Sonhos Distorcidos escrita por Marie Lolita


Capítulo 13
Capitulo 12 – Beijando uma fugitiva


Notas iniciais do capítulo

Descupem a demora amores, eu estava sem tempo e quando sentei meu rabiscoito na frente do computador para escrever estava com bloquei criativo, mas aí está.
Eu sei que foi uma surpresa para todos que quem descobriu o segredo da Sakura foi a Karin, eu sei, pra mim também foi meio que uma surpresa kkkk
Levante a mão quem quer socar a cara dessa ruiva? EUUUUUU!
Esse capitulo fara todos terem raiva e ficarem ainda mais surpresos - só não morram de ataque cardíaco, pliz



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– É sério tudo isso que você me contou? – perguntou Ino, arregalando seus lindos olhos azuis.

– Tudinho – declara Sakura tristemente.

Ino se deixa cair no banco, ao lado de onde a rosada está sentada, olhando sua folha de desenho A3 em branco.

–Você está ferrada, Sakura. Uma das piores víboras que existe nessa academia descobriu o seu segredo.

– Você não precisa me informar o óbvio Ino. Eu já sei disso desde o dia que conheci a Karin. – Sakura soltou um suspiro de derrota. – O pior de tudo é que desde o primeiro dia que ela me achou aqui, ela está de marcação, mas nunca achei que era porque achava que eu era garota e sim porque tem uma paixonite incondicional pelo meu irmão.

– E o que você vai fazer? – pergunta Ino.

– Se eu soubesse já teria feito – diz a rosada mal humorada. – O pior é que sei que ela se aproveitará disso até quando não puder mais e eu me ferrarei ainda mais.

Há dois dias todos tinham voltado do acampamento e desde o dia que Karin descobriu o segredo de Sakura ela tem se mantido por perto, esperando a hora certa de agir, mas inda não tinha mandado à jovem fazer nada em troca de seu silêncio, o que a deixava intrigada e com mais medo.

– Como o Sasuke pode gostar de alguém como ela? – Sakura reflete, em voz alta. – Eu sei que ele é mal e uma mala sem alça, mas ninguém merece a Karin, nem mesmo ele.

Ele é outro que tem se mantido em silêncio por tempo demais.

Toda essa situação é de enlouquecer qualquer um. O silêncio. Não saber quem está do seu lado. Quem quer chantageá-la.

– Karin – diz Ino de forma apressada.

– É. Foi o que eu disse. Ele gosta dela.

– Não, sua tapada. A Karin está vindo para cá nesse exato momento.

Sakura voltou sua atenção para onde a loira estava olhado como os olhos meio arregalados de surpresa.

– Vish Sakura, eu estou vazando – disse Ino, já se levantando e saindo dali de fininho.

– Sua trairá – murmura à rosada.

Karin parou na frente da garota, com um sorriso mais falso que a sua tintura de cabelo e para completar sua postura de patricinha colocou as mãos nos quadris.

– Eu estava te procurando, Chay – disse Karin se sentando ao lado dela.

– O que você quer Karin? – perguntou sem delongas.

– Oh, direta como sempre. Essa é a Sakura que eu conheço – ela dá um sorriso condescendente. – Muito bem, eu quero que você roube as respostas da prova de amanhã.

– Você já ouviu falar em estudar?

– Não vou perder meu precioso tempo com isso. Por isso, esse é o seu trabalho.

Sakura congelou no lugar só em pensar em cometer seu primeiro ato ilegal e provavelmente ser pega. O FBI irá atrás de mim, pensou arregalando os olhos e com o coração disparado.

– Você terá que invadir a sala do diretor e roubar as respostas que esta em algum lugar – disse a ruiva, já se levantando.

– M-mas como farei isso?

– Não é você que é a garota que se veste de homem? De seu jeito.

Sem esperar que ela fizesse mais alguma pergunta, ela dá as costas para a Sakura e foi embora. A garota teve que se segurar para não arrancar a cabeça do pescoço de Karin. Ela respirou fundo e abriu as mãos que estavam em punhos.

Ela estreita seus olhos e em sua imaginação Karin é morta de várias maneiras, algumas das quais são inimagináveis.

– Você vai mesmo fazer isso? – perguntou para si mesma, já sabendo a resposta.

Deu um suspiro em derrota e se levantou em seguida, só para bater a testa no peitoral de alguém, no mesmo segundo voltou a cair sentada no banco de madeira.

– Puta merda, seu cego, não olha por onde anda não? – perguntou, massageando a testa.

Ela subiu seu olhar para ver quem era a parede de concreto com quem tinha chocado e viu duas pedras ônix com raiva vidrados nela.

– Você esta me provocando – ele levanta uma de suas sobrancelhas negras.

– E você esta se mostrando um perfeito idiota com I maiúsculo.

Os punhos ao lado do corpo dele se fecham em ódio e a qualquer segundo Sakura poderá ganhar um olho roxo de graça.

– Eu disse que era para você ficar longe da Karin e pelo que vejo não é isso que você esta fazendo – rosnou ele.

O sangue da rosada que já estava fervilhando de ódio agora entrava em combustão. Se já não fosse pouco a Karin a chantagear ainda tinha que ver um idiota apaixonada ciumento de uma figa a infernizar.

– Você quer tanto assim aquela garota, Sasuke? Você nem sabe como ela é de verdade e fica aí pelos cantos dizendo que a ama e me ameaçando porque ela me persegue. Eu achei que você não merecia ter aquele carma no seu pé, mas, agora eu faço questão que os dois fiquem juntos, pois se merecem.

Ela se levanta, empurrando o peito dele com as mãos. Deu as costas para ele, mas infelizmente ele agarra o seu pulso e a faz virar para encará-lo.

– Por que eu não acredito em você?

– Porque você é um babaca que acha que conhece aquela vadia, mas está totalmente enganado. E quando você descobrir quem realmente ela é, eu vou ter o prazer de rir muito da sua cara. – Ela puxa com tudo seu pulso, fazendo-o soltar de uma vez. – Com licença, eu tenho um projeto para planejar – dizendo isso ela deu as costas para ele.


Às onze da noite, Sakura estava do lado de fora do prédio da diretoria, mas não tinha a mínima ideia de como iria invadir a sala do reitor.


É óbvio que tem câmeras e alarmes do lado de dentro e Sakura não é nenhuma descendente do 007 ou uma super agente do governo americano, e sim uma garoto normal que é sedentária e gosta de ler livros.

– Não tem como amarelar agora – murmurou para si.

Respirou fundo e voltou a encarar a porta cinza de madeira do prédio. Aparentemente tudo estava deserto, mas os alarmes estavam todos ligados.

Sakura prendeu o seu cabelo rose em um coque bem preso e ajeitou sua roupa de espião (um conjunto de moletom meio justo) e arrumou a mochila nos ombros. Se alguém a pegasse era melhor ser como uma garota que não esta matriculada no sistema do que como Chay e acabar sendo expulsa. Claro. Ela poderia ser presa, na pior das hipóteses.

Ela deu a volta no prédio e viu em sua planta – tirada da internet – onde fica a sala do diretor. Avistou no terceiro andar a janela meio arredondada e soube no primeiro olhar que era ali.

Sakura olhou todos os lados, a procura de qualquer alma viva que pudesse estar por ali, mas só estava ela, à noite e uma coruja que piava em algum lugar ao longe.

Esta na hora, pensou ela, arrumado ainda mais a mochila nas costas.

A garota sabe que não pode simplesmente arrombar a porta e sair procurando as respostas. Pelo que ouvira dizer, a porta do diretor tem um alarme que conforme aperta a porta e não desligado, o alarme dispara no mesmo segundo. Então, ela torcia para as janelas também não terem nenhum tipo de dispositivo que a denunciassem.

Sakura segurou um cano grosso de ferro cheio de trepadeira e começou a escalar. Aos trancos e barrancos – em nenhum segundo ela olhou para baixo – Sakura consegui subir. Escorou-se no parapeito e após checar que o ar condicionado ficava exatamente a dois palmos abaixo de si, soltou as mãos que a seguravam ao cano. Assim que os seus pés bateram no aparelho quadrado, por um momento ela achou que o barulho tinha ecoado e que o ar condicionado iria ceder ao seu peso e ela iria em direção a sua morte. Mas talvez Deus estivesse do seu lado naquele momento, pois o aparelho não cedeu e ele não morreu. Graças!

Ela pegou um grampo do cabelo e tentou abrir a fechadura da janela, mas isso não é tão fácil como parece nos filmes e o grampo quebrou. Ela bufou de raiva e frustração. Agora seu plano tinha ido rio a baixo.

Rapidamente sua mente pensou em um plano B, só não era um dos melhores, mas é pegar ou largar.

Ela colocou uma alça da mochila no ombro esquerdo e tirou de dentro uma camiseta preta de Chay, fechou a mochila e enrolou a camiseta em volta da mão direita fechada em punho.

Fechou os olhos com muita força e quebrou a linda janela do diretor, que, graças a uma força maior, se encontrava bem ao lado do ar condicionado em que ela estava em pé.

Quebrou o vidro em vários caquinhos, mas nenhum alarme foi acionado. Realmente, a pessoa que colocou o alarme na porta e não na janela é um gênio que merece palmas e um prêmio por sua esperteza.

Ela procurou o trinco e quando ouviu um click empurrou a janela para dentro.

A sala do diretor estava como na última vez que vira, com a mesa no centro, o computador desligado e as paredes de estante com muitos livros. Ela pensou em ligar o computador e ver o que achava, mas pensou que levaria muito tempo para achar a senha, se tivesse. De forma distraída, ela entrou, tentando não cair ou quebrar alguma coisa, mas tropeçou em seus próprios pés e caiu de cara no chão no mesmo segundo. Sakura reprimiu um gritinho de dor no meio da garganta e massageou a testa. Ela virou o corpo, ficando de costas no chão e viu embaixo da cadeira do diretor um envelope preto lacrado, preso com fita adesiva.

Rapidamente ela arrancou o envelope da cadeira. Pode ser qualquer coisa, mas com certeza algo de importante, porque ninguém tenta esconder coisas sem importância. Assim que pegou o envelope, viu que estava escrito alguma coisa em uma letra curvilínea e bem desenhada, mas ouviu um movimento do outro lado da porta. Rapidamente, jogou o envelope dentro da mochila e voltou para a janela. Antes que pegasse o cano para descer como um bombeiro faria, ela escutou o barulho da chave na fechadura da porta e se apresou anda mais. Não poderia ser pega.

Ela se atrapalhou um pouco para agarrar o cano, seus dedos estavam tremendo de nervosismo e seu coração estava disparado, quase saindo pela boca.

Ela desceu o cano e a um metro de alcançar o solo, suas mãos escorregaram do cano e ela caiu com tudo no chão em um baque surdo. Sem tempo para sentir a sua própria dor, ela olhou para cima e viu que a luz da sala tinha sido acessa. Apressada, ela nem se deu tempo de levantar, foi engatinhando para dentro do bosque. Tentado ser encoberta pelas árvores altas.

Sakura ouviu quando um alarme foi disparado e ouviu alguém gritar um xingamento que ela não entendeu, mas não ficou ali para ver quem era e muito menos ser pega, ela se levantou e começou a correr desembestada.

A garota ficou por dez minutos correndo, sem um destino concreto. Depois foi diminuindo seu ritmo aos poucos, até ela parar por completo. Assim que parou, ela soltou a respiração, que nem sabia que estava prendendo e decidiu se vestir de Chay para não levantar suspeitas.

Tirou todas as folhas mortas que grudaram em seu cabelo na queda e começou a se despir. Rapidamente colocou as roupas masculinas e colocou a peruca de qualquer jeito, colocando uma touca preta de esqui por cima.

Saiu do bosque, de encontro ao caminho de tijolos amarelos. Ajeitou a roupa o máximo que podia e começou a andar, com destino ao dormitório ou algum lugar que pudesse se esconder e rever seu primeiro ato de vandalismo e ilegalidade.

Mas estava tão transtornada e com medo de ser pega que nem se deu conta que alguém a seguia a alguns passos mais atrás.

– Ei, você – uma voz masculina a chamou.

No mesmo segundo ela se virou e seus ombros foram agarrados por mãos fortes. Sem tempo para que ela pudesse processar qualquer informação que seja seus lábios foram tomados com voracidade. Uma mão envolveu sua pequena cintura e a outra deslizou para sua nuca, entrelaçando os dedos no cabelo.

O beijo era molhado e com uma urgência que ela não conseguia conter, muito menos recuar. Depois de alguns movimentos, a língua da outra pessoa pediu passagem e ela cedeu completamente.

Suas mãos agarraram os ombros largos e fortes da pessoa que a beijava e ele a puxou mais para si. O calor invadiu todo o corpo da pequena e ela sentiu que precisava ver quem era essa pessoa, mesmo se sentindo fortemente atraída e uma estranha familiaridade vindo dele.

– P-pare – gaguejou quando a pessoa deu espaço para recuperar o fôlego por alguns segundos.

A pessoa pareceu se dar conta do que tinha feito e se afastou um pouco, sobressaltada. Foi quando ela viu o cabelo ruivo liso e todo despenteado, ela só conhece uma pessoa ruiva. Sasori.

Seus olhos verdes se arregalaram um pouco em constatar que seu ruivo amado jogava no outro time e pior, que ela tinha correspondido.

– E-eu... eu não sabia que... v-você era... – ela não conseguiu terminar a sua frase e deixou seu olhar cair para seu all star surrado.

Sem falar qualquer coisa, o ruivo agarrou o pulso pequeno dela e a arrastou para dentro do bosque, jogando-a contra o tronco de uma árvore.

– M-me desculpe. Eu juro que não vou dizer nada para ninguém – falou desesperada.

Ela não sabia o que ele podia fazer, mas não queria descobrir que ele é um serial killer psicopata e ela a sua vítima.

Sakura quase se fundiu ao tronco quando ele deu um passo para frente, ficando mais próximo dela e em um movimento inesperado, ele agarrou as mãos dela, prendendo acima da cabeça com somente uma de suas mãos.

– S-Sasori – começou a dizer, mas ele colocou um dedo na frente dos lábios dela, silenciando-a.

– Me desculpe te atacar dessa forma, mas é que eu não aguentei mais ficar longe de você. Não poder sentir a sua pele, não te beijar, colar meu corpo com o seu – ele passou a mão no rosto dela, acariciou seus lábios entreabertos e colocou mais seu corpo com o dela, a pressionado contra a árvore.

A temperatura subia a cada segundo, fazendo Sakura se sentir como um vulcão preste a entrar em erupção, mas ela se lembrou que nada disso era para ela, mas para o Chay, e nesse momento ela queria se matar.

– Olha Sasori... eu não sou o que você pensa que sou e...

– Eu sei – ele deu um sorrisinho de canto.

– Você sabe? – ela balançou a cabeça, não entendendo nada. – Sabe o quê? Que eu não sou homossexual e que tudo isso é um terrível erro?

– Não. Eu sei que você não é homem. – Ele tirou a touca junto com a peruca e jogou aos pés dos dois. – Eu sei que você é a garota que conversei aquela noite e que eu estou muito a fim de você.

Dizendo isso, ele baixou a cabeça, tomando os lábios de Sakura com os seus e o beijo fez à rosada entrar em erupção.

Isso não irá acabar nada bem, pensou ela. Mas que se dane. No mesmo segundo, Sakura jogou os braços em volta do pescoço do garoto e correspondeu o beijo com a mesma intensidade.















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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei, foi outra surpresa o Sasori descobrir o segredo da Sakura e ainda por cima empurra-la na parede e chama-la de lagartixa kkk - bem, vocês entenderam o que eu quis dizer.
Espero ver comentários, bons ou ruins, tanto faz, desde que sejam sinceros.
OBS: Só para avisar, eu já postei Sonhos Distorcidos - Original, esta na minh página, então deem uma olhadinha lá e deixem um comentário.
Até o próximo capitulo
Beijinhos com açúcar