Os Três Amores Da Minha Vida escrita por Azzula


Capítulo 21
Domingo (Narrado por Kiseop)


Notas iniciais do capítulo

HAAA, esse capítulo... ai Deus... enfim.
kk Boa leitura.



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   Me perguntava como aqueles olhos podiam ser tão lindos até quando fechados.

   Era um alívio para mim, saber que ela tinha conhecimento de meus sentimentos por ela. Era um alívio estar segurando-a em meus braços.

   Ana dormia como um bebê, sua respiração era calma, e seu perfume exalava de sua pele, impregnando minha roupa de cama.

   A mim não importava se ela era namorada de JunHyung naquele momento. Tudo que me importava, é que naquele domingo, ela seria apenas minha, de mais ninguém.

   Eu a segurei enquanto pude, implorando para que ela não acordasse tão cedo. Tão linda enquanto dormia em seu sono perfeito. Suas feições calmas, e às vezes ela resmungava qualquer coisa, que me fazia rir baixinho.

   Toquei sua bochecha com calma, deliciando-me com aquela pele macia e perfeita. Cada característica de Ana fazia com que meu coração batesse ainda mais forte por ela.

   Ela ameaçou abrir os olhos, tremendo-os, enquanto eu me afastei um pouco para não surpreendê-la. Afinal de contas, eu havia prometido que não faria nada em respeito a ela. Só não sabia se conseguiria cumprir tal promessa.

   Ela suspirou, ainda sem abrir os olhos, e espreguiçou-se delicadamente.

_ Bom dia... – disse assim que ela abriu seus olhos.

   Não conseguia ignorar seus olhos. Eles guardavam todas as verdades que Ana fazia questão de ignorar. Eram o poço da sinceridade, e encara-los por muito tempo chegava a constranger.

_ Hm... – ela simplesmente resmungou cobrindo a boca.

   Aquilo foi realmente engraçado. Quer dizer, que tipo de pessoa normal acorda se preocupando de imediato com o hálito?

   Ela correu em direção a meu banheiro, trancando-se lá. Não passaram 3 segundos e ela saiu de lá correndo, provavelmente, dando-se conta de que não era seu banheiro. 

   Eu apenas me levantei calmamente, escovando meus dentes e partindo para a cozinha. Precisava comer alguma coisa, e faria algo para ela também.

   Aquela manhã estava especialmente fria em comparação as outras. Talvez, devido a chuva da noite anterior.

   Lembrei-me de Ana e os trovões. Tão valentona por fora, tão orgulhosa e presunçosa, e no final, seu medo mais intimo era o de trovões. Vai entender...

   Pensava sobre isso enquanto procurava pelo que comer na geladeira.

   Ana apontou na cozinha, sentando-se na bancada e escorando-se no balcão em silêncio. Ela por algum motivo não me encarou por um segundo sequer.

_ O que foi? – depositei o leite à sua frente.

_ Nada. – ela disse com a cabeça aterrada em seus braços.

_ O que foi? – perguntei novamente. Não havia de ser somente um “nada”. Ana nunca se calava por muito tempo, apenas quanto doente. – Você esta com dor? – certifiquei-me.

_ Não! – ela encarou-me finalmente.

_ Então o que é? – aproximei-me dela, fechando a geladeira.

_ Não sei. – escondeu sua face novamente.

   Pousei uma de minhas mãos em seu ombro, e senti seu corpo paralisando.

_ Por acaso está confusa? – desconfiei que fosse isso.

_ Aham.

_ Por quê? – perguntei imaginando qual seria sua resposta.

_ Gostei... – hesitou. – de dormir com você... – bufou.

   Eu apenas ri. O que eu faria?

   Minha vontade era beijá-la. Beija-la todas as vezes que sentisse vontade. Estava me controlando para não fazê-lo.

   Ana uma vez disse que eu não agia como homem, jamais esqueci isso. Não conseguia conter minha vontade de mostrar a ela o quão homem eu podia ser. Mas precisava respeitá-la. Precisava respeitar seu relacionamento com o Senhor Perfeição.

_ Eu também teria gostado se eu fosse você... – gabei-me.

_ Aish... – resmungou ainda sem me encarar.

_ Eu também gostei de dormir com você! – acariciei sua cabeça.

   Concentrei-me novamente no café da manhã. Capturei ovos na geladeira, alguns legumes e preparei uma omelete. Ana sempre comia como uma ex presidiária no café da manhã, de modo que fiz bastante.

   Pus a mesa do café com leite, iogurte, frutas, pães e a omelete.

_ Não vai comer? – sentei-me encarando sua figura, ainda debruçada sobre o balcão.

_ Não. – disse baixo.

   O QUE?

   Eu havia preparado tudo aquilo pra ela, fiz comida até demais e ela não comeria?

_ Tudo bem então, sobra mais dessa omelete com queijo pra mim. – disse contrariado.

   Ana rapidamente levantou-se e sentou-se a mesa na minha frente. Como ela era burra.

   Aquilo sempre funcionava com ela. Que pessoa mais cabeça dura.

_ De repente veio a fome? – brinquei.

   Ela continuou calada. Nem sequer me olhou com olhar de desaforo, nem nada.

   Comemos então. Ela comia calma e paciente, não como das outras vezes em que parecia que a comida ia fugir dela. Ela parecia realmente estar saboreando.

_ Gostou? – perguntei cheio de expectativas.

    Ela apenas afirmou com a cabeça, levando o copo de leite até sua boca.

_ Não existe nenhum problema em ter gostado de dormir comigo. – disse sem suportar sua face confusa.

   Ana apenas abandonou os talheres, encarando-me a fundo.

_ Só quero dizer que é normal que fiquei confusa... – tentei explicá-la. – Afinal de contas, você me ama também... Vai precisar assimilar isso dentro de você... – sorri.

   Ela levantou-se rapidamente da mesa, sem dizer uma palavra, indo em direção a sala.

   Lá, ela estava sentada em minha poltrona favorita, com o pensamento longe, contemplando o nada. Sentei-me no sofá a sua frente, desvendando seus pensamentos.

_ Vamos... – ela finalmente abriu a boca e disse algo em alto e bom som. – Vamos esquecer isso! – encarou-me. – Vamos fingir  que nada disso aconteceu! – fitou o tapete.

   O que ela estava sugerindo? Como aquela mulher podia ser tão cabeçuda? Porque ela insistia em lutar contra seus sentimentos por mim?

_ Porque eu deveria esquecer? – ergui uma sobrancelha.

_ Porque tudo foi um equivoco! – encarou-me novamente. – Eu não amo você, e não vou alimentar seus sentimentos por mim... De modo que esqueça isso, por favor, e eu prometo que não teremos mais uma relação próxima até que tenha me esquecido... – levantou-se.

_ Você é burra ou o que? – irritei-me. – Acabou de confessar que gostou de dormir comigo... – ri.

_ Eu estava confusa, mas agora tudo é mais claro pra mim... – ela caminhava lentamente até o corredor. – Você apenas me protegeu do trovão, e eu estava fragilizada por isso, mas agora entendo meus sentimentos, e eles são apenas de gratidão. – deixou o cômodo.

   Permaneci ali, digerindo suas palavras. O que eu iria fazer?

   Então Ana não me enxergava mesmo como alguém que poderia vir a amar. Eu precisaria mostrar isso a ela, quebrando minha promessa?

   Ela simplesmente não me deixava escolhas! Aquela cabeça oca, mentindo para si mesma...

   Não estou sendo convencido. Eu tenho certeza que ela me ama. Tenho certeza!

   Segui caminho até seu quarto, batendo na porta apressado. Ela abriu com a cara mais monga do mundo, o que me deixou com vontade de rir, mas eu não podia.

   Simplesmente entrei em seu quarto, aproximando-me de sua cama, enquanto ela continuou parada perto da porta. Fechou a porta atrás de seu corpo, de frente para mim, esperando que eu dissesse qualquer coisa.

_ Eu sei que o que você disse, não é o que você sente. – aproximei-me.

_ Não, você não sabe! – recuou.

_ Até quando vai mentir para si mesma?

_ Kiseop, eu nem sei se você me ama mesmo... – atou as mãos. – Você disse isso ontem e quer que eu acredite tão facilmente? Eu amo JunHyung, e não vou por tudo a perder só porque você esta apaixonado.

   Suas palavras me chocaram por um momento.

_ Você só está assim porque é acostumado a ter as coisas quando quer... – continuou. – E você não pode me ter, e não vai. – abriu a porta, convidando-me a sair.

   Aquilo não fazia sentido. Porque ela não via o quão verdadeiros eram meus sentimentos?

   Segui caminho até a porta, aproximando-me cada vez mais dela. Ela parecia nervosa. Na verdade, sua expressão demonstrava o quão acanhada estava naquele momento.

   Desviei-me da porta, tomando-a em meus braços e fechando a porta novamente, pressionando-a contra ela.

_ Você é uma estúpida! – disse com meus braços ao seu redor. – Quantas vezes vou precisar dizer que eu amo você? Agora que disse uma vez, não me incomodo nem um pouco em dizer um milhão de vezes mais se for preciso! Eu amo você Chiao Ana, eu amo... – aproximei meu rosto do seu. Seus olhos estavam arregalados e ela tentou em vão livrar-se de meus braços enquanto eu me aproximava cada vez mais.

   Engoli a seco. Não conseguiria resistir, não desta vez.

   Levei minhas mãos calmamente até sua cintura, pousando-as ali, em sua curva perfeita.

   Acho que nunca expressei meus pensamentos sobre o corpo de Ana. Na verdade, é o tipo de corpo que só de pensar muito, perde-se o fôlego. É uma coisa que eu jamais encontraria em uma coreana, por exemplo. Era difícil olhar pra ela e não enxergar como homem, suas curvas perfeitas. Eu não conseguia conter meus pensamentos, imaginando aquele corpo maravilhoso colado ao meu. Na verdade, acho que nenhum homem no mundo conseguiria ignora-la com aquela abundancia de saúde. E eu muitas vezes, permitia-me faltar-lhe com respeito, apenas em pensamento, claro. Mas queria que ela fosse inteiramente minha.

   Acariciei suas costas, aproximando-a de meu corpo. Olhei fundo em seus olhos perdidos. Ela estava começando a ceder.

_ Por favor, não lute contra isso... – beijei calmamente seu pescoço enquanto ela estava tensa. – Eu amo você. –queria convencê-la.

_ O-o q-que você está... – suspirou. – fazendo...

_ Agindo como homem afinal... – ri baixo, ainda com os lábios em seu pescoço.

   Ana libertou-se de mim, sentando em sua cama, contemplando o colchão. Controlando sua respiração ofegante.

_ Nós não... podemos. – disse ainda hipnotizada por um pensamento.

   Eu sentei-me a sua frente, analisando seu rosto. Era tarde demais para que ela me convencesse de que fazer aquilo era errado. Na verdade, eu sabia que era errado, mas queria fazer. Dando-me o direito de tal capricho, ignorando o fato de que aquilo a deixaria ainda mais confusa, sendo um egoísta.

   Aproximei-me de seu corpo então, que recuou até encontrar a cabeceira da cama.

   Pousei uma de minhas mãos em sua perna, cerrando meus olhos e aproximando meus lábios dos dela. Eles finalmente se encontraram, e eu ansiava por aquilo. As batidas do meu coração fugiam do meu controle, e eu simplesmente fiquei ali, com os lábios encostados nos dela, esperando que ela rejeitasse meu beijo.

   Para a minha surpresa, Ana pousou uma de suas mãos em meu ombro, fechando seus olhos também. Eu sabia que ela me amava. Meu coração explodiu de alegria.

   Ana entregou-se aquela situação, levando uma de suas mãos até meu tórax, quietando-a ali. Comecei então a brincar com seus lábios, mordiscando suavemente o inferior, beijando-a com mais intensidade. Percorri por todos os cantos de sua boca com a língua, aproximando mais nossos corpos quentes. Meus lábios predominavam-se sobre os dela. Eu levei uma de minhas mãos até sua nuca, subindo por seu coro cabeludo, puxando levemente seus cabelos.

   Ela surpreendeu-me, levando sua mão livre até meu pescoço, puxando-me mais para si. Aquele não era um momento para se raciocinar, estávamos agindo por impulso.

   Ana passou uma de suas pernas por cima das minhas, e eu a agarrei com força, pressionando meus dedos contra sua coxa.

   Parei um pouco para analisá-la, e ela abriu os olhos lentamente, envergonhada. Seus lábios estavam completamente vermelhos, e nossas respirações ofegantes. Encarei fundo em seus olhos, não resistindo e beijando-a novamente.

   Senti meus lábios formigando, mas não conseguia parar. Levei minha boca até sua bochecha, beijando ali. Percorri até seu pescoço, e me apossei dele com leves chupões. Ana puxou levemente meu cabelo, deixando escapar um gemido baixo de satisfação. Beijei novamente sua boca, roçando nossos lábios.

   Ela surpreendeu-me, ficando de joelhos e tornando-se maior que eu, empurrando-me para o centro da cama, enquanto eu a puxava pra mim, afobado. Ana sentou-se em meu colo, de frente para mim, aterrando seus dedos em minhas costas enquanto eu explorava as dela, colocando minhas mãos por debaixo de sua blusa de malha fina. Não resisti, levando minhas mãos até o topo de sua coxa, puxando-a ainda mais para mim, excitado, enquanto nossas respirações chocavam-se quase sem fôlego.

   Ana abriu a boca para respirar, sem cessar o beijo, enquanto eu brincava com sua língua quente, mordia e chupava seus lábios carnudos.

_ Kiseop... – ela disse ofegante enquanto eu a beijava novamente o pescoço. – Não...

   Ignorei-a, beijando sua boca novamente.

_ Não! – ela levantou-se rapidamente, andando afobada pelo quarto enquanto eu mordi seus lábios pela ultima vez.

   Levantei-me também, seguindo rapidamente em sua direção e pressionando-a contra a parede, beijei o canto de sua boca, respirando rente a sua bochecha.

_ Eu disse não! – ela tentou me empurrar.

_ Diga agora que você não me ama! – disse o mais próximo que consegui dela, sem que a beijasse. Tentava controlar minha respiração. – Diga! Eu quero ouvir você dizer que não me quer...

_ Eu não... – controlava sua respiração ofegante com os olhos fechados, quase se entregando novamente.

   Agarrei suas pernas, fazendo com que ela as envolvesse em meu corpo, ficando pendurada em mim. Ela pousou suas mãos em minha cabeça, arrastando meus lábios nos dela com olhos fechados. Levei-a novamente até a cama, debruçando-me sobre ela, nossos olhos se encontravam sem desviar, e eu beijei seus lábios. Não conseguia ignora-los. Eles eram simplesmente viciantes, e eu sentia a necessidade de manter os meus colados aos dela.

_ Não faz idéia do quanto eu esperei por esse dia... – desabafei, beijando seu ombro.

   Ela pousou suas mãos em meu rosto, levando-o em frente ao seu para que eu a encarasse.

_ Kiseop, por favor... – ela inclinou-se, sentando-se finalmente. – Não posso...

   Eu me rendi. Aquilo era o suficiente para mim, por hora, estava satisfeito.

_ Ok! – levantei-me, pousando minhas mãos em minha cintura, tentando acalmar meus batimentos. – Venha! – puxei-a pelo braço.

_ O que...

_ Vamos assistir um filme. – deduzi sua pergunta.

   Ela sentou-se no sofá um tanto contrariada, ainda com os lábios vermelhos. Ana estava acanhada, mas eu não queria que ela passasse o resto do dia constrangida pelo acontecido. Seria compreensivo, mas não queria estar longe dela.

   Coloquei um filme qualquer, na verdade, o filme em si não interessava. Pousei minha cabeça em seu colo, acariciando seu joelho e prestando atenção na introdução.

_ Que filme é esse mesmo? – ela perguntou, um pouco menos nervosa.

_ Sei lá... – realmente não me lembrava.

   Ela riu, pousando uma de suas mãos em minha cabeça, acariciando meu cabelo, e a outra mão pairou sobre meu abdômen.

   Eu ergui os olhos para encará-la, segurando sua mão e entrelaçando nossos dedos. Voltei minha atenção ao filme, apreciando sua carícia.

_ Você quebrou sua promessa... – ela disse calma enquanto assistíamos aos créditos iniciais.

_ Eu sei... – suspirei. – Mas eu não consigo me arrepender. – não encarei seu rosto.

   Ana permaneceu em silêncio.

   A cada cena de beijo que aparecia, eu sentia vontade de beijá-la novamente, e nós nos tornávamos tensos, mas me controlei.

   Algo me dizia que aquilo não acabava ali, Ana seria minha. Eu ainda estava na briga por ela, e a faria feliz.

_ É tão bom poder dizer que eu te amo... – fechei os olhos beijando seu joelho. – É um alívio que finalmente saiba... – confessei.

   Ela permaneceu em silêncio, concentrada no filme, ou fingindo concentração.

   Pensei por um segundo sobre aquela situação. Eu estava feliz! Quer dizer, aquela, a mulher que eu amava e a quem eu dedicava todo o meu coração, estava naquele momento acariciando-me os cabelos enquanto assistiamos um filme, minutos depois de eu tê-la beijado com tanto amor, e ela simplesmente retribuiu. Toda aquela situação, no final resultou bem melhor do que eu imaginava.

   Ana me amava tambem, e estava finalmente começando a perceber aquilo.

_ Obrigada por me amar... - ela finalmente disse, apertando nossas mãos ainda coladas.  


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Notas finais do capítulo

E então gente, o que vocês acharam? Próximo capítulo promete. :}



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