Presos Pela Música escrita por Ary Lima


Capítulo 6
Presos pelo presente


Notas iniciais do capítulo

Olha mais um aí braseel!



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Bella POV

24 de Outubro, Sábado. A busca do presente perfeito. – Parte I.

Meu quarto estava claro. Muito claro! O que me fez acordar aos poucos e deixar o meu mau humor matinal aflorar como se fosse um dia de semana.

Abri meus olhos devagar e olhei para o meu teto por um tempo até que tivesse coragem de levantar da minha cama e fosse tomar um banho quente, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa ouvi uma leve batida na minha porta.

— Entre. – pedi com minha voz rouca de sono ainda.

Somente quando Edward apareceu foi que percebi que ele tinha dormido aqui em casa e que eu ainda estava de pijamas na minha cama e com a maior cara de sono. Queria me bater agora por não estar mais apresentável.

— Oi. – ele disse suavemente ainda da porta. – Dormiu bem?

— Sim, mas eu que deveria fazer essa pergunta a você. – ri e me levantei da cama. – Desculpe se o nosso sofá não for tão confortável.

Ele riu e entrou um pouco mais em meu quarto, mas ainda hesitante.

— Não se preocupe, não foi tão ruim assim. – ele disse.

— Bom, eu irei tomar um banho e depois farei um café da manhã para gente. Você me espera? – perguntei enquanto pegava minha bolsa com meus itens pessoais.

— Claro. – ele balançou os ombros e só foi naquele momento que eu reparei que seu cabelo estava bem mais bagunçado do que o usual e que ele já tinha trocado a roupa que tinha emprestado a ele para dormir.

Caminhei rapidamente para o banheiro para tomar logo meu banho.

.

Já de banho tomado e dentes escovados eu me encontrava agora na cozinha preparando ovos com bacon para Edward e eu.

— Então, será que podemos sair de casa já? – Ele me perguntou enquanto eu colocava um pouco de ovos mexidos em seu prato.

— Ahn, acho que sim. Eu vou ligar para meu pai perguntar isso. – respondi e deixei a frigideira em cima do fogão e ligar para delegacia.

O telefone tocou várias vezes até que uma voz feminina atendeu.

— Alô?

— Oi, o chefe Swan está? – perguntei.

— Quem deseja? – a mulher de voz anasalada perguntou.

— É a filha dele, Bella.

— Ah! Oi, Bella, é a Sue. – ela disse com mais vontade. – Sim, seu pai está aqui sim, só um minutinho, ok, querida?

— Tudo bem. – sorri para mim mesma.

Será que meu pai estava se encontrando com Sue? Espero que sim, ela é uma boa pessoa.

— Bella? Está tudo bem com você? O que houve? – meu pai entendeu falando rápido feito um jato e mal tinha como responder.

— Pai, respire. – eu ri de sua pressa. – Está tudo bem sim, não se preocupe. Só liguei para perguntar se já está seguro para sair.

— Ah, pensei que tinha te acontecido alguma coisa. – ele respondeu sem graça. – Bom, está sim, mas ainda precisa tomar muito cuidado com a estrada. Onde você está pensando em ir?

— Bom. Edward pediu minha ajuda com algumas compras e precisamos ir à Port Angeles.

— Edward? O garoto do Doutor Cullen?

— Sim, ele mesmo. – respondi já sabendo o que ele iria falar.

— Pensei que vocês não se suportavam.

— Bem, estamos tentando melhorar nessa parte. Mas então está tudo bem com o senhor e eu ir a Port Angeles, certo? – perguntou já querendo desligar.

— Ah, está sim, só tome cuidado e dirija devagar.

— Ok. Bom, vou indo.

— Certo. Tchau!

— Tchau! – e desliguei sem mais delongas. Eu e meu pai nunca fomos muitos de demonstrar carinho.

— E então? – Edward perguntou-me ainda comendo.

— Está tudo bem para irmos. – respondi enquanto voltava à mesa para comer o meu café da manhã.

— Ótimo. – sorriu seu sorriso torto. – Então faremos o seguinte: quando nós terminarmos aqui iremos até minha casa, para eu trocar de roupa, e depois partimos as... – ele sorriu divertido – COMPRAS! – deu um gritinho feito Alice o que me fez gargalhar sonoramente.

Ai. Meu. Deus!

Eu não conseguia parar de rir do que ele tinha feito. Foi incrivelmente igual à Alice.

Edward vendo que eu não conseguia parar de rir foi até a pia e molhou suas mãos para então chegar perto de mim e coloca-las em minhas bochechas o que, de certo, fez com que parasse quase imediatamente.

Olhei em seus olhos para depois os descer até tua sua boca mesmo na hora que ele lambia os lábios.

Eu queria beijá-lo. Queria muito fazer isso, mesmo sabendo que não deveria. É, sempre me disseram que querer não era poder e agora estava eu aqui querendo ter uma coisa na qual sabia que nunca iria ter.

Ele agora fazia um carinho com seu polegar em minha bochecha esquerda e pelo o que pude notar também não tirava os olhos de meus lábios. O vi se aproximar até que sua respiração chegasse a mim.

Será que deveria fechar meus olhos agora? Eu iria mesmo beijá-lo?

Edward tinha se aproximado um pouco mais e eu estava quase me entregando ali para apreciar daqueles lábios quando um toque de celular soou na minha cozinha como se fosse uma bomba atômica atrapalhando todo o clima que tinha se estabelecido ali com a gente.

Ele fechou os olhos fortemente enquanto respirava fundo para então pegar o seu celular no seu bolso.

— Alô? – disse entre os dentes.

Como eu não deveria ficar escutando voltei a comer o meu café da manhã enquanto reparava no seu rosto e em todas caretas que ele fazia ou quando ele rolava os olhos.

O que tinha acontecido ali? Nós quase nos beijamos e não foi somente eu que queria fazer isso nesse momento. Ele também queria, mas...?

Eu não estou entendo mais nada. Sim, admito que Edward Cullen mexe muito comigo e que tenho uma forte atração por ele, mas ele por mim? Isso é muito complicado para minha cabeça.

Quando estava quase acabando de comer Edward desligou seu celular e voltou sua atenção a mim, mas quando nos olhamos uma tensão se tornou palpável entre nós dois.

— Já estou acabando assim poderemos ir. – informei tentando quebrar aquele silêncio que me incomodava.

— Tudo bem, pode levar o seu tempo. – ele sorriu minimamente. – Alice me ligou agora perguntando o que iriamos fazer hoje à noite.

— Eu não vou fazer nada. Hoje é sábado, não é? – perguntei sem saber direito.

Ele riu e balançou a cabeça afirmando.

— Ela nos chamou para irmos a aquele clube que vocês sempre vão. – Edward franziu a testa tentando lembrar algo. – Como é mesmo o nome?

— Você quer dizer o Country Boots? - perguntei sorrindo. Era um dos meus lugares favoritos.

— Sim, esse mesmo.

— Que horas ela disse que íamos?

— Passo aqui para te buscar as oito, ok? – perguntou sorrindo animado.

— Sim, está perfeito. – respondi sorrindo do mesmo jeito.

Era primeira vez que Edward iria nos acompanhar. Emmett que nos mostrou o lugar no ano que ele ia se mudar para faculdade e desde então Alice e eu sempre voltamos lá quando queremos curtir bem a noite, como loucas adolescentes.

— Você está pronta? Acho que precisamos ir andando. – olhou rapidamente em seu relógio me fazendo procurar pelo que ficava na cozinha.

Dez e meia da amanhã? Como? Não parecia tão tarde assim, nem tinha percebido como o tempo passava mais rápido quando estava com aquele menino de cabelos estranhamente dourados.

— Sim, me desculpe, nem vi o tempo passar. – sorri sem graça.

— Não precisa se desculpar, também não percebi. – ele me confortou com um sorriso.

— Só irei pegar minha bolsa e podemos ir. – falei indo rapidamente ao meu quarto pegar meu casaco e minha bolsa.

Quando voltei para o andar de baixo vi que as louças já tinham sido tiradas da mesa e que Edward me esperava perto da porta de entrada com seu típico sorriso torto.

Ele parecia ter vindo do céu, como um anjo. E mesmo sabendo que era feio encarar as pessoas eu não conseguia tirar meus olhos dos deles e admirar como a luz do sol fraco batia em seu rosto o deixando mais lindo, se era possível.

— Vamos? – ele perguntou me oferecendo sua mão na quão eu aceitei em prontidão.

Sua mão era quente e grande, me passando uma sensação de conforto.

Sorri para mim mesma e o acompanhei até seu carro que estava na minha garagem.

.

Edward estava no andar de cima, tomando seu banho, enquanto eu e Alice conversávamos na sala.

Mal tinha chegado à casa dos Cullen e Alice já bombardeava com perguntas.

— Vocês dormiram na mesma cama? – Alice perguntou-me.

— O que? – olhei confusa pra ela. – Não! Ele ficou no sofá e eu no meu quarto.

— Você fez Edward Cullen dormir no sofá, podendo ter ele na sua cama? – Alice perguntou enquanto ria. – Sabe quantas meninas de Forks High School se matariam para ter essa chance que você teve?

— Eu sei, mas isso não significa que Edward Cullen tenha ingresso VIP para minha cama. – disse com descaso. – Você sabe que as coisas comigo é totalmente diferente. – avisei.

— É, eu sei. – ela sorriu. – E é por isso que você é minha amiga. – me abraçou. – Mas me diga, não rolou nada?

Eu corei me lembrando do quase beijo no meio da minha cozinha hoje de manhã.

— Ai meu Deus! – ela pulava sentada. – Sabia que estava rolando algo entre vocês.

— Alice. – suspirei – Quantas vezes tenho que te dizer que não tem nada rolando entre seu irmão e eu?

— Até quando vocês pararem de serem tão burros. – ela revirou os olhos.

— Eu não sei o que você quer dizer sobre isso e nem vou perguntar para evitar saber demais das loucuras que se passa nessa sua cabeça. – falei sorrindo enquanto fazia sinal de que ela era louca.

— Vou fingir que não ouvi isso. Enfim, mudando de assunto, você virá se arrumar aqui, não é?

— Não, Edward disse que passar na minha casa para me pegar mais tarde, então vou me arrumar em casa mesmo. Assim escapo de suas mãos maldosas.

— Não, não e não. – ela fez um biquinho. – Como você pode fazer isso comigo? Você tem que ficar perfeita hoje e única capaz de realizar essa proeza é somente eu.

— Mas pra quê? Somente vai nós quatro, não? – perguntei com cenho franzido.

— Sim, mas isso não significa que você irá de calça jeans e tênis. – ela bufou. – Se você não irá vim para cá eu irei até sua casa, sabe disso. E além do mais você poderia logo dormir aqui assim Charlie não tem como saber que você chegou tarde e te por de castigo.

— Ele nunca faria isso, ele confia em mim. – revirei os olhos.

— Então, escolha: vim para cá ou eu ir atrás de você com as minhas garras. – ela fez um som como se fosse um gato preste a atacar.

Rimos da sua careta.

— Tudo bem. – bufei para demonstrar que não estava feliz. – Venho dormir aqui.

— Ótimo, porque já falei com sei pai. – ela se levantou do sofá saltitando.

— Você o quê? – perguntei, mas já era tarde ela já subia as escadas na mesma hora que Edward descia.

— O que foi? – foi a primeira coisa que ele perguntou assim que avaliou minhas feições.

— Nada, somente sua irmã chata se metendo mais uma vez na minha capacidade de me vestir. – resmunguei caminhando até a porta sendo acompanhada por Edward que somente riu da minha cara.

— Você já deveria estar acostumada com isso.

— Eu sei, mas mesmo assim não é legal quando me chantageia desse jeito.

— Bom, vamos esquecer isso nos focar em outra coisa muito mais importante. – ele abriu a porta do carro para mim.

Eu tinha que parar de ficar tão encantada com esse simples gesto que parecia ser alguma coisa que vinha dele mesmo, como um verdadeiro cavalheiro.

Partimos sem mais delongas, sempre com Edward fazendo alguma piada e eu rindo desse seu lado que eu nunca soube que existisse.

Quem conhecia os Cullen sabia que os três filhos do jovem casal mesmo tendo os mesmo olhos verdes da mãe, Esme, tinham personalidades completamente diferentes. Sendo Emmett o mais engraçado de todos – nunca perdendo a piada –, Alice sempre ligada em moda e uma ótima amiga e Edward o mais calmo, mas arrogante, de todos.

Quem via não achava que aqueles três adolescente eram filhos de Esme e Carlisle Cullen.

Como a viagem iria ser um pouco longa Edward ligou o rádio do carro e me deu seu celular para conectar e escolher uma música que eu gostasse. Fiz o que ele me disse e já estava procurando alguma coisa que eu estivesse a fim de ouvir até que avistei uma que eu nunca iria imaginar está em sua playlist.

— Não acredito que você tem essa música. – eu ri.

— Que música? – ele tentou pegar seu celular, mas eu não deixei. – Me deixa ver.

— Você vai ouvir. Calma! – lhe dei uma piscadela. Coloquei a música pra tocar e logo nos primeiros acordes ele reconheceu o lhe rendeu uma gargalhada.

— Ah, vai me dizer que você não gosta? – ele perguntou.

— Não irei comentar. – ri balançando a cabeça para o seu gosto de músicas.

— Então não irá querer saber que eu sei a música decorada? – ele perguntou enquanto balançava os ombros.

— Como? – minha boca caiu em choque. – Você tá brincando.

— Estou não, coloca para tocar de novo que você vai ver. – disse Edward quando ele se ajeitava melhor no banco do carro.

— Essa eu quero ver e gravar. – tirei meu próprio celular para gravar essa performance.

Música: Friday – Glee (/watch?v=G8RB6IhfhcE&feature=related)

(Yeah, Ah-Ah-Ah-Ah-Ah-Ark)

Oo-ooh-ooh, hoo yeah, yeah

Yeah, yeah

Yeah-ah-ah

Yeah-ah-ah

Yeah-ah-ah

Yeah-ah-ah

Yeah, yeah, yeah

7am, waking up in the morning

Gotta be fresh, gotta go downstairs

Gotta have my bowl, gotta have cereal

Seein' everything, the time is goin'

Tickin' on and on, everybody's rushin'

Gotta get down to the bus stop

Gotta catch my bus, I see my friends (My friends)

Kickin' in the front seat

Sittin' in the back seat

Gotta make my mind up

Which seat can I take?

It's Friday, Friday

Gotta get down on Friday

Everybody's lookin' forward to the weekend, weekend

Friday, Friday

Gettin' down on Friday

Everybody's lookin' forward to the weekend

Partyin', partyin' (Yeah)

Partyin', partyin' (Yeah)

Fun, fun, fun, fun

Lookin' forward to the weekend

7:45, we're drivin' on the highway

Cruisin' so fast, I want time to fly

Fun, fun, think about fun

You know what it is

I got this, you got this

My friend is by my right

I got this, you got this

Now you know it

Kickin' in the front seat

Sittin' in the back seat

Gotta make my mind up

Which seat can I take?

It's Friday, Friday

Gotta get down on Friday

Everybody's lookin' forward to the weekend, weekend

Friday, Friday

Gettin' down on Friday

Everybody's lookin' forward to the weekend

Partyin', partyin' (Yeah)

Partyin', partyin' (Yeah)

Fun, fun, fun, fun

Lookin' forward to the weekend

Yesterday was Thursday, Thursday

Today i-is Friday, Friday (Partyin')

We-we-we so excited

We so excited

We gonna have a ball today

Tomorrow is Saturday

And Sunday comes afterwards

I don't want this weekend to end

Artie, Artie brow

So chillin' in the front seat (In the front seat)

In the back seat (In the back seat)

I'm drivin', cruisin' (Yeah, yeah)

Fast lanes, switchin' lanes

Wit' a car up on my side (Woo!)

(C'mon) Passin' by is a school bus in front of me

Makes tick tock, tick tock, wanna scream

Check my time, it's Friday, it's a weekend

We gonna have fun, c'mon, c'mon, y'all

It's Friday, Friday

Gotta get down on Friday

Everybody's lookin' forward to the weekend, weekend

Friday, Friday

Gettin' down on Friday

Everybody's lookin' forward to the weekend

Partyin', partyin' (Yeah)

Partyin', partyin' (Yeah)

Fun, fun, fun, fun

Lookin' forward to the weekend

It's Friday, Friday

Gotta get down on Friday

Everybody's lookin' forward to the weekend, weekend

Friday, Friday

Gettin' down on Friday

Everybody's lookin' forward to the weekend

Partyin', partyin' (Yeah)

Partyin', partyin' (Yeah)

Fun, fun, fun, fun

Lookin' forward to the weekend

Eu não conseguia parar de rir com aquilo. Ele realmente sabia a letra da música decorada.

Sabia que ele tinha algum defeito. Sim, esse seu gosto duvidoso para música.

— Eu não acredito nisso. – eu ria sem parar. – Agora eu posso te fazer pagar aquele mico quando eu quiser.

— Você nem pense nisso. – ele apontou para o meu celular com o rosto sério, mas no final acabou rindo também.

— Então seja bom pra mim, Cullen. – disse enquanto tentava ameaça-lo.

— Sempre, Swan, sempre. – ele disse me olhando rapidamente antes de voltar sua atenção para a estrada.

.

Tínhamos acabado de chegar à Port Angeles e mesmo sendo sábado as ruas não tinha muita gente, o que pareceu deixar Edward bem mais tranquilo.

— Não gosto quando as lojas estão cheias. – ele explicou quando o questionei. – Me sinto claustrofóbico.

Andamos por algumas lojas, mas não achamos nada que fosse a cara da Esme ou que Edward gostasse.

— Por que é tão difícil comprar um presente para sua mãe? – eu perguntei já ficando impaciente.

— Bom, primeiro minha mãe já tem tudo o que ela gostaria. Segundo, eu realmente não tenho ideia do que comprar pra ela. – Edward respondeu quando paramos em frente a uma loja que vendia algumas coisas vintage.

— Vamos entrar aqui. Parece ter coisas legais. – disse enquanto pegava em sua mão e o puxava para dentro da loja.

O lugar era cheio de quadros e muitos discos de vinil presos a parede, algumas araras de roupas e no final da loja um grande balcão com várias peças que pareciam joias.

— Isso aqui é bem legal. – Edward disse enquanto pegava uma jaqueta com cara dos anos 70. – Parece com as que os cantores de rock usavam.

Ele vestiu e o que eu posso dizer? Ficou realmente bom nele, como sempre. Isso era tão injusto!

— Você ficou bem com ela. – eu ri quando ele fingia tocar uma guitarra. – Deveria levar.

— É, quem sabe. – ele deu de ombros ante de tirar a jaqueta de si.

— Bom dia! Em que posso ajuda-los? – uma mulher por volta dos trinta anos se aproximou da gente.

— Olá. – respondi. – Nós estamos dando uma olhada. Essa loja é nova? – nunca tinha reparado nela até hoje.

— Faz uns dois meses que abrimos. – a mulher sorriu. – Meu nome é Carmem e qualquer coisa estarei naquele balcão. – ela apontou para trás.

— Tudo bem. Obrigado. – Edward sorriu para ela e tenho quase certeza de que a ouvi suspirar.

É, não é só comigo que isso acontece.

Quando se virou eu pude ver uma grande fênix tatuada em suas costas, ia do ombro até pouco acima do seu cóccix, que sua blusa um pouco transparente deixava aparecer.

Voltei os meus olhos para Edward e ele também contemplava a tatuagem da mulher, o que me deixou um pouco irritada.

— Isso deve ter doído. – ele comentou baixo me fazendo rir.

— Com certeza. – eu respondi.

Edward olhou para mim e sorriu abertamente, o que me fez suspirar internamente, antes de pegar minha mão e me levar até uma parte onde tinha umas roupas bem anos 80.

Peguei uma legging bem chamativa e imaginei como as pessoas tinham coragem de sair com aquilo.

— Você acha que poderíamos encontrar alguma coisa para minha mãe? – ele perguntou enquanto olhava alguns discos que estavam no alto.

— Uhm, talvez. – respondi ainda olhando algumas araras. – Por que a gente não vê alguma coisa alí atrás? – apontei onde a vendedora estava.

— É pode ser! – Edward voltou a pegar em minha mão enquanto íamos até o balcão onde a vendedora se encontrava. – Oi, será que você pode nos ajudar a encontrar um presente? – ele perguntou à mulher que tirou seus olhos do livro que ela lia.

— Claro! – Ela sorriu abertamente para ele e eu, outra vez, senti raiva disso. – O que você precisa?

Ela não se achava um pouco velha demais para ele, não? Como assim ela estava dando em cima dele descaradamente?

— Nós gostaríamos de ver alguma coisa para minha mãe, que faz aniversário daqui uns dias. – ele respondeu enquanto coçava seu pescoço.

— Ah, sim! – ela sorriu mais ainda e deu espaço para várias joias que continha no balcão a nossa frente. – O que vocês teriam em mente para dar à ela?

Eu fiquei quieta, esperando Edward achar alguma coisa que ele gostasse, já que a mãe era dele. Tentei sair de perto e ver mais um pouco as araras de lá, mas ele não largava minha mão.

— Eu não sei. Acho que um colar ou uma pulseira seria legal. – Edward respondeu.

Aproximei-me dele para que somente ele ouvisse.

— Porque você não solta minha mão? – sussurrei quando a moça da loja olhava algumas opções para nos mostrar.

— Por que eu quero sua opinião na escolha do presente. – ele respondeu balançando os ombros.

— Ok! – a dona da loja disse animada. – Eu tenho algumas opções de pulseiras aqui.

Olhei para o estojo de veludo com todas aquelas pulseiras, uma mais linda do que a outra.

— Uau! São lindas! – suspirei por elas. – Elas são de que ano? – perguntei.

— Bom, temos algumas de várias épocas, mas a maioria é dos anos 50. – ela respondeu sorridente. Parecia ser seu assunto preferido.

— Eu não sei. – Edward ponderou enquanto olhava as pulseiras. – Não vejo nada a cara da minha mãe.

Eu suspirei. Estávamos nesse impasse desde que chegamos a Port Angeles, ele não sabia o que escolher.

— Você é muito indeciso! – reclamei. – Essas peças são lindas. Você não teria mais nada para a gente ver? – me voltei para a dona da loja.

A moça parou um pouco para pensar um pouco para depois abrir um sorriso largo.

— Bom, sua mãe gosta das atrizes de antigamente? – ela perguntou.

— Como assim? – Edward perguntou confuso.

— Atrizes de antigamente. – eu respondi. – Como Marilyn Monroe. – expliquei a ele.

— Ah! – ele riu desconcertado. – Na verdade ela ama essa época. Tem filmes e mais filmes, lá em casa, dessas atrizes. – Edward respondeu.

— Bom, eu vou lá trás então para pegar encomendas que acabaram de chegar. – a mulher andou até uma entrada que estava coberta com uma cortina meio indiana rosa.

Eu suspirei e encostei um pouco em Edward.

— Cansada? – Ele perguntou passando um braço por minha cintura.

— Não realmente. – olhei para ele. – Acho que preguiça mesmo. – dei um sorriso.

— Você é tão preguiçosa. – ele debochou.

— Não vou nem comentar isso. – respondi olhando-o sem interesse.

— Ah não? – ele perguntou enquanto me pegava pela cintura e começava a me cutucar me fazendo sentir cócegas. – Você é preguiçosa!

Eu ria com as cócegas e tentava tirar suas mãos de mim.

— Não sou não. – respondi.

— É sim!

— Não sou. – eu ria cada vez mais. – Para com isso! – pedi.

— Sou vou parar por que a dona da loja tá vindo. – ele sussurrou em meu ouvido.

E ele realmente parou um pouco antes da mulher voltar com as coisas que tinha dito, mas não saiu de perto de mim, ele ainda mantinha o braço em minha cintura. E quem seria eu para tirá-lo de lá?

Posso ser teimosa e não gostar daquele Edward Babaca Cullen que ele era, mas agora que o conheci melhor não posso negar que gostava dele, muito mesmo.

— Bom, eu tenho mais algumas pulseiras, se você gostar de vê-las, mas o que eu acho que sua mãe irá gostar mesmo é desse colar. – a dona da loja falou. Então ela colocou no balcão um estojo de veludo preto, o abriu e depois virou para nos mostrar.

E nossa! Não tinha nem palavras para descrever aquilo. Era lindo de morrer!

— Nossa! – Edward exclamou tão abismado quanto eu.

— Sim, ele é lindo, não é? – a dona da loja comentou. – Esse colar é uma réplica de um colar da atriz Elizabeth Taylor. O dela era inteiramente de diamantes e esse é de cristal, mas tão belo quanto o original. – ela explicou.

Cristal? Podia não ser diamantes, mas, com toda certeza, era lindo. Muito lindo!

— É lindo! – eu comentei.

Edward olhou para mim e sorriu.

— Você gostou? – ele perguntou.

— Sim, não tem como gostar. – eu o respondi.

— Você acha que minha mãe gostaria? – Edward perguntou novamente.

— Sim, já vi que ela tem vários filmes de Elizabeth Taylor e além de que esse colar é muito lindo. – disse a ele.

— Acho que vou comprar mesmo. – ele então se voltou para a dona da loja. – Quanto custa?

— Essa peça é a mais cara daqui. – ela disse sem ter certeza se dois adolescentes teriam dinheiro para comprar uma peça como aquela. – Ela vale 300 dólares.

Uau! Cara mesmo. Senti a facada corta meu estomago.

— Está bem! – Edward disse simplesmente. – Eu quero que você embrulhe para presente, por favor? – ele falou sem nem mesmo pensa.

A dona da loja sorriu feliz com sua venda e se voltou para detrás da loja. Eu olhei Edward sem acreditar que ele iria levar sem nem mesmo tentar abaixar o preço, eu sabia que os Cullen eram ricos, mas não daquele jeito.

— Edward. – o chamei. – Você vai mesmo levar? – perguntei abismada.

— Vou sim. – Ele sorriu – Eu também achei perfeito para Esmé.

— Mas, como assim? Não acha muito caro? – voltei a perguntar.

— Bella, eu quero dar o melhor presente para minha mãe. – ele respondeu tocando minha bochecha direita. – E além do mais dinheiro não é um problema em minha família, ainda bem!

Ele ainda acariciava minha bochecha e eu não fiz nada para pará-lo. Estava gostando daquele carinho.

Sorri e olhei por detrás dos meus cílios para ele. Edward abaixou-se e aproximou seu rosto do meu olhando especificamente para minha boca. Eu já podia sentir seu hálito me tocar, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa escutamos um pigarro atrás da gente.

Eu resmunguei baixo enquanto fechava meus olhos em frustação. Sabia que alguma coisa desse tipo iria acontecer.

Edward olhou para a mulher e depois sorriu para mim como se pedisse desculpas. Voltamos-nos para o balcão e vimos o presente de Esmé já embrulhado.

Ainda frustrada eu decidi que de hoje não passaria. Eu iria beijar aquele menino, nem que fosse a última coisa que fizesse.

— Ok. Aqui está. – a mulher entregou o presente. – Dinheiro ou cartão?

— Cartão, por favor! – ele pediu.

— Hey, por que não leva aquela jaqueta? – perguntei de última hora.

— Não sei. – ele ponderou. – Você acha que ficou legal?

Edward em uma jaqueta de couro? Não era legal, era sexy. Muito sexy!

— Vai por mim, ficou muito bom. – sorri para ele enquanto corava com meus pensamentos.

— Está bem. – ele saiu de perto para buscar na arara.

— Você é uma garota de sorte. – a moça comentou.

— Desculpe? – perguntei sem entender do que ela estava falando.

— Seu namorado é lindo e parece está muito apaixonado por você – ela explicou.

Olhei para ela com a boca aberta de surpresa. Ela pensava que nós erámos um casal?

— Obrigada! – agradeci sem jeito. – Mas não estamos namorando.

— Ah! – ela riu sem graça. – Bem, então vou lhe dizer uma coisa, ele gosta muito de você. Dá pra ver nos olhos dele quando ele olha para você. – disse ela.

Sorri para ela corando furiosamente.

— Ok, aqui está. – Edward voltou com a jaqueta. – Agora você pode passar tudo nesse cartão. – ele estendeu um cartão prateado para a mulher.

— Tudo bem. – ela disse.

Depois de passado as comprar nós dizemos tchau para a mulher e saímos da loja dando de cara com o vento frio que passava em Port Angeles.

Abracei-me mais ainda ao meu casaco e Edward vendo que eu estava com frio colocou seu braço por cima dos meus ombros e me apertou mais um pouco contra seu corpo.

— Frio, hein? – Edward comentou e eu somente assenti. – E agora? Quer fazer o que?

— Eu não sei. Só quero ir para um lugar quente. – pedi a ele.

— Que tal então nós irmos comer alguma coisa?

— Tudo bem.

Olhei para ele mais uma vez e tentei pensar em oportunidades que eu pudesse criar para poder ataca-lo. Não literalmente, mas que realmente queria beijá-lo dessa vez.

De hoje não passa!


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Notas finais do capítulo

Eu to muito boa, me amem com muitos comentários, por favor!!! Nunca pedi nada!! hahaha. Espero que gostem!!!
Beijos,
Ary.



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