A Nova Saga escrita por FehViana, Hawtrey


Capítulo 7
Desativo um campo de armadilhas


Notas iniciais do capítulo

Oi amores. Perdão pelo atraso, to atolada ate o pescoço de trabalhos. Aqui esta o mais novo capitulos. Boa leitura. +.+



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O almoço foi como o jantar e o café, simplesmente maravilhoso, o ruim foi que Jason bateu no meu prato e me fez jogar quase metade da comida nas chamas e nem me deixou pegar mais. Injustiça.

Eu estava quieta pensando do que eu havia feito com Nico, nunca penso muito em meus atos, é a segunda pessoa que eu machuco por não saber me controlar. Pelo menos Nico estava bem agora. Jason havia me dado um pouco de néctar também ─ para sarar o corte na minha perna ─ o gosto me fez lembrar os biscoitos açucarados que minha mãe costumava fazer em dias especiais.

─ Você está muito calada, isso não e normal. ─ Disse Jason.

─ Nossa, você me conheceu ontem e já sabe disso? ─ Respondi.

─ Pra você ver. ─ Ele disse rindo. ─ Já terminou?

─ Já, mais ainda estou com fome porque você não me deixou comer direito.

─ Ta bom, vem. ─ Ele disse se levantando, olhou para Nico e o chamou.

Nós três saímos, achei que íamos para arena, mas logo os dois mudaram de direção.

─ Aonde nós vamos? ─ Perguntei.

─ Dar uma volta no bosque. ─ Disse Jason olhando para Nico.

─ É, ver bem onde vamos lutar mais tarde. ─ Completou Nico.

─ Sei, por que será que eu não consigo acreditar nisso? ─ Disse eu ironicamente.

Eles riram. Caminhamos um pouco até chegarmos a um regato, Jason e Nico pararam olhando para a água e depois para o céu como se esperassem alguma coisa.

─ O que vocês estão olhando? ─ Perguntei

─ Nada não. ─ Nico respondeu. ─ Vamos…

Ele parou de falar olhando novamente para a água, em um pequeno ponto ela começou a borbulhar e tão rápido como começou ela parou.

─ O que foi isso?

─ Anh… Nada, vem cá Vivi. ─ Jason chamou.

Fui ate ele sem entender nada, ele me fez ficar de costas e tampou meus olhos com as mãos.

─ Tá, pra que isso? ─ Perguntei.

─ Você faz perguntas demais, eu não vou te dar de comer pra um monstro. ─ Ele respondeu.

─ Está bem.

Jason e Nico me conduziram por um caminho com muitos desníveis, eu devo ter tropeçado umas três ou quatro vezes.

Eu podia ouvir o barulho do bosque, como se algo estivesse nos seguindo. Quando paramos eu já não ouvia apenas aquele som, era como se tivesse mais gente.

Jason tirou as mãos dos meus olhos e eu levei um susto.

─ Feliz Aniversário!!! ─ Todos disseram

Estávamos em uma clareira no meio do bosque, havia uma toalha estendida no chão, em cima estava um bolo de chocolate e uma Coca-Cola com pratinhos e copos. Ao redor estavam Alyne, Flavia, Rachel, Annabeth, Percy e Kevin.

─ Uau gente. Obrigada. ─ Eu disse. ─ Sabe, eu tinha esquecido que era meu aniversário.

─ Eu disse. Paga. ─ Disse Alyne para Flavia.

─ Toma. ─ Respondeu Flavia, sem animo, dando dez reais a Alyne.

─ Anh?

─ Eu disse pra Flavia que você ia esquecer, já que estava tão eufórica, ela teimou e disse que você nunca esquecia, resolvemos apostar e eu venci. ─ Explicou-me Alyne com um sorriso vitorioso.

Nós rimos da cara sem graça que Flavia fez. Depois disso todos vieram me abraçar e dar os parabéns, achei tão fofo quando Kevin fez isso e corou.

Depois nos sentamos e comemos o bolo.

─ Foi por isso que você não me deixou comer direito né? ─ Perguntei ironicamente para Jason.

─ Ora, você precisava comer o bolo. ─ Disse ele rindo.

─ E o aquilo na água?

─ Era nosso sinal. ─ Dessa vez foi Nico quem respondeu.

─ Eu sei que os conheci ontem, mas já amo vocês. ─ Eu disse abraçando os dois.

─ Ei, e nós? Eles só estavam encarregados de te manter ocupada, o trabalho todo foi nosso. ─ Disse Rachel.

─ Olha o drama. Você sabe que eu amo vocês também. ─Respondi rindo.

Nós ficamos ali rindo e brincando até Annabeth avisar que era hora de ir, que eu ainda precisava treinar. Limpamos tudo, colocamos os restos e descartáveis em um saco de lixo e levamos.

Apenas na volta eu vi realmente o caminho, os barulhos estavam me incomodando, eu andava ao lado de Percy e perguntei a ele sobre o bosque.

─ Bem, os bosques tem a função de servir como desafio, aqui é onde ocorre a captura e muitas outras atividades e alguns monstros são mantidos aqui para qualquer campista que queira tentar a sorte, mas tem que vir armado.

Depois dessa explicação animadora caminhei calada até sairmos da imensa floresta. Jason disse que iria terminar meu treinamento de hoje, seguimos até uma enorme parede de escalada com lava escorrendo.

─ Você quer mesmo que eu suba aí? ─ Perguntei incrédula para Jason.

─ É só uma vez, apenas para um teste, depois disso vamos para a praia.

Olhei para ele ainda não acreditando que ele ia me fazer subir nisso, ele apenas riu e começou a subir. Dei um suspiro e fui também.

Essa foi uma experiência quase mortal, por pouco eu não me queimei de verdade, uma pedra de lava quase me atingiu, a barra da minha blusa estava chamuscada. Jason me paga.

Depois da terceira vez subindo naquilo eu peguei o jeito, consegui subir sem problemas, mas ainda estava no nível fácil. Jason disse que já estava bom e fomos para a praia.

─ “É só uma vez, apenas para um teste” ─ Disse eu numa péssima imitação de sua voz. ─ Olha o estado da minha blusa.

─ Mas veja pelo lado bom, se você tiver que subir em alguma árvore hoje vai ser fácil.

─ Não importa. Estamos na praia, o que viemos fazer aqui?

─ Vou te ensinar a controlar seus poderes. Não pode ficar atacando qualquer um sem mais nem menos.

─ Tá, o que quer que eu faça?

─ Aponta para mim e se concentra na eletricidade ao seu redor.

Apontei pra ele e fechei os olhos, eu parei e tentei sentir o ar ao meu redor, senti uma enorme força tomando conta de mim, houve um repuxo na boca do meu estomago, ouvi uma explosão e senti cheiro de ozônio. Abri os olhos e vi um raio saindo do meu dedo, ele se encontrava com outro raio vindo de Jason.

─ Controla Vivi, menos força. ─ Gritou Jason.

Eu não sabia o que fazer, pensei em ondas de energia menores, em pouca eletricidade e, acredite se quiser, em uma tomada de 110V. O raio começou a ficar menor, eu já podia ver a expressão de Jason se suavizando.

─ Agora, faça parar.

Eu apenas fechei a mão e o raio se desfez, assim como o de Jason.

─ Nada mal, só tem que aprender a controlar a força.

─ Sinceramente, só de saber que eu tenho poderes eu já estou feliz.

Ficamos ali na areia treinando a tarde toda, só nos demos conta do horário quando ouvimos a chamada para o jantar. Fomos para o chalé, entrei correndo, peguei minha toalha, uma muda de roupa e fui para o banheiro.

─ Ei, isso é injusto, eu disse que iria primeiro. ─ Gritou Jason.

─ Não vi você se esforçar pra ir primeiro. ─ Gritei de volta e ainda pude ouvir ele bufar.

Tomei um banho rápido. Assim que sai Jason entrou dizendo que estávamos atrasados e se trancou. Vi que em cima da minha cama tinha um tipo de armadura. Tentei colocar e fiquei toda enrolada, como se coloca aquele troço? Tentei de todo jeito até que entrou.

Jason saiu do banho e colocou uma armadura igual a que estava na minha cama.

─ Que bom que você conseguiu colocar, vem que estamos super atrasados.

Saímos correndo do chalé, chegamos ao refeitório com todos nos olhando, nos sentamos à mesa de Zeus, ofegantes.

─ Bem, agora que os atrasados resolveram se juntar a nós, podemos começar. ─ Disse Quíron.

Fiz minha oferenda a Zeus e Ártemis, comi bem, conversei com Jason e, por fim, ouvi o anuncio de Quíron. Os pratos foram levados e a trombeta de caramujo soou e todos nos postamos juntos a nossas mesas.

Era hora da captura da bandeira.

Os campistas começaram a gritar e aplaudir quando Nico entrou correndo no pavilhão, carregando um estandarte. Tinha uns três metros e era totalmente negro, com a pintura do um elmo das trevas, o símbolo de seu pai.

Do outro lado do pavilhão, Clarisse entrou correndo com outro estandarte, de cor vermelho-berrante com a pintura de uma lança e a cabeça de um javali.

Quíron bater seu casco contra o piso de mármore.

─ Heróis! As regras que vocês já conhecem. O riacho é o limite. A floresta inteira esta valendo. Todos os itens mágicos são permitidos. A bandeira deve ser ostentada de modo destacado e não deve ter mais de dois guardas. Os prisioneiros podem ser desarmados mais não amarrados ou amordaçados. Não é permitido matar ou aleijar. Serei o juiz e medico do campo de batalha. As armas!

Ele estendeu a mão e subitamente a mesa se encheu de equipamentos: Lanças, capacetes, espadas e escudos.

Jason foi até lá e pegou dois capacetes de penacho azul e um escudo.

─ Toma. Acho que vai servir. ─ Disse ele me dando um capacete e depois me estendeu o escudo. ─ Você vai precisar disso também.

─ Anh… Acho melhor não, eu nunca treinei com escudo. Vai me atrapalhar.

─ Você é quem sabe.

─ Azul, em frente. ─ Gritou Nico.

Nossa equipe o seguiu em direção ao lado sul, agitando as espadas e gritando e a equipe vermelha seguiu para o lado norte gritando provocações para nós.

Annabeth chegou ao meu lado e simplesmente disse:

─ Você vai para o ataque.

─ Tem certeza? ─ Perguntei assustada.

─ Você é boa, vai se sair bem. ─ Ela disse com a voz carregada de confiança.

Quando Annabeth fala tão confiante desse jeito é impossível não acreditar. Mesmo morrendo de medo de estragar tudo, eu assenti.

Mais adentro na floresta eu notei uma pilha de pedras que mais parecia coco de pégaso gigante. Nico fincou a bandeira no topo da pilha, vi que os campistas pareciam não gostar daquele local, ficavam olhando receosos como se esperassem que o chão se abrisse e algo saísse de lá para mata-los.

─ Azul, assumam posições. ─ Gritou Nico. ─ Demeter, as armadilhas.

─ Já estão prontas. ─ Uma menina gritou do meio do grupo.

─ Atena?

─ Metade fica com a defesa e a outra metade, distração. ─ Respondeu Annabeth.

─ Tomem cuidado, lembrem-se que eles estão em maior número e que Clarisse está liderando, ela gosta de armas elétricas letais…

─ Isso não é problema para nós. ─ Sussurrou Jason sorrindo.

─ …prestem atenção as armadilhas e principalmente, só deixem seus postos se for absolutamente necessário, entendido?

Todos assentiram assumindo suas posições, alguns de Atena subiram nas arvores ao redor, se escondendo em meio a folhagem, outros se camuflaram em alguns arbustos e pedras. Os de Demeter estavam espalhados próximos a bandeira, onde pisavam crescia pequenos tufos de capim ralo. A outra metade do chalé de Atena estavam agrupados a frente, esperando o jogo começar. Eu, Jason, Annabeth e Percy estávamos juntos a Nico ─ a equipe de ataque ─ não sei se daria muito certo comigo ali, eu poderia fazer algo dar errado.

Ao longe, a trombeta de concha de caramujo soou, o primeiro grupo de Atena partiu a toda, em menos de cinco segundos eu já podia ouvir as espadas se chocando por todo o bosque.

Nico olhava para todos os lados, ele pôs uma das mãos para trás mostrando uma contagem ─ 3, 2, 1 ─ e saímos correndo em direção ao território inimigo. Ao longo do caminho eu podia ver o primeiro grupo de Atena em combates aqui e ali, uns cinco campistas do grupo vermelho vinham em nossa direção.

Annabeth e Percy tomaram a dianteira e começaram a distrair o grupo. Eles lutavam tão bem juntos, atacavam o inimigo e um defendia o outro, pareciam saber os movimentos um do outro antes mesmo de fazê-lo. Em uma palavra, lindos.

Passamos por eles os deixando para trás, Nico ia à frente com Jason e eu logo atrás, lado a lado, passamos pelo riacho e logo avistei a bandeira de Ares que estava guardada por dois meninos, quase idênticos, com feições de elfo.

─ São os Stoll, preparem-se para as armadilhas. ─ Avisou Nico.

Olhei para Jason, ele apontou para um deles e eu apontei para o outro, seus lábios se moveram no que pude entender uma palavra: controle-se.

Ele soltou o primeiro raio e o menino caiu tremendo, me concentrei como Jason pediu e atirei o meu raio, percebi que não foi forte, mas o menino que eu estava mirando também caiu, porém ele tremia menos.

Senti a temperatura abaixar, olhei para o céu que, de repente, estava ficando nublado, concentrei toda a minha força nele, a boca do meu estomago se consumiu por uma dor horrível, um raio despencou entre nós e a bandeira, com ele se foi minha dor e minhas forças.

O campo todo entrou em curto-circuito, varias armadilhas de Hefesto acabam de ser tostadas e duvido que voltem a funcionar. Minha visão ficou turva, teria caído se Jason não tivesse me segurado, Nico me olhava assombrado.

─ Você está bem?

─ Sim, só estou um pouco cansada.

─ O campo inteiro está eletrificado, o que significa que não posso passar.

─ A meus deuses, eu matei os meninos. ─ Gritei lembrando que os irmãos Stoll ainda estavam lá.

Eu corri até eles com Jason logo atrás, chegando próximo de onde estavam caídos senti a eletricidade no chão sumir.

─ A carga elétrica não chegou até eles. ─ Disse Jason aliviado, assim como eu.

─ Que bom, agora, o que viemos buscar. ─ Eu respondi pegando a bandeira.

Voltamos para onde Nico estava, passando por armadilhas estragadas e pulando alguns pequenos fios.

─ Eu e Jason vamos na frente para tirar qualquer empecilho do caminho, o que quer que aconteça, não pare. ─ Disse Nico.

Começamos a correr novamente, logo a frente vinham dois meninos grandalhões, só pedem ser de Ares, Jason meteu a mão no bolso e de lá tirou uma moeda, jogou-a no ar e quando ela atingiu sua mão havia virado uma linda espada de ouro. Ele e Nico pararam para lutar com os meninos, eu continuei correndo, mais a frente vi a divisão dos dois campos, o pequeno regato e Flavia, do outro lado, correndo em minha direção, pensei que ela vinha para me impedir, mas depois vi o que ela carregava na mão, nossa bandeira.

Acelerei o máximo possível, ela é minha amiga, mas isso é um jogo e eu não sou acostumada a perder. Quando ela me viu, se assustou e tropeçou o que a deixou mais lenta, era a minha chance. Pulei o regato ao mesmo tempo que ela, mas a atingi com a bandeira fazendo-a cair no meu campo.

A equipe azul foi se juntando aos pouco com os gritos de felicidade de Nico e Jason anunciando o vencedor, nossos amigos estavam fazendo a maior festa. A bandeira que estava em minha mão tremulou e ficou azulada e no lugar em que estava a imagem da cabeça de javali, apareceu um raio, o símbolo de Zeus.

Eu ajudei Flavia a se levantar me desculpando, mas ela apenas sorria.

Quíron saiu do bosque galopando e soprou a trombeta

Fim do jogo. Tínhamos vencido.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada aos que leem minha fic. Espero realmente que tenham gostado desse capitulo. Recomendações, reviews... Bjo, bjo, bjo. Ate o proximo. ^.^



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