A Tempestade escrita por hgranger


Capítulo 10
Capítulo 10 - Elysium parte 2


Notas iniciais do capítulo

Continuação do capítulo anterior... Espero que gostem.



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“I watched with glee
While your kings and queens
Fought for ten decades
For the gods they made
I shouted out,
Who killed the kennedys?
When after all
It was you and me
Let me please introduce myself
I’m a man of wealth and taste
And I laid traps for troubadours
Who get killed before they reached bombay
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, oh yeah
But what’s puzzling you
Is the nature of my game, oh yeah, get down, baby
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, oh yeah
But what’s confusing you
Is just the nature of my game
Just as every cop is a criminal
And all the sinners saints
As heads is tails
Just call me lucifer
cause I’m in need of some restraint
So if you meet me
Have some courtesy
Have some sympathy, and some taste
Use all your well-learned politesse
Or I’ll lay your soul to waste”

Rolling Stones – Sympathy for the devil

 

Suzanne era muito mais bonita ao vivo do que na memória que Glove havia inserido em minha mente. A pele era muito pálida, mais pálida do que a média dos vampiros da cidade, reluzindo fracamente sob a luz das lâmpadas, com um brilho sedoso, da mesma forma que os curtos cabelos castanhos, que sob a iluminação artificial assumia traços de múltiplas cores; mel, mogno, chocolate, marrom dourado e um pouco de vermelho dourado. Os cachos eram curtos e ondulados, emoldurando delicadamente a testa e as orelhas. Não chegavam à altura do ombro, e davam ao rosto uma aparência de menina. Os olhos eram puxados, de um tom esmeralda claro, e brilhavam com vivacidade. Um sorriso discreto erguia as maçãs do rosto que estavam coradas, teria ela acabado de se alimentar? Um colar formado por flores de esmeraldas e brilhantes refulgia a cada passo, e uma pulseira combinando com o colar adornava o frágil pulso direito. O corpo era magro e bem delineado; os detalhes sugeriam que ela fora transformada muito cedo, antes da adolescência plena, talvez. Os lábios eram cheios e pareciam macios. Estavam delineados por um batom discreto, quase sem cor, que faziam o sorriso brilhar um pouco também. O corpo estava envolto em um vestido fino de seda negra que se amoldava às formas esguias, deixando os ombros e a maior parte das costas nuas, sem alças. E eu comecei a me perguntar por que estava prestando atenção nisso tudo; era apenas uma forma de conhecer o inimigo? Eu achava que não. Ela estava manipulando os sentimentos de todos ao seu redor; percebi os olhares de fascínio dos outros membros, as expressões atordoadas. Exceto Glove, Axel, os vampiros franceses e alguns mais velhos. Suzanne se dirigiu a Glove, que estava em pé cercado de guardas em um canto do jardim, enquanto os vampiros abriam caminho à sua passagem. Ela distribuía sorrisos, acenos, olhares. Eu estava fascinado. Ao chegar até Glove, Suzanne fez uma reverência, demonstrando o respeito ao poder do Senhor da cidade; a música havia cessado momentaneamente. Glove foi até ela e tocou em seu ombro, demonstrando seu reconhecimento, e ela se ergueu. Aquele era o sinal de que a noite estava oficialmente aberta, e a agenda dos imortais teria início. Eu conhecia o protocolo, mas vê-lo, em todo o seu esplendor, idêntico através dos séculos, era impressionante. Eu não conseguia desgrudar os olhos de Suzanne e Glove.

Fui salvo pela voz de Axel um pouco atrás de mim, me chamando. Aproveitei que um pequeno círculo estava se formando ao redor de Suzanne, e recuei um pouco, ficando fora de vista. Me virei para Axel, e vi que ele estava sorrindo de forma conspiratória, os cabelos longos se movendo levemente na brisa suave e gelada da noite. Ainda não era época de neve, mas estávamos quase lá, e ventava ali à beira do Hudson, a brisa do rio.

“Quero que conheça alguém.” Ele me puxou pela mão, e corremos silenciosamente pelo chão de pedra dos claustros, rápidos como o vento, até uma construção escondida, longe dos olhares dos outros vampiros. E ali, iluminada pela luz amarelada das lamparinas, uma mulher, outra imortal, estava sentada num banco de pedra que nascia da parede. Ela era de uma simplicidade graciosa , com cabelos louros ondulados, cor de trigo, arrumados em uma trança que nascia no alto da cabeça e presos com uma fita simples na ponta, que ia até o meio das costas. Vestia um vestido de seda azul noite, que deixava os ombros à mostra, e combinava com os olhos cor de céu. O rosto também era bem pálido. Não usava jóias ou maquiagem, e os olhos estavam fixos em Axel, até que ele nos apresentou, quando então me olhou dos pés à cabeça, me avaliando. Reconheci ao seu lado uma espada de lâmina larga embainhada, era uma espada grande. Havia inscrições no cabo prateado, mas não consegui identificar o idioma. Algo de origem anglo-saxã, mas irreconhecível para mim. A mão dela estava pousada preguiçosamente na bainha, que parecia fazer parte dela. Ela se ergueu para me cumprimentar, quando Axel lhe disse meu nome.

“Marian, este é Edward Cullen, filho de Carlisle Cullen. Edward, esta é Marian Stanford, filha mais velha de William MacAlpin”.

Estendi a mão, que ela apertou de forma firme e confiante. Olhei para Axel, intrigado. Ele sorriu. Ela ainda não dissera uma palavra.

“Marian é uma antiga amiga. Ela é uma Arconte.

Olhei para ela espantado. Nas aulas com Glove aprendi que na Europa alguns países possuíam vampiros muito velhos e poderosos, que se reuniam em um conselho. Eram chamados de Círculo interno. O Conselho dos Círculos Internos se reunia esporadicamente, quando havia grandes questões de interesse geral. O conselho se reportava diretamente aos Volturi, e era respeitado por eles. Porém os membros eram quase inacessíveis, então tinham representantes diretos, geralmente vampiros versados em alguma arte específica. Os Arcontes.

“Quero que saiba que pode confiar nela para qualquer coisa.” Percebi, pelo sorriso que ele deu, que os sentimentos de Axel por Marian eram bastante intensos. “Gostaria apenas que fizesse o máximo de esforço para esconder a presença dela dos seus pensamentos. Mas eu tinha que deixá-lo a par... Para os eventos que ocorrerão mais tarde.”

Fiquei queimando de curiosidade, mas permaneci em silêncio. Ainda estava um pouco atordoado por descobrir que estava em pé ao lado de uma Arconte... E sabia que se Axel não queria me dizer o que era, era melhor que eu não soubesse. Me inclinei para ela em uma reverência leve, e ela se sentou novamente. Parecia muito ágil, com movimentos felinos, mesmo envolta nos tecido finos do vestido.

“É melhor nós voltarmos. A reunião dos anciões começará em breve, e temos que estar presentes.” E dizendo isso, Axel se inclinou levemente, beijando de leve os lábios da imortal. Senti uma pontada em meu peito. Lembrei da última vez que fizera isso. Parecia uma eternidade atrás. Ouvi pela primeira vez a voz um pouco rouca, o sotaque britânico carregado. “Se cuide, Axel. Ela é perigosa, você sabe.”

Ele sorriu despreocupado. “Não se preocupe, senhorita Stanford. Você está aqui para nos proteger.” E pela primeira vez eu a vi sorrir; um sorriso satisfeito completo, com os olhos e os lábios.

Ao sairmos do reservado, percebi um homem jovem e alto parado sob as sombras, um mortal, seu coração batia forte, ritmado. Era forte, mas esguio, com olhos castanhos simpáticos, cabelo castanho curto. Acenou para nós com a cabeça quando passamos. Retribuimos o aceno sem parar, Axel parecia estar com pressa. O jovem também estava armado, mas sua roupa era bem simples, uma camisa de algodão e uma calça preta. Ele também carregava uma espada embainhada na cintura, e uma adaga em cada lado. Comecei a ficar preocupado, era muita gente nova e armada andando por aqui. “Quem é ele?” Não consegui conter a curiosidade. “Seu nome é Sebastian, ele serve a Marian ao longo dos séculos.”

“Dos séculos? Mas ele é um mortal!”

Ele continuou andando com passos rápidos, tentando não chamar muito a atenção, agora que estávamos novamente perto dos outros convidados.

“Os arcontes aprenderam a preservar seus servos mortais através dos séculos, alimentando-os com seu sangue.”

Senti minha cabeça girar. Eram muitas coisas novas e impensáveis ao mesmo tempo. Percebi que minha mente lentamente ia na direção de Bella, e forcei-a para outra direção. Bella imortal... Sem perder a mortalidade. Seria aquilo realmente possível?

“Concentre-se, Edward. É chegada a hora da reunião dos anciões. Mas antes temos que conversar, para que esteja preparado para os eventos que terão lugar aqui esta noite.”

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A reunião dos anciões. Era uma das tradições dos Elysiums. Edward Glove se reunia com os vampiros mais antigos da cidade para resolver questões administrativas. Suzanne havia reservado um salão em uma das abadias mais espaçosas. A sala estava dourada; as chamas das lamparinas refletiam nas pedras, vitrais e figuras de santos; os arcos internos construíam sombras longas e estreitas. Uma porta de ferro polido dava entrada para o salão. Havia um guarda de cada lado; eles acenaram para Axel com a cabeça quando passamos. Eu estava ansioso; aquilo tudo parecia muito maior do que eu e me fazia esquecer temporariamente o porquê de eu estar aqui. Porém, quando entramos no salão e eu vi novamente Suzanne, tudo voltou rapidamente, e um flash do olhar de Victoria me veio à mente. Victoria, o último obstáculo do meu mundo vampírico à segurança de Isabella Swann. Deixei os pensamentos sob controle, e me posicionei em pé ao lado de Axel, que se sentou à direita de Glove. Os anciões estavam envolvidos em discussões sobre a cidade. Nada daquilo me dizia respeito, então me dediquei a prestar atenção nos outros vampiros que estavam na sala. Todos estavam sentados em cadeiras de madeira folheadas a ouro, de espaldar alto, colocadas em círculo. Glove se sentava sobre uma pequena plataforma, sobre um tapete vermelho sangue, e os outros iam se dispondo nas cadeiras ao seu redor por ordem de hierarquia. Os três vampiros europeus estavam sentados ao lado de Suzanne, que estava à frente de Glove, do outro lado da sala, o que demonstrava o quão distante ela estava dele, em ordem de influência.

Apenas os guardas permaneciam em pé, e eu era um deles. Axel estava passando para os outros vampiros um relatório sobre as atividades desde a última reunião, e algumas discussões acaloradas surgiram durante seu discurso. Alguns vampiros discordavam da política de defesa da cidade, e achavam que Glove deveria ser menos intransigente, permitindo um influxo maior de vampiros em New York. Alguns diziam que a cidade ficava isolada demais, e não crescia, apesar de seu enorme tamanho e contingente de humanos. Eu ouvia por alto alguns dos argumentos. Aumento do rebanho. Sangue estagnado. Eu estava disfarçadamente prestando atenção em Suzanne. Ela brilhava sob a luz das chamas, os diamantes cintilando a cada movimento gracioso. Em um determinado momento nossos olhares se cruzaram, e ela sorriu. Um sorriso doce, quase inacreditável. Depois de discussões sobre a política interna e externa, houve a apresentação de novos vampiros cuja criação Glove havia permitido. Eles entravam tímidos e nervosos, e tinham que permanecer em pé no centro do círculo, se apresentar e recitar as leis da cidade. O clima ficava ainda mais tenso. Já era bastante tenso um bando de vampiros velhos o suficiente para massacrar metade de Manhattan discordando calorosamente dentro de um salão com apenas algumas janelas; quando se somava a isso vampiros recém criados, confesso que fiquei preocupado. As histórias que eu ouvira sobre vampiros recém criados eram bastante assustadoras, mas Axel me tranqüilizou, sussurrando discretamente que eles só eram apresentados quando já estavam aptos a interagir, com a sede sob controle.

Percebi que a reunião se aproximava do fim, e então Maurice pediu a palavra a Glove, que concedeu com um aceno de mãos. Ele se ergueu, e sua voz clara e límpida ressoou no salão. O inglês dele era impecável, porém britânico, e marcado com forte acento francês. Eu estava ali respirando a história viva dos vampiros, e sentia o peso dos séculos preso naquela sala.

“Companheiros dos Estados Unidos.” Ele olhou ao redor, cumprimentando todos do círculo. “Príncipe Glove.” Ele fez uma reverência profunda. Eu sabia que muitos vampiros com a importância e influência de Glove eram chamados de príncipes em alguma cidades européias. “Estamos aqui, Aimée e eu,” e ele acenou gentilmente para a companheira, “para trazer um pronunciamento de Adelle e Montecarlo, senhores respectivamente das cidades de Lyon e Milano.” E então ele puxou do bolso da casaca de veludo azul um pergaminho enrolado, marcado com cera negra e um sinete, um brasão de armas que não reconheci. Maurice entregou o pergaminho a Glove com mais uma reverência e se afastou, voltando para o centro do círculo. Meu cérebro fervilhava, e não me contive; acabei sondando os pensamentos de Maurice e descobri que o pronunciamento nomearia Suzanne como Arconte de Adelle Coeur De Lyon e Maximilliano Montecarlo, ambos membros do Círculo Interno europeu. Aquilo daria a ela poderes imensos. Talvez até mesmo maiores do que os de Glove. Procurei observar a face de Suzanne, mas ela esperava calmamente, sem trair nenhuma emoção nas feições delicadas.

Glove leu o pergaminho e ergueu uma sobrancelha, com a expressão um pouco contrariada. Então se dirigiu a Maurice.

“Monsieur De La Croix, gostaria que me explicasse exatamente o que está acontecendo. Afinal, pelo acordo que tenho com a Casa Volturi, a hierarquia dos arcontes não prevalece em terras americanas, já que não temos membros do círculo interno entre nós. Isso daria à senhorita Suzanne Worchester poderes de vida e de morte sobre membros, bem como direitos diversos que extrapolam seu mérito nesta comunidade”.

O clima ficou ainda mais tenso. Todos os olhos se voltaram para Suzanne, que estremeceu minimamente ao ouvir as palavras de Glove. Mas nos olhos de esmeralda brilharam, por um milissegundo, uma intensa fúria.

Maurice não pareceu se abater com a pergunta. Virou-se para os outros vampiros do círculo, e começou a discursar, como se fosse um advogado em frente ao júri.

“Há muitos anos Suzanne Worchester tem prestado serviços inestimáveis para os Volturi e o Círculo interno. Além disso, sua enorme contribuição para o desenvolvimento das artes é inquestionável. Suzanne tem méritos que, se não são reconhecidos por Edward Glove, o são por instâncias superiores a ele.” O Francês demonstrou um mínimo de desprezo ao pronunciar o nome do senhor de New York. A essa altura eu já sentia a tensão palpável no ar, como uma coisa sólida. Eu mal conseguia me mexer. A mão inconscientemente procurava o cabo da espada que se tornara minha companheira de treinos nos últimos dias. Porém Glove desfez a tensão com um sorriso leve. A audiência relaxou como um todo. Sua voz estava calma e firme quando se dirigiu a Maurice.

“Tenho certeza que a senhorita Suzanne prestou serviços... Inestimáveis às instâncias superiores dos Volturi.” A ironia era sutil, mas indiscutível. Infelizmente, temos um acordo. Se os Volturi quiserem mudar as regras do jogo seria de bom tom que eles viessem pessoalmente conversar comigo, ao invés de mandar subalternos com bilhetes.”

Maurice não perdeu a compostura. “Tenha certeza de que eles virão, Glove. Posso antecipar que os Volturi estão cansados de sua insolência. E em todo caso, viemos aqui para trazer um pronunciamento, não para lhe pedir favores ou permissão. Suzanne Worchester está, a partir desta reunião, nomeada Arconte De Lyon e Montecarlo.”

Eu não desgrudava os olhos de Suzanne. E assim pude perceber o momento em que a raiva contra Glove se transformou em orgulho e triunfo ao ouvir as palavras de Maurice. Eu já estava desviando o olhar novamente para os anciões que se enfrentavam, o novo e o velho mundo, porém uma voz feminina se fez ouvir, ao mesmo tempo em que um vulto envolto em seda azul saiu de trás de uma pilastra. Marian Stanford. Me lembrei das palavras de Axel após nosso encontro no claustro reservado, enquanto o mais puro ódio estampava agora os belos olhos de Suzanne...

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“Cada Arconte tem uma habilidade especial, um campo especial de atuação, Cullen. Alguns são diplomatas, outros espiões, alguns são sábios, outros podem ver o passado ao tocar em pessoas e objetos. Marian tem uma habilidade muito valorizada entre o Círculo Interno.”

Eu estava muito curioso. Não apenas pela presença da vampira influente, mas pelos sentimentos que Axel nutria por ela. Aquilo me dava uma sensação de intensa nostalgia, e os olhos castanhos de Bella voltavam à minha mente. Eu convivera sempre com o amor entre vampiros em minha própria casa. Vê-lo em outros imortais era uma confirmação irônica do que eu havia abandonado. Brinquei com ele.

“E qual é a especialidade de sua adorável senhora, Axel? Você disse que ela estava aqui para nos proteger, por acaso seria uma guarda-costas?”

Axel sorriu largamente, olhando para o vazio. Parecia estar lembrando de cenas passadas, e preferi não invadir sua privacidade mental.

“Marian é um soldado, Edward. Uma assassina. E uma das melhores.”

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 “Boa noite a todos os membros. Aimée. Maurice. Edmond.” Marian cumprimentou os vampiros franceses, que olharam para ela surpresos, e abaixaram as cabeças. A loira se encaminhou até Edward Glove e fez uma profunda reverência, só se erguendo quando ele a dispensou do cumprimento, com um sorriso caloroso.

“Senhorita Stanford. Seja bem-vinda aos meus domínios. Saudações ao seu senhor MacAlpin. A que devo a honra desta visita?”

A imortal forçou um suspiro, como se sua missão lhe fosse um grande peso. Percebi que era uma ironia sutil.

“Infelizmente, Senhor Glove, eu preferia estar aqui sob circunstâncias melhores, que, espero, ocorram em breve. Tive a oportunidade de ouvir o pronunciamento do senhor De La Croix, e tenho a missão desagradável de informar que a senhorita Worchester não poderá ser nomeada Arconte.”

A surpresa inicial foi substituída pela desconfiança nas feições da Bela Suzanne. Todos estavam estáticos. Metade olhava para Suzanne, metade para Marian.

Os olhos de Suzanne se estreitaram. “E você poderia nos esclarecer, Marian, qual a razão deste impedimento?”

Marian sorriu levemente, com os olhos fixos na vampira. O prazer mal disfarçado com o qual ela estava lidando com a situação denunciava uma antiga inimizade entre as duas imortais.

“Com todo o prazer, Suze. Eu vim aqui para acusá-la de quebra das regras de seu principado, conspiração, alta traição e assassinato.”

Quando o último eco das palavras da Arconte se desfez, o caos veio à tona.  

 


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Notas finais do capítulo

Conclusão do capítulo semana que vem!



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