Recomeçar escrita por milla cullen


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente, o capítulo ta grandinho, mas foi preciso pra poder explicar a história da Sophie.
Nos falamos mais lá embaixo!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/208585/chapter/8

Capítulo 8

Pov. Sophie

  - “A mais ou menos 600 anos houve uma grande guerra entre bruxos e vampiros. Ela foi feita simplesmente para saber qual dos dois tinha mais poder. Foram anos de batalhas horríveis, monstruosas, sem fim. E depois de inúmeras mortes de ambas as partes, os líderes perceberam que não havia como alguém ganha-lá, pois eles eram fortes e poderosos de maneiras diferentes. Então resolveram fazer um acordo: vampiros e bruxos não deveriam se aproximar um do outro; que o segredo de ambos deveria ser guardado pela outra espécie; e que em hipótese alguma um vampiro poderia matar ou ferir um bruxo e nem um bruxo poderia matar ou ferir um vampiro, mesmo que fosse sem intenção. Então meus avôs seguiram seu caminha, cada um para um lado...".

  - Quer dizer que seus avôs estavam nessa guerra? Como soldados? - levantei meu rosto para olhá-lo e dei um singelo sorriso para ele.

  - Sim, meus avôs estavam naquela guerra, mas... não como soldados. Eles eram os líderes. Edward, não se surpreenda com o que eu vou dizer, mas meus avôs são o Bruxo Merlin e... Vlad Tepes IV, mais conhecido como O Conde Drácula.

  - Você só pode estar brincando comigo. - seus olhos estavam arregalados. - Eles não são só lendas? - balancei minha cabeça com um não. - Então você simplesmente é neta dos seres mais... enigmáticos da Terra?

  - Digamos que sim, agora você poderia, por favor, tirar está expressão de espanto do rosto, para eu poder continuar a história?

  - Desculpe, pode continuar.

  - “O Conde Drácula, foi para Itália, na época, ele era o líder dos Volturi, Aro, Caius e Marcos eram apenas parte da guarda. Até que, Drácula conheceu uma humana, Lucy, se apaixonou por ela e teve um filho, Lestat, meu pai. Ela morreu logo após seu nascimento e isso destruiu meu avô por dentro. Ele abriu mão de sua realeza, passando seu poder para os três, que dali em diante passaram a ter o sobrenome: Volturi."

  Sabia o que Edward iria me perguntar, mas não o interrompi.

  - Quer dizer que o verdadeiro Volturi era o Conde Drácula? E que automaticamente, você é a única legítima Volturi que existe?

  - Sim, mas continuando: Drácula passou o resto de sua vida, ensinando meu pai a ser um líder honesto, já que quando alcançasse certa idade, iria tomar o trono de volta. Só que o destino reservava outros planos para meu pai.

  Ele por algum motivo viajou para Inglaterra e em um dia muito ensolarado, foi para uma floresta, se esconder dos humanos, até que viu um homem e percebeu que ele havia visto seus poderes. Lestat resolveu caçá-lo e drená-lo e foi o que fez. Só que havia algo errado, seu gosto era diferente, mais doce que o normal. Naquele mesmo dia, à noite, bateram no quarto onde ele estava e der repente ele se encontrava diante de vários bruxos furiosos, entre eles, Merlin, que dizia que meu pai tinha matado um meio-bruxo e por isso o acordo entre vampiros e bruxos feito há 500 anos, estava quebrado. Lestat estava cercado por aqueles seres, quando a guarda dos Volturi apareceu. Houve uma grande batalha naquela noite, Merlin foi para cima de meu pai, para destruí-lo, quando Drácula ficou na frente dos dois. O bruxo o acertou com tanta força, que ele caiu no chão e automaticamente, dezenas de outros bruxos e cercaram, o matando e queimando. Ninguém pode fazer nada, de tão rápida que foi a ação, parecia que foi tudo planejado.

  Daquele dia em diante, Lestat tinha apenas uma ideia em mente: matar Merlin. Ele se isolou dos Volturi, aparecendo apenas muitos anos depois, para avisar Aro sobre o que ele iria fazer. Ele lhe ofereceu proteção,mas meu pai não aceitou,disse que queria e teria que fazer aquilo sozinho.

  Novamente, ele voltava para Inglaterra, indo direto para o castelo, onde Merlin morava. Ele já estava perto, quando ouviu alguém cantando dentro da floresta ao redor do castelo. Admirou aquela linda figura que ali se encontrava, e se apaixonou por ela imediatamente e ela por ele. Seu nome era Anne, era filha de Merlin com uma humana. Der repente, todo aquele ódio que estava sentindo por bruxos, tinha se acabado. Ele abriu mão de seu orgulho, para viver seu grande amor.

  Anne sabia que se eles falassem para Merlin que estavam apaixonados, ele o mataria ali mesmo. Então ela decidiu fugir com ele, naquela mesma hora, sem olhar para trás. Lestat a trouxe para Volterra, e a apresentou para os Volturi. Aro, Marcus e Caius não gostaram nem um pouco da ideia de ter uma bruxa entre eles, mas não podiam fazer nada, já que eram obrigados a seguir as ordens do verdadeiro Volturi.

  Meus pais viveram muito bem durante algum tempo, até que minha mãe descobriu que estava grávida. Eles ficaram muito felizes com a noticia, mas também sabiam que talvez ela não resistiria ao parto. Mas minha mãe queria me ter, mesmo que pra isso, perdesse sua vida. Foram só três meses de gestação, até que o esperado aconteceu: eu nasci e minha mãe morreu.

  - Como sua avó e seu pai! Eu sinto muito. - e ele beijou minha testa.

 - Quinze dias depois que eu nasci Merlin apareceu em Volterra com seus bruxos. A princípio todos achavam que era pela morte de minha mãe; claro, Merlin estava ressentido com isso, mas o principal motivo de sua visita era para me matar. Eles diziam que eu era um grande perigo para todos, pois era a mistura de duas espécies poderosas que jamais poderiam ter se apaixonado. Chamou-me de monstro, de aberração, disse que se recusava a me ter como neta, que se recusava a me ver viva.

  Enquanto eles discutiam, Didyme me pegou dos braços de meu pai, e foi caminhando comigo em direção à floresta, ela queria aproveitar a situação em que eles estavam para fugir comigo, mas Aro percebeu e interveio, ele sabia que não haveria chance alguma de escapar. Então como sempre, foi astuto dizendo para Merlin que eu não herdara poder algum, de nenhuma das partes, que era apenas humana. Nisso ele me pegou do colo de Didyme e se aproximou dos bruxos: ’ Veja, ela não é especial como nenhum de nós, a toque e verá que és frágil como um bebe humano’.

  “Merlin me tocou com um pouco de força e minha pele se feriu e eu comecei a chorar, não pela dor física, mas pela dor da rejeição e do ódio que saia de seus olhos.”

  - Você se lembra daquele dia? Mas era apenas um bebe!

  - Como disse, Aro é astuto, e desde que ele me tocou pela primeira vez, percebeu que eu tinha o poder de sentir a aura das pessoas, sentir o que há nelas, e aquela aura estava cheia de ódio e repulsa. Mas Merlin não viu isso, então ele achou mesmo, que eu não herdara poder algum de meus pais, que era simplesmente um bebe humano, muito frágil. Disse a meu pai: - Deixarei a menina viva enquanto ela não demonstrar perigo para ninguém, se isso acontecer, nós voltaremos aqui e a mataremos.

  Meu pai queria atacá-lo, mas Felix o segurou, enquanto o clã de bruxos sumia na escuridão.

  Dias depois do ocorrido, meus poderes começaram a aparecer e claro, eu não tinha controle algum sobre eles: bloqueava os poderes de todos; os absorvia, causando grande estrago ao meu redor; fora que se alguém me pegava até mesmo para me alimentar, sem proteção, os machucava muito. Foram tempos muito tortuosos para eles, mas mesmo com tudo isso eu sabia e sentia que me amavam.

  Estava com três meses, com a aparência de um ano,quando eles voltaram,e agora não tinha mais como esconder meus poderes. Eu estava com Didyme e meu pai, numa floresta distante daqui,quando vi Merlin e o reconheci,antes de poder expressar algo, ele já estava em cima de mim, jogando Didyme para longe. Meu pai me arrancou dele, mas cinco bruxos vieram em sua direção e o tiraram de perto de mim. Merlin se agachou na minha frente, mas dessa vez, sua aura não estava mais negra de ódio, ela estava... Assustada. '-Sabia que você tem os olhos de sua mãe? Não se assuste, não vim aqui para te machucar, quero te levar comigo e te fazer minha sucessora, a maior bruxa de todos os tempos e ninguém vai me impedir de fazer isso'.

  Após falar isso, ele foi em direção ao meu pai. Olhei para Lestat, e a única coisa que ele pode dizer foi Eu te amo, antes de Merlin o matar, ali na minha frente.

  Enquanto Merlin e seus bruxos estavam concentrados em cremar meu pai, Didyme voltou a si, me pegou no colo e saiu correndo sem direção. Ela só parou quando estávamos na França, ficamos lá durante um ano, até que Marcus disse que poderíamos voltar, pois os bruxos já haviam ido, claro, prometendo que um dia voltariam para me buscar.

  Bem, o restante da história é que Marcus e Didyme me adotaram, e não poderia haver pais melhores no mundo. Aro é como se fosse meu tio super protetor; ele tem um cuidado irritante comigo, diz que sou seu diamante mais precioso, e que por isso é assim; mas pra compensar, quase tudo que eu quiser, eu posso fazer às vezes eu até discuto com ele suas decisões, e parece incrível, mas ele me escuta."

  - Por isso que você fica no trono logo atrás do dele? Quer dizer, você é umas das Manda-Chuva daqui?

  - É, digamos que eu tenho a autoridade de mandar na guarda; e tentar conversar com os três, quando acho que suas decisões estão erradas.

  - Como você fez pela minha filha. - ele inclinou seus ombros para me beijar.

  - É, mas como você pode ver, Marcus as aceita sem discutir, Aro pensa um pouco, mas quase sempre acaba concordando, o problema é sempre Caius, ele não admite que uma garota de 17 anos, se meta em suas decisões. Mas eu já me acostumei os únicos que não aceitam minha autoridade aqui são ele e Jane.

  Edward se sentou, e me puxou para entre suas pernas. Encostei meu rosto no dele e fechei meus olhos, pensando se o que estava acontecendo era real. Tive a certeza, quando senti seus lábios doces encostarem-se aos meus. Ele novamente me beijou com um cuidado exagerado, mas eu não me importava mais com isso, sabia que essa era a condição dele para ficarmos juntos: cuidado absoluto, nada de exageros, nada mais intenso. Entre beijos, pude o ouvir sussurrar:

  - Eu te amo Sophie Volturi, e a partir de agora, nada mais vai nos separar.

  Naquele momento, juntei duas palavras de sua frase: Volturi e separar. Foi ai que me toquei que existia sim um empecilho.

  - Edward, nós nos esquecemos de algo: os Volturi.

  - Eu sei, eles jamais aceitariam nosso amor. Mas minha querida, eu sou capaz de enfrentar a guarda inteira para poder te ter para sempre.

  - O problema Edward, é que se você enfrentar a guarda inteira, não sobreviverá para me ter para sempre. Os Volturi me criaram para ser uma espécie de "arma secreta" deles, e não para amar alguém.

  - Sophie, já te disse, eu enfrentarei tudo e todos por nós dois. Prefiro morrer lutando pelo nosso amor a passar o resto da minha existência sem poder de ver, te tocar. Agora, vamos esquecer isso, e aproveitar esse momento mágico que estamos vivendo. O primeiro de milhares.

  Ele me apertou delicadamente entre seus braços e nossos lábios se encontraram novamente.

  Edward não estava preocupado com a situação, mas eu estava. Não posso dizer que Aro me mataria, ou castigaria quando soubesse do nosso amor, mas há Edward sim. Afinal de contas, eu era a menininha dele, me protegia como se fosse um cristal raríssimo e aí vem um vampiro que nem um Volturi é e literalmente corrompe esse cristal.

  - Está ficando tarde, daqui a pouco eles vão perceber minha ausência. Melhor voltarmos para o castelo. Eu ficarei um tempo junto com os Volturi no salão central e depois como prometido, eu te levarei para uma floresta mais distante para caçar.

  - Você se esqueceu do que eu te disse ontem? Hoje sou eu quem te levo para "caçar". O que prefere: humanos, animais ou um restaurante italiano? - ele riu enquanto me falava essas hipóteses.

  - Bem..., eu não bebo sangue de animais; eu preciso mais não suporto sangue humano e também não sou muito fã de comida humana. Mas já que é pra escolher, eu prefiro a terceira opção. Só que, e você Edward, você precisa se alimentar também.

 - Não se preocupe comigo, não estou com tanta sede assim. E eu quero passar uma noite maravilhosa com você.

  Voltamos para o castelo e dessa vez eu não pensei duas vezes em subir nos ombros de Edward, quando ele me os ofereceu. Fiz o habitual, hipnotizei os guardas para entrarmos e combinamos de nos encontrarmos ali mais tarde. A ausência dele, mesmo que por algumas horas, já me fazia enlouquecer. Eu queria vê-lo de novo e estava contando as horas para isso.

Pov. Bella

- Jacob – Gritei da onde estava já irada com a cena que estava vendo.

- Bells, nossa, o que você tá fazendo aqui? – Ele parecia um pouco nervoso.

- Eu liguei pra sua casa e Billy disse que você estava aqui, ele só não me contou que estava acompanhado.

Disse olhando para a garota que estava na minha frente. Ela era da minha altura, a cor da pele era igual à de Jacob, seus cabelos eram de um negro intenso, lisos e compridos, olhos castanhos. Ela aparentava ter uns 17 ou 18 anos e com certeza era uma deles, uma quileute.

- Ah, claro, essa é Lilith, prima de Paul, ela veio passar um tempo aqui na reserva e eu estava mostrando a praia para ela. Lilith, essa é Bella minha... amiga.

A garota me olhava assustada, como se estivesse vendo um monstro em sua frente, então eu entendi que ela sabia o que eu era.

-Então Lilith, está gostando daqui? – Ela disse sim com a cabeça – Mas cuidado, Forks pode ser um tanto quanto assustadora para garotas que parecem ser tão... bobinhas como você.

- Ela já sabe o que eu sou Bella, e o que você é também.

- Percebi, pela cara de susto dela quando me viu. Mas não se preocupe querida, eu não costumo morder humanos, somente quando é muito necessário. – Disse me aproximado de seu pescoço.

- Chega Bella, vá pra sua casa, vou levar Lilith embora, daqui a pouco eu apareço lá. – Jacob disse grosso pra mim.

Vi os dois se afastando, indo em direção à reserva. Pude perceber que Jacob olhava de um jeito diferente para ela, do mesmo jeito que Edward olhava para mim.

Esperei impaciente na cabana, até que ele chegou com uma cara de poucos amigos.

- Por que você a assustou daquele jeito? O que ela fez pra você, pra tratá-la assim?

- Ela se apaixonou por você, e parece que o sentimento é recíproco.

Jacob pareceu pensar no que eu disse por um segundo, mas logo em seguida começou a gargalhar.

- Ah Bellinha, você acha mesmo que eu correria o risco de me apaixonar por outra e deixar você todinha pro Cullen? Não mesmo!

Então era isso, Jacob não me amava, ele só estava comigo pra provar a Edward que ele era o melhor. Eu era para Jacob apenas o troféu de uma disputa idiota que ele inventou.

-Baby, vamos esquecer a Lilith e aproveitar essa noite que está apenas começando – ele foi se aproximando, tentando tirar meu vestido.

- Não Jacob, para – me afastei dele – Vá embora, quero ficar sozinha, preciso tomar uma decisão.

- Já sei o que é: está indecisa de como vai contar para o Cullen que você me escolheu, não é? Eu daria tudo pra ver a cara dele quando souber. Assim que contar, me liga, para termos nossa festinha de comemoração. – Ele me deu um beijo e saiu.

Esse beijo não significou nada para mim, pois não era o dele que eu queria nesse momento, e sim o beijo de alguém que estava a quilômetros de distancia daqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Queridas, quero que vcss sejam bem sinceras comigo: eu viajei muito nesse capítulo??? Eu precisava fazer de Sophie uma pessoa muito especial então eu criei essa história sobre a família dela. Vcs querem internar a autora agora, vou vão esperar eu postar o proximo capítulo???
Agora é sério, Bella ta começando a perceber que 'fez merda', e agora o que será que ela vai fazer? E qual será sua reação ao descobrir que Edward a trocou por alguém como Sophie?
Por favor, comentem alguma coisa, senão a autora chora.
Bjs amores, até mais.