Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 16
Natal n'A Toca


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaríamos de agradecer a todos que mandaram reviews no capítulo anterior, tanatielly, Rachel Black Lestrange, BabyBia, Loire Caroline e caroline (mas parece que a conta foi excluida, mas mesmo assim obrigada pelo review) muito obrigada mesmo, esse capítulo é para vocês. Esperamos que gostem.



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Harry estava n’A Toca lavando couve-de-bruxelas com Rony para o jantar de Natal, e enquanto fazia isso contou para o amigo da conversa que ouviu entre Draco e Snape. Infelizmente ele não teve a sorte de ter contado isso para Hermione, mas ela conseguia ouvir o que ela iria dizer:

"É óbvio, Harry, que ele estava fingindo ajudar para poder fazer Malfoy contar o que está fazendo..."

A Sra. Weasley estava nervosa para arrumar a casa para deixar todos confortáveis, dando um jeito para que todos tivessem uma cama.

Depois do jantar Fred, Jorge, Gina e Safira jogavam Snap Explosivo, a Sra. Weasley tentava ouvir sua cantora favorita, Celestina Warbeck, fazendo a voz da cantora no rádio competir com a de Fleur, que insistia em criticá-la.

Harry aproveitou essa oportunidade para contar ao Sr. Weasley sobre a conversa que ouviu, e o resultado não foi outro.

– Já lhe ocorreu, Harry – perguntou o Sr. Weasley –, que Snape estivesse simplesmente fingindo...

– Fingindo oferecer ajuda, para poder descobrir o que Malfoy está fazendo? – completou Harry depressa. – E, achei que o senhor iria dizer isso. Mas como vamos saber?

– Não temos de saber – disse Lupin inesperadamente. Tinha dado as costas à lareira e encarava Harry do outro lado do Sr. Weasley. – Dumbledore é quem tem. Ele confia em Severo, e isto deve ser suficiente para todos nós.

– E você Sirius? – perguntou Harry para a única pessoa que ele sabia que iria apoia-lo.

– Eu não tenho a menor simpatia por ele – disse Sirius, se recostando na poltrona. – E não me surpreenderia se ele estivesse metido em algo desse gênero. Mas até mesmo eu tenho que concordar que Dumbledore não se enganaria com algo desse tipo. – Harry estava com uma evidente expressão de incredulidade no rosto. – Temos que lembrar que Dumbledore acreditou na minha inocência quando ninguém mais fez isso. Por anos todos pensaram que eu era um assassino, que tinha traído meu melhor amigo. Mas Dumbledore acreditou em mim. E se não fosse por ele, provavelmente eu não estaria aqui, e sim novamente em Azkaban, ou pior.

Quando terminou de falar Sirius olhou para Safira, que ria enquanto jogava com os gêmeos e Gina. Parecia realmente feliz com a sorte que tinha.

– Sem falar que ele nos avisou que você tinha ido ao Ministério da Magia há meses atrás. Infelizmente estou em dívida com ele por causa disso.

Harry queria discutir, mas sabia que nesse ponto Sirius estava certo. Mas nada ia mudar o que ele pensava em relação à Snape.

– Mas o melhor seria você contar a Dumbledore sobre suas suspeitas – disse Lupin.

Querendo mudar de assunto Harry perguntou a Lupin o que andava fazendo, recebendo como resposta que estava servindo de espião entre um bando de lobisomens. E um nome o surpreendeu.

– Greyback?

Automaticamente Harry olhou para Safira, que durante segundos, estava com um olhar assustador, mas se recompôs em seguida, de forma que ninguém percebesse.

Sirius não deixou de reparar para onde Harry estava olhando.

– Sim. Uma das pessoas relacionada com a morte de Ofélia.

– Fenrir Lobo Greyback talvez seja o lobisomem mais selvagem que existe hoje – disse Lupin. – Encara como missão de sua vida morder e contaminar o maior número possível de pessoas; quer criar um número suficiente de lobisomens para superar os bruxos.

Lupin contou que foi Greyback o lobisomem que o mordeu quando criança, e Harry já sentia raiva desse homem antes, agora estava maior.

Aproveitando uma oportunidade que surgiu, Harry mencionou o Príncipe Mestiço, mas nem Lupin, nem Sirius, sabiam de quem se trarava.

Por um tempo ele ficou conversando com Sirius e Lupin, ainda muito feliz de ficar perto deles, principalmente de seu padrinho. Mas tinha uma coisinha que o incomodava: Ernesto.

Durante a viagem de trem para a estação King’s Cross, houve um momento que Safira pediu, tanto a Harry quanto a Rony, que não contassem á Sirius sobre Ernesto.

– Eu quero esperar mais um tempo até ter certeza de que estamos num relacionamento sério antes de falar para o meu pai – foi o que ela disse.

Mas Harry desejou contar a Sirius e ver o que seu padrinho achava. Na verdade ele tinha esperança que Sirius proibisse o namoro, ou se Lupin, padrinho de Safira, poderia acabar se envolvendo no assunto, o que não era muito provável. Mas o medo de Safira ficar brava com ele fez com que a ideia ficasse de lado.

Depois de um tempo Safira e Sirius voltaram para sua casa no Largo Grimmauld.

A manhã seguinte começou alegre quando Harry viu um colar escrito “Meu namorado”, que Lilá havia dado para Rony, não piorou muito, mesmo depois de receber um embrulho cheio de larvas enviado por Monstro.

Quando desceu Harry viu que todos, menos Fleur, estavam usando um suéter feito pela Sra. Weasley.

Safira e Sirius chegaram segundos depois trazendo alguns presentes.

– Harry, esse é...

Safira ficou encarando o grifinório e deixou escapar uma risadinha.

– O que foi?

– Tem uma larva no seu cabelo – Safira se aproximou e tirou a larva com cuidado, fazendo Harry sentir seu rosto enquentar, depois jogando ela pela porta. – Como ela foi parar aí?

– Pergunte ao Monstro.

– Monstro? Essa não, desculpe. Eu disse para ele tentar ser mais gentil com vocês, talvez mandar um presentinho. Lamento.

– Tudo bem. O presente foi inesquecível.

– Bem tome.

Safira lhe entregou um embrulho pequeno e retangular, com papel de presente vermelho e uma fita amarela. Quando abriu viu um foto em um lindo porta-retrato, na foto havia um homem idêntico ao Harry, mas sem olhos verdes nem cicatriz, e uma mulher de cabelos acaju com os olhos que ele herdou, ambos aparentando dezessete anos. Na foto sua mãe estava sentada aos pés de uma árvore lendo um livro, e seu pai cutucou o ombro dela fazendo com que olhasse para cima, quando fez isso Tiago Potter lhe roubou um beijo, deixando escapar um sorriso maroto. Lilian ao mesmo tempo em que parecia brava deixou escapar um sorriso e bateu no garoto com seu livro. Os dois sentaram um ao lado do outro e se abraçaram.

– Minha mãe realmente tirava muitas fotos. Fiz uma cópia de uma das últimas que tinha no álbum. Eu realmente não sabia o que te dar.

– Eu adorei, obrigado.

Agora que Safira falou das fotos que a mãe dela tirava, Harry se lembrou onde havia visto o vestido que ela tinha usado no baile do Slughorn, era o mesmo vestido que a mãe dela usou há muitos anos atrás, em um baile que ela foi acompanhada de Sirius.

– Uma pena que Tonks não tenha aceitado meu convite para vir aqui – disse a Sra. Weasley. – Sabe de alguma coisa Remu?

– Não tenho mantido muito contato com ninguém ultimamente.

– Ela deve estar passando o Natal com os pais dela – disse Sirius. – Acho que vou passar lá um dia, faz muito tempo que não vejo Andrômeda.

Ao tocar no assunto de Tonks, Harry aproveitou para perguntar a Lupin se um patrono pode mudar de forma.

– Às vezes... um grande choque... uma perturbação emocional...

– Arthur! – chamou a Sra. Weasley de repente. Levantara-se da cadeira; sua mão apertava o peito e tinha os olhos fixos na janela da cozinha. – Arthur... é o Percy!

– Quê?

De fato era Percy, mas não estava sozinho, mas sim acompanhado do ministro Rufo Scrimgeour.

O ministro disse que só estava lá por pedido de Percy, que não fez nada para confirmar a história. Então pediu que alguém o acompanha-se para conhecer o jardim, enquanto Percy colocava a conversa em dia, e acabou escolhendo Harry.

– Se quiser, senhor ministro – disse Safira, com um tom levemente atrevido. – eu posso acompanha-lo.

– Não será necessário – mesmo tentando fingir ele não olhava nem Sirius, nem Safira, de forma agradável. – Vejo que está comendo, e não quero incomodar.

– Ah, eu vou – disse Harry no silêncio que se seguiu.

Realmente Scrimgeour queria conversar com Harry, sugerindo que ele trabalhasse para o Ministério na luta contra Voldemort. Muitas coisas foram ditas, e Harry deixou claro a sua posição.

– Você é por inteiro um homem de Dumbledore, não, Potter? – disse Scrimgeour.

– Sou. Que bom que deixamos isto claro.

Quando chegou n’A Toca havia muito barulho, e depois um som de slash.

– Já chega.

Percy saiu de casa com o rosto coberto de purê de batata.

– Acho que já podemos ir ministro.

– Sim. Claro.

Harry continuou andando para a dentro e ouviu o barulho que indicava que os dois tinha desaparatado. Lá dentro a Sra. Weasley estava chorando e Safira estava com a mão cheia de purê, assim como os gêmeos.

– Sinto muito Sra. Weasley – disse Safira, mas não parecia sentir nada. – Eu me descontrolei...

– Não tem que pedir desculpas – disse Fred.

– Exatamente. O Percy foi um idiota. – acrescentou Jorge.

– Eu vou tomar ar.

Safira pegou um guardanapo, limpou rapidamente e ferozmente a mão e saiu, com passos pesados. E Harry resolveu segui-la. Ela andou e andou até chegar perto de uma árvore, que não ficava muito longe de onde Harry havia conversado com o ministro.

– Idiota. Cãozinho do ministro. Traidor...

– Safira?

Quando ela olhou para trás parecia assustada e colocou a mão sobre a boca, como se tivesse dito algo que não devia.

– Ah. É você.

Ela recostou na árvore e começou a massagear as temporas. Harry tentou compreender o nervosismo que ela teve, com medo de que alguém tenha ouvido o que ela disse.

– Pelo jeito você me ouviu.

– Ouvi sim.

– Ou melhor, você entendeu.

Só agora Harry compreendeu, Safira havia falado em língua de cobra. Para ele é tão normal entender a linguagem das serpentes que as vezes ele não reparava na diferença, mas ele a todo momento esquecia que Safira também é capaz de tal coisa.

– Ás vezes isso acontece quando eu fico nervosa.

– O que aconteceu?

Ela bufou e respirou fundo antes de falar.

– Esse Percy não aguenta a verdade, é isso. Depois que você saiu a Sra. Weasley perguntou como ele estava, e ele disse que adorava trabalhar no ministério, e que o pai devia seguir seu exemplo, ter mais ambição. Não demorou muito começou uma discussão. E teve uma hora que eu chamei o ministro de imbecil e o Percy veio discutir comigo, e não demorei para jogar na cara dele que aquele cara de pau do Scrimgeour só não gosta do Sirius porque ele é a prova viva de que o Ministério condena pessoas inocentes para mostrar que está fazendo algo de útil, e quando ele foi solto ficou óbvio que o Ministério comete erros.

Harry reparou que a cada palavra os punhos de Safira tremiam cada vez mais.

– Ele me disse que foi uma pequena infelicidade o que aconteceu e que o erro poderia ser pior. E como todos estavam adorando a companhia dele fizemos questão de servir um pouco de purê para ele experimentar. Safira jogou o cabelo para trás e Harry viu que ela usava um par de brincos prata com uma pedra verde.

– Brincos legais – ele realmente queria mudar de assunto.

– O que? Ah. Isso. É só uma joia velha, era da minha avó, a mãe de Sirius. Parece que Monstro guardou esses brincos por um longo tempo, e ele me deu de Natal. Como não queria magoa-lo resolvi usar.

Os dois ficaram em silêncio por mais alguns minutos, o único som que havia era do sopro do vendo e as folhas das árvores balançando.

– Então – disse Harry, quebrando o silencio. – vamos entrar?

– Vamos. Está esfriando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. Opiniões sinceras, por favor.
Mais uma coisa, gostaria que no final, ou começo, de seus reviews vocês coloquem que casal vocês shippam (para quem não sabe, shippar é a pratica de torcer por um casal). Só por curiosidade minha. Os casais são:
Hafira (Harry & Safira)
Ernesto & Safira (não pensei em um nome, depois eu penso em um)
Drafira (Draco & Safira)
Drina (Draco & Lina)
Escrevam sem medo.
Bem, acho que é isso. Estaremos esperando.
Até o próximo capítulo. o/ ♥