Gerard acordou com o telefone celular, ao todo, deveriam ter 60 ligações de casa, mas eles caíram num sono tão pesado que nem mesmo ouviram

-Oi

-Gerard, cadê você? – Ele reconheceu a voz da mãe

-Mãe, é... – Eu fiquei aqui ontem a noite, e transei com meu namorado, ora – Cheguei aqui e Frank estava, ficamos conversando e acabamos dormindo.

-Ah, graças a Deus. – ela deu um longo suspiro – Ainda é cedo, levantem e venham para cá, tomem café e vão para a escola. Eu vou ao banco e depois resolverei algumas coisas com seu pai.

-Tudo bem, estamos indo – ele disse tranquilo. – Está tudo bem, mãe.

-Certo, mas quero falar com você sobre. Se Frank sumiu, logo se sentiu incomodado com nossa casa e se bem lhe conheço já sei até o motivo.

-Mãe... Eu... Te explico tudo depois, estamos bem, apenas isso. – disse Gerard já tentando projetar uma desculpa convincente.

-Tudo bem, a gente se vê daqui a pouco. Beijos querido.

-Até mãe – ele desligou e suspirou, virando toda atenção ao pequeno que dormia encolhidinho, embolado nas cobertas.

Foi nesse momento que Gerard percebeu que  estava nu, e por um segundo lembrou-se em flashs rápidos da noite passada. Sentiu um calafrio percorrer em seu corpo. Ele deu um sorriso e decidiu que seria melhor acordar Frank.

-Shh, bom dia! – ele disse calmamente.

Frank despertou com facilidade e se espreguiçou fazendo uma careta, seu corpo doía por inteiro e de certa forma Gerard também se sentia assim.

-Hey, bom dia! – ele sorriu em resposta, ainda falando baixinho.

Quando Iero percebeu que ambos estavam sem vestimenta alguma corou por completo, tentou esticar a mão até a cueca, peça de roupa mais próxima, sem se descobrir, mas não foi possível o que o fez correr e pega-la rapidamente. Way riu do ato, também se sentiu extremamente incomodado, mas o que ele poderia fazer? Sentou-se na cama ao lado de Frank que acabara de vestir a peça, o abraçou e disse em seu ouvido.

-Não adianta fugir, eu te vi todo ontem.

Frank corou mais ainda.

-Eu sei... Mas... – e foi surpreendido com um beijo de Way, correspondendo lentamente.

Eles se despediram do beijo e Gerard logo avisou.

-Minha mãe ligou. Ela disse que deveríamos ir para casa logo, que vai me interrogar e... Ela ligou umas vinte vezes – riu.

-Eu dormi tão pesado que nem ouvi, ah Deus o que você vai dizer?

-Fácil! Eu arranjo, não se preocupe. Agora vamos antes que ela reclame mais.

Os dois se levantaram e se vestiram, Frank avistou um detalhe curioso.

-Gerard, não acha melhor arrumarmos isso? Os lençóis sujos, o pacote de preservativo no chão... São pistas que qualquer um que entrar aqui vai recorrer direto a nós e ...

-Tudo bem, primeiro vamos trocar a roupa de cama. Não temos como lavar, eu acho.

-Pois eu tenho certeza, droga é minha favorita!

-E isso não é ótimo? – Way perguntou arqueando as sobrancelhas.

-Tudo tem dois lados, não é mesmo?

-Quais são?

-Meu lençol favorito serviu para minha primeira vez, mas ao mesmo tempo está melado e provavelmente sujo de sangue.

Gerard se apavorou, ele já tinha ouvido que machucava e as vezes sangrava, mas ele não conseguia cogitar machucar o menor dessa maneira.

-Vamos lá, se acalme! Eu já sabia que isso aconteceria, e ... Eu estou bem, juro!

-Jura?

-Juro!

Os dois trocaram a roupa de cama, passando uma água em cima do usado e guardaram. Depois se encaminharam para casa de Way, Frank por vezes andava atrás de Gerard para fazer suas caretas de dor escondido, ele imaginava que não sairia ileso, mas não achava que teria  tamanho incomodo. Mas valeu apena, tudo aquilo valeu apena. Só de lembrar-se vagamente sentia o coração bater mais forte, ele abraçou a cintura de Way botando sua cabeça nas costas do mesmo, fazendo Gerard parar e ali ele ficou na ponta dos pés e disse: "Eu te amo, hm?" Fazendo Gerard oscilar de alegria e responder o mesmo. Os dois voltaram a andar, chegando na casa.