Diário De Uma Retardada escrita por Simjangeum


Capítulo 28
Convide-me para a festa


Notas iniciais do capítulo

P.S: SE A FORMATAÇÃO ESTIVER ZUADA A CULPA É DO NYAH BJS

Heey yaa! E está começando a maratona de encerramento DDR! Quero muito, mesmo, agradecer as minhas leitoras lindas maravilhosas que leram o capítulo passado, entederam as minhas razões e estão aqui para continuar lendo e comentando :D

Ok, não deixem de comentar em todo os capítulos, TODOS, T-O-D-O-S! Sem mais, porque estou atrasada pra aula, e boa leitura!



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14/01 - Segunda-Feira

Alguma coisa muito estranha está rondando a East High. Ou isso, ou Deus finalmente desceu à Terra e andou operando alguns milagres nos meus colegas.

Aconteceu uma coisa tão estranha, mas tão estranha hoje que eu ainda estou duvidando se isso realmente aconteceu ou não. Enfim, o Thomas, o garoto por quem a Val tem uma queda, vai dar uma festa.

A princípio, nem eu, ou Val, ou Lizzie, ou qualquer outro ser humano da galáxia achou que ele poderia me mandar um convite, afinal, toda vez que rola alguma festa de alguém da escola ou eu sou a última a ser convidada ou nem chego a receber convite. Mas, como eu havia comentado anteriormente que a força divina suprema do mundo poderia estar operando alguns milagres pela a escola, eu não estava exagerando. Porque Thomas me mandou um convite.

Isso mesmo, senhoras e senhores, Aléxia Antonelle foi convidada para uma festa! Aplausos de pé porque isso é uma daquelas coisas que você só vê uma vez na vida e outra no umbral.

Quando recebi o convite fiquei desconfiada na hora. O que tinha realmente acontecido para Thomas ter me convidado?

─ Se você não for perguntar pra ele, nunca vai saber ─ aconselhou Lizzie sabiamente.

─ Se você for perguntar pra ele posso ir junto? ─ pediu Val, fazendo uma cara tão convincente que eu acabei deixando-a ir também.

Na escola, durante o intervalo, eu e Val fomos em busca de Thomas e “O Curioso Caso Do Por Que Você Convidou Aléxia Para Sua Festa”. Passamos um bom tempo nessa busca porque ao que parecia o garoto não estava na escola, mas depois de uma procura detalhada o encontramos atrás do pátio se agarrando com Megan, uma das companheiras/capangas/amigas de Bina.

Sim, Val teve um pequeno ataque do coração nessa hora.

─ Ahn, hm, Thomas posso falar com você rapidinho? ─ perguntei, interrompendo o amasso quente que estava se desenrolando.

Megan me lançou um olhar assassino mas saiu, não sem antes gritar “acho que uma garrafa caberia” para Thomas, que quase fez o garoto cair no chão de tanto delirar em prazer.

Nossa, isso foi horrível. O meu comentário, digo.

─ O que você quer? ─ perguntou ele, confuso.

─ Quero saber por que me convidou para a sua festa ─ exigi, colocando as mãos na cintura.

Thomas ajeitou a gola de sua camiseta e lançou um olhar indagador para Val, mas logo olhando para mim.

─ Não sei. Convidei você porque quis, sem nenhum interesse disfarçado ─ respondeu.

Nossa, ele era bem pior que eu mentindo. Quero dizer, mal ele abriu a boca para começar a falar e eu já saquei que ele ia mentir.

─ Mentira. Isso é mentira ─ discordei firmemente mas ainda com uma postura e tom calmo ─ Quero a verdade, por que me convidou para a sua festa?

Thomas deve ter se dado conta de que nem eu e muito menos Val iríamos ser enganadas, porque logo em seguida ele deu um suspiro cansado.

─ Não sei se posso contar ─ admitiu, seus olhos fixos em Val ─ Acho melhor não.

─ Pode contar para a gente ─ murmurou Val teatralmente ─ Não vamos contar para ninguém.

Achei uma boa ideia Val ter dito aquilo, porque Thomas pareceu se convencer.

─ Ok, vou contar então ─ falou ele, chegando um pouco mais perto de Val, mas olhando pra mim ─ Bina pediu que eu te convidasse, foi isso.

Olhei para Val, com a maior expressão de surpresa que eu podia fazer, para saber se eu realmente estava louca ou Thomas tinha acabo de dizer que Bianca Castellare tinha pedido o convite pra mim. A julgar pela cara que a minha amiga fez, eu ouvira muito bem.

─ Bianca? E ela te disse porquê ela queria o convite para mim? ─ perguntei.

─ Não, ela só pediu e eu dei o convite. Só isso ─ respondeu ele, parecendo realmente estar sendo sincero ─ Você devia perguntar pra ela.

E foi o que eu fui fazer.

* * *

Na aula de Ed. Física, que eu fazia com a Bina, fui atrás dela. A professora tinha divido a turma em duas e colocado cada parte em uma quadra. Bianca não estava na minha, então fui procurar ela na outra.

A primeira vista não parecia que Bina estava lá, mas havia uma garota parada no canto da quadra observando o jogo de vôlei. Ela tinha o cabelo cor de mel ondulado preso em um rabo de cavalo precário, o rosto sem um pingo de maquiagem e usava uma leggin preta meio larga e uma blusa cinza meio desbotada.

Minha cara de choque ao notar que a garota em questão era a Bina foi impagável. Eu mal podia acreditar que aquela garota era Bianca. Era surreal!

Caminhei até ela e quando cheguei bem perto Bina levantou seus olhos até mim.

─ O que você quer, Alex? ─ indagou.

Outro choque levado. Bina perguntou aquilo não com um tom de nojo e com a voz arrastada como sempre fazia, e sim com um tom normal e tranqüilo. Aquilo só podia ser uma brincadeira...

─ Por que você pediu convites para eu ir na festa do Thomas? ─ perguntei, sem entender nada.

─ Achei que talvez você quisesse ir ─ murmurou ela em resposta.

─ E desde quando você se importa com o que eu quero?

Bina deu um suspiro cansado e se levantou. Daquele jeito que ela estava, toda simples e desarrumando para os seus padrões, ela parecia uma garotinha indefesa. Mas só parecia mesmo.

─ A verdade, Alex, é que eu estou arrependida, de todas as coisas que eu fiz ─ revelou, com uma voz fraca ─ Achei que conseguindo o seu convite... Talvez você pudesse me perdoar por todas as coisas horríveis que eu fiz pra você.

ISSO SIM É REALMENTE ALGO MUITO, MUITO, MUITO, MAS MUITO IMPROVÁVEL! BIANCA CASTELLARE PEDINDO DESCULPAS PARA ALÉXIA ANTONELLE!

Deus, grave isso pra mim, poste no Youtube que depois vou assistir só pra confirmar que aquilo aconteceu mesmo, de verdade.

─ Você está falando sério? ─ indaguei, com os olhos semicerrados.

─ Totalmente, mas se você não acreditar eu entendo... ─ murmurou, olhando para os próprios pés.

Eu não sabia como reagir. Fui preparada para ouvir foras, mentiras, fofocas, insultos, ofensas, lições de vida, lições de moral, mas não para ouvir desculpas da minha arqui inimiga. Isto estava completamente fora do script.

Se bem que...

─ E eu não acredito mesmo! ─ exclamei, dando uma risada ─ Fala sério, você parou de tomar Rivortril, não foi? Daqui a pouco você melhora e volta com seus maravilhosos insultos pra cima de mim. Vou ficar esperando.

E deixei Bina na quadra com a maior poker face.

Aléxia.



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