Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 12
Visitando Hagrid


Notas iniciais do capítulo

Gostaríamos de dedicar esse capítulo a Loire Caroline, BabyBia e Anna Harrison, por comentarem quase sempre. Agradecemos muito a vocês.



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Quando deixaram a mesa da Grifinória, cinco minutos depois, para ir ao campo de quadribol, passaram por Lilá Brown e Parvati Patil. O que o surpreendeu foi ver Parvati de repente cutucar Lilá,quando Rony emparelhou com elas, e Lilá se virar e dar um enorme sorriso para o garoto. Rony piscou e, hesitante, retribuiu o sorriso. Instantaneamente, mudou o seu modo de andar,empertigando-se como um pavão. Harry resistiu à tentação de rir, lembrando que o amigo também se controlara quando Malfoy lhe quebrara o nariz; Hermione, no entanto, assumiu um ar frio e distante durante a descida para o estádio sob a chuva fria e nevoenta, e saiu para procurar um lugar nas arquibancadas, sem desejar boa sorte a Rony.

Safira e Lina se sentaram perto de Hermione e ficaram atentas a tudo, rindo quando viram que havia pessoas de outras casas lá.

No final de duas horas de testes, Harry se decidiu sobre os artilheiros, que seriam Katie Bell, Demelza Robins e Gina Weasley. Os batedores, Jaquito Peakes e Cadu Coote, não possuíam a genialidade de Fred e Jorge, mas Harry se sentiu razoavelmente satisfeito.

Os testes de goleiro ficaram por último, na esperança de que menos pessoas estivessem presentes, mas o efeito foi o contrário. Harry viu que, mesmo depois da vitória na partida decisiva no ano anterior, parecia muito nervoso. Felizmente os primeiros a fazer o teste não conseguiram defender o gol mais de duas vezes, mas quando foi a vez de Córmaco McLaggen, que defendeu quatro de cinco, somente porque no último arremesso ele voou na direção oposta, o que gerou muitas risadas e o fez ranger os dentes quando finalmente voltou ao chão.

Agora era a vez de Rony.

– Boa sorte! – gritou uma voz das arquibancadas. Harry se virou esperando ver Hermione, mas era Lilá Brown.

Enquanto olhava para arquibancada Harry, sem saber por que, ficou olhando Safira, que parecia estar sussurrando alguma coisa para Lina e inclinando a cabeça na direção de Hermione, que não prestava atenção a nenhuma das duas. Um pouco acima dela estava Romilda Vane, que olhou para Harry e acenou, parecendo sem graça quando as amigas começaram a rir. Quase que imediatamente ele voltou sua atenção para o teste de Rony.

Felizmente quando Harry prestou atenção no treino foi o momento exato em que a primeira goles foi lançada. Harry ficou muito feliz ao ver que Rony conseguiu defender cinco de cinco, mas Córmaco McLaggen não reagiu tão bem alegando que Gina facilitou para o irmão.

– Você foi genial, Rony!

Desta vez era realmente Hermione que vinha correndo das arquibancadas; Harry viu Lilá sair do campo com Parvati, com uma expressão mal-humorada no rosto.

Depois de marcar o primeiro treino para a quinta-feira seguinte, Harry, Rony, Hermione, Safira e Lina se despediram do resto da equipe e se dirigiram à casa de Hagrid.

– Harry. – disse Lina, enquanto Hermione e Safira prestavam atenção no eufórico Rony descrevendo o teste do seu ponto de vista. – Sabe o que eu ouvi Romilda Vane comentar.

– O que? – por alguma razão ele sabia que não ia gostar de ouvir.

– Parece que ela queria que todos ouvissem. Ela falou que você ficava olhando para ela durante o treino.

- O que!? Isso é mentira.

– Eu percebi que você olhou para a arquibancada uma vez.

– Mas eu não estava olhando para ela.

– Eu sei. A questão é, para quem você estava olhando então? – no mesmo instante Lina olhou para Safira que ainda escutava o que Rony dizia e depois olhou para Harry.

– Fui melhor que o McLaggen – disse ele em tom muito satisfeito. – Vocês viram ele saindo na direção oposta no quinto? Parecia que tinha sido confundido...

Para surpresa de Harry, Hermione ficou muito vermelha ao ouvir isso. Rony não notou; estava ocupado demais descrevendo carinhosamente cada uma das penalidades em detalhe.

– Oi amigão – Safira foi á frente de todos e um segundo depois estava fazendo uma reverencia para um enorme hipogrifo cinza, que retribuiu.

Logo em seguida já estava acariciando a cabeça do belo animal.

– Também senti saudades. Sirius também quer te ver novamente, mas ele anda muito ocupado. – esse nome teve um bom efeito, porque Bicuço parecia feliz.

Harry também se aproximou e começou a acariciar o animal.

– Ele é muito bonito – disse Lina, também começando a se aproximar.

– Oi! – gritou uma voz.

Hagrid saíra de um canto da cabana usando um grande avental florido e trazendo um sacode batatas na mão. Seu enorme cão, Canino, que o acompanhava de perto, deu um tremendo latido e avançou para os garotos.

– Para trás! Ele vai comer seus dedos... ah, são vocês. Canino cumprimentava Hermione e Rony aos pulos, tentando lamber suas orelhas. Hagrid parou, olhou-os por uma fração de segundo, e depois virou as costas e entrou na cabana batendo aporta.

– Ah, não! exclamou Hermione, apreensiva.

– É, a coisa tá feia – disse Lina.

– Não se preocupem – disse Harry.

– Vá com calma – disse Safira sem tirar os olhos de Bicuço. – Ele está magoado.

– Hagrid! Abre, queremos falar com você! – Não houve resposta dentro da casa. – Se você não abrir a porta, vamos arrombá-la! – ameaçou Harry puxando a varinha.

– Acho que ele não te ouviu. – disse Lina para Safira.

A garota de olhos azuis soltou um suspiro e voltou á acariciar o hipogrifo.

– Harry! – exclamou Hermione chocada. – Não é possível...

– É, sim! – retrucou Harry. – Cheguem para trás...

Mas, antes que pudesse continuar a falar, a porta se escancarou e Hagrid surgiu com um ar agressivo e, apesar do avental florido, decididamente assustador.

– Sou um professor! – urrou para Harry. – Um professor, Potter! Como se atreve a ameaçar arrombar minha porta!

– Peço desculpas, senhor – disse Harry, sublinhando a última palavra enquanto guardava a varinha no bolso interno das vestes.

Hagrid pareceu confuso.

– Desde quando você me chama de "senhor"?

– Desde quando você me chama de "Potter"?

– Ah, muito esperto – rosnou Hagrid. – Muito engraçado. Ganhou, não é? Muito bem, então entrem, seus ingratinhos...

– Acho que Lina e eu vamos ficar aqui fora.

Safira segurou o braço de Lina para impedi-la de entrar, mas parecia que Hagrid não havia reparado nas duas, porque se Lina tivesse continuado teria batido a cara na porta.

Por que temos que ficar aqui fora? Está ficando quente.

Um sol forte começava a surgir entre as nuvens, Lina teve que colocar a mão sobre a cabeça para não ficar “sega” pelos raios solares.

– Porque isso é algo que eles têm que resolver sozinhos.

De repente três pancadas fortes foram ouvidas de dentro da casa.

– Deve estar tudo bem – Safira parecia realmente acreditar nisso. – Eu queria muito poder montar em você. – disse enquanto afagava o bico de Bicuço.

– Quando ele fugiu Sirius cuidou dele?

Safira olhou em volta para ver se ninguém se aproximava.

– Na verdade, há três anos, Sirius fugiu montando em Bicuço.

– Harry ajudou – isso não era uma pergunta.

– Talvez, não posso dizer com certeza porque eu não estava com ele.

Do nada foi possível ouvir um choro estrondoso.

– Será que está tudo bem? – perguntou Lina.

– Deve estar.

Safira caminhou até algumas doninhas mortas que estavam penduradas em uma estaca bem grande não muito longe de Bicuço.

– Está com fome?

Ele fez um barulho que parecia querer dizer “sim”, então Safira jogou a doninha no alto e Bicuço deu um salto para pega-la.

– Eca.

– O que foi?

– Não sei se eu seguraria uma doninha morta.

– Pra mim não é problema. Eu já dei vários ratinhos mortos para...

– Para...?

– Para o Bicuço.

O coração de Safira soltou, ela quase revelou sobre Opalas, e isso na certa ia gerar perguntas.

Antes que as duas se dessem conta o sol estava começando a se por.

– Estou morta de fome.

– Eu também.

Lina se levantou e foi até a janela. Ela conseguiu chamar a atenção do Harry e gesticulou dizendo que elas iam voltar para o castelo, e ele se limitou a acenar com a cabeça;

– Vamos, não deve demorar para servirem o jantar.

– Tchau Bicuço. Prometo te visitar outro dia.

Assim que chegaram ao castelo as duas foram direto para o Grande Salão, mas tiveram que esperar um pouco pelo jantar.

– Safira!

Quando a grifinória olhou para trás viu um homem gordo com bigode de leão-marinho indo na sua direção.

– Professor Slughorn.

Safira se pôs de pé.

– Estava te procurando.

– Precisa de alguma coisa senhor?

– Na verdade eu queria convida-la para ir á uma ceia nos meus aposentos.

– Uma ceia?

– Sim, uma pequena festinha com meia dúzia de astros e estrelas em ascensão. Estarão lá o McLaggen, o Zabini, a Srta. Weasley e a encantadora Melinda Bobbin, não sei se você a conhece. A família é proprietária de uma grande cadeia de farmácias.

– Fico lisonjeada professor, mas... – Safira estava pensando em qualquer desculpa que pudesse usar.

– Mas, – Lina interveio. – Safira prometeu que me ajudaria com um trabalho de Defesa Contra as Artes das Trevas, que é para amanhã.

– Isso. Lina está com um pouco de dificuldade e eu prometi ajuda-la. E eu não posso quebrar uma promessa. Mesmo que seja por um convite incrível como esse.

– Muito nobre de sua parte. Bem, acho que terei que respeitar isso.

– Fico feliz que entenda professor.

– Quem sabe na próxima.

– Com certeza.

As duas se sentaram enquanto o professor se afastou, por ter avistado Harry, que parecia estar conversando com Hermione sobre algo sério.

– Terminamos o trabalho ontem – disse Safira.

– Mas ele não sabe – Lina soltou uma risada de criança sapeca. – Você me deve por essa. Então, você me paga uma cerveja amanteigada quando formos a Hogsmeade.

– Esta bem.

– Você reparou no Harry e na Hermione?

– Acho que ele percebeu.

– Ainda não estou acreditando que a Hermione confundiu o McLaggen – sussurrou Lina. – Fiquei impressionada.

– Por alguma razão eu acredito.

Logo em seguida Harry, Rony e Hermione se sentaram perto das duas.

– Slughorn também te convidou para a ceia? – perguntou Safira colocando uma colherada de purê de batatas na boca.

– Sim. Como sabe?

– Porque ele me chamou agora a pouco.

– Você vai? – perguntou Hermione.

– Nem pensar. O professor Slughorn é legal, mas eu não quero ficar perto de celebridades metidas e dever favores a ele.

– Eu não vou porque tenho detenção com Snape.

– Slughorn disse que vai falar com Snape para que ele te libere. – disse Hermione.

– Duvido muito que Snape vá deixar – disse Safira. – Fique preparado para a detenção Harry.

– Obrigado.

– Não há de que.

Nessa hora o uma coruja deixou uma edição do Profeta Diário na frente de Hermione, e havia uma manchete dizendo que Arthur Weasley, baseado em uma informação confidencial, foi realizar uma busca na casa dos Malfoy, e Harry admitiu que a informação veio dele.

Assim como Safira disse, Demelza Robins veio dar um recado de Snape para Harry dizendo que ele não poderá faltar à detenção independentemente de quantos convites ele receba, e Harry passou um longo tempo tendo que separar vermes para serem usado em poções.


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