Frank acordou lentamente, quando pode abrir os olhos por inteiro observou um par de olhos verdes o encarando de forma delicada.

-Bom dia meu pequeno.

-Bom dia amor – o menor disse se espreguiçando com voz de sono.

-Alguém já lhe disse que você é lindo dormindo?

-Acho que a minha mãe. – o menor riu.

-Bom, sua mãe e eu.

-Já esta acordado há muito tempo?

-Desde que você começou a falar.

-Falar o que? Eu não lembro de ter sonhado hoje.

Gerard deu uma risadinha

-Você repetiu umas quinhentas vezes que me amava.                                                                                                                                                                             

O menor corou.

-hum, adoro quando você fica vermelho de vergonha.

-Me deixa entender, você adora me ver em uma situação de embaraço? Ou de vergonha?

-Ou irritado, ou feliz, ou nervoso, ou bem nervoso, ou romântico. Enfim, te adoro.

O menor riu sem graça.

 Gerard tomou uma expressão um tanto séria.

– Frank a gente precisa decidir umas coisas.

- O que?

-Sobre a gente, meu Deus, não faz nem uma semana direito que a gente tá saindo, já estamos namorando e vamos decidir uma coisa meio-matrimonial agora.

-O que? Vai me pedir em casamento?

-Espera mais uns 6 meses e eu o faço, mas é outra coisa. A questão de todo mundo.

-Que houve Gee?

-Levando um relacionamento a sério, a gente envolve todo mundo. Nossos amigos da escola, tudo bem, eles podem estranhar mas a gente conta naturalmente, brinca e etc. Mas os nossos pais Frank?

O menor engasgou e tossiu com a própria saliva.

-Gee... olha, se a gente falar para seus pais agora, pode surgir um problema, pra mim vai ficar chato, eles vão me olhar com outros olhos. Ai eu vou ser o namorado do Gerard, que seus pais cuidam e eu durmo no mesmo quarto que você e blá, blá ... Vai me incomodar. Seus pais sabem sobre você Gee?

-Sabem. Aquele “rolo” que eu tive com aquele menino uma vez, eu contei pra minha mãe, ela ficou quieta, não reclamou nem apoiou, mas disse que estaria do meu lado e dali ela contou pro meu pai, que mal se pronunciou. Frank e você? – Gerard temia que o menor não tivesse contado a verdade a mãe;

-Ela sabe, no inicio estranhou, mas temos fortes laços de amizade, ela respeita a minha decisão, quanto a ela Gee, não temos praticamente nada a temer.

-É bom saber disso. Sobre meus pais a gente deixa rolar, mas se você se sente incomodado a gente espera sua mãe voltar.

-Tudo bem.

-Já a escola...

-hey, sr. and sr. Smith.

-Com certeza.

-Mal posso esperar. Hm, que horas são? – perguntou o menor.

-São... wow, 6 horas.

-6 horas da manhã? Num domingo? Ah Gee isso é palhaçada.

-O engraçado é que... Eu não estou com sono.

-Nem eu!

-Então... a gente podia sair, né?

-Sair pra onde?

-Tem um lago, a uns quilômetros aqui do bairro, não é longe, mas de manhã é lindo, ainda mais nesse friozinho.

-Ah, porque não? Vamos.

-x-

-Gerard, não mente pra mim... Você sabe o caminho?

O maior riu

-Sim, eu sei pequeno.

-É... eu acho bom! Porque perdidos, ás 7h30min da manhã, num frio do caramba, dentro do carro num estrada terrivelmente deserta. O que a gente faz?

-Olha, a única coisa que eu posso te sugerir é o que você não vai fazer, então...

Iero raciocinou um pouco.

-Você está me seduzindo, que arma idiota Way! Eu sabia que você não tinha engolido o que eu te pedi ontem, agora você vai me fazer suplicar por isso durante um passeio suspeito a um lago?

-Você me deu uma boa ideia. Porém eu te respeito Frankie, e estamos realmente indo para um lago.

-Uhum, eu só acredito quando eu vir o lago.

-Mas, se você quiser a gente para o carro e...

-GERARD ARTHUR WAY!

Gerard riu e ligou o rádio.

-Gosta de The Cure?

-Ora, mais que pergunta, claro!

-ótimo – Way ligou o rádio, pondo em sua música predileta A Letter to Elise.

-Aw, eu adoro essa música.

-Minha preferida.

Iero entrelaçou sua mão com a de Way;

-Nossa você fica calminho rápido.

-E quem te disse que eu tava nervoso?

-Ué, ninguém me disse, eu mesmo percebi.

-Mas você é um banana mesmo, eim?

-Para de me xingar? Banana não é apelido carinhoso.

-Mas bananas são gostosas.

-Frank, diga-me, eu devo ou não ser pervertido sobre tal?

-Mas Gerard você é terrível mesmo, que horror. Meu Deus, aonde eu fui me meter. Eu to falando da fruta seu doido.

-Hm, então eu sou gostoso.

-Olha aqui, mais alguma palavra de duplo sentido você me deixa aqui na estrada mesmo que eu volto andando pra sua casa.

-Viu, você tá nervoso.

-É porque é domingo, de manhã cedo.

-Hm, desculpa se eu te acordei, e de forma muito indelicada por sinal.

-Você pode, por favor, parar de se fazer de vitima?

-Ainda mais, quantos beijos ou carinhos você me deu hoje?

-Você é muito chato.

-Porque aceitou namorar comigo então?

-Porque eu te amo seu besta.

-ama mesmo?

-amo Gerard, amo.

Os dois andaram mais um pouco e deram de cara com uma trilha. Gerard pos o Ipod no bolso e entrelaçou as mãos com o menor, ambos seguiram a trilha que dava para um lago de água cristalina, andaram um pouco mais e viram uma cachoeira. Os dois se sentaram no chão de areia e recostaram-se numa pedra, estava bastante frio e a água muito gelada porém era gostosa aquela sensação de estar ali.