Elemento7 escrita por arthur_ryu7
Notas iniciais do capítulo
Em um estranho e moderno edifício, sete novas figuras surgem...um plano, um sacrifício e vários objetivos. Conheça a sombria Sociedade M.
Maylu e Matheo aparecem caminhando dentro de um local moderno, bonito e um pouco escuro. Pareciam estar no interior de um grande prédio. Os dois caminhavam em silêncio e não estavam com Karen. Eles entram em um enorme salão e logo percebem não serem os únicos naquele local. Havia dois homens. Pelos detalhes, eram aqueles que costumavam conversar dentro de um escritório e que apareceram observando na vez em que os herdeiros ficaram presos no ginásio da escola. Finalmente era possível ver a face de cada um e como eram. O mais alto e jovem era Malthus Luratti. Ele tinha cabelos pretos e lisos, uma cicatriz em seu rosto, expressava estar incomodado com algo e não tinha uma feição nada amigável. O outro era mais baixo e tinha cabelos cinza. Usava um tapa-olho e estava vestindo um terno bem elegante, como Malthus. Ele já aparentava ser um pouco mais amigável e misterioso. Era conhecido por Mest Litch, mas não se sabe se esse era de fato o seu nome. Ele então “quebra o gelo” e faz uma pergunta.
— Soube que a missão foi um sucesso. A garota já está no local determinado?
— Ela está no domínio 5 — responde Matheo.
— Mas esse é o seu domínio. O que ela está fazendo lá? — pergunta Malthus.
— Eu cuidarei dela enquanto os preparativos não estiverem prontos. Isso é suficiente para você?
— Tch! Faça como quiser... Eu nem ligo pra isso mesmo.
— E o Momentum? — pergunta Mest.
— Acho que não funcionou 100% — comenta Matheo.
— Encontramos um garoto bonito quando fomos buscar a garota. Talvez ele seja imune à esse negócio — diz Maylu.
— E onde está a grande ‘Mistress’? — pergunta Matheo.
— Trancafiada dentro de seu domínio. As suas ordens foram a de não ser incomodada — comenta Mest — Acredito que ela esteja se preparando para a cerimônia.
— Não aguento a inconstâcia dessa mulher e — comenta Malthus.
— Cuidado como usa as palavras ao se referir à grande ‘Mistress’, caro Luratti.
Em poucos segundos uma rápida movimentação acontece. As pessoas mal conseguiram ver o que ocorreu. Mest estava na frente de Malthus e encarava o outro homem que havia dito aquelas palavras. Ele segurava uma lança de diamante. Era um homem alto de cabelos brancos acinzentados, porém jovem e que usava um terno e uma espécie de colete acoplado. Era conhecido como M.Spencer Venom. Seu primeiro nome era desconhecido.
— Ora, ora... Rápido como sempre quando se trata de defender seu amigo. Que isso sirva de aviso para que ele tome cuidado quando citar o nome da Mistress.
Malthus havia reparado que Spencer havia se aproximado dele com a lança e Mest se colocou na frente para evitar que ele fosse machucado. O seu coração bate de forma acelerada e ele se irrita.
— E eu devo adverti-lo quanto a sair apontando esse seu “brinquedo pontudo” pra qualquer um quando bem entender — ironiza Mest.
O clima estava tenso. Mest e Spencer se encaravam e não diziam uma palavra sequer. Seus olhares expressavam uma batalha mental que só os dois podiam enxergar. Maylu estava preocupada. Aquele era o encontro deles depois de alguns meses sem se ver e tudo já estava daquela forma. Inesperadamente, alguém surge correndo.
— Yahoo! Cheguei gente!
Todos olham para ver quem havia chegado. Era uma mulher de cabelos roxos e que estava usando um vestido preto e branco. Lembrava ligeiramente o visual de uma empregada, porém era mais formal. Seu nome era Marky. Ela esboçava um sorriso e parecia ser bem diferente dos outros que estavam na sala. A garota percebe que todos estavam em um clima tenso e olha de um lado para o outro sem entender o que estava acontecendo.
— Oh... Há quanto tempo, querida Marky — diz Spencer.
— Spennnn!
— Marky, sua linda. Não vai vir me cumprimentar? — pergunta Maylu com um olhar sensual.
— May!
Marky corre na direção de Maylu e as duas se abraçam naquele nível ‘amiga quase pulando em cima da outra’. Em seguida, ambas se olham e surpreendem a todos com um belo beijo. As duas olham para os rapazes e Maylu pergunta.
— Qual o problema de vocês? Somos apenas duas amigas se cumprimentando. Não fantasiem, queridinhos.
— Bem, eu não esperava que amigas se cumprimentassem dessa forma tão íntima — diz Matheo.
— E qual o problema? — pergunta Marky ingenuamente — Vocês também não se cumprimentam assim?
Os quatro homens olham com uma cara de “O que você está perguntando?” para Marky. Malthus responde envergonhado:
— Vejam só os absurdos que essa mulher está dizendo. Como se eu me interessasse por esse tipo de coisa. Tch!
— Você tá vermelho, Malt! — diz Maylu para provocar.
— Não estou! E q-quem te deu liberdade pra me chamar dessa forma?
— Está sim. Por acaso eu posso dizer que em sua cabeça nesse momento você imagina um grande beijo com um dos homens dessa sala, estou certa?
— Cale-se mulher incoveniente!
— Usa seu poder e descobre, May — sugere Marky.
— Excelente ideia! Que tal se eu —para ao sentir uma presença forte se aproximando do local.
Todos os seis mostram reverência à pessoa que estava entrando. Era perceptível que Malthus fazia isso por obrigação e não demonstrava nenhuma satisfação em vê-la. A pessoa então entra. Era uma mulher. A tão comentada ‘Mistress’. Sua pele era branca e um pouco pálida. Ela tinha cabelos longos e pretos e usava um vestido da mesma cor. Seus lábios estavam cobertos por um batom de cor prateada e seus olhos... Esses estavam completamente desfocados e eram acinzentados.
— Agora que todos os membros da Sociedade M. estão reunidos nessa sala, começaremos oficialmente os preparativos para a ‘Noite do Dragão’.
— Sim, grande Mistress — todos respondem.
— O dia finalmente chegou. Dentro de algumas horas, o ritual se dará início e a garota será sacrificada. Tudo por um novo amanhã. Um amanhã onde aqueles que foram oprimidos por essa sociedade sem escrúpulos irão reinar.
— Grande Mistress, os três grandes do meu esquadrão já estão chegando. Quais são as ordens para eles, nesse momento? — pergunta Spencer.
— As minhas ordens...? — de repente a mulher tem uma estranha visão e começa a passar mal.
Spencer, Marky e Mest correm para socorrê-la.
— Lu... Digo, Grande Mistress! Está tudo bem? — pergunta Marky.
— Estou só um pouco fraca... E estou vendo algo...
— É alguma coisa a respeito da grande cerimônia de hoje? — pergunta Mest.
— Herdeiros! Eu os vejo!
— Como? — pergunta Spencer — Eles não foram absorvidos pelo Momentum? Matheo, o que significa isso? Não me diga que aquele garoto que vocês viram era um...
— Eu não tenho certeza. Mas se ele tinha alguma ligação com a herdeira da terra, é provável que si
— E que tipo de poderes ele tinha? — pergunta Spencer.
— Lembro de chamas nas mãos dele. Parecia ser bem quente — comenta Maylu.
— Eu estou vendo... Eles estarão aqui!
— Impossível! Como descobririam a nossa localização? — questiona Spencer.
— Não duvide do destino. Eu havia dito que eles estariam no nosso caminho e isso não poderá ser mudado.
A mulher começa a sentir tontura e fortes dores de cabeça. Mest nota que algo estava acontecendo e olha rapidamente para Malthus. A Mistress fecha os olhos e logo em seguida abre rapidamente. Eles brilhavam e ela se levanta facilmente, como se nada tivesse acontecido.
—Herdeiros... Eliminem um por um. Não deixem que se aproximem do nosso sacrifício e muito menos dos artefatos. Façam com que eles experimentem do inferno se necessário! Eu preciso viver... Eu preciso me libertar. Acabem com eles! — diz a mulher em um tom de voz bem diferente.
Spencer diz que faria tudo o que a Mistress ordenava.
— Agora irei até o meu domínio. Espero não ser incomodada por nenhum de vocês. Me comunicarei mentalmente caso sinta necessidade. Não deixem aqueles herdeiros em hipótese alguma pisar no vigésimo primeiro andar.
A mulher sai caminhando e entra no elevador mais próximo. Mest e ela se olham por alguns segundos enquanto a porta não se fechava. Após a saída da Mistress, Spencer toma uma decisão.
— Membros da Sociedade M., preparem-se! Os herdeiros alfa estarão aqui de alguma forma e a nossa missão é eliminá-los como disse a Mistress.
— E você acha que nós não ouvimos ela falar? Estou indo para o meu domínio — diz Malthus e sai.
— Faça como quiser! —responde Spencer.
— Hey... Spen! Eu queria conversar algo com você... — diz Marky com um olhar um pouco triste.
— Agora? — Um som de ‘beep’ é ouvido do comunicador de Spencer — São eles! Meu esquadrão acabou de entrar na empresa. Vou lá recebê-los e assim que possível, poderemos conversar, certo?
— Certo...
— Maylu, Matheo e... Mest... Bem, fiquem atentos a qualquer movimentação estranha e se preparem da forma que a Mistress havia explicado naquela reunião que tivemos. Estou indo.
Mest sai e vai ao encontro de Malthus, que parecia não estar nada confortável.
— Notou? — pergunta Mest.
— Sim... É como você disse. Não parece ser ela... Mas é tão irritante quanto.
— Ela já não tem mais controle, infelizmente.
— E o que pretende fazer?
— Seguir com o plano, ora! Já estamos nessa, então continuemos. Tenho a sensação de que esses herdeiros já devem estar dentro do prédio.
— Como? Com essa quantidade de câmeras e a segurança... Já teriam sido no mínimo detectados.
— Eles são mais espertos do que imaginamos... Aqueles garotos...
Enquanto isso, na garagem do subsolo...
Um local grande e dividido em algumas partes. O furgão estava estacionado na parte central. Stephanie e Luke estavam na expectativa de saírem debaixo da lona e de dentro do automóvel. Porém, os três guardas do esquadrão ainda estavam lá. De repente alguém se aproxima deles. Era Spencer. Ele pergunta como foi a missão e se o garoto que eles haviam encontrado usava chamas. Os guardas disseram que ele não havia usado isso pra se defender.
— Droga! Vocês acertaram o alvo errado! Esse garoto já deve estar aqui dentro do prédio! Vou acionar a segurança máxima do edifício! Vasculhem tudo e fiquem em alerta imediatamente!
Spencer vai embora, porém os guardas continuavam no subsolo. Um deles sugere que vasculhem o furgão, pois o garoto poderia estar escondido lá. Luke diz a Stephanie que essa era a hora de fazer alguma coisa ou seriam mortos.
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Próximo: Capítulo 33 - Subsolo do Terror