tem alguma coisa te angustiando, algo que você ainda ao disse.

-    ...

-    Vivian. – advertiu séria.

-    Eu sei que você esconde alguma coisa desde que voltou para casa

-    Como assim?

-    Não canta mais, finge alegria quando tem gente por perto e vive escondendo o seu pulso esquerdo.

-    Isso não é da sua conta! – disse fria. - E não quero você falando dos meus pesadelos para ninguém, nem mesmo em sonhos. Entendeu?

Vivian não podia acreditar sua prima jamais falara assim com ela, nunca fora tão fria, tão rude. Nem mesmo quando brigava com sei irmão ela usava esse tom esse era um assunto que realmente a irritava.

-    Mas... – tentou falar algo em meio a uma tola ilusão ingênua de que poderia argumentar qualquer coisa com ela nesse momento.

Ela viu os olhos de sua prima passar de seu habitual castanho escuro, para um azul claro, escutou um encantamento que não compreendeu e em seguida sua prima estava desacordada no chão à sua frente.

-    Creio que seja melhor, não comentarmos isso com ninguém senhorita Lee. – disse Dumbledore que estava na porta do quarto com a varinha nas mãos.

Vivian só conseguiu menear a cabeça em sinal de concordância.