Os Três Amores Da Minha Vida escrita por Azzula


Capítulo 18
Acordando Para Seus Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

KEEEY, amor da minha vida *---------------*



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 Eram exatas 03:30 e eu não conseguia pregar os olhos.

   Abandonei o celular sobre a mesinha, levantando-me em direção ao banheiro. Encarei a fundo minhas olheiras e abominei minha face cansada. Eu simplesmente não conseguia dormir, apesar do sono e da cólica ainda se manifestando em mim.

   Meu estomago roncava. Não tive coragem de sair do quarto, com medo de encontrar Kiseop e acabar dizendo ou fazendo coisas das quais fosse me arrepender, ou pior, acabar morrendo de vergonha. Não queria encará-lo.

   Sentei-me sobre a cama pensando em Jun.

   Honestamente, não conseguia nomear meus sentimentos. Tudo dentro de mim estava confuso, e eu ligeiramente me lembrei do toque dos lábios de Kiseop. Aquilo fez com que as borboletas voassem em meu estomago por um segundo.

   Com JunHyung era diferente. Ele fazia com que eu me sentisse completa do mundo, como se antes de conhecê-lo, eu estivesse apenas respirando, e não vivendo. Meu coração enchia-se de alegria só de pensar em tê-lo por perto.

   Queria chorar de agonia, mas as lagrimas não saiam, fazendo com que aqueles sentimentos confusos permanecessem em mim.

   Esqueceria aquilo! Kiseop tinha namorada, e aquilo fora um equivoco! Eu amava JunHyung e aqueles sentimentos não faziam sentido algum! Pura confusão causada pels hormônios da menstruação!

   Meu sono acabou vencendo meus pensamentos pelo cansaço, dormi enfim.

__

   Eu devorava ferozmente a tigela de cereais enquanto lia o bilhete de SoonHyun.

   “Kiseop e Ana, cuidem-se. Nosso avião parte as 5:00, de modo que tive dó de acorda-los para uma despedida. Ana, comprei remédios para as cólicas, tome-os e vai melhorar. Cuide de Kiseop por mim, porque eu sei que esse menino não come direito quando eu não estou... JaeSoon e eu voltamos em duas semanas, nós ligaremos assim que chegarmos a China, beijo.”

   Desci da banqueta, abandonando minha tigela sobre o balcão. Como iria para a escola?

   Kiseop apontou na sala, deixando sua mochila sobre o sofá, eu apenas fingi que não o vi, abrindo a geladeira e resgatando uma maça.

_ Oi. – ele disse entrando na cozinha, pegando um copo no armário.

_ Oi. – disse baixo, sem encará-lo.

   Me dirigi à porta, iria para a escola a pé. Não era tão longe, e eu já havia aprendido o caminho. Fiquei com vergonha de ligar para Jun e pedir uma carona. Estava muito dependente dele nas ultimas semanas, e não queria ser um peso. Não queria que ele se cansasse de mim.

   Abri a porta, encarando o frio de 5ºC, caminhando em direção à calçada.

_ Onde você vai? – Kiseop correu em minha direção, um pouco distante da casa.

_ Pra escola. – disse sem escara-lo, ainda andando.

_ E vai petrificar no meio do caminho. Vamos... – ele agarrou em meu braço. – Eu levo você.

_ Não, eu vou assim. – livrei-me de seus braços.

_ Aish... – ele bateu o pé, esfregando suas mãos pelo frio. – Porque você é tão teimosa?! – perguntou enquanto eu segui caminho.

   Não queria entrar no carro com Kiseop, não estava confortável com aquela idéia.

   Ele simplesmente deu as costas e saiu andando, enquanto eu continuei a caminho da escola.

   Alguns minutos depois, ouvi um carro se aproximando. Era ele, dirigindo rápido para me alcançar.

_ ENTRA! – ele gritou de dentro do carro, que seguia na beira da calçada.

_ Não! – apressei o passo como se tivesse chance de correr mais que o carro.

   Na esquina, ele simplesmente me fechou com o automóvel, me fazendo dar a volta no carro. Neste momento, Kiseop saiu do carro, indo apressado em minha direção.

_ YA! – ele gritou agarrando novamente em meu braço.

   Nos encaramos nos olhos, e eu desviei envergonhada, tentando me livrar dele.

_ Entra nesse carro! Olha só pro seu nariz... – ele olhava indignado. – Prefere morrer congelada a entrar no carro?

_ Sim.

   Ele riu contrariado.

   Kiseop não discutiu mais. Simplesmente empurrou-me para dentro do carro, trancando a porta e rapidamente voltando a direção.

   Eu também não discuti mais. Minhas pernas já doíam, durar por andar naquele frio.

   O caminho seguiu silencioso enquanto uma música qualquer tocava baixo, amenizando a tensão do ambiente.

   Kiseop ameaçou dizer algo, mas permaneceu calado, suspirando a cada tentativa falha.

_ Ana... – ele finalmente conseguiu dizer algo, assustando-me com seu tom de voz estranho. – Preciso pedir uma coisa... – franziu o cenho.

   Eu apenas encarei seu rosto rapidamente, notando que ele engolia a seco.

_ Por favor, eu imploro a você, não se entregue a JunHyung na formatura. Não... – suspirou baixo. – Não faça isso.

   Aquilo me deixou pasma.

   Pensei em um segundo pular do carro em movimento, mas estava paralisada por aquelas palavras. Kiseop era MUITO enxerido. Do que aquilo lhe dizia respeito?

_ YA! – gritei sem agüentar. – Porque não experimenta cuidar da sua vida? – encarei seu rosto irritada.

_ Você vai se arrepender se fizer isso! – disse em um mesmo tom que o meu.

_ Cuide da sua noite com sua namorada, e eu cuido da minha. – disse baixo, ignorando-o.

   O ambiente tornou-se silencioso após isso.

   Enquanto isso, minha mente maquinava sobre aquela situação. Não conseguia entender nada. Inconformada por ser tão desligada em assuntos como aqueles.

   Eu realmente queria que minha noite de formatura fosse especial com JunHyung, estava decidida a isso.

   Uma indagação veio em minha mente enquanto ficávamos próximos da escola;

   “Como aconteceria algo entre eu e JunHyung sendo que eu estava naqueles dias?”

   Quer dizer, nessa situação, nada pode ser feito, não é?

   Passei as mãos pelos cabelos, pensando em alguém que pudesse fazer aquele tipo de pergunta.

   Ninguém mais me veio a cabeça além de Brookie.

   Entrei na escola, ignorando Kiseop, procurando por Brookie.

   Encontrei-a finalmente perto do banheiro, tendo sorte por ela estar desacompanhada de seu namorado.

_ Broo... – disse abraçando-a. – Amiga.

_ Ana! – ela retribuiu o abraço. _ Que foi? Você está abatida... Andou bebendo? – levantou uma sobrancelha.

_ Não... só não pude dormir. – confessei. – As coisas andam confusas demais ultimamente...

_ E você não está podendo contar comigo ultimamente não é... – ela disse-me com olhos amargurados, enquanto andávamos em direção ao corredor principal.

_ Não tem problema... Eu também ando desatenciosa com você! – admiti. – Agora, somos meninas comprometidas... – rimos.

_ Me diga, como está com JunHyung? – encarou-me amigavelmente.

_ Vim te perguntar uma coisa, mais ou menos sobre esse assunto... – estava incegura, não sabia como perguntar.

_ Pergunte! – arregalou os olhos de entusiasmo.

_ Sabe... – hesitei, dizendo baixo em seu ouvido. – Eu planejei me entregar a JunHyung amanhã, depois do baile...

_ ÓH! – ameaçou gritar algo.

_ Mas tem um porém... – continuei. – Ontem, veio pra mim, e meu plano foi todo por água a baixo, não é? – afastei-me de seu ouvido.

_ Não amiga! – ela encarou-me indignada. – A resposta esta em sua pergunta... – encarou-me enquanto eu não entendia nada. – Água! – sorriu,

_ Como? Água? Mas Broo...

_ Shiu! Presta atenção... Você pode sei lá, tomar banho com ele, e ai, rola embaixo do chuveiro... – ela riu enquanto minha feição era pasma.

   COMO EU FARIA AQUILO?

_ Não está sugerindo que a minha primeira vez seja em um banheiro, está? – disse baixo, indignada.

_ Ué... é um jeito inusitado... Ou então, você toma um banho bem tomado antes, e ai vocês fazem rapidinho... – ela riu mais ainda, enquanto eu visualizava aquilo.

_ Que nojo! – fiz uma careta.

_ Ana, acorda menina, isso não é um empecilho! – encarou-me. – Amiga, escuta, as vezes serve até como lubrificante! – riu.

_ Aish... – cocei a cabeça, nervosa. – Isso não parece certo...

_ Certo não é, mas sabe, não é o fim do mundo... Se você quiser mesmo, não tem outro jeito... a menos que tome um remédio! – ela disse aprovando sua própria idéia.

_ Remédio? – confusa.

_ É! Essa devia ter sido minha primeira idéia! – estalou os dedos. – Eu tenho em casa... É um remédio que você toma pra cortar o fluxo sanguíneo. – explicou.

_ E isso é seguro?

_ Claro... É só você não fazer isso todos os meses e tal... Mas essa é uma situação de emergência, então...

   De repente, avistei JunHyung andando em minha direção com um sorriso maravilhoso, meu coração disparou.

_ Brookie, não toque no assunto... ele não sabe de nada! – disse rapidamente antes que ele chegasse.

_ Bom dia! – ele disse a Brookie enquanto me abraçava. – Bom dia cabeçuda! – ele disse agarrando o topo minha cabeça com apenas uma mão.

_ Cabeçuda? – livrei-me de suas mãos, tentando medir minha cabeça com as minhas.

_ Vou deixar vocês em paz... – Brookie disse piscando pra mim, afastando-se. – Não se esqueça do remédio... – ela foi.

_ Remédio? – Jun encarou-me.

_ Ah, é que eu estou tendo cólicas fortes. – omiti. – Que história é essa de cabeçuda!? – mudei rapidamente de assunto.

_ É só brincadeira meu amor... – ele riu olhando em meus olhos, beijando o topo de minha testa. – É só que você é uma cabeça dura.

   Ele envolveu seu braço por minha cintura enquanto subíamos as escadas.

_ Você tem aula no segundo andar? – ele me perguntou.

_ É, hoje vamos usar o laboratório. – expliquei.

_ Eu fico por aqui... – ele soltou-me, colocando as mãos em seu bolso. – Mas antes, tenho uma coisa pra você! – ele levantou uma de suas sobrancelhas.

_ Que coisa? – encarei-o engraçada.

   JunHyung tirou algo de seu bolso, deixando-me surpresa e encantada.

   Era uma gargantilha linda, com um pingente que formava um disco de vinil.

_ É pra você usar amanhã no baile. – ele disse. – Espero que combine com seu vestido! – sorriu entregando o presente em minhas mãos.

   OMO! O VESTIDO...

   Aish... Que tipo de pessoa iria a um baile e esqueceria o vestido? O jeito era sair do trabalho e ir direto para o shopping, em busca de um vestido urgentemente.

_ Combina! – menti envergonhada.

   Abracei-o com amor enquanto ele acariciava meus cabelos. O corpo quente de JunHyung fazia com que eu me sentisse segura do mundo inteiro. Era impossível ignorar aquela sensação toda vez que o abraçava.

_ Obrigada! – disse beijando-o rapidamente. – É lindo! É maravilhoso! – sorri.

   Nos despedimos e eu segui caminho para o laboratório.

   A aula seguiu tranqüila.

   As meninas conversavam sobre seus vestidos e aquilo deixava-me mais aflita sobre qual vestido escolher.

   Não era simplesmente escolher um. Ele tinha que estar dentro do tema do baile, e eu não fazia idéia de como era o tema do baile. A informação “Roly Poly” não era suficiente para mim.

   As aulas terminaram e eu fui rapidamente para o trabalho.

   Teria que explicar minha falta do dia anterior, me desculpando por minha desatenção.

   A minha sorte, é que Yao Ming era extremamente legal e compreensivo, de modo que entendeu-me, pedindo apenas que eu avisasse caso houvesse uma próxima vez.

   A casa estava cheia. Os pedidos iam e vinham e o caixa não parou por um segundo.

   Não conseguia parar de pensar em um vestido, mandando uma mensagem a Onew como um impulso, por um pedido desesperado de ajuda.

   “Onew, está livre? Por favor, venha me ver no restaurante? *--* beijo

                                                      Ana”

   Nem ao menos eu entendia o porquê daquela mensagem, mas após enviá-la, pensei que talvez, Onew fosse de grande ajuda, pelo menos, explicando-me o que era Roly Poly.

   Em coisa de 40 minutos, Onew apareceu na porta, com um grande sorriso, acompanhado por seu amigo Key.

_ Ana! – ele foi em direção ao caixa.

_ Onew, Key... – curvei-me como comprimento.

_ E então, vamos comer o que? – Key disse encarando-me. – Que prato sugere?

_ Na verdade, o prato do dia é delicioso. – admiti, tendo comido apenas aquele, de todos os pratos existentes.

_ Então ta... vamos comer esse Rammen sei lá o que... – Key procurava por uma mesa.

_ E então Ana... – dessa vez, Onew falava comigo mais a vontade, sem Key por perto. – Porque pediu que eu viesse? – franziu o cenho de maneira engraçada.

_ Me desculpe ter chamado assim... – estava envergonhada por minha atitude impulsiva. – É que eu preciso de ajuda...

_ Ajuda com o que? – ele aproximou-se do balcão.

_ O que é Roly Poly? – perguntei insegura de ter perguntado certo.

   Ele apenas riu.

_ Adoro quando faz essa cara inocente! Me lembra do dia que te conheci... – ele explicou. – Você realmente não sabe? – ele encarou-me indignado.

   Eu apenas neguei com a cabeça.

_ Vai me dizer então, que não comprou seu vestido, certo? – ele adivinhou a situação...

_ É, eu me esqueci completamente desse detalhe e o baile já é amanhã! – choraminguei.

_ Como você é desligada... – ele ria de minha afobação. – Ainda bem que eu trouxe Key... A que horas você sai? – ele olhou no relógio.

_ Saio daqui uma hora... – encarei-o confusa.

_ Então façamos o seguinte... – pousou suas mãos sobre a bancada. – Eu e Key vamos comer alguma coisa, e quando você sair, nós levamos você ao shopping... – abriu seu melhor sorriso, partindo ao encontro de Key que falava com o garçom.

__

_ Em qual loja vamos primeiro? – Key encarava-me ansioso.

_ Não sei... Eu nunca... – disse confusa, era minha primeira vez em um shopping coreano. Eram tantas lojas que eu ficava até tonta de imaginar-me andando por todas elas.

_ Key, vamos levá-la naquela! – Onew apontou uma loja.   

_ Claro que não! – Key parecia surpreso. – É uma festa Roly Poly, não dia das bruxas... – riu.

   Eu apenas observei os dois discutindo por alguns segundos, quando Onew rendeu-se as argumentações de Key.

_ Vamos ver... – Key andava ao meu redor. – Seu cabelo curto vai combinar com uma jaqueta com golas altas... – pensava alto.

   Eu apenas encarei Onew confusa, e ele analisava a situação debochado.

_ Não sei... No que você estava pensando Ana? – Key encarou-me novamente.

_ Em um... vestido...? – hesite.

   Key riu.

_ Vestido? Mesmo? – ele arqueava as sobrancelhas.

_ Hey Key, não seja tão irritante! – Onew bateu em seu braço. – Ana é uma cidadã... Digamos que... Desligada do mundo exterior... – ele riu.

_ Ya... – reclamei baixo enquanto morria de vergonha.

_ O meu conselho... – Key encarou-me novamente. – Esqueça essa história de vestido! Vale muito mais você usar um short de cós alto com bolinhas, e uma blusa qualquer com uma jaqueta com golas altas...

   Senti inveja de Key. Aquela idéia parecia ótima, e eu nunca pensaria em algo como aquilo.

_ O que você acha? – ele interrompeu meus pensamentos.

_ Está perfeito! É uma ótima idéia... – disse rapidamente.

   Nós percorremos todo o shopping a procura da combinação perfeita. Key mudou de opinião varias vezes, sobre varias coisas, e manteve comente a idéia da jaqueta. Trocando o short por uma calça listrada de cós alto, e uma camiseta com desenhos de bicicletinhas.

_ MEU DEEEEUS! – ele surtou ao ver um coturno verde. – Você precisa dele! – ele encarou-me com olhos entusiasmados.

_ Eu me recuso... cansei... – Onew queixou-se. – Vou tomar um sorvete, quando vocês terminaram, me liguem... – apenas foi.

   Key o encarava com olhos dramáticos, mas logo olhou para mim sorrindo.

_ Ele gosta de você! – ele disparou tal noticia inesperadamente.

_ Não. – sorri sem graça. – Ele gosta da...

_ Park Min certo? – ele sorriu de lado, revirando os olhos. – Onew já não pensa nela a alguns dias que eu sei... – suspirou. – Graças a Deus você apareceu... Não agüento mais ver meu amigo sofrendo por uma mulher que o ignora de maneira tão cruel... – confessou.

_ Ela o faz sofrer? – estava confusa.

_ Ele liga pra ela, quase sempre, e desliga antes de segunda chamada. Quando ele vai visitar a família, ela esta sempre lá, e brinca com os sentimentos dele... Onew é cegamente apaixonado por ela, ou era... Ela também era por ele, mas acho que ela seguiu um rumo diferente, e eles não combinam mais. – continuou. – Onew só precisa perceber isso... – encarou-me.

_ Já conversou com ele sobre isso? – perguntei interessada.

_ Já... – Key encarou a vitrine.

_ E... – pedi que continuasse.

_ Onew chorou. – encarou-me enfim. – Onew só consegue ver a ela como mulher, e procura nas outras, alguma característica que o faça lembrar de Park Min. – negou com a cabeça. – Mas você... – olhou-me de cima abaixo – Você não se parece nenhum pouco com ela...

_ Você já a viu?

_ Claro! E ela é linda, parece-se com uma boneca... Onew pelo menos escolheu bem...

   Imaginar Onew sofrendo por Park Min, deixou-me chateada.

_ Quando você mandou a mensagem, Onew estava jogando seu jogo favorito, e ele simplesmente parou o que estava fazendo e se trocou correndo, arrastando-me com ele. – Key riu. – Onew deixa de comer para não abandonar o jogo, e bastou você mandar uma mensagem pra ele não pensar duas vezes antes de sair correndo... – Key encarou-me com ternura.

_ Isso é porque somos amigos... – tentei arrumar explicação para aquilo, rindo também.

_ Também sou amigo dele, e ele não foi no funeral de minha cachorra porque estava em uma fase importante... – debochou. – Eu realmente acredito que ele gosta de você... Mas ele ainda ama Park Min... Eu acho sim que é possível alguém amar duas pessoas ao mesmo tempo.

   Aquilo fez meu coração gelar por alguns segundos.

_ Vamos... venha experimentar esse coturno! Você será a menina mais linda dessa festa... – Key sorriu para mim, envolvendo seu braço em meus ombros, entrando na loja.

   A roupa toda havia ficado demais! Eu experimentei todas as peças que compramos juntas, e havia ficado incrível, e combinava com a gargantilha.

_ Você vai deixar JunHyung babando! – ele riu.

_ Obrigada Key... Eu jamais conseguiria imaginar uma roupa assim, se você não me ajudasse. – confessei.

_ Por nada minha querida! Eu adoro roupas, e brincar montando figurinos é uma diversão pra mim... – abraçou-me. – Eu estava lá, sem fazer nada vendo Onew largado no sofá, e o fim do dia resultou em uma nova amizade! – ele libertou-me de seu abraço.

_ Não sabe como foi pra mim conhece-lo melhor... – sorri.

_ Sabe, Onew tem razão... Não tem como não gostar de você! Você é muito fofa, e tem esse jeito desligada, sem contar que é linda! – disse, deixando-me sem graça. – Não sei... Você tem essa carinha de cachorrinho que caiu da mudança, e da vontade de apertar você! – ele riu de minha expressão. – Está explicado porque os três amam você! – ele disse encarando-me por fim.

_ Três? – ri. Ele estava exagerando... Na minha opinião, nem Onew me amava, era só um carinho de amigo, como o meu por ele.

_ Sim! JunHyung, Onew e aquele Kiseop... o que deu o piti na cantina quando Jun se declarou pra você... – concluiu.

_ Nããão... – ri. – Ele não me ama! – engoli a seco, perturbada por uma lembrança. – Ele tem uma namorada!

_ É claro que ele ama você! Está estampado em sua cara... – olhou-me incrédulo. – Como você não vê? Já vi o jeito que ele olha pra você! E nesse dia, ele beijou aquela garota desejando que fosse você, aposto! – sorriu.

_ N-não... Kiseop não me ama, ele... – piscava freneticamente.

_ Viu... eu disse que uma pessoa pode amar duas ao mesmo tempo, minha tese comprova-se a cada dia... – ele disse aquilo sem que eu entendesse. – Pelo jeito, você também o ama... Você ama JunHyung e ama Kiseop ao mesmo tempo... como não pode perceber?

   Aquilo chocou-me. Na verdade, parecia fazer sentido.

   Key riu de minha cara confusa.

_ Olha só... parece até que você está enxergando pela primeira vez na vida... Você é mesmo desligada... Mas não importa o que acontecer, abandone os dois e ame Onew... ele merece ser feliz com alguém! – Key brincou, morrendo de rir de meu espanto.

   Eu estava estagnada.

   Eu amava JunHyung, mas eu amava Kiseop também? O coração realmente podia fazer aquilo com alguém? 

_ Isso não está certo... - disse chaqualhando a cabeça, tentando espantar aqueles pensamentos. 


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo promete gente! Venho planejando ele a semanas, e mal via a hora dele chegar *--------------------* obrigada por lerem, espero que tenham gostado da breve aparição de Key ♥