Há um momento da vida que ficamos impotentes, impotentes com esperança e confiança. Ate que algo grande demais para ser entendido acontece. E tudo muda para sempre...

*-*-*-*-*-*-*-*

– Bella – o jovem falou para si mesmo.

Devia ser umas 13:00, o jovem estava na estrada a procura de uma carona apenas na 5ª tentativa um carro parou.

– Vai para onde meu jovem? – O senhor perguntou para ele assim que entrou no carro.

– Forks senhor – o garoto respondeu.

– Oh, apenas Billy, por favor e esta é Sue – o senhor falou.

– Ok, desde que me chamem Edward – o garoto disse e eles concordaram.

– Algum motivo para ir lá Edward? – Sue fez a pergunta.

– Sim.

**

Uma garota linda de pele branca, cabelos castanhos meio ruivos e de olhos chocolate desembarcava em Seattle, logo avistou um Taxi.

– Por favor, me leve ate Forks – a garota pediu educadamente.

O taxista prontamente atendeu, pegou as suas malas e as guardou na parte de trás do carro.

*-*-*-*

– Você é casado Edward? – perguntou o velho Billy.

– Não exatamente, mas na verdade é quase isso.

– Você tem uma namorada então – Billy afirmou.

– Bem, acho que podemos dizer que sim. E é por esse motivo que estou voltando a Forks, nossa cidade natal. Ao que parece seus pais ainda moram lá... o nome dela é Bella.

– Hum... bonito nome – Billy dizia.

Enquanto isso Sue só observava e ria de vez em quando.

– Há quanto tempo vocês estão juntos? – Billy perguntava curioso.

– Hum... acho que desde sempre. Estudamos juntos ate aos doze anos, então eu me mudei...

– Então, vocês moram juntos em Forks? – o velho perguntava meio confuso.

– Não, não, ela mora em Londres, mas ai eu fiquei sabendo que o pai dela está doente... – Edward ia dizendo ate que Billy o interrompe.

– Você sabia?

– Não é que... – Edward tentava se explicar.

– Talvez isso realmente não seja da sua conta Billy – Sue falou.

– Mas Sue...

– Deixe o garoto em paz! – Sue insistiu e Billy acabou ficando quieto em seu bando, Edward apenas deu uma risadinha.

**

O taxista abria a porta do carro para a garota.

– Espera, pode parecer loucura ate mas você não é Isabella Swan, a apresentadora de um programa de TV? – dizia o taxista pegando sua mala.

– Para falar a verdade, sou eu sim, mas o programa é horrível! – ela dizia meio envergonhada.

– Mas a minha esposa assiste – eles deram uma risada baixa.

– Bem, aqui esta o dinheiro por ter me trazido para cá, e mais um pouco por assistir o programa. Obrigada – ela disse e foi andando em direção a uma bela casa.

**

– Billy, Billy acorde! – Sue dizia, agora era ela quem dirigia.

– O que foi?

– Você precisa ouvir a linda história de amor deste garoto – Sua dizia com algumas lágrimas no rosto – Conte querido, conte a história de nove.

– Sério? Quer que eu a conte de novo? – Edward disse e ela apenas assentiu.

“Bom, estávamos na 6ª série, eu e Bella sempre estávamos juntos. A casa dela parecia tão longe da minha, mas na verdade só havia um parque entre elas, e nós passávamos horas lá. Mas o estranho é que eu não me lembro das nossas conversas. Um dia, lá estava eu de novo na sala de aula tentando impressioná-la e a professora nos mandou ouvir o noticiário. Nela o locutor da rádio dizia que houve uma batida de trem e que 10 pessoas foram resgatados feridos e mais alguns mortos. Depois da escola eu e Bella sentamos em um banquinho que havia na calçada em frente a rua principal para esperar meus pais. Ouviamos os carros antes de vê-los, mas os carros passavam e nada. Sempre que eu ouvia os carros que alo passavam eu pensava: Ai vem eles! De novo. Depois de um tempo esperando, decidi ir para casa. Ninguém lá queria me dizer o que estava acontecendo, ninguém lá queria me dizer que meus pais estavam naquele acidente. Naquela noite Bella me levou ate na frente de minha casa e me disse algo. No dia seguinte, acordei e fui direto na janela, mas ainda não tinha nenhum carro lá. E então eu percebi que mamãe não me colocaria mais para dormir, nunca mais. Eu e meu irmão Emmett tivemos que ir para Massachusetts, morar com um tio. Então eu tive que me despedir de Bella.” Edward falou, por mais que ele fizesse o possível para não demonstrar, ele estava triste.

– Sue, encoste o carro ok, eu dirijo! – Billy disse ao ver que Sue não conseguia controlar o seu choro.

– Seria muito errado se eu perguntasse o que ela havia te dito naquela noite? – Sue perguntou para o garoto.

– Claro que não, ela apenas disse: Eles sempre estarão com você. Você sempre será amado.” Acredita que isso saiu de uma menina de apenas onze anos? – Edward disse tentando dar um humor no que dizia –E ela estava certa.

Sue já não se controlava, chorava sem parar.

– Vamos Sue, eu dirijo.

– Ok.

**

– BELLA!! – sua mãe Renée gritou ao ver a filha.

– Oi mãe – Bella disse abraçando fortemente sua mãe – e o papai, como está?

– A cada dia melhora um pouquinho – Renée disse sorrindo – E Jake, não veio?

– Não, ele não pode vir – Bella falou com um nó na garganta.

Obviamente ela estava mentindo.

**

Depois de um tempo eles chegaram a Forks, assim que Edward desceu do carro Sue falou:

– Querido, espere! Este é o nosso endereço e o telefone, guarde bem ok. Não se esqueça da gente ok – Sue dizia já com lágrimas nos olhos.

– Esquecer? Mesmo que leve 50 anos eu vou convidá-los para o casamento!

Assim que Edward disse isso Sue o abraçou.

– Cuide-se ok – Edward assentiu e Sue entrou no carro e ela e Billy partiram.

Edward foi andando ate o banco onde Emmett – seu irmão – trabalhava.

– Emmett!! – Edward gritou assim que viu seu irmão e foi abraçá-lo – É tão bom ver você!

– Esta bem – Emmett disse meio seco –Venha aqui – assim que entraram na sala ele disse - Não devia vir aqui e gritar desse jeito, podia ter pelo menos avisado.

– Qual é Emm, você não vê seu irmãozinho a tanto tempo, vem me de um abração.

– Abração? – Emmett se virou e revirou os olhos –Deixe-me adivinhar... Bella voltou.

– O pai dela esta doente, e conhecendo ela como eu conheço ela virá para cá.

– Hum... Edward, eu estou ocupado – Emmett disse como se estivesse o expulsando.

– Ok, acho que vou ver Jasper e Alice... – Edward falou meio triste e se foi.

Ele foi andando ate encontrar uma livraria, assim que entrou viu um garoto loiro de olhos azuis com mais ou menos tres anos brincando com um carrinho. Edward foi perto do garoto e começou a brincar com ele.

– Alice, venha aqui ver! – gritou Jasper para sua esposa.

– O que foi?

– Edward – Jasper falou apontando para o mesmo.

– Edward? OMG Edward, você chegou! – Alice disse e foi correndo em direção dele, assim que o alcançou praticamente pulou no pescoço dele.

– Oi Alice- depois de ter dado um abraço em Alice ele foi em direção a Jasper – E ai Jasper – ele disse e o abraçou também.

– Quanto tempo em.

– Muito, então, quem é esse pequeno aqui? – Edward falou enquanto voltava a brincar com o garotinho.

– Meu nome é Peter e o seu? – disse o garotinho.

– Hum... o meu é Edward – o garotinho fez uma careta, o nome devia ser um pouco complicado – mas você pode me chamar de titio Eddie – e o garoto sorriu.

**

– Oi pai – Bella falou e foi correndo em direção ao seu pai deitado na cama – E ai, esta melhor?

– Aham, esqueceu que sou forte? – Charlie, pai de Bella, disse cheio de si – Então... o tal Jacó não veio?- ele falou e Bella riu.

– É Jacob! – ela o corrigiu – e não, ele não veio.

– Graças a deus! – Bella olhou para ele com uma cara confusa – Qual é, não gosto muito desse cara, seilá, ele não é o certo para você.

– Talvez eu não seja boa para ele – Bella disse isso em voz baixa, achando que seu pai não escutaria, mas ela estava errada.

– Ei, eu posso estar velho e a beira da morte, mas eu ainda escuto muito bem ok! O que foi?

– Nada pai, nada com que você precise se preocupar agora ok, descanse! – Bella disse e saiu do quarto.

**

Jasper atendia um casal enquanto Edward e Alice conversavam.

– Jazz, venha aqui! – Alice o chamou.

– Hã, me dêem licença por favor – ele disse ao casal – O que foi Alice?

– Ele disse que vai ate a casa de Bella e ira contar tudo a ela, não é uma maravilha? – Alice falou super animada.

– Ow, ate que enfim. Mas então, quando?

– Hã, em breve.

– Quando Edward?

– Eu já disse, em breve! – Jasper olhou para ele como se estivesse o repreendendo – Ok, talvez hoje ou talvez amanhã.

– Edward, olhe em meus olhos e me prometa que hoje ou amanhã você vai ate a casa de Bella e vai dizer a verdade para ela – Jasper falou um tanto autoritário.

– Peter, eu prometo a você que eu irei ate a casa de Bella e direi tudo, direi que eu a amo e que sempre amei somente a ela – ele disse para o garotinho – Que nos meus sonhos eu respiro ela, e sinto ela bem aqui, no sangue do meu coração – ele dizia apontando para o peito do garoto onde havia seu coração.

– No sangue do sei coração Edward? – Jazz perguntou e riu.

– No sangue do coração dele, é fofo! Qual o seu problema? Deixe o garoto continuar! – Alice o repreendeu.

– Desculpe meu senhor, mas eu não estou nenhum pouco acostumada a ser ignorada! – a mulher veio e falou.

– Hã, desculpe-me mas, o que a senhora acharia se um dia o seu marido lhe dissesse que você é o que ele respira em seus sonhos, que você esta no sangue dele, no sangue do coração dele? – Jasper pergunta para a mulher.

A mulher olha para o marido e dá um suspiro como quem dizia que havia adorado.

– Ok, é fofo – Jasper disse desistindo.

**

Bella e Renée estavam na varanda da casa tomando café.

– Mãe, eu era uma boa garota? –Bella perguntou de repente.

– Mas que pergunta mais boba essa! Você era a menininha mais linda, inteligente e feliz, e ainda é – Renée falou sorrindo – Oh, os insetos estão te picando? Eles estão me picando, vamos entrar – Bella apenas assentiu.

Edward observava tudo de longe, escondido atrás de uma arvore, assim que elas entraram ele sentou no gramado, ele estava com dificuldades para respirar pois estava muito nervoso, ele lembrava de momentos dele em Forks quando pequeno e isso acabava o deixando um pouco angustiado. Logo um carro preto para em frente a ele, era Emmett.

– Sabia que podia te encontrar aqui. Rosalie vai fazer um jantar, ela e as crianças querem vê-lo. Entre.

Ele apenas entrou em um carro sem dizer nada, colocou a cabeça entre as pernas para ver se conseguia normalizar sua respiração.

– Qual é o seu problema? – O irmão dele pergunta.

– Problema nenhum, eu estou bem. Vamos logo – Edward falou querendo evitar as perguntas.

Chegando lá Edward foi recebido com abraços de seus sobrinhos Michel e Miley e de sua cunhada Rosalie. Enquanto Rosalie e Emmett terminavam o jantar Edward ficou no quintal fazendo algumas mágicas simples para as crianças.

*-*-*-*-*-*

– Sério que você ganha 40 pratas tio Eddie? – Michel perguntou.

– Não foi isso que eu disse, eu falei “patas”. Sou pago em patinhas! – Edward disse fazendo todos rirem, exceto seu irmão.

– Espera, é verdade? Ganha 40 dólares por dia? – Rosalie perguntou.

– Em dias bons podemos dizer que sim.

– Nossa.

– E quanto você paga em impostos nesses 40 dólares? – perguntou Emmett.

– Só pode ser brincadeira né Emm – Rose falou.

– Eu apenas quero saber se ele paga impostos.

– Qual é o problema, eu deveria pagar? – Edward perguntou, já estava meio fora da conversa.

– Esquece isso ok Edward. Vai querer sobremesa? – Rosalie intefiriu, querendo acabar de vez com esse papo.

– Essa é a solução do problema, não se preocupar – Emmett dizia de novo, meio que em tom de deboche.

– Ele não tem problema nenhum!

– Nem casa direito ele tem – Emm continuou.

– Pessoal, terminem de comer ok – Rosalie falou tentando desviar do assunto.

– Ele nem tem emprego.

– Eu tenho uma casa – Edward disse se defendendo.

– Um quarto em um motel sujo não é uma casa... não tem carro e nem muitas roupas, isso parece mais um pijama.

– Posso dizer algo? Não há nada igual a elas, são macias e baratas...

– Muito macias – as crianças falaram ao tocar o tecido de sua blusa.

– E as suas pernas são livres, como um pássaro – ele falou, subiu em cima da cadeira e pulou e depois ficou fazendo algumas palhaçadas para tentar dar um humor na conversa, mas Emm ainda estava sério.

– Crianças, entrem – Emmett falou a elas.

Elas protestaram um pouco, mas no final acabaram cedendo e foram para a parte de dentro da casa.

– Lembra daquele programa de TV? – Rose fez uma cara confusa – Um programa que você disse que o cara parecia o Edward – Emmett tentou explicar melhor.

Rose acabou entendendo e deu um sorriso sem graça.

– Era um programa jornalístico – Emmett continuou – E tinha um cara com um gato e o dia todo ele olhava na geladeira para ver se ele não tinha colocado o gato lá dentro. Ele era louco.

– Ele não é louco, ele tinha um problema – Rose se pronunciou

– Sim uma loucura. Quando o cara fechava a porta ele abria de novo para ver se o gato esta lá, ele fazia isto o dia inteiro, e falava como se fosse a coisa mais normal do mundo. Era apenas um pensamento comum para ele, porque talvez o gato poderia ter entrado antes dele fechar a porta – de acordo com o que Emmett falava Rosalie ia ficando mais triste com a situação – Então Rose me disse: “Aquele cara é o seu irmão – Emmett falava sorrindo – É o Edward com a Bella, ele não pode evitar” E quer saber Edward, ela esta certa. Para você pode parecer normal perseguir Bella, mas não é. Não é normal! É contra a lei – Emmett já estava começando a aumentar a voz – E pare de falar para meus filhos que a vida é perfeitinha porque ela não é assim! – assim que ele terminou de falar esse levantou.

Edward sentia cada palavra que Emmett dizia para ele, mas no final acabou sorrindo e disse para Rose:

– Nossa mãe que falava “perfeitinho” – ele falou e Rose deu uma risadinha junto com ele.

Rosalie pulou uma cadeira e se sentou a seu lado.

– Como foi que tudo isso começou?

– Eu não sei. Por um tempo após o acidente eu vinha aqui para vê-la. Então eu parei de voltar, mas nós escrevíamos, mas um dia isso parou. Quando ela foi para a faculdade de Oregon, eu fui para Oregon.

– E quando você a segue com que freqüência a encontrava?

– Isso não importa, o que importa é ficar perto dela.

Eles ficaram um tempinho em silencio.

– Acho que vai ser melhor se eu ficar com o Jasper – Edward falou Rose apenas concordou.

**

– Querida, nos conte tudo – Renée dizia enquanto Bella e Charlie comiam. (Detalhe, eles estão no quarto de Charlie e Renée)

– Tudo o que?

– Eu não sei, Califórnia... Jacob? – Renée falo e Bella deu de ombros – Esta tendo problemas com ele?

– Não, só as vezes as coisas complicam.

– Vocês não sabem como eu odeio – Charlie disse.

– Odeia o que?

– Esse momento da minha vida, não faz idéia como eu detesto isso!

– Eu não acredito nisso, você não vê a sua filha há mais de 1 ano, ela viajou milhares de quilômetros e você faz este comentário? – Renée falou indignada.

Bella e Charlie conversaram mais um pouco e riam.

**

– Eu também já senti isso, de não conseguir respirar – disse Alice sentando-se ao lado de Edward na cama.

– Sério?

– Aham, eu devia ter uns 5 ou 6 anos, fiquei perdida em uma loja e tudo era muito alto, eu não sabia onde eu estava e nem para onde ir, eu não encontrava a minha mãe e nem meu pai, tinha tanta gente estranha me olhando e minha garganta fechou...

– É, foi assim que eu me senti, na hora a minha garganta fechou.

– Isso é normal. É só... medo – Alice falou e passou a mão sobre o rosto do garoto – Boa noite.

– Boa noite.

Então Alice saiu do quarto e apagou a luz, Edward não iria dormir tão cedo, ficou um tempo pensando.

**

No outro dia Edward acordou disposto a dar um fim nisso, ele iria falar com Bella. No caminho para a casa de Bella ele foi lembrando de alguns momentos deles de quando eles eram pequenos, eram tantas.

**

Na casa de Bella um estranho bate na porta. Renée ao abrir a porta abriu um sorriso enorme ao ver quem era.

– Jacob! Nossa, que surpresa te ver aqui. Venha, entre.

– Hã... a senhora deve ser a mãe da Bella... – Jacob foi falando enquanto entrava na casa.

– Meu nome é Renée. Ela sabe que você esta aqui? Bella!! – Renée gritou.

– Não, ela não sabe.

– Oh, então vai ser uma grande surpresa para ela.

A cada palavra de Renée seu sorriso ia aumentando com tamanha felicidade de ver pela primeira vez o namorado de sua filha.

– Sim mãe? – Bella falou descendo as escadas.

– Querida, olhe quem esta aqui.

Bella olhou Jacob de uma forma que parecia que demonstrava raiva.

– Eu te desculpo – Jacob disse.

– Então isso quer dizer que eu deveria dizer que eu o desculpo também? – Bella falou com ironia.

– Mas me desculpar por que?

A raiva de Bella era tão grande que ela pegou o vaso que estava ao seu lado e tacou em direção a Jacob que logo conseguiu desviar.

– Bella, Bella! – Renée falava e a segurava.

– Me desculpa mãe, hã, depois eu limpo tudo ok – assim que Bella falou ela correu para o andar de cima.

Renée já não sabia como agir, ate que bateram na porta.

– Com licença – ela disse e foi atender – Quem é?

Edward por causa de seu nervosismo não conseguiu formular uma resposta rápida.

– Hã, me desculpe, estamos ocupados, volte outra hora – Renée falou e fechou a porta.

Renée acomodou Jacob na cozinha e pegou uma vassoura e uma pá para limpar a bagunça. Charlie vinha descendo pelas escadas.

– Ele disse que a perdoa – Renée falou ao ver Charlie já no final da escada.

– Pelo o que?

– Eu não sei.

Dito isso Charlie foi em direção a cozinha procurar Jacob.

– Você a perdoou pelo que?

– Ah, senhor Swan – Jacob falou se levantando assim que o viu.

– Você perdoou pelo que? – Charlie insistiu.

– Acho que seria melhor se ela contasse ao senhor.

Charlie foi andando em direção a Jacob e de repente o pegou pela nuca.

– Você a perdoou pelo que? – Charlie insistiu novamente.

– Ela me traiu, com o meu melhor amigo – Jacob falou de vez.

Charlie o soltou, virou-se e foi embrora.

**

No quintal da casa dos Swan havia uma pequena casa da arvore. Edward tinha muitas lembranças de lá e subiu para ver como estava aquele lugar. Ele olhou tudo ao seu redor, estava exatamente como ele lembrava.

**

– Querida, eu trouxe uma sopa para você – Renée disse na porta do quarto de Bella.

Bella estava deitada em sua cama e ignorou o que sua mãe havia dito, apenas ficou em silencio.

– Jacob ligou, ele disse que vai ficar no Colonial (N/A: vamos fingir que é um hotel de Forks ok). Tudo bem, qualquer coisa a sopa esta aqui na porta – Renée disse e depois saiu.

**

– Mãe, eu vou sair – Bella disse na porta do quarto de seus pais.

– Isso é ótimo querida, pegue o carro se quiser.

– Não, eu vou andando, quero apenas caminhar – Bella disse já praticamente fora da casa.

**

Da casa da arvore Edward conseguiu ver Bella saindo de casa. E agora ele respirava com uma certa dificuldade. Edward esperou uns 30 segundos e desceu da casa da arvore e decidiu ir atrás de Bella. Ele não sabia o que fazer, então ele apenas chamou o seu nome.

– Bella! – Edward falou com uma certa dificuldade – Bella!

Assim que Bella ouviu ela se virou para onde vinha a voz, ao ver o rosto da pessoa que a chamou ela simplesmente não fazia idéia de quem era.

– Sim?

– Hã... sou eu, Edward... Edward Cullen.

Bella precisou de um tempo ate se lembrar completamente quem ele era.

– Oh meu deus. Oi! – Bella falou se aproximando dele e o abraçou. – Mas como você...

– Hum, eu estava andando por aqui e vi você – Edward tentou uma desculpa.

– Como você está?

– E-eu estou ótimo, e você?

– Eu estou bem. Hum, isso é tão estanho – ela disse e riu de si mesma.

– Eu sei.

– Olhe para você, barbado!

– E olhe para você, com seios – Edward falou e os dois riram

– Mas e ai, você mora aqui?

– Hum, eu sempre estou por aqui.

– Você se mudou ou...

– Não, estou apenas visitando.

– Nossa, faz tantos anos... – Bella falava enquanto eles caminhavam.

– É... Hum, quer sentar em algum lugar? – Edward falou, ele ainda não sabia da onde havia vindo essa coragem.

– Ah, Edward não vai dá. Eu vou sair com alguém – Bella falou isso e se sentiu meio mal – Mas fiquei muito feliz em ver você novamente.

– Ok, tudo bem – Edward tentou disfarçar o seu desapontamento, mas ainda sim estava visível – Você esta linda.

– Obrigada.

– Você me prece um pouco estressada...

Bella se assustou em saber que ele ainda a conhecia tão bem.

– Hum... Quer andar comigo? – Bella falou meio sem jeito.

– Claro – Edward falou, um pouco mais feliz.

**

– Oi Emmett – Jasper disse ao vê-lo entrar na loja.

– Meu irmão esta aqui? – ele disse indo direto ao assunto.

– Não, ele não esta. Hoje é o grande dia não sabia?

– Grande dia? – Emmett falou não entendendo o que Jasper quis dizer com aquilo.

– Ele foi falar com a Bella – Alice falou.

– Essa coisa que... – Emmett falou já irritado.

– Que coisa?

– Ele esta doente! – Emmett praticamente gritou – E ele precisa de alguém para ajudá-lo.

– Como assim ele esta doente?

– Olhe para ele. Com quem ele conversa o tempo todo?

– Você sabe exatamente com quem ele conversa – Jasper falou.

– Eu sei?

– Com os seus pais – Alice falou como se fosse obvio.

– Sabe o que ele pensa sobre a mamãe e o papai? Que eles foram a uma pela da Broadway, na terça a tarde. Uma peça na terça? Acho que isso não rola.

**

– Edward, acho que eu fico por aqui – Bella disse enquanto paravam em frente ao hotel Colonial.

– Parece que você não esta a fim de entrar ai – Edward disse e mais uma vez ele estava certo.

– Só que eu preciso.

– Bella, eu preciso falar algo para você há muito tempo. Você se lembra daquela lanchonete que sempre íamos? Eu podia comprar um refrigerante para você e... e eu direi o que eu tenho para dizer. Não vai demorar muito, eu juro.

– Eu não posso Edward.

– Tudo bem, se não for comigo, vou me agarrar em você e você terá que me arrastar pelo resto de sua vida – Edward falou e Bella olhou para o hotel e saiu puxando Edward para a tal lanchonete rindo.

–O que você faz? – Bella perguntou depois de um bom tempo de caminhada.

– O que eu faço?

– É, sabe, trabalho, para conseguir o seu dinheiro...

– Hum, adivinhe – Edward a desafiou.

Bella fez uma cara de quem não fazia idéia, Edward apenas riu e disse.

– Veja – Edward falou e foi em direção a umas mesas de uma lanchonete e pegou 3 maçãs e começou a fazer malabarismo – É isso!

Bella olhava admirada com os gestos do rapaz.

– É isso que eu faço, eu me exibo para você.

– Para mim?

– Sim, vamos – Edward pegou na mão de Bella e a levou para dentro da lanchonete.

O celular de Bella começou a tocar, era Jacob.

– Eu, eu tenho que ir.

– Espera, aqueles não eram os nossos bancos? Eles mantiveram os mesmos bancos. – Edward falou e foi em direção aos bancos onde um casal estava sentados – São os bancos que sempre sentávamos. Amigo, pode me fazer um favor? – Edward falou para o homem que estava sentado em uma das cadeiras – Vocês poderiam se sentar em outros bancos?

– Por que? – o homem perguntou.

– Você não vai acreditar, mas aqui era uma lanchonete e esses eram os nossos bancos, poderia mudar de lugar?

– Não poderia – o homem respondeu.

– Serio? Eu não acredito!

– Edward, esta tudo bem, vamos – Bella falou temendo que ele entrasse em uma fria por causa disso.

– Estou curioso. Por que não faria isso? – Edward ainda insistiu no assunto, o homem levantou a mão como se fosse bater nele, Edward apenas segurou a mão e disse – Olha, se quiser lutar, escolheu o cara certo, porque vai acabar comigo. Eu não sei lutar nada. Sou patético. Só de pensar na pancada, no barulho. Eu gosto do meu nariz – ele falou com a mão na frente do nariz – por favor, não bata nele. Bata-me no meu ombro. Não! É o meu segundo lugar favorito – a essa altura a mulher que estava junto ao homem ria.

– Sério? Um palhaço? – o homem falou com pouco humor.

– Ele não é um palhaço... – Bella tentou dizer.

– Eu ate que sou. Mas como você sabia? – Edward falou fazendo com que a mulher dissesse.

– Esta tudo bem. Querido vamos embora – ela falou e o puxou.

O homem nada disse, apenas o olhou e depois deixou o dinheiro no balcão.

– Nossos bancos – Edward falou – Lembra de como ele girava? Agora estão enferrujados mas experimnente.

– Não – Bella falou meio que com vergonha.

– Vamos lá, é divertido – Edward disse e a girou na cadeira e Bella acabou rindo.

Edward falou algumas coisas, como quem fala sozinho.

– O que você esta fazendo? – Bella perguntou – Quando você fala assim, sozinho.

– Você sabe com quem eu estou falando.

– Não, eu realmente não sei.

– Diga “oi” eles sentiram a sua falta – Edward deu uma breve olhada para o lado como se tivesse alguém lá, mas não tinha – Se lembra do que disse? “Você sabe que sempre será amado.” – Bella o olhou meio triste e o abraçou – Você esta bem?

– Quase – ela falou ainda abraçada a ele – Sim, estou bem – ela disse logo depois de o soltar.

– Aqui senhor – o barman trouxe a bebida que Edward havia pedido.

– OK- Edward falou, pagou o cara e disse puxando Bella – Agora vem, vamos.

Eles foram em direção ao parque, aquele em que eles, todos os dias, se encontravam quando criança.

– Eu adorava isso! – Bella falou dando uma olhada em tudo a sua volta.

Edward pegou em sua mão e a levou para o balanço.

– Toque aqui no meu joelho onde esta a minha mão – Edward falou e Bella apenas tocou – Eu não sinto nada. Sabe por que? – ela apenas moveu a cabeça negativamente – Nós estávamos aqui e eu estava indo tão alto que acabei caindo em cima do meu joelho, desde então não sinto nada nesse lugar. Se lembra?

– Sim, agora eu me lembro – Bella falou assentindo.

**

– Sabe aquela pessoa que eu ia me encontrar no hotel – Bella falou e Edward apenas assentiu e murmurou um “uhum” – Ele foi na minha casa hoje e eu comecei a jogar coisas nele.

– É um amigo seu? – Edward perguntou.

– Ele quer se casar comigo – Bella falou e logo continuou a andar.

– Parece que, com esse negocio de jogar coisas, você não quer se casar com ele. Eu conheci outra pessoa – Bella fez uma pequena pausa - Eu trai o meu namorado com essa outra pessoa –Edward encarava aquilo boquiaberto – Foi assim, fui tão medíocre, tão egoísta!

– Se não gosta do que fez, então diga a ele que sente muito Edward falou apenas isso e logo desviou do olhar dela.

Eles andaram mais um pouco em silencio.

– Você se lembra que éramos felizes? – Edward fala de repente.

– Embora o dia seja longo – Bella começou a cantar.

– O crepúsculo canta uma canção – Edward continuou.

– Da felicidade que existia – eles cantaram juntos. Os dois sorriam bobamente um para o outro.

– Venha cá – Bella falou e o abraçou, logo depois que eles se soltaram ela reparou mais em sua roupa – Pijamas? – Bella fez uma cara como se isso a lembrasse de algo.

– Sim, você me viu. Na Califórnia.

– O que fazia lá? – Bella perguntou em um tom de voz um pouco diferente.

– Você colocou 60 centavos no meu chapéu. Duas de 25 e uma de 10. Ainda tenho as moedas.

– Mas você não falou nada.

– Não.

– Por que?

– Porque eu estava esperando.

– Pelo o que?

– Por agora.

– Então, você tem me seguido? – Bella o encarava chocada.

– Não, vou ate onde você esta.

– Então você sabia que eu estava aqui, que eu tinha vindo para casa – ele apenas assentiu – Você me seguiu de Los Angeles? – Edward já começou a olhar com uma expressão de medo, medo que ela não entendesse os seus motivos – Morei em San Francisco, você foi ate lá?

– Antes disso, a Oregon. Esta bem... Por favor, me ouça, era isso que eu queria falar. Eu imaginava o dia em que eu acordaria e sabia que não ia vê-la porque você estaria longe. E agora eu imagino o dia em que eu acordaria e talvez eu pudesse vê-la. Talvez. E por que um passo contrario de você parece um passo na direção errada? – Edward falava com a maior naturalidade e com um sorriso nos lábios.

– Isso é uma piada? – Bella dizia assustada – Porque se for, preciso falar algo. Piadas são engraçadas. Cadê a graça dessa?

– O que?

– Não é uma piada?

– Não!

– Você precisa parar com isso! O mundo não funciona mais assim, não somos mais crianças. Você nem me conhece. Me prometa – Edward apenas assentiu – Prometa que não vai mais ate onde eu for. Porque isso é muito, muito errado!

– O que é errado?

– Tudo! A vida não é simples! Não é fácil! Coisas horríveis acontecem e as pessoas fazem coisas ruins! Prometa para mim ok! Diga que não vai mais me seguir.

– Mas por...

– Prometa para mim Edward! Apenas prometa! – Bella a esse ponto já gritava.

– Ok, eu prometo – Edward dizia sem entender.

Bella saiu correndo, e Edward, ah Edward, começou a chorar e sentiu seu coração totalmente quebrado.

**

Jacob estava em seu quarto, a culpa o corroia, ele havia matado seu melhor amigo, não tinha sido exatamente proposital mas mesmo assim a culpa foi dele. Ele estava com raiva por causa de sua traição com Bella e o empurrou que caiu direto em cima de uma mesinha de vidro na qual se quebrou e ele morreu. Logo uma batida soa na porta e ele vai correndo atender.

Era Bella, assim que Jacob abriu a porta ela entrou.

– Me desculpa – Bella disse – eu estava louca...

– Liguei o dia todo para a sua casa e a sua mãe falou que você saiu há horas... pensei em coisas horríveis – Jacob falou preocupado.

– É que eu encontrei um cara... eu devia ter vindo direto para cá.

– Um cara?

– Um conhecido meu que ficava me seguindo...

– Seguindo?

– Não importa, já cuidei de tudo – Bella disse se sentando na cama do hotel.

– Como assim ele te seguia?

– Isso não importa!

– Claro que importa! Ele te seguia em Los Angeles? – Bella assentiu – Qual o nome dele?

– Edward Cullen, fica tranqüilo ok, ele me prometeu que não vai mias fazer isso. – Jacob apenas assentiu – Eu, eu vou embora.

Jacob pega o telefone e disca um número, na segunda chamada alguém atende.

– Alô.

– É da polícia de Los Angeles? – Jacob pergunta.

**

Edward já estava pronto para ir embora, estava caminhando no meio da estrada e a polícia o para.

– Não pode pedir carona nessa estrada - o policial disse.

– Não?

– Para onde vai?

– Eu não faço idéia – Edward respondeu com sinceridade.

– Me mostre a sua identidade – Edward apenas pegou a carteira e o deu – Essa carteira de motorista perdeu a validade há 4 anos.

– Que bom que eu não dirijo então! - Edward falou com o seu belo humor.

– Ainda mora nesse endereço? – Edward apenas negou – Pode me dizer onde mora?

– Não estou nem um pouco perto.

– Fique ai, eu já volto.

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– Por que eu devo ficar calado se você quer me interrogar? – Edward falou em frente ao delegado.

– Um homem foi morto na Califórnia. Ele tinha um relacionamento com Isabella Swan. Você a conhece?

– Você deve saber que sim.

– Você a seguia? – o delegado fez outra pergunta.

– Sim.

– Não a segue mais?

– Não.

– Por que parou?

– Porque ela mandou.

– Sabe onde estava no dia 1º de outubro?

– Não, vocês sabe onde vocês estavam?

– Não somos suspeitos de um assassinato, você é.

Só depois disso que Edward começou a perceber em que enrascada ele estava.

– Onde você estava no dia 1º de outubro?

– Não... não, Bella. Eu preciso ir.

– Senhor Cullen, sente-se.

Edward se levantou da cadeira e homens tentaram impedir mas ele resistia e gritava o nome de Bella, foram preciso vários homens para tentar acalma-lo.

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– Levante-se, vamos – o policial o chamou na cela.

Assim que eles saíram de lá Edward viu Emmett assinando uns papeis.

– Obrigado por ter vindo tão rápido – Edward falou olhando para o seu irmão que só assentiu.

– Vamos!

Assim que saíram daquele lugar eles entraram dentro de um táxi.

– Cuidaram bem de você? – Emmett perguntou e Edward apenas assentiu – Como eles não têm as evidencias deixaram você ir. Eu sei que você não fez isso, tenho certeza – Emmett disse olhando pela janela – Você terá que ir ao um julgamento, arranjar um bom advogado... você vai precisar car na real.

– Eu estou tentando, eu estou tentando... o problema é que eu não estou conseguindo e eu não sei se vou conseguir – Edward falou e umas lágrimas caiam pelo seu rosto – Eu não consigo nem parar de chorar.

– Eddie, engula o choro – Emmett falou tentando não chorar junto. Cada um olhou para um local diferente.

– Emm – ele apenas murmurou um “hum” – Nem tudo é perfeitinho – falando isso, eles lembram de seus pais, Emm não conseguiu segurar, acabou deixando algumas lágrimas cair pelo seu rosto.

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– Aqui está senhor – a garota entregava uma passagem de avião para Emmett.

Depois de pegar a passagem eles foram se sentar na sala de espera. Edward abriu um envelope e estendeu para Emmett.

– O que é isso? – Emmett pergunta se referindo ao dinheiro que havia dentro do envelope.

– É o dinheiro da fiança.

– O que? Não. Guarde isso já! – Emmett falou e Edward apenas se virou – Hey, o seu irmão é um bancário, com esposa e dois filhos eu não preciso disso – Edward apenas ficou calado.

– Bella ainda esta em casa? – Edward perguntou depois de um tempo.

– Ela vai se casar – Emmett falou e Edward deixou mais uma lágrima rolar pelo seu rosto – E o pai dela não nada bem, Jasper me disse – Emmett falou olhando para baixo, Edward estava apenas olhando para o nada tentando raciocinar direito – Você esta bem? – Edward apenas assentiu.

– Vou comprar um chiclete ou bala, vai querer um? – Edward falou se levantando.

– Ok, não, eu não quero – Emmett falou olhando um jornal qualquer.

“O vôo 365 irá embarcar em 15 minutos”

Emmett assim que ouviu se virou e passou rapidamente os olhos por todos os lugares que ele conseguia, mas nada de Edward. Quando olhou para o banco onde Edward estava sentado anteriormente viu o envelope com o dinheiro e só nessa hora ele percebeu o que Edward havia feito.

Emmett começou a sair correndo a procura de Edward e sempre gritava pelo seu nome em vão.

**

– Eu levo – disse Bella ao pegar a bandeja de comida que estava em cima da cama.

– Obrigada querida – disse Renée.

Bella pegou a bandeja e foi descendo as escadas. “Eu te amo”, “Eu te amo também” ela ouviu seus pais dizerem um para o outro e logo continuou descendo as escadas.

Na cozinha estava Jacob, bebendo vinho e lendo algo em um jornal. Bella chegou na cozinha e deixou a bandeja em cima da bancada e Jacob olhou para ela.

– Você precisa tomar um ar. Sair. Vamos? – Jacob sugeriu e Bella apenas assentiu acompanhando ele ate a porta.

Eles foram andando ate a lanchonete. Bella ao se sentar na cadeira se lembrou de momentos dela e de Edward e se remexeu na cadeira a girando um pouquinho. Jacob a encarou e perguntou:

– O que foi?

– Só de pensar nesse cara, um garoto, fazendo aquelas coisas...

– As vezes as coisas acontecem. E você tem que seguir em frente – Jacob disse e se virou para pegar a taça com o vinho.

– Nós precisamos esperar Jake – Bella dizia se referindo ao casamento - Ver se meu pai vai melhorar. Ou não... – olhou para baixo e depois continuou – Eu achoq eu você deveria volta. Vou ficar aqui ate quando for necessário. Eu sinto muito, mas... tem que ser assim.

– Esta bem – Jacob disse indiferente.

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– Aqui, querida. Quem você conhece em Seattle? – perguntou Renée lhe entregando um envelope.

Bella apenas pegou o envelope, ela não fazia idéia de quem era, abriu as palavras escritas com uma caligrafia bonita.

“Ligue para essas pessoas, eu estava com eles no dia em que seu amigo morreu. Estou pensando em seu pai. Edward.”

– Quem você conhece em Seattle? – perguntou Charlie.

– Edward – Bella falou e guardou a pequena carta – eu já volto.

Bella foi para dentro da casa e ligou para o número que estava dentro do envelope.

**

– Pai. Pai – Bella dizia ao se sentar na cadeira que havia do lado de fora da casa – Pai?

Bella notou que havia acontecido algo, Charlie estava de olhos fechados e imóvel, Bella temia pelo o que poderia ter acontecido.

– Mãe! Mãe! – Bella chamava Renée apenas olhando para Charlie.

– O que fo... Charlie! – Renée foi em direção a Charlie e o chacoalhou um pouco para ver se ele acordava mas nada. A esse ponto as duas já choravam.

**

Bella estava dentro da banheira, com uma cara super triste olhando pela janela que havia ali do lado.

– Como assim ele te seguia?

– Isso não importa!

– Claro que importa! Ele te seguia em Los Angeles? – Bella assentiu – Qual o nome dele?

– Edward Cullen.

No mesmo momento, os policias levavam Jacob para a delegacia. Estava tudo provado de que Edward não tinha feito isso e sim Jacob.

**

Bella entrou dentro de uma cafeteria e se dirigiu a uma mesa.

– Com licença. Você não era um relâmpago na peça da 1ª série? – Bella disse olhando para Jasper.

– E você o chuvisco – Bella assentiu, eles sorriram e se abraçaram.

– Obrigada por vir.

– Claro.

Faz tanto tempo... Olha, eu... Jasper, eu acho que fiz besteira.

– Ouvi falar que você teve um ano bem difícil.

– E de quem você ouviu isso?

– Edward.

– Edward... foi por isso que eu te liguei. Estou mal por causa de tudo que ele passou por mim. E ele ficou com você então achei que mantivessem contato e eu nem sei porque ele gostava de mim - Bella falou e deu uma risada nervosa.

– Gostava de você? Você estava dentro da aorta dele – Jasper falou lembrando do dia em que Edward havia falado isso.

– O que? – Bella perguntou confusa.

– Nada não, d]funciona melhor quando ele diz – e eles riram.

– Se você falar com ele, pode por favor dizer que eu pedi desculpas? – ela perguntou e Jasper assentiu murmurando um “tudo bem”.

**

Bella estava em frente a casa, olhava a chuva que caia. Ate que um carro para. E emmett ai de dentro do mesmo.

– Oi Emm.

– Edward mandou isso. Ele agora esta em Phoenix. Ele mandou uma carta para mim pois ele não sabia mais para onde mandar depois que seu pai morreu – Emmett falou e lhe estendeu a carta.

– Obrigada – Bella disse ao pegar a carta.

Emmett apenas deu um aceno e foi embora. Bella pegou o envelope com a carta e o abriu.

http://www.youtube.com/watch?v=8d92tcN62DQ

“Querida Bella,

Essas duas palavras “querida Bella”, me levaram a uma outra época quando escrevíamos cartas, depois que mamãe e papai morreram. Eu contava sobre os meus novos amigos e minha nova vida. E você me contava sobre como os seus pais estavam felizes. A verdade não é nada. O que você acredita ser verdade é tudo.Eu acreditava que sempre ficaria com você para sempre. Para sempre. EU levei tanto tempo paa escrever para você, porque percebi que fui um tolo. Passei a minha vida toda me enganando. Toda carta que eu escrevia era uma carta de amor. Como é que poderia ser outra coisa? Agora posso ver que todas menos esta, eram ruins. Cartas de amor ruins imploram pelo amor. Cartas de amor boas não pedem nada. Esta, eu tenho o prazer de anunciar, é a minha primeira carta de amor boa para você. Porque não há mais para você fazer. Você já fez tudo. Já tenho memórias suas que durarão para sempre. Por favor, não se preocupe comigo. Eu sou “perfeitinho”, de verdade. Tenho tudo. Se eu tivesse um desejo, seria que a sua vida desse a você o gosto da alegria que você me deu. Que você sinta o que é amar.

Do seu eterno amigo,

Edward.”

Bella quando terminou a carta, ma lágrima rolou sobre o seu rosto, mas um sorriso surgiu de sés lábios. Bella havia entendido o que estava acontecendo. Bella havia acabado de tomar uma decisão.

**

– Você esta perdida? – perguntou um homem quando viu Bella passar.

Bella estava no centro do Phoenix, não sabia o que fazer, não sabia para onde ir, só sabia que ela tinha que encontrar Edward a qualquer custo.

– Eu estou procurando um amigo. Ele faz malabarismo, usa pijama – Bella tentou descreve-lo para o homem.

– O branquelo de pijama?

– Sim, é ele. É o Edward – Bella falou sorrindo.

– Ele fica por ali, perto da feira – o homem disse indicando o lugar.

– Muito, muito obrigada – Bella agradeceu o homem e lhe deu um abraço.

http://www.youtube.com/watch?v=DwtlHJkp0_Y&feature=related

O sol estava se pondo, ao chegar no lugar onde o homem havia lhe indicado já era noite. Ela vagou os olhos por todo os lugares possíveis tentando encontrar Edward. Mas era muita gente, Bella já estava com medo de não conseguir o encontrar. Mas ela não iria desistir. Continuou procurando ele ate que ela o viu. Edward estava fazendo o que ele fazia de melhor, malabarismo.

Bella se aproximou mais e o viu de perto, logo ela lembrou do menininho de 11 anos que vivia se exibindo para ela com os seus malabares. Vendo o seu show ela sorriu, não demorou muito e Edward a viu e acabou que se desconcentrando no chão e deixou suas bolinhas caírem. Bella sorria abertamente para ele, e ele fez a mesma coisa. Edward continuou com o seu show. Ele continuou se exibindo para Bella. Eles não desviavam seus olhares nunca.

Quando Edward terminou o seu show ele deixou o seu chapéu no chão e veio em direção de Bella. Parecia que os dois só sabiam sorrir, Edward se aproximou mais e disse em bem perto de seu ouvido.

– Você esta me seguindo? – e Bella riu.

Os dois juntaram suas mãos e se abraçaram. E assim eles passariam o resto de suas vidas... Juntos!