Sex, Universe, And Rock N Roll escrita por Jonathan Bemol, Roli Cruz


Capítulo 40
Morte de James - Parte 3 de 3


Notas iniciais do capítulo

ENFIM, chegamos ao final da nossa linda fanfic
Os capítulos que faltam postaremos tudo de uma vez só agora
Para parar de enrolação kkkk :3
Espero que gostem do final que planejamos para vocês!
Boa leitura!



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Agora sim, James já estava cansado daquilo. De não saber onde estava, de não estar vivo nem morto.

                Ele acordou em um lugar... branco. Parecia o céu. Era um lugar cheio de nuvens, que na verdade, só tinha nuvens por todo lugar.

                Será que havia morrido e estava no céu? Mas Hades disse que ele iria voltar à viver... será que mandou a alma de James para o lugar errado?

                - Não James, é claro que você não está no lugar errado – disse uma voz perto de James.

                O professor se virou, e viu que não havia ninguém da onde tinha vindo a voz.

                - Aqui bobinho! – disse a voz. James olhou para baixo e viu quem estava falando com ele: um gato. Era um gato pequenininho, com pelos negros e olhos verdes.

                - O-o que é você? Onde e-eu estou?

                - Ah James, você pode estar no céu, dentro de um extintor ou em cima de um algodão. Depende do seu ponto de vista.

                O gatinho tinha uma voz muito doce. Bastante doce, isso deixava James feliz. Ou mais ou menos feliz, pois ainda não sabia onde estava. O gato ficou de lado, e passou a encarar o horizonte. Se é que existia horizonte.

                - O que está olhando?

                - Não sei, estou apenas olhando... Tenho de olhar para algo?

                - Não... não sei – disse James. Então ele sentou do lado do gato, e ficou olhando na mesma direção. Não via nada. Ele perguntou ao gato depois de algum tempo – e... Quem é você?

                - Esta é uma boa pergunta – o gato disse, e depois ficou calado.

                Os dois ficaram em silêncio, mas então James percebeu que estava perdendo tempo lá, sentado conversando com um gato. Levantou e disse:

                - Ok, olha senhor gato, eu tenho de voltar à minha vida sabe, Hades disse que eu ia voltar ao meu corpo, seja lá onde ele foi deixado, mas vim parar aqui no... no... não sei!

                - Professor James, sente-se!

                - Não, eu tenho de...

                - SENTE-SE! – de uma hora para outra, o gato ficou com um tom diabólico na voz, e James sentou novamente. Os dois ficaram olhando o horizonte, e o gato perguntou:

                - Gostou das suas aventuras James?

                - Hum... sim, foi o suficiente para quebrar a rotina – ficaram em silêncio de novo, e James perguntou novamente – é... quem é você? Eu sei que é uma boa pergunta, mas... Como posso te chamar então? Qual o seu nome?

                - Bem, eu tenho vários nomes. Pode me chamar de Senhor Gato, Alfa e o Ômega, Krishna, qualquer um desses.

                James assustou-se e perguntou:

                - V-v-você é... Deus?

                - Não posso garantir, mas se quiser me chamar assim.

                Ficaram calados novamente. E se aquele gato fosse... Deus? Não, Deus não podia ser um gato. Ou podia?

                James ficou pensando em várias perguntas para fazer ao gato, ou a Deus, ou ao Alfa e o Ômega... Tinha tantas perguntas, mas não sabia qual fazer. Logo falou:

                - Sr. Gato, tenho duas perguntas.

                - Todos temos, muito mais às vezes.

                - A Caroline... Realmente gosta de mim? Me ama?

                - Obviamente sim, bocó.

                - Legal... e... Qual o sentido da vida? – o gatinho riu, levantou-se e saiu de perto de James.

                - Você viveu tudo isso e ainda não descobriu?

                Então James sentiu um sentimento inexplicável, que não sabia dizer se era bom ou ruim. E finalmente, sem mais nenhuma embolação por parte dos autores, voltou ao seu corpo.

***

                Aquele ditado “você só dá valor as coisas quando as perde” era verdade, James havia acabado de descobrir. Ele havia recuperado aquele peso do seu corpo. Só assim percebeu como era pesado, e como era muito mais simples ser apenas uma simples alma, livre do corpo.

                Finalmente tinha voltado à vida. Sentia seu coração batendo como sempre sentiu, o ar entrando pelo seu nariz e enchendo os pulmões... Era bom sentir aquelas coisas. Mas onde estava?

                Estava deitado relaxando na beira de um grande lago, embaixo de uma árvore. Era um lago lindo e limpo, James nunca tinha visto um lago tão limpo. Na borda lá do outro lado, um tanto longe tinha uma montanha. Na verdade, do outro lado do lago haviam várias montanhas, formando um grande paredão.

                O céu era azul e tinham várias nuvens nele. Era um belo dia ensolarado, mesmo com nuvens. Atrás de James havia um grande campo, e uma floresta ao fundo. Montanhas apareciam no horizonte também. A uns 100 metros dele também estava uma casinha, simples e bonitinha. Era feita de madeira, e era bem simples mesmo, com dois andares.

                O professor andou um pouco e teve uma vista melhor da casa. Era realmente simples e bonita. Chegou alguns passos mais perto e logo o som de vidro se espatifando no chão ecoou pelo espaço verde em que se encontrava.

                 - Merda! – Ele ouviu alguém gritar de dentro da casa. Logo em seguida, uma moça loira com um avental preso na cintura saiu da casa, pegando uma vassoura e entrando na casa novamente. Ela mancava um pouco, mas parecia totalmente boa.

                Ele ficou parado. Seria uma miragem? Tudo isso... Será que era um... Sonho?

                 James começou a pensar se estava ficando louco. Se havia imaginado tudo o que acontecera. Se tivesse mesmo acontecido... Mas suas dúvidas foram embora assim que a mulher voltou para o lado de fora e sentou em uma rede. Ela colocou as mãos entre o rosto e começou a chorar.

                Chorava de soluçar. E James sentiu que precisava ir abraçá-la, senti-la... Ama-la.

                 O professor chegou mais perto, tentando não fazer barulho, e ouviu a moça murmurar algo como “Burra, idiota e lerda”. Ou seria “Burla a garota certa”?

                 - James... Porque você me deixou? – Ela sussurrou, sem perceber a presença dele ali.

                 - Porque você me esperou? – Ele perguntou, fazendo Caroline olhá-lo assustada.

                 - J-James? – Ela gaguejou, ainda sentada. Carol achava que, se tentasse levantar, iria desabar.

                 - Não. – Ele sorriu – Napoleão.

                 - Mas... Você... James... V-Você... M-Morreu. – Ela disse num fiapo de voz, enquanto levava as mãos para cobrir o nariz e a boca, em sinal de espanto. – E-eu vi... V-Você morreu em m-meus braços...

 - E mesmo assim estou aqui. – Ele piscou, sentando ao seu lado na rede.

 - Mas... Como? – Ela perguntou, mais lágrimas rolando por suas bochechas.

 - Lembra que você perguntou para Apolo, se ele chupava o dedo? – Ele perguntou serenamente.

 Caroline se limitou a balançar a cabeça.

 - Ele... Meio que me deu a imortalidade...

A loira parou, pasma. Encarou James por um bom tempo.

 - Tá brincando?

 - Não... – Ele sorriu. – Aqui estou eu.

 - Ah, James... – Ela disse, se jogando em cima dele. A camiseta branca do professor agora ficando molhada por suas lágrimas. – Você tinha morrido nos meus braços... E-Eu... Não queria enterrar seu corpo. Algo dentro de mim sabia que você... Que você não tinha me abandonado. E então eu troquei sua blusa. Tentei, mas eu não tive força para trazer você pra cá. Quando tentei, meu pé... – Ela olhou para a perna antes quebrada.

                 - Tudo bem. – Ele disse, afagando seus cabelos. – Onde estamos?

                 Caroline olhou profundamente para os olhos castanhos dele.

                 - Lembra de Magrathea? – Ela perguntou, depositando a cabeça no peito dele.

                 - Uhun.

                 - Então... A sua lua é essa. – A moça sorriu, secando as lágrimas.

                 - Ah... Aquela lua que o Douglas encomendou pro planeta dele? – Ele arregalou os olhos, ainda afagando seus cabelos.

                 - Uhun. – Ela murmurou, aconchegando-se em seu abraço. – Um planeta só nosso. Não é incrível, Jered?

                 - É James. – Ele corrigiu, franzindo o cenho.

                 - Eu sei. – Ela sorriu, beijando-lhe suavemente. – Estava tentando relembrar os “velhos tempos”.

                 - Parece até que nasci há dez mil anos atrás. – Ele disse, olhando para a direção do lago.

                 - E talvez tenha nascido. – Ela respondeu. – Não sabemos como andam as coisas na Terra... Quero dizer... Naquele expresso.

                 - Virou mesmo uma “rua”? – James perguntou, pasmo.

                 - Sim. – Ela disse, pesarosa. – Mas... Talvez isso tivesse que acontecer mesmo. – Ela encolheu os ombros.

                 - Acredita em destino agora? – Ele riu, apertando-a.

                 - Talvez. – Ela sorriu, olhando seus olhos... Seus lábios... – Pode não ser o destino, mas, com certeza, algo nos uniu.

                 Ficaram aproveitando o momento em silêncio. Até que algo começou a preocupar o professor:

                 - Caroline... Como conseguimos sair do Tártaro?

                Ela saiu de seu abraço e sentou-se “ereta” na rede (como se isso fosse possível, numa rede de pano). Olhou para James e suspirou.

                 - Foi bem... Difícil. – Ela disse, depois de um tempo. – Depois que você... Morreu... Cronos decidiu arrumar a nave, e então, com muito custo, Douglas e eu saímos de lá. Junto com seu corpo, claro. Ele nos deixou aqui e disse que talvez nos visitaria, mas primeiro iria achar o sentido da vida.

                 - E você acha que ele vai conseguir?

                 Caroline riu.

                 - Nunca saberemos, James. Aliás... Tenho uma coisa para te dizer... – Ela corou, olhando para o lado.

                 - Hãn... Sim?

                 - Eu to gorda... – Ela disse, ficando ainda mais vermelha.

                 - Está ótima para mim. – James respondeu, olhando para Caroline... Direito.

                 - Eu estou engordando, com enjoos... Plantei aquela macieira, perto de onde você estava deitado... E desde então não paro de comer maçãs. Tenho vontades, James... – Ela disse essa última frase olhando no fundo de seus olhos.

                 - E o que tem tudo isso?

                Caroline bateu a mão na testa, fazendo-o rir.

                 - Eu estou grávida, Jay. De você.


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