O tempo voou. Já fazia um mês, quase dois, que Frank vivia em Washington. Tudo havia se encaixado, faltava-lhe um pedaço diario, mas ele sobrevivia graças a vida ocupada. Tomou o café da manhã e logo depois pegou uma xícara extra e seguiu para seu quarto. Trocou a camiseta, apenas, e seguiu para o computador, pois já estava atrasado por uns minutos. Assistiu as aulas de História, Filosofia, Física e Sociologia prestando toda a atenção, estava prestes a fazer a prova final e isso era a última coisa para desprender-se completamente do passado: A escola. Não era bem uma escola, mas ele aprendia ali e sentia um mal-estar por não poder comentar a voz estranha do professor com um amigo ou mesmo até, como um ou outro ensinava bem, levar broncas, pedir para ir ao banheiro na hora marcada para encontrar Way. Ele nunca imaginaria essa mudança em um mês. Frank acordou de seus pensamentos e reflexões "Muito bem, então Delta Q indica..." tagarelava o professor doutor em física.

No final da aula Frank correu para dar mamadeira ao pequeno, Michelle tinha ido rever os pontos da cirurgia e pela primeira vez Frank estava sozinho com o sobrinho, era bom se acostumar, pois ia acontecer e muito. Esquentou corretamente e alimentou o neném, imaginando como aquele lindo bebê, tão frágil, cresceria e seria um adulto cheio de problemas e assuntos. Isso deveria ser proibido. Ajudou a criança a arrotar e logo o pequeno voltou para o sono.

-Que vida fácil você tem - Frank comentou para a criança.

A campainha tocou e Iero atendeu.

-Encomenda para o senhor Frank Iero.

Frank estranhou, mas confirmou que era ele e assinou na lista.

Abriu rapidamente a embalagem, era um livro chamado "Meu pequeno princípe: Lições e histórias de um outro mundo", ao que dizia a sinopse era uma sátira, mas por falta de ter o que fazer - só havia o dever de física e isso não era algo de seu grado agora - Frank sentou-se ao lado do berço do sobrinho e começou a ler. O autor sempre assinava como Jiggy e o remenente vinha de uma cidadezinha de New Jersey, onde Frank passava o verão na infância e onde ele leu pela primeira vez um livro, e foi exatamente o pequeno principe. 

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Depois de alguns capítulos num site de Fanfics Gerard foi procurado por uma editora, que requeriu toda a história e a aprovou. Publicando em pouco tempo, fazia quase um dia que o primeiro exemplar estava na mão de Way e ele não pensou duas vezes. Consultou o diário que Frank deixara na casa dele, procurando o lugar ideal - Já que mandar pelo endereço de Newark e ainda mais com o CEP de sua casa, seria loucura- E bingo, ele achou o que queria, era apenas duas horas de carro até a cidade, ali ele inventou um CEP e mandou para o endereço que Linda lhe deu. 

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Frank terminou a leitura em quase uma hora. Sentindo uma idenficação forte e uma sensação estranha, o autor era bom e em certa hora, ele se sentia como a rosa. Verificou o remenente e tentou adivinhar quem foi que mandou, mas realmente não havia idenficação, apenas um cartão de "Feliz Aniversário", em referencia ao seu aniversário que foi a duas semanas atrás. Iero seguiu para a internet e conseguiu achar a página do autor no site da editora. Ali estava a recém obra publicada e mais nada, nem foto e nem sobrenome. Pelo jeito Jiggy escrevia no anonimo. 

Brian e Michelle chegaram do médico e comentou o acontecido com os familiares, que acharam estranho, mas já que seu aniversário era recente, qualquer um poderia ter mandado, até mesmo Linda.

Após o jantar e o dever de casa, Frank sentou-se marcando as partes favoritas do livro. Era verdadeiro, tinha uma pitada de humor, uma identificação forte. Era ótimo. Jiggy era realmente muito bom.