Quackmiau escrita por LaylaSan, miniminisan


Capítulo 1
Miau


Notas iniciais do capítulo

Isso que dá ter uma conversa sobre fotos de patos aauhauhauhuhauhauaua. A sensei veio com a ideia e saiu essa fic bem inusitada *----*.
Esperamos que gostem ♥.
Boa leitura.
Oi! Miniminisan aqui pra dar um oi! Espero que a fic possa conquistar alguém, pra mim ela ta tão linda! Aliás, esse cao fui em quem escrevi, sou o Aoizinho gente, me apertem! ;D



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Aoizinho’s POV


Olá! Meu nome é Aoi.

Sim, só Aoi.

Por que só Aoi?

Hum... É que eu sou um gato, e foi esse nome que minha dona me deu, então...

Eu me chamo Aoi.

A minha dona é muito legal, ela é uma estudante, acho que é assim que os humanos chamam, eu não sei bem, só estou a três meses nesse mundo. Mas ela mora sozinha em um apartamento que não tem muito espaço pra mim, mas é bem legal.

Meu pêlo é todo preto, mas eu tenho umas partes brancas no pescoço e no peito, eu acho que sou um gato bonito, já que minha dona sempre diz “Aoizinho, você é gatinho mais lindo desse mundo!”. Minha dona realmente é uma dona bem legal, ela sempre me dá comida e fica fazendo carinho em mim. Eu gosto muito de carinho e gosto de ficar em casa quando ela está, mas quando ela sai sempre dou um jeito de dar uma fujidinha pelos os corredores do prédio, só que nunca saio, tem humanos que me dão medo lá fora.

Minha vida é muito boa e ser apenas eu e minha dona é bem legal, mas hoje ela acordou bem animada e falou “Aoizinho, vou te levar hoje para escolher um novo amiguinho pra você!”.

Eu estou bem só com nós dois, não sei se gostaria de outro gato aqui pra roubar o meu espaço, mas como não posso dizer nada apenas fiquei quietinho dentro daquela gaiolinha estranha que ela usa para me levar pra passear.

Pelas gradezinhas eu vi que nós pegamos uma daquelas coisas que passa na televisão, acho que os humanos chamam de metrô, e então descemos em uma rua cheia de mais humanos. Vi a frente toda transparente e eu sei que ali tinha o que eles chamavam de vidro, aquela coisa invisível já tinha me enganado uma vez na porta da varanda lá de casa, ela não ia me enganar mais. Logo que nos aproximamos pude ver de cara vários filhotes de cachorros em algumas gaiolas bem maiores que a minha, e eu já me arqueei todo. Tomara que ela não estivesse pensando em levar um daqueles caninos feios.... Eu não gosto de cachorros, eles são maus comigo. Até hoje não esqueço de quando o cachorro do menino do final do corredor do andar quase conseguiu me morder quando eu estava voltando de uma das minhas voltas pelo o prédio.

– Calma, Aoi, eu não vou levar um cachorro, não se preocupe – minha dona disse e eu fiquei tremendamente aliviado, se ia ter que dividir o meu espaço com algum outro bicho que fosse pelo menos algum que não quisesse me estripar.

– Olá Minilissa-chan, veio comprar ração pro Aoi? – uma vendedora bem sorridente chegou perto da minha gaiola, é... Eu realmente devo ser muito bonito, os olhos dessas humanas sempre ficam todos brilhantes quando olham pra mim.

– Na verdade vim trazer o Aoi-chan pra escolher um amiguinho – minha dona respondeu, colocando minha gaiola no chão e abrindo a portinha. Tratei logo de me levantar, me espreguiçar e sair, olhando ao redor e vendo vários outros bichos, alguns em gaiolas, outros em coisas todas feitas de vidro também – ali, Aoizinho, ali ficam os gatinhos – minha dona apontou na direção de alguns filhotes parecidos comigo e eu fui curioso para ver, até que ouvi um barulho fino e estranho que me chamou mais atenção ainda. Mudei meu curso e fui em direção ao que parecia uma coisa meio redonda e preta, levantei minha cabeça para ver o que tinha dentro...e foi quando eu vi a coisa mais linda do mundo.

Tinha três coisinhas amarelas lá dentro, tinham duas patinhas cada um e tinham uma coisa na cara... Acho que o nome é bico se não me engano.

– Oh! Acho que o Aoi-chan quer um patinho – a voz da outra humana chegou ás minhas orelhas bem alertas, mas eu estava fascinado de mais com o patinho - foi assim que ela chamou – do meio. Ele parecia me olhar, os olhinhos meio marrons meio curiosos, mas então ele de repente deu às costas para mim e pareceu ver algo interessante do outro lado daquela coisa redonda.

“Ei” eu chamei, ainda que os humanos ouvissem um miado quando eu fazia isso, e projetei minha pata direita até tocar às costas dele... Ele era bem macio e fofinho, tinha uns pelinhos estranhos, bem diferentes dos meus, e era tão amarelinho...

– Oh! Ele gostou mesmo do patinho! – novamente a outra humana sorridente e eu fui mais ousado, pulei dentro do cercadinho dele. Ele virou os olhinhos bem pequenos pra mim de novo, e o bico se abriu em um espirro.

– Oi – ele falou, mas as humanas só ouviam o barulho fino que ele fazia.

– Quem ele é? – um dos outros dois patinhos perguntou.

– Me chamo Aoi – me apresentei, levando minha pata novamente para ele, tocando embaixo do seu peito, também era bem macio – quer ir pra casa comigo? A minha dona é bem legal. Qual o seu nome?

Ele voltou a me olhar, bem curioso.

– Eu não tenho nome – respondeu em uma voz bem baixinha, os olhinhos ainda me olhando e então se abrindo levemente e voltando a se contrair – você é um gato, neh?

– Sim... Mas a gente pode ser amigo, minha dona pode levar você com a gente – assenti, aproximando meu focinho e cheirando-o... Tinham um cheiro esquisito, mas era bom.

– Gostou do patinho, Aoi-chan? – minha dona perguntou e eu a mirei rapidamente, miando dengoso... Eu queria aquele patinho com a gente, ele era fofinho de mais... Os olhinhos dele eram tão lindos! – ok! Então nós vamos levá-lo. Pode pegá-lo pra mim, Azumi-san?

– Posso sim, esses patinhos chegaram tem três dias, esse do meio é meio quietinho, mas é uma gracinha neh? – a outra humana falou bem animada e eu miei em confirmação, ele era realmente uma gracinha – oh! Parece que o Aoi concorda – então as duas sorriram. Mas eu não me importava se estavam sorrindo de mim, eu apenas voltei a olhar para ele e ele se aproximou mais de mim.

– Você vai com a gente! – falei ao cheirá-lo mais um pouquinho – eu prometo que vai ser divertido, eu cuido de você.

– Hum... Tudo bem – ele assentiu e cutucou minha pata com seu bico, bem de levinho – Aoi, neh? Você vai ser meu amigo?

– Sim – assenti, voltando a encostar meu focinho em sua cabeça, prendendo-a de leve contra o meu ombro – a gente vai se divertir muito.

– Mas você é um gato, gatos podem ser amigos de patos, como eu? – ele perguntou ao se libertar e me encarar com os seus olhinhos chocolates.

– Quem disse que não? – miei de volta.

– Mamãe costumava dizer que gatos eram perigosos – um dos outros patinhos falou – que eles podiam machucar a gente.

– Eu não vou machucar você, eu prometo – assenti em direção ao meu patinho e ele pareceu sorrir com os olhinhos.

– Tudo bem, então, Aoi – assentiu em resposta, vindo em minha direção e subindo com as patinhas na minha cabeça, ele era bem leve, mas eu tive cuidado para não me mover e acabar derrubando-o.

Logo estávamos de volta ao apartamento da minha dona, e assim que sai da gaiola tratei de ir até a caixinha onde ele estava e mexer nela com a minha pata para tentar abri-la.

– Calma, Aoi, já vou tirá-lo! – minha dona falou ao me pegar no colo e me colocar de lado, decidi obedecer e esperar.

Logo ele abriu a caixinha e ele saltou para fora, quase caindo quando pisou o chão escorregadio de pedra lisa, mas eu cheguei a ele antes que ele batesse o bico no solo.

– Ei, calma, a gente já chegou – miei em humor, ele era realmente fofo, mas parecia um pouco desastrado.

– Oh! É aqui que você mora? – perguntou ai olhar em volta – é bonito.

– Sim, e é bem legal! – afirmei.

– Agora precisamos de um nome pra você, bonitinho... – minha dona falou ao pegá-lo na mão, caminhando até aquela coisa estranha que tem várias coisas dentro e ligando-a. Logo o som do que os humanos chamavam de música invadiu o ambiente e eu olhei para aquele vidro que mostrava uns humanos estranhos – oh... O novo clipe do The GazettE... – ela comentou e então olhou para o meu patinho – neh... Sempre dizem que Uruha-san parece um pato... E se o Aoi já se chama Aoi mesmo... Se eu colocar seu nome de Uruha vai parecer que vocês dois são os guitarristas da banda... – ela sorriu e aproximou-o do rosto. Eu subi em suas pernas... Eu queria ficar pertinho do meu patinho também – então seu nome vai ser Uruha... Uruhazinho... Não é lindo?

Miei e ela sorriu para mim.

– Pode deixar Aoi, já vou devolvê-lo pra você – assentiu ao colocá-lo no chão e novamente ele quase caiu, mas eu o aparei – se comportem enquanto eu tomo um banho – e então ela saiu para o quarto.

– Oh! Você já tem nome, Uruha – assenti bem animado – é um nome legal, não é?

– Uruha? – ele perguntou – meu nome é Uruha?

– Sim! – confirmei – e o meu é Aoi.

– Aoi e Uruha... – ele repetiu, e então correu para mim, se atrapalhando todo para subir em minhas costas – é bem legal neh? Nós somos amigos.

– Sim –assenti – se equilibre que eu vou mostrar a casa – sorri e caminhei devagarzinho para que ele não caísse enquanto passeava pelos os cômodos e mostrava tudo a ele.

..........................................................

Os dias tinham ficado bem mais divertidos depois que Uruha tinha chegado, eu já não fugia mais para passear pelos os corredores, porque era bem mais legal ficar com ele o dia inteiro. Às vezes brincávamos de pega-pega, ou esconde-esconde, ou fingíamos disputar alguma coisa depois da comida. Mas frequentemente parávamos e eu o levava em minha cabeça até o sofá macio da sala, batia minha patinha no botão que ligava a caixa cheia de coisas e ficávamos vendo aquelas cores e imagens todas cheia de humanos.

Tinha muitos humanos, muitos fazendo coisas sem sentidos, mas apareciam animais também.

E foi em um dia desses que eu descobri coisas estranhas. Uruha estava tirando um cochilo deitado e encolhido contra mim, mas eu por mais que fechasse os olhos não conseguia pregar o olho, quando alguma coisa naquela caixa estranha me chamou atenção.

“Amor animal...” a voz dizia enquanto mostrava imagens de vários bichos juntos, assim como eu e Uruha. “... Todo bichinho procura seu companheiro e companheira no mundo, mas o que dizer quando os pares são meio... inusitados?” E então mostrava Um cachorro com um gato... Ghruu... Tinha gente da minha espécie que gostava daquilo? Mostrou um bicho meio branco e com chifres também com um cachorro, um porco com um gato, e... Um pato, como Uruha, mas pretinho, com um gato, como eu... Mas meio branco... “Parece que o amor proibido pode ocorrer até no mundo animal, já que esses bichinhos são de espécies diferentes, mas parecem terem encontrado um no outro seu parceiro para a vida inteira...”.

Virei minha cabeça um pouco de lado e encarei o Uruha dormindo... Será que eu e ele podíamos ser um par também? Cheirei de leve a cabecinha meio escondida em uma de suas asinhas pequenas, eu gostava muito do Uruha, eu podia passar todos os dias, todas as horas da minha vida perto dele que seria bem feliz... Eu gostava dele... Eu o amava?

– Uruha - chamei baixinho e cutuquei sua cabeça com o meu nariz – acorda – chamei e ele se tremeu rapidamente antes de voltar a dormir então eu desisti por aquela hora, teria tempo de falar com ele depois, afinal ele se forçava a ficar acordado até tarde para passar mais tempo comigo e por isso dormia muito durante o dia . Eu gostava de passar a noite toda acordado, mas ele precisava dormir então ficava meio difícil pra ele... Será que ele também gostava muito de mim? A gente podia ser um par neh? Eu iria gostar... Mas o que pares fazem?

Voltei a mirar a caixa e nela o gato lambia o bico do patinho preto com cuidado enquanto o patinho fechava os olhos... Pares faziam aquilo? “ Esse casalzinho diferente pareceu ter achado sua forma de beijo...” a voz disse... Então aquilo se chamava beijo... Será que o Uruha me deixaria beijá-lo? Fiquei assistindo mais um pouco daquilo, teria que esperar Uruha acordar para falar com ele... Eu queria que ele fosse meu par... Tomara que ele aceite.

Peguei no sono sem perceber e quando acordei minha dona já tinha chegado em casa e Uruha não estava deitado comigo. Miei com preguiça e olhei minha dona se aproximar da caixa, desligando-a.

– Você ligou a TV de novo Aoizinho? Tenho que achar um jeito de deixar o controle onde você não possa achar – ela brigou e me pegou no colo, fazendo um leve carinho na minha cabeça e me colocando no chão. Eu gostava dos carinhos dela, mas eu estava ansioso para falar com o Uruha, por isso sai correndo em direção a varanda, onde eu sabia que ele gostava de ficar.

Dito e feito, ele tava na varanda, bebendo um pouco de água e eu me deitei perto dele, apenas observando-o... Ele era tão lindinho, tão fofo... Tão legal... Acho mesmo que eu quero Uruha como meu parceiro... Tomara que ele aceite.

– Uruha – chamei, sem levantar minha cabeça, deitando-a por cima das minhas patas para que eu olhasse bem os olhinhos chocolates dele.

– Sim? – ele perguntou ao parar de beber água e se virar para mim.

– Neh... Você gosta de mim? – perguntei.

– Gosto – ele assentiu.

– Então a gente podia ser um casal, não acha? Ser parceiros... – comecei meio constrangido, e se ele não aceitasse? – a gente podia se beijar e... Você aceita?



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Notas finais do capítulo

Então, vamos pro próximo? (bu Miniminisan)