The Princess Of Earthquakes escrita por fabray
Eu estava atordoada. Eu matei dois professores, que não eram professores, mas monstros, descobri que minha mãe era metade deusa, meu melhor amigo é metade deus, eu sou metade deusa e meu outro melhor amigo é metade bode! Além do fato que depois de 14 anos sem dar notícias, meu pai surge do nada, brota do chão, na soleira do meu quarto! E tudo isso em 2 dias! Era muito pra minha cabeça! Eu balbuciei algo do tipo:
- Você… é Po-Poseidon?!… E meu… Pa-pai?!
-Sim, minha querida. - Disse ele.
- Mas… Deuses gregos não existem! São um conjunto de crenças, criados por um bando de velhos bêbados!
- Os gregos não são bebados! - Exclamou minha mãe.
- Eles tinham um deus para o vinho….
- Que não é exatamente o que se pode chamar de “legal”, se você quer saber. - Disse Nico, me interrompendo.
- Isso não pode ser verdade! Eu não seu uma semideusa, porque, primeiro: Eu sou apenas uma garota com problemas, e segundo e mais importante: Deuses Gregos NÃO EXISTEM! - Eu falei.
- Thay, vai um pouquinho mais pra lá. - Disse Nico, suspirando e se sentando na cama, depois que eu fui um pouco pra lá, dando espaço pra ele - Olha, deuses gregos, existem, você é filha daquele ali na soleira da porta, que por um acaso, é um dos deuses mais poderosos existentes, que controla 2/3 da extensão da Terra, os terremotos entre outros. Sim, eu prestei atenção nas suas explicações de Geografia. Mas, enfim, aceite, você é uma semideusa, e precisa ir urgentemente ao Acampamento Meio - Sangue.
- Sim, e eu pretendo ir com vocês. - Disse mamãe.
- Lucí, já discutimos isso, não dá pra você ir conosco, deixa de ser teimosa mulher! - Resmungaram Nico e o tio que diz que se chama Poseidon juntos.
- Até tu, Poseidon até tu. - Disse mamãe, olhando pra ele de um jeito, levemente irritado. Então, com o olhar de mais puro ódio, mamãe virou-se para Nico dizendo - Se você pensar em encostar na minha filhinha, vai ser a última coisa que você vai fazer,m antes que eu te de uma viagem só de ida para conhecer seu pai.
- Ooooook! - Disse ele alegremente. - Agora vamos arrumar as suas malas, Thay!
- Tá, claro. - Murmurei, e em seguida resmunguei em uma voz alta, clara e irritada - Dá pra tirar essa bodega da minha cabeça?
- Claro filha, mas vamos tirar na hora de sair, ok? Você bateu com a cabeça com tanta força que se cortou. - Disse mamãe amorosamente.
- Ah, era sangue a coisa quente e pegajosa escorrendo do meu couro cabeludo?
- Ahan, tive que fazer uma touca com a minha jaqueta na sua cabeça, de tanto que pingava. - Nico falou enquanto abria meu armário, pegava minhas roupas e dobrava, organizando em pilhas. Ele era organizado, o que é bom. Pegou uma toalha e a jogou para mim, dizendo - Acho que você vai querer tomar um banho, lavar o cabelo. Onde vocês guaram as malas?
- Logo ali. - Apontei pra prateleira acima da barra onde ficam os cabides.
Peguei a toalha, um Jeans, minha sandália de salto, minha bolsa de maquiagem, minha bolsa normal, e ia pegar uma blusinha que eu AMO, quando Nico disse:
- Hey, Thay, acho melhor você colocar essa blusa. - E me jogou uma blusa laranja escrito “Acampamento Meio- Sangue”.
Eu fui ao banheiro, tomei meu banho, me troquei, fiz a melhor maquiagem que pude - Sombras pérola e salmão, o blush rosado de sempre, meu batom rosa com leves traços de salmão e meu gloss incolor -, peguei as minhas coisas no banheiro e fui pro quarto.
Quando cheguei no quarto, Nico estava terminando de arrumar as minhas malas, quando ouviu o toc-toc do salto da sandália, ele falou, fechando a última mala:
- Ah, Thay, você pode ir pegar as suas coisa no banheiro, pra eu termi…. - Quando olhou pra mim, ele arregalou os olhos, e engasgou.
Mamãe e Poseidon estavam se contendo pra não rolar no chão de rir, e me olhando com orgulho.
- As coisas estão aqui, e como nós vamos para esse tal de acampamento?
- Er, ahn, bem, nós, bem, vamos de barco, porque, ahn, er, bem… - Nico balbuciou, os olhos ainda arregalados e fixos em mim.
- Vou levar vocês dois de barco. - Disse Poseidon.
-Então, vão logo, talvez cheguem a tempo de presenciar a fogueira. - Disse mamãe.
Nós saímos de casa e mamãe nos acompanhou, num táxi, até o cais, onde um barco estava nos esperando.
- Até logo filha - Ela disse, com lágrimas nos olhos - Te amo.
- Também te amo mãe. - Eu disse e a abracei. Ela me deu um beijo na testa e se despediu de Poseidon e de Nico, olhando com desprezo para meu amigo.
Entramos no barco, me sentei ao lado de Nico, encostei a cabeça em seu ombro, e logo em seguida adormeci.
Quando eu acordei, estávamos em um píer, Nico disse:
-Bem, aqui estamos nós, Thay…
- Seja bem vinda - Disse uma voz masculina - ao Acampamento Meio-Sangue.
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