PDV - BELLA

Eu te amo.

Essa frase mudou todo o conceito daquilo que eu chamava de vida, eu ainda não sabia se amava o Edward, eu não sabia se podia corresponder direito, da forma correta. Eu só sentia, que tudo ha minha volta mudou desde que ele apareceu, eu confiava cegamente nele, daria minha vida por Edward.

Quando ele apareceu chorando na minha frente eu simplesmente queria arrancar sua dor e colocar em min, eu estava acostumada a sofrer, ele não deveria, era bom, um anjo.

Mas eu estava confusa com tanta coisa, imagens distorcidas apareceram na minha cabeça, imagens que não haviam surgido antes, algo quando Edward quase me beijou fez essas imagens surgirem, a mulher de branco lendo pra min contos de fadas, falando-me que um dia o meu príncipe viria.

 Quando Edward quase me beijou fiquei a ponto de explodi acreditando que finalmente ele havia chegado, mas... Ele me rejeitou, então eu compreendi que eu não era certa para ele. Era só uma paciente. Uma doente.

Porem Edward sempre foi um anjo, e quando ele falou 'eu te amo', meu mundo vibrou e ganhou cor. Eu quase não acreditei quando ele me beijou. Parecia mesmo como os contos de fadas.

Desde aquele dia as coisas melhoraram, Edward me apresentou o meu outro medico, o Dr. Rob. Ri quando ele pediu que o chamasse assim, ele era engraçado me fazia rir o tempo todo! Era tão diferente, mas mesmo sendo divertido ele não era feliz, sempre havia uma tristeza em seus olhos azuis.

 Ele conversava comigo todos os dias, me ajudava a lembrar do passado, da... Minha mãe. Seu nome era Renée, agora eu lembrava, lembrei da vovó Mary, que cuidou de min durante um tempo, e lembranças de quando eu estava em outro hospital começaram a ficar mais clara. Ainda havia Nana na minha cabeça, mas ela andava afastada, Edward dizia que ela não era real e eu tinha que reprimi-la para meu próprio bem. Eu acreditava nele, ele me amava. Então passei a ignorar tanto, Nana que ela praticamente se tornou um grito amordaçado no fundo da minha cabeça. Às vezes quando eu me distraia ou não estava com Edward, ela falava e então eu ficava assustada e me esforçava para amordaçá-la novamente dentro de min.

...

Acordei e era Sábado! Eu aprendi os dias, Edward meu namorado príncipe lindo, lindo, lindo me ensinou como fazer. Aos sábados antes ele não estava, mas agora ele era meu príncipe então ele viria, ele sempre viria. Eu acordei cedo e me arrumei, queria estar bonita.

'Quando você vai aprender que ele só quer zombar de você?'

-NÃO!- falei alto demais- Não é real, não é real. Edward disse que não é real. - sussurrei constantemente, então a voz dela começou a se tornar opaca e eu suspirei aliviada. Ouvi bateram na porta e Leah apareceu.

-Oi querida, Bom dia. - falou sorrindo.

-Bom dia. - respondi.

-O Dr. Thomas ligou avisando da sua sessão extra hoje. - ela falou.

-Shhhhhhhhh Leah!- exclamei- Fale baixo! Edward nunca tem hora certa pra chegar, se ele vier mais cedo e ouvir isso?- perguntei alarmada.

-Ainda não entendo por que está escondendo dele essas sessões extras. - falou inconformada. Eu suspirei pesadamente.

-Rob é meu amigo. E... Eu quero ficar boa mais rápido, se eu me esforçar como Rob disse, posso ficar melhor rápido. Isso só vai acontecer se eu fizer as sessões da hipnose.- justifiquei um pouco envergonhada.

-Eu ainda não entendo por que Dr. Cullen simplesmente não pode saber. - falou emburrada e eu sorri, Leah era tão boba.

-Leah eu acho que... Não, eu não acho. Eu amo o Edward, e quero ficar boa pra ele. Mas quero fazer disso uma surpresa, saber que o dia pra eu sair daqui seja mais cedo surpreendendo ele com minha melhora.

Leah sorriu com os olhos chorosos e eu não entendi, ela logo abanou a cabeça e disse que iria buscar meu café da manhã.

Fiquei me arrumando e esperando que Rob chegasse logo, não queria Edward bravo por algo que ele não sabia. Se bem que eu nunca o vi bravo. Ouvi a porta abri e me virei sorrindo esperando encontrar Dr. Robert, mas não era ele.

-Oi mudinha, fiquei sabendo que voltou a falar. - era o Doutor mal! Um grito mudo ficou preso na minha garganta.

-Não vai me dizer que o gato comeu sua língua novamente?! Ou foi o nosso queridinho Edward, que comeu sua língua?- ele zombou e eu não podia tremer mais como naquele momento, torci pra que qualquer um aparecesse ali. Aquele homem me fazia mal.

-Fiquei sabendo do romancezinho do manicômio. - ele riu e minha pele se arrepiou de horror. - Noticias ruins correm rápido. Pergunto-me como ele conseguiu essa proeza? Não que você seja de se jogar fora... - ele avançou sobre min apertando meu rosto e eu nunca senti tanto medo, meus olhos transbordaram lagrimas.- Você não é nada mau...- ele apertou minha coxa por cima do vestido e um grunhido se formou na minha garganta, mas minha voz simplesmente sumiu.- Edward já se aproveitou o suficiente, agora é minha vez...- ele me arrastou e me jogou com força no chão ao lado da minha cama, fazendo minha cabeça bater no piso frio e seu corpo me esmagar caindo por cima de min, ele puxou a alça do meu vestido com força expondo meu seio esquerdo e eu estava em total estado de pânico, então seus olhos negros brilharam perigosamente e ele abocanhou meu seio, mordendo e chupando me fazendo gemer de dor.

-Por favor, pare. - miei baixinho, com dor e medo ele riu e mordi mais forte eu gemi com dor deveria estar sangrando.

-Ora só minha doente mental gostosinha fala!- ele zombou puxando a outra alça do vestido e apertou o seio direito com a mão, apertou tão porte que marcou feio e eu gritaria de dor se ele não houvesse tapado minha boca, entrei em pânico, desespero, eu precisava de ajuda, o que ele estava fazendo comigo me lembrou do.... Comecei a tremer tendo imagens de quando eu era criança, o dia que mataram minha mãe... O mostro, ele matou mamãe assim, ele queria me matar assim. E agora o Dr. Mal também tentava.

Meus olhos transbordavam lagrimas de socorro, mas ele só parecia se divertir ainda mais, então senti suas mãos entrando por meu vestido e ele puxou minha calcinha com força rasgando e me machucando no processo, senti seus dedos em min e tentei gritar, mas ele apertou ainda mais a mão na minha boca. Deus me ajude, alguem me ajuda! Pedi desesperadamente em pensamentos, seus dedos imundos estavam dentro de min, me perfurando me fazendo sentir dor e ele gemia com prazer enquanto eu sentia dor. Quando ele tirou seus dedos de min falou cheio de maldade na voz:

-Não sei por que não fiz isso antes... Agora você vai ser minha, a coisinha do Edward vai ser minha... Como ele se sentiria me vendo fazer isso com você?- perguntou sorridente e eu não podia estar mais desesperada, nem a voz de Nana apareceu na minha cabeça naquela hora. Eu senti sua movimentação em cima de min e do nada algo duro, e forte investiu contra min, pude sentir algo maior entrando em min, não eram mais seus dedos, eu não sabia o que era só que doía muito, e eu grui de dor, mas saiu um som abafado devido sua mão apertar minha boca firmemente, eu tentei me soltar, mas ele era infinitamente mais forte, as lagrimas se multiplicaram nos meus olhos, ele começou a se mexer em cima de min. Ele estava me dilacerando por dentro, eu sentia uma dor sem tamanho o desespero era tanto que nunca quis morrer como naquele momento, ele abaixou a cabeça e mordeu meu seio mais uma vez, enquanto se forçava ainda mais dentro de min, senti algo se partindo em min e a dor já excruciante se tornou insuportável.

Edward me salve!

Implorei em pensamentos. Depois que ele terminou comigo levantou ajustou suas roupas e com um sorriso cínico me estendeu um comprimido. Olhei em pânico eu já não conseguia mais gritar. Minha voz havia sumido por completo.

-Tome isto, não quero uma doente vadia como você grávida de um medico respeitável como eu. Essa pílula não vai deixar isso acontecer. E para caso venhamos a nos divertir assim novamente no futuro. - ele sorriu e eu gemi de dor, eu estava sangrando entre as pernas e com os seios feridos. Engoli o remédio* por medo.

-Calma gatinha... - ele se agachou na minha direção e eu me encolhi no canto chorando. - Isso só vai acontecer novamente se você não me obedecer e para que não aconteça mais, você só precisa manda nosso querido Dr. Edward embora da sua vida.

-Não, por favor, isso não... - eu pedi baixinho chorando.

-Ou é ele fora da sua vida, ou eu dentro de você todos os dias. Você decide. Ele nem precisa ir embora do hospital, só da sua vida. Vou viajar, volto em alguns dias e quando voltar não quero mais saber desse namoro ridículo entre um medico e uma retardada. Tchau docinho.- ele passou a mão no meu rosto e eu me esquivei.

...

Arrastei-me pro banheiro e me joguei no chuveiro, comecei a chorar copciosaente, tudo em min doía, por que ele fez aquilo comigo? Por quê?

Chorei até não poder mais, depois que tomei banho, mesmo morrendo de dores me vesti novamente com calças e blusas de manga, então ouvi um riso sarcástico e estremeci. Nana. Ela queria voltar. Encolhi-me na cama quando Rob chegou sorridente falando inúmeras coisas e contando piadas, ele estava pra começar a sessão quando Edward pareceu. Eu quase chorei novamente. Mas me segurei Edward não gostou de ver Rob ali, mas disfarçou.

...

Ele havia trazido sua mãe para um pique nique comigo, eu nunca tinha estado em um antes, mas era bom. Eu teria apreciado mais se não estivesse com tanto medo. Porem quando Dona Esme falou que Edward e eu éramos perfeitos comecei a chorar, eu precisava mandá-lo embora. O Dr. Mal poderia machucá-lo também.  

E foi o que eu fiz mesmo morrendo por dentro eu o mandei embora. E ele como imaginei que seria, não aceitou, foi atrás de min, mas eu me tranquei no quarto, bloqueei a porta por dentro com uma cadeira, eu podia ouvir a gritaria fora do meu quarto, mas tudo que eu realmente ouvia era meus grunhidos de dor, nas mãos daquele novo monstro em minha vida e foi com esse pensamento que pela primeira vez em tantos anos eu realmente me lembrei do rosto de Phil o monstro ha qual minha mente não associava a nenhum rosto durante tanto tempo, entrei em desespero imediato, o que ele fez comigo, se uniu a imagens do assassinato da minha mãe e ao que o Dr. monstro fez comigo mais cedo... Tudo rodopiava em cenas grotescas e eu segurava minha cabeça desesperada para que toda aquela dor sumisse.

'Eu avisei para não ficar próxima do seu Edward! Deu nisso, só eu protejo você sempre foi assim!'

-CALA BOCA NANA! VOCÊ NEM É REAL! NÃO ESTAVA LÁ PRA ME SALVAR QUANDO ELE ME MACHUCOU SUMA DA MINHA CABEÇA!

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.

Meu grito foi uma tortura que se libertou ha muitos anos muda. Eu queria morrer! Eu só queria morrer... Sem Edward pra me amar eu só queria morrer!

Corri pelo quarto procurando algo que pudesse me ajudar com isso, não havia nada letal o suficiente então vi um dos meus cavaletes de madeira que sustentava a pintura dos olhos de Edward, chutei o cavalete contra a parede com tanta força que ele partiu em lascas, e foi com uma ânsia maníaca que peguei um dos pedaços e firmei contra meu pulso direito o abrindo em um corte profundo, fiz o mesmo com o esquerdo, o sangue vermelho começou a jorrar em grande quantidade, comecei e me sentir enjoada, tonta, fraca desesperada... Só pedindo pela morte, para que ela me tragasse logo! E foi assim que cai no conforto de uma escuridão sem dor.

*Pílula do dia seguinte – evita gravidez. (remedio que Jacob deu pra Bella)

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