Recomeçar escrita por milla cullen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Atendendo ao pedido de minha querida leitora Lisa Swan, um pov. Bella.



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Capítulo 10

Pov. Bella

De repente todo aquele amor do começo, aquela necessidade de estar perto dele o tempo todo havia voltado... Era isso, eu precisava do meu marido comigo, precisava de sua voz, seu cheiro, seu carinho exagerado, sua proteção. Eu precisava ter Edward de volta.

Queria lhe dizer que era ele que eu amava; que era com ele que eu queria ficar por toda eternidade, que jamais iria olhar novamente para outro homem. Queria lhe contar que o que tive com Jacob foi apenas uma aventura passageira estúpida.

E por falar em Jacob... esse sim me decepcionou muito. Lógico que eu sempre soube que ele não me amava, mas eu pensei que pelo menos tivesse algum sentimento especial por mim, como carinho talvez. Mas não, a única coisa que Jacob queria comigo era me usar pra mostrar a Edward que ele havia conseguido ‘roubar’ a pessoa mais importante de sua existência: eu.

Mas eu iria mudar isso, mostrando pra Jacob que ele havia ganhado apenas uma batalha, pois a guerra quem ganhou foi meu grande amor: Edward Cullen.

Confesso que meus momentos com meus lobos foram todos maravilhosos, inesquecíveis; que eu gostava do seu corpo quente aquecendo o meu, gostava das coisas que ele fazia comigo durante uma transa, coisas que Edward era muito arcaico e reservado para fazer. Mas a partir de hoje eu precisava me esquecer de todas essas sensações que Jacob me causava, pois a partir de hoje a única sensação que eu queria sentir era a de ser amada por Edward Cullen.

Antes de falar com meu amor eu precisava acertar as coisas com Jacob, então resolvi deixar Nessie com Alice, já que Charlie estava na delegacia à uma hora dessas. Liguei pra ela e pedi pra vir até a cabana. Minutos depois ela chegou.

- Bella, aconteceu alguma coisa? Você parecia eufórica no telefone.

- Alice, preciso que fique com Nessie. Tenho que ir a La Push conversar com Jacob. É que eu...

- Não precisa me explicar nada, Bella. Vi sobre sua decisão. – Ela me disse com uma voz preocupada.

- Por que você está agindo assim, Alice, tão... estranha? Tudo bem, eu sei que errei, e feio, só que caramba, eu to arrependida e eu queria que você acreditasse em mim. Eu quero seu irmão de volta, Alice.

- Eu sei de tudo isso Bella. Sei que você descobriu que ama verdadeiramente meu irmão, o problema é... será que ele ainda te ama também?

- Alice, eu sempre soube que você era meio maluquinha, só que dessa vez, Carlisle vai precisar te medicar, pois você enlouqueceu de vez. Eu fui o primeiro, último e único amor de Edward. Eu sei que você está magoada comigo, mas não precisava inventar essas coisas só pra me machucar. Pensei que você fosse minha amiga, minha irmã.

- E eu sou Bella, e é por isso que estou te alertando; eu não sei o que é, mas está acontecendo alguma coisa em Volterra. Edward está para tomar uma grande decisão, eu só não sei dizer o que é, pois algo não me deixa ver direito. Eu só sei que tem haver com o futuro dele e de mais alguém que... não é você.

Deixei Nessie com Alice e fui até La Push, ainda com suas palavras em minha cabeça. Não que tenha acreditado em alguma coisa que ela disse, mas era melhor eu terminar logo com Jacob para ligar pra Edward e lhe contar minha decisão: De que eu irei ficar com ele, com somente ele, por toda a eternidade. E posso garantir que nada, nem ninguém vai impedir que isso aconteça.

Pov. Sophie

  Encontrei Edward no meio do corredor, indo para os fundos. O chamei, ele se virou e me olhou com o olhar mais apaixonado que eu já havia visto.

  - Sabia que a cada momento que passa você consegue ficar mais linda ainda? - ele foi beijar minha boca, mas ai percebeu que ainda estávamos no castelo e levou seus lábios até minha testa.

  - Talvez porque não estou com aquela roupa típica de um Volturi, toda coberta, não é. - lhe perguntei com um tom meio sarcástico.

   - Meu amor, és lindo de qualquer maneira, e eu nem reparei em suas roupas, olhei apenas para você. Agora, será que podemos ir?

  - Na verdade não, é que Didyme resolveu aderir literalmente a papel de mãe e... Quer falar com você antes de irmos.

  - Tudo bem, acho que isso vai ser divertido.

  - É só queria ver se falaria isso se fosse pra falar com meu pai. Quem sabe ele já não esteja junto com minha mãe, só esperando você.

  Ele parou por um momento, me olhou meio confuso, mas depois me puxou pelo braço para seguirmos.

  - Acho que posso enfrentar a fúria do seu pai se ele estiver lá também. Tudo por você meu amor.

  - Edward, estou brincando, se Marcus estivesse junto, jamais te levaria lá. - mas parecia que ele não se preocupava com isso.

  Chegamos à entrada da sala onde Didyme estava de costas para nós olhando para a lareira.

  - Sr.Cullen, fico feliz que tenha atendido meu pedido.

  - Não teria o porquê negá-lo Didyme, e estou disposto a responder tudo o que quiseres. - ele se aproximou dela, e como verdadeiro cavalheiro que é lhe deu um beijo na mão.

  Percebi que ela o olhou como se estivesse lhe perguntando algo sem falar, foi quando me lembrei de que Edward podia ler mentes.

  - Um momento, eu faço questão de fazer parte dessa conversa, então, nada de perguntas silenciosas, ok Didyme?

  - Só estava explicando para ele, que você é a coisa mais importante que eu e seu pai temos. E que também é muito querido pelos outros Volturi, principalmente por Aro.

  - Eu sei de tudo isso, e me desculpe em te contrariar, mas nem todos vocês juntos, a amam mais do que eu. Didyme, a sua filha é o que eu tenho de mais precioso e eu farei tudo para tê-la comigo, enfrentarei qualquer coisa.

  - Até mesmo os Volturi, Sr. Cullen? Você sabia que se eles descobrirem esse amor te mataria no mesmo momento, sem nenhuma piedade? Porque quando eu digo que Sophie é o que temos de mais importante, eu não estou exagerando. Não por causa dos seus poderes, mais pelo que ela é essa criatura como eu posso dizer... - ela tentou achar uma palavra, mas Edward a interrompeu, respondendo por ela.

  - Angelical, estar perto dela me faz acreditar que ainda possuo uma alma. Que o céu a enviou para me dar uma segunda chance. Ela é o anjo mais belo, mais doce, mais puro que existe e que agora está aqui comigo me proporcionando uma felicidade surreal, uma felicidade inocente. - ele segurou minhas mãos, as acariciando com delicadeza. - É isso que sinto quando estou perto dela, e acredito que sentes algo parecido.

  Didyme o olhava agora com um olhar de admiração, ela estava emocionada e se pudesse chorar, choraria.

  - Você ama minha filha Edward, não tenho mais nenhuma dúvida disso. Tinha dezenas de perguntas para te fazer, mas depois dessas palavras, a maioria delas se foi.

  - Então, por favor, me pergunte as que faltam, eu as responderei.

  Sabia que Edward responderia a todas as perguntas que Didyme fizesse. Então era melhor eu interromper essa conversa, ou então eu não sairia com ele essa noite.

  - Já chega de interrogatórios. Desse jeito Edward vai desistir de me levar para jantar, e vai achar que você é uma mãe totalmente louca, não que não seja né. Então vamos.

  Estava o puxando para irmos, quando ele puxou minhas mãos delicadamente para continuarmos ali.

  - Espere, sua mãe quer apenas mais uma resposta. E essa, eu faço questão de lhe responder. - ele se sentou no sofá, me puxando junto, percebi então que era algo sério.

  - Desculpe meu amor, mas tenho que fazer essa pergunta para ele. Afinal, nós estamos tratando de como será sua vida daqui para frente e tudo depende da resposta que Edward der. - Agora era ela que havia sentado. - Tenho certeza que você ama minha filha, que morreria por ela, mas... e  a sua família? Digo você ainda é casado Edward, e tem uma filha, o que você vai fazer sobre isso? E os outros Cullen? Eles iriam aceitar uma Volturi dentro da família?

  Não acredito que ela estava perguntando isso, era uma coisa muito delicada para se resolver assim de uma hora para outra, Edward devia estar furioso agora, com a intromissão de Didyme. Mas quando olhei para ele, percebi que estava errada, ele estava com a expressão tranquila, como se aquela pergunta fosse muito fácil de responder.

  - Como disse a Sophie quando eu declarei meu amor a ela, pensei que o que eu sentia por Bella, era amor e que ela também o sentia por mim, mas me enganei, e se existe palavras para o que era nosso relacionamento, posso classificar como paixão, atração e esses dois sentimentos, não são eternos e por isso eles se acabaram entre nó. Eu confesso que só percebi que o que sentia por ela era passageiro, quando me deparei com esse anjo aqui na minha frente. Ai sim eu descobri o que é o verdadeiro amor. Então quando voltar para Forks, entrarei com o pedido de divórcio, quero que as coisas sejam rápidas pra poder voltar pra cá. Em relação à Renesmée, bem, acho que duas híbridas se darão muito bem juntas, e mesmo que seja ao contrário, minha filha não impedirá o meu amor. E sobre os outros Cullen, claro que quando eles souberem quem é Sophie, terão um pouco de temor, de receio, mas nada que esse ser angelical não resolva com o tempo, com muito pouco tempo, não é meu amor?

  Não houve resposta da minha parte, pois nesse momento percebi que eu ainda não havia pensado em como Renesmée iria reagir com essa situação. O pai dela com uma mulher que não era sua mãe? Quando será que iria conhecê-la? Será que me aceitaria? Ou iria me odiar por estar de certa forma "roubando seu pai". No meio desses pensamentos, Didyme me chamou:

  - Querida, tudo o que eu tinha para falar com Edward, eu já falei. Ele realmente te ama e está disposto a enfrentar qualquer um por isso. Agora é com vocês, decidam o mais breve possível o que vão fazer daqui pra frente, pois essa história de "ás escondidas" não vai durar muito tempo. Eu sei que dependendo da decisão de vocês, eu vou sofrer muito, mas já sabes que antes de qualquer coisa, quero a sua felicidade. - Ela se levantou e nos colocou de pé também, segurando nossas mãos. – Quero que vocês sejam felizes por toda eternidade. Podem contar comigo pro que for. Agora vão e aproveitem a noite.

   Saímos do castelo do mesmo jeito de sempre, eu chegava perto dos guardas, fingindo perguntar alguma coisa e no mesmo momento eles já estavam completamente fora de si, só que dessa vez tomei mais cuidado ainda, olhando bem para todos os lados para ver se não havia alguém nos observando,Edward também me ajudou,tentando captar algum pensamento próximo. Não havia nenhum.

   Quando chegamos à rua, havia um carro parado do outro lado da calçada, ele me puxou até lá, e abriu a porta do passageiro para mim.

  - Eu seria muito indiscreta se te perguntasse a onde você arranjou esse carro? - Já estávamos dentro dele agora.

  - Não se preocupe, eu não roubei ninguém para te proporcionar um pouco mais de conforto. Como não deu tempo de eu comprar um carro em meio dia, eu aluguei um. - Ele agora já estava dirigindo pelas ruas de Volterra, já quase ultrapassando os limites da cidade.

  - Não acredito que você alugou um carro só para me levar para jantar. Nós poderíamos ter ido a pé.

  - Para onde vamos, não dá para ir a pé. E eu achei que te carregar nos ombros, ou ate mesmo no colo, acabaria te ferindo, e isso é a última coisa que quero. E antes que me pergunte, nós vamos para um lugar que segundo me contaram, você vai gostar.

  - Tenho uma leve impressão de que aquela não foi a primeira vez que você viu Didyme hoje. - Ele me deu um sorriso malicioso, daí eu já soube a resposta.

   Edward estava indo tão devagar, acho que ele pensava que qualquer situação mais intensa do carro, poderia me machucar. Isso já estava me deixando um pouco irritada.

  - Eu posso ser um pouco mais frágil que o comum, mas não sou de cristal. Acho que você pode passar um pouquinho dos 40, se isso não for velocidade demais para você.

  Mesmo preocupado com minha segurança, acelerou um pouco só para não me contrariar. Parecia que conhecia aquele caminho de cor, pois a todo o momento ele olhava pra mim com aqueles olhos de topázio, aqueles olhos que me fascinavam, que faziam me sentir a pessoa mais importante do mundo para ele.

  - Me diga uma coisa meu amor, você pode ver o que eu mais temo? O meu pior pesadelo?

  - Na verdade, eu só posso ver, se eu te mostrar também, porque eu preciso entrar em sua mente e o que eu vejo, automaticamente já é passado para você.

  - Acha que pode me mostrar? Mesmo eu tento quase certeza que já sei qual é?

  - Edward, você está ficando louco? As pessoas quase entram em coma quando eu mostro isso a elas. Isso não é brincadeira. É como se estivesse vivendo esse pesadelo, mesmo os outros depois de um tempo te dizendo que não é real. Alguns já chegaram a pedir para Aro os matar, pois não aguentavam mais a tortura. Eu jamais mostraria isso a você. - Toquei sua face. - Agora, se quiser que eu mostre o seu maior sonho, eu posso lhe proporcionar isso.

  - Eu não preciso que me mostre através da mente, algo que já está aqui ao meu lado. Você é tudo o que eu quero Sophie, por toda a eternidade. Estou vivendo o meu maior sonho, e não quero acordar dele nunca.

   Eu não conseguia ver o meu maior sonho, mas sempre tive a curiosidade de saber qual seria. Até que encontrei Edward e o descobri. E como ele, eu também queria nunca mais acordar desse sonho.

- Chegamos, espero que goste da nossa noite.

Edward parou o carro, só então eu percebi onde estávamos, e eu não acreditei no que meus olhos estavam vendo...


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Notas finais do capítulo

Pra onde será que Edward levou Sophie?
E qual será a reação de Jacob quando descobrir a decisão de Bella?
Queria agradecer por todos os comentários e pelas duas recomendações que eu ganhei. Acreditem, isso estimula muito um autor a continuar a escrever.
Bjs, até sábado!!!



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