Sweet Diference escrita por halmina


Capítulo 4
Chegando


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, estou aqui com mais um cap. Depois de quase duas semanas de castigo, sem computador e de mais de 15 folhas, escritas à mão, ainda não passadas.
O momento tão esperado, aparece the GazettE. Estou feliz, muito feliz.
As coisas entre [] são frases minhas deixadas no meio da história, tipo comentários. Não critiquem, são necessãrios.
Bom, vou deixar-vos ler...:



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  Depois do almoço, nutritivo e pouco comestível, resolvemos ir fazer algo. Já alguma vez vos aconteceu estarem com muitas pessoas e alguém pergunta “O que vamos fazer agora?” e ninguém tem ideias. Nessas alturas o ambiente fica estranho, mas arranja-se (quase) sempre algo para fazer. Então, nós resolvemos ir para um jardim meio deserto da escola.

  Meio deserto? Sim. É um jardim que fica perto da saída dos professores,
por isso quase ninguém vai lá. Quer dizer, os professores são todos frescos de mais para se sentarem na relva e como não há bancos no jardim… Ele fica por nossa conta. As pessoas começaram a chamar-lhe “Jardim dos Excluídos”, foi um bom nome, já que o anterior era “Jardim dos Profs”.

  No caminho fomos a falar de coisas triviais. O teste de Inglês, que a turma de Sani também tinha tido, tinha sido difícil para todos, menos Maya. Então Kanon ofereceu-nos a todos uma explicação, no dia seguinte, em casa dele. Fiquei aliviado por não ir ser o único lá, já que Miku, Bou e Maya também iam. E porque é que o Maya ia? Porque o Aiji se ofereceu para nos ajudar. Simples assim.

  Falámos sobre o relacionamento de Bou e Miku. Claro que com muitas
piadas… Pervertidas no meio. Eles não nos falavam da sua vida… Intima. Mas nós sabíamos através de uma fonte que vai ficar aqui anónima *cof cof Maya cof* que eles tinham transado um mês depois de começarem, e isso rendia sempre piadas.

  Ficámos a saber que, depois de um ano, finalmente Bou iria conhecer os pais de Miku.

  - Mas o problema não é esse. – disse Miku, depois de nos contar que o iria apresentar sábado – O problema é que o meu pai é totalmente homofóbico. Como é que eu o vou apresentar sem “deixar de ser o filho dele”? – perguntou Miku, de repente desesperado.

  - É fácil. – afirmei, todos olharam para mim curiosos – Eu e o Bou passamos perfeitamente por garotas, o Bou até na voz, - é, eu tenho voz de rapaz – por isso, basta apresentá-lo como tua namorada.

  - Calma aí, Sano. Isso não é rebaixar-me um pouco? – perguntou o minorca loiro.

  - Bou. – o Aiji olhou para ele estranho – Tu vestes-te como uma rapariga, como é que chamar-te isso pode ser rebaixar-te?

  - Exato. – concordei – Só têm de o apresentar como: Bou, a tua namorada. – disse olhando para o Miku.

  - Mas Bou não é nome de rapaz?

  - Não. É o que eu chamaria de nome unissexo. – disse eu, rindo. E o Bou olhou-me atravessado.

  - Mas agora outra coisa. – interrompeu o Maya – O que acontece se… Os alunos novos… Forem como nós? – perguntou, indeciso.

  - Se forem como nós podem andar connosco. À vontade. – respondeu-lhe Aiji, e eu vi de relance os olhos do loiro brilharem.

  - E se não forem? – perguntou Bou, que estava ao colo de… Vocês sabem.

  - Tu sabes, Bou. Se forem populares não querem nada connosco, nem é escolha nossa. – disse Teruki, que tinha passado o tempo todo afastado, a falar por mensagens com, provavelmente, Arya.

  E demos este assunto por encerrado. Mais tarde voltaríamos lá.

  Vocês percebem isto? É que normalmente apenas as pessoas descoladas se dão connosco. Não, nem tanto. Apenas elas se dignam a falar connosco. Pessoas populares, ou com o mínimo de (boa) reputação não querem ser vistos com o nosso grupo.

  Agora uma pergunta para pensarem. Porque é que nós somos excluídos? É uma ótima pergunta e dava para vos ocupar o tempo. Mas eu respondo, ou cito. Toda a gente nos diz que somos excluídos por sermos diferentes.

  Mas o que é que é ser diferente? Não temos super-poderes, nem somos mutantes, como se vê na televisão. A nossa diferença está no nosso estilo, na nossa maneira de ser e de encarar as coisas. As nossas atitudes face às coisas não são o que se chamaria de normal.

  Para perceberem vou dar-vos um exemplo. Se vês uma pessoa ser agredida, física ou verbalmente, queres ir ajudá-la, né? Mas e na escola? Quando uma pessoa é agredida, na escola, por alguém popular, as pessoas normais não ajudariam. Mas nós sim. Se vês alguém a chorar, tentas consolá-la, a menos que não gostes dela. Para nós isso não interessa, mesmo se não gostarmos da pessoa vamos lá. Mas não a consolamos, nenhum de nós sabe como isso se faz. Nós atacamos, literalmente, o problema da pessoa, resolvemo-lo na origem.

  Mas não pensem que somos bonzinhos, apenas nos habituamos demasiado a sofrer e a sermos gozados para gostarmos de ver outros passar pelo mesmo.

  A não ser que sejamos nós a provocá-lo. Porque é que acham que os populares não gostam de nós? Porque já os fizemos sentir muitas vezes o que eles fazem aos outros. E aparentemente, eles não gostam.

  As pessoas da nossa escola são o que se pode chamar de ricos, mimados e metidos. Querem ser todos iguais, para não serem rebaixados, e todos melhores que os outros, para os rebaixarem, o que é no mínimo… Confuso. Deixam de parte todos os que não são como eles.

  Mas nós temos orgulho em ser como somos, em sermos quem somos. Gostamos de preto? Então, porra, usamos preto. Eu e o Bou vestimo-nos como raparigas e não nos envergonhamos. É uma opção!

  Somos estranhos? Talvez. Mas o que fazer?

  Chegámos às salas e os mais velhos foram-se embora. Entrámos e sentámo-nos nos lugares habituais, no canto esquerdo. Havia apenas duas cadeiras vazias na sala toda. E digo havia porque logo elas vão estar ocupadas. [ou será porque eu faço uma trapalhada com os tempos verbais?] Uma das cadeiras estava ao meu lado, do lado contrário da parede, o que é óbvio visto que eu é que me sento do lado da parede. A outra estava na mesa do fundo, da fila do meio, do lado esquerdo.

  É assim, as nossas salas têm três filas, cada uma com 4 carteiras, cada uma com duas cadeiras. Perceberam?

  Depois de ficarmos quase dez minutos à espera, na sala, o professor resolveu aparecer. Parecia… Perturbado. E um bocado enojado também.

  - Bem turma, hoje nós temos dois alunos novos, vieram de outra cidade e espero que os façam sentir-se integrados. – disse ele, mas não parecia convicto, era como se estivesse no modo automático – Podem entrar.

  - A porta abriu-se lentamente, ouviam-se sussurros do outro lado e de repente, a turma calou-se. A porta parecia abrir-se lentamente de propósito e a espera estava a irritar toda a gente. Ouviu-se um resmungo e a porta abriu-se finalmente.

  Entraram na sala dois rapazes. O da frente era alto, loiro, tinha uma faixa sobre o nariz e era completamente… Sexy. Estava vestido de preto com várias correntes e anéis. [Sabem o que é estilo j-rock? Óbvio. Já viram algum videoclip de the GazettE. É normal que sim, se estam a ler esta história. (Mas, se não, vejam.) Bem, é essa roupa que eles estam os cinco a usar, só que eu não sei descrever.] Era muito, mesmo muito giro. Atrás vinha um rapaz também loiro, baixo, mais que eu! Acho que era da altura do Bou. Muito minorca, mesmo! Vestia-se da mesma forma que o outro, mas sem a faixa no nariz.

  Ambos pareciam… Não digo chateados, mas entediados e aborrecidos. [Isso não é o mesmo?] Mas o anão (sinto-me no direito de lhe chamar isso) parecia elétrico.

  Muitas raparigas suspiraram quando o loiro mais alto entrou, ele pareceu
ficar mais entediado ainda. O mais baixo sorriu um pouco e tocou-lhe no braço, como que para o tranquilizar. Eu inclinei-me para a frente e dei um tapa na cabeça dos meus colegas da frente. Quando Miku e Maya se viraram eu sorri-lhes.

  - Eles são como nós. – exclamei, feliz. Eles sorriram-me também, principalmente o Miku, ele ficava sempre radiante por ver o grupo alargado. Isto é, se eles concordassem.

  - Maya, pára de falar. – disse o professor, eu sentei-me - Apresentem-se. – ele ordenou.

  - Eu sou o Reita e tenho 16 anos. Vim para esta escola por motivos que não vos interessam. – disse o da faixa, ainda sério.

  - Oi. Eu sou o Ruki. Também tenho 16 anos e vim para esta escola porque todos os meus amigos vieram para cá. – disse o anão, sorridente.


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Notas finais do capítulo

Então... Gostaram? Comentem. Não gostaram? Comentem à mesma.
No próximo cap temos a continuação deste e, provavelmente, um POV do Reita! Já devem ter reparado que eu o AMO!
BjsS
e eu prometo não demorar tanto da próxima.



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