Diário De Uma Retardada escrita por Simjangeum


Capítulo 25
Você de novo


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde pipocas! Não demorei muito dessa vez, eu acho. Enfim, nesse capítulo vai entrar um personagem novo e já fica avisado duas coisas: esse novo personagem é da antiga versão e nessa ele fica fixo na fic, já o Chris é só uma participação oks.

Whatever, tenho uma proposta para vocês (mentira, é uma chantagem). Se, quem sabe, alguém recomendar essa fanfic e os leitores fantasmas deixarem reviews, declaro aqui e agora que farei uma longa maratona de capítulos até dia 13/02. Isso mesmo, caso eu ganhe recomendações e mais reviews prometo em nome de J.K. Rowling que irei postar um capítulo novo toda quarta-feira e domingo até dia 10/02. Então façam a parte de vocês que eu farei a minha. Boa leitura!



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04/01 - Sexta-Feira


Hoje foi um dia muito improvável. Muito mesmo.

Sabe quando acontece umas coisas muito inimagináveis na sua vida e você fica pensando por que elas aconteceram? E como aconteceram? Bem, foi mais ou menos isso que aconteceu.

Enfim, hoje depois do almoço passei na casa da Val e fomos até a casa da Lizzie. Ela já estava lá com o carro e o motorista em frente a sua casa, o que me poupou de entrar na residência dos Starks e ter que lidar com os pais dela todos efusivos com a minha visita e com Rony tentando jogar veneno em mim e etc etc.

Estávamos indo para o aeroporto, porque eu e Val concordamos de acompanhar Lizzie até o portão de embarque. Ao que parecia ela precisaria passar o fim de semana em Londres por complicações com sua madrinha/tia/parente, algo assim.

O aeroporto internacional de San Francisco nada mais era do que um lugar enorme com pessoas amontoadas ou empilhadas. Sério, depois que eu Val deixamos Lizzie embarcar quase que tivemos que dar nosso sangue para fazer uma volta segura sem que fossemos soterradas.

─ Essa infraestrutura! ─ reclamou Val, apesar de que eu tinha certeza de que ela não sabia o que infraestrutura significava ─ Você ainda ta viva, Alex?

─ Um pouco, presumindo que não estou sentindo minha perna esquerda ─ murmurei, enquanto nos aproximávamos da saída.

Sair do aeroporto era uma sensação parecida com a de sair da prisão depois de cinquenta anos de pena cumprida. Era como ver a luz do sol novamente.

Fomos até o ponto de táxi, que tinha muita gente parada com suas malas enormes e ficamos esperando ao lado de um garoto que estava sentado na pontinha do banco, quase caindo (juro que tinha umas trinta pessoas dividindo aquele banco minúsculo).

Sei que foi indelicadeza minha, mas fiz aquilo de propósito. Fiquei analisando o garoto, e ainda bem que ele estava com fones de ouvido e olhando para os seus sapatos. Estranhamente, ele era familiar. Na verdade, muito familiar.

─ Val, você não acha aquele garoto muito familiar? ─ cochichei para ela, que estava de pé do meu lado ─ Acho que já vi ele em algum lugar.

─ Quem?

─ O do sobre-tudo preto e fones de ouvido quase caindo do banco.

Automaticamente, como se eu tivesse chamado-o, o garoto virou seu rosto para mim. Acho que eu tinha falado muito alto. Trocamos um olhar rápido.

─ Droga, ele ouviu! Vamos para o ponto mais a frente ─ resmunguei, completamente envergonhada.

Não esperei a resposta de Val, apenas a puxei pelo braço e a carreguei comigo ao longo da calçada. O próximo ponto era a uma distância um pouco longa, mas nada que não pudéssemos não sobreviver.

─ Alex! O garoto está seguindo a gente! ─ informou Val, enquanto eu a arrastava ─ Argh, me solta! Ele está fazendo sinal para gente parar.

Oh, não, eu tinha só falado alto demais, ele não precisava seguir a gente.

─ Mas não vamos parar ─ falei, sem soltá-la ─ E pare de ficar olhando para trás!

Seguimos mais alguns minutos, quando de repente, uma mão puxou meu braço que não estava segurando Val e eu fui obrigada a parar.

─ O que…?

Então, eu o vi. Era o tal garoto que, inacreditavelmente, tinha seguido a gente até ali. Olhando-o mais de perto, ele era realmente familiar, mas eu não sabia associar ele a alguém.

─ Aléxia e Val? ─ perguntou. Ele tinha uma voz grossa e um sotaque meio estranho, que fez ele pronunciar meu nome como “Alecsía”, acho que era italiano ou francês.

─ Hmm, é somos nós ─ murmurou Val em resposta, parecendo bem animadinha demais e ao mesmo tempo confusa ─ Como sabe os nossos nomes?

Ele deu um sorriso torto. O garoto era bem bonito mesmo, e tinha uma estatura bem alta, aparentemente era bem magro, tinha olhos azuis claro e cabelo preto bem arrumado. Parecia um príncipe.

─ Ah, qual é garotas ─ disse ─ Sou eu, eu, Peter. Peter Dumont.

Não. Podia. Ser.

Não podia existir dois Peter Dumont, com um sotaque francês bem dosado e com a maneira irritante de repetir palavras enquanto fala, sem ser gago. Se fosse possível, era aquele cara ali e o Petezinho (pronuncia-se “Pítizinho”), meu melhor amigo e de Val na terceira série.

─ Pítizinho? ─ perguntei, ainda não conseguindo acreditar.

─ Peter, por favor ─ pediu, parecendo envergonhado ─ Prefiro que ninguém fique sabendo do meu apelido da terceira série.

Era ele mesmo!

Nós três nos abraçamos e, ali mesmo no meio da rua, começamos a falar sobre as coisas que aconteceram desde a última vez que nos vimos.

Pelo que me lembro, eu, Val e Peter começamos a estudar juntos na segunda série. Ficamos muitos amigos, do tipo inseparáveis, até que na metade da terceira série Peter teve que voltar para a França porque seu pai tinha morrido.

─ E o que está fazendo de volta à Cidade das Colinas?¹ ─ perguntei, rindo ─ Achei que você não fosse voltar mais.

─ Aconteceu uma coisa um pouco chata na França ─ contou ele, passando a mão no cabelo desconfortavelmente.

Ele disse que a história iria ser longa então decidimos rachar um táxi até a minha casa, o que daria quase uma hora de percurso. Tempo suficiente para ele contar a história.

Segundo Peter, ele estava namorando uma garota francesa, Cèline, e os dois tinham uma relacionamento legal, até que ela apresentou para a melhor amiga dela, Maria. Peter rapidamente se apaixonou pela tal Maria, assim como ela por ele, porém ele não poderia falar nada para a Cèline porque ela era muito amiga dos pais dele, e se os pais dele soubessem que ele havia trocado a namorada por uma estranha as coisas não ficariam nada legais. Porém, teve uma noite em que ele e Maria foram na mesma festa (Cèline não estava porque tinha ido visitar uma outra amiga) e os dois beberam tanto, mas tanto, que acabaram passando a noite juntos.

Sim, eles fizeram exatamente o que você está pensando.

Então, Maria, acreditando que Peter estava namorando com ela depois dessa noite, contou para todo mundo que eles estavam namorando, sendo que todo mundo achava que Peter estava namorando com Cèline. Aí, chegou nos ouvidos dela e Peter se ferrou legal porque ela terminou com ele e ele acabou sabendo que Maria estava grávida. Por alívio, não era dele.

Com o tremendo susto que os pais dele tiveram depois dessa quase paternidade, mandaram ele voltar para San Francisco e morar com o tio.

─ Isso que eu chamo de uma longa jornada de volta para casa ─ disse Val, assim que saímos do táxi.

Meu pai não estava em casa, e sim em uma reunião de emergência sobre um apartamento que havia sido alugado para mais de duas pessoas diferentes desconhecidas, apenas minha mãe. Ela ficou surpresa de ver que Peter havia voltado e disse para irmos para meu quarto enquanto ela preparava um bolo.

Eu e Val logo pegamos o meu notebook para mostrar para Peter as fotos da galera que estudava com a gente naquela época.

─ Ual, essa é uma gata ─ murmurou ele com um assobio, ao mostrarmos o perfil do Facebook de Bianca ─ Quem é?

─ É a Bina ─ respondi, irritada ─ Você lembra dela, não?

─ Bina, a bomba? ─ perguntou ele, sem acreditar. Bina tinha esse apelido quando menor por que quando criança era tão irritadiça que todo mundo dizia que ela parecia uma bomba relógio ─ Ela ficou bonita. E esse cara bonitão do lado dela, eles namoram?

Assim que olhei para tela, obviamente esperando que fosse Rony ao lado de Bianca, levei um tremendo susto. Porque, quem estava do lado dela, com a maior cara de felicidade, segurando um sorvete de chocolate era outra pessoa.

Era Chris.

Aléxia


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Notas finais do capítulo

Ah, e mais um aviso para vocês. Depois que DDR terminar irei postar uma nova original. Não vou dar muitos detalhes agora, mas já posso adiantar que o nome da personagem principal será Jemima West, ela terá 17 anos. Por enquanto só isso, e espero que vocês possam ler a nova fanfic assim como estão lendo essa. Até a próxima!