— Então você o usou para se vingar do Tadase? E se ele tiver sentido algo por você, desejo, atração, ou até mesmo estiver apaixonado? – Amu já havia explicado o que realmente aconteceu naquele dia, deixando assim sua amiga chocada.

— Haha, você inventa de tudo Rima, só você mesmo. Bom, se ele realmente for um playboy, o que ele iria querer com uma pobre feita eu? Mas, eu queria, eu realmente gostaria de encontra-lo novamente, eu queria me desculpar por minha atitude impulsiva, mesmo sendo que ele gostou, pois se não gostasse não retribuiria.

— Mas você sabe o nome dele? Ou qualquer lugar que possa encontra-lo?

— Ontem eu até o chamei pelo nome, mas não me lembro, tentei ao máximo esquecer daquilo, me ocupando com os horários e os trabalhos, mas sabe? Eu disse que queria encontra-lo novamente... Mas eu tenho medo da minha reação, ontem quando o vi junto Tadase... Cara a cara um com outro... Er, eu não sei explicar, mas quando ele me ajudou eu senti algo que Tadase nunca chegou perto.

— Você é estranha Amu, mas se realmente for para vocês se encontrarem aposto que daí não será nenhum dos dois a responder este sentimento e sim o destino.

— Rima-chan?

— O que foi, Amu?!

— Você fala isso tão naturalmente, mas eu nunca ouvi... Você falar de gostar de alguém, você gosta de quem? – Perguntou curiosa.

— Er... Eu gostava de um garoto, mas ele estragou tudo, ele era um playboy, quer dizer, ainda é, tento ignora-lo, mas às vezes a única coisa que vejo é ele aos beijos com as outras... Er... Já que você já sabe, não me pergunte novamente, ok?

—Desculpa, se minha curiosidade afetou você.

— Vamos deixar isso de lado e comer logo, daqui a pouco acaba o intervalo e você vai se ferrar se não comer, por que nunca come nada pela manhã, né.

— Deixa comigo, que comida no prato é o que não irá sobrar.

— Só você mesmo, haha.

— Kyaah!

— Começou a zoeira, come logo Amu. É Kyaah! Aqui e ali, como se eles fossem dar bola para elas.

— Ohayō minna! Sentiram nossa falta? – Falou o de longos cabelos roxos mandando beijos para as garotas que gritavam loucamente.

 — Deixe de ser exibido, Nadehiko. – Falou Kairi ajeitando seus óculos.

— Para que ser tão sério, Kairi, divirta-se, isso é um paraíso de garotas. – Falou Kukai levantando seu braço e bagunçando seus cabelos ruivos.

— Afinal, onde está o Ikuto? – Perguntou o mais novo.

— Deve estar com alguma garota num Motel, eu penso. – Respondeu Nadehiko.

— Onde eu já ouvi este nome? – Perguntou Amu confusa.

— Oh, garota cor de rosa, quem é você? – Perguntou Nadehiko. Amu olhava para todos os lados na tentativa de saber a quem ele se referia com “garota cor de rosa”.

— Eu?! –Perguntou apontando para si, vendo um sorriso debochado brotar nos rostos daqueles metidos a playboys.

— Não, minha vó, não tá vendo que é você?

— Não, é a tua vó sim. Eu somente fiz uma pergunta direita e você me responde com tanta a ignorância.

― Ixii, a novata quer dar uma de chefona, é? – Debochou.

— Ela tá querendo a faixa vermelha é? – Falou Kukai.

― Eu tenho nojo de vocês, sempre sendo e se comportando como verdadeiros animais, tão depressíveis com os outros a sua volta, achando-se donos do mundo, mas na verdade todos só estão perto de vocês, por interesse, ninguém se interessaria por pessoas tão imbecis...

― Amu, já chega, vamos! – Sua amiga lhe chamou.

 – Rima, mas...

― Sem “mas”, já vai começar a aula temos que ir, não quero briga pro teu lado e acho que você não deseja isso no primeiro dia de aula, né?

― Espera aí, quer dizer que a novata tem uma amiga, por aqui... Vejo que será divertido demais... – Nadehiko começou a debochar.

― Cale-se, eu quero que você fique bem longe da Amu, se você se aproximar dela, aí vai ver o que é bom para tosse.

― Tão brabinha, seria tão mais fácil se tivesse aceitado minha proposta anterior, mas quis assim, né... – Rima fechou sua mão e a apertou com força, ele tinha tocado num assunto já adormecido e que ela pretendia nunca mais lembrar, aquela sua escolha antiga poderia ter mudado tudo, mas não... Preferiu negar os sentimentos dele.

― Rima ele é... Esse idiota era de quem você falou? – Amu perguntou, enquanto Rima não disse nada, permaneceu quieta.

― O que ela falou? – Agora ele demonstrava-se sério perante a pergunta que havia acabado de escutar.

― Nada... Só quero te presentear com algo que nunca mais esquecerá. – Chegou perto do mesmo, levantou suas mãos e levou diretamente no rosto de Nagihiko que caiu no chão. – Aprenda a nunca mais mexer com os sentimentos dos outros, muito menos com os da minha amiga... Vamos Rima. - Puxou os braços de sua amiga e saio do refeitório.

                             O* O* O* O*

— Onde você estava está manhã, Ikuto?

— Vocês ainda perguntam, são uns Bulos mesmo. – Falou rindo.

— A palavra correta são “Burros” e tente ler algo que te ensine ao menos um bom vocabulário.

— Idiotas eu sei como é a palavra correta, então se calem. E Xeque-mate, são tão lerdos...

— Ele pode ser bom nos jogos, agora eu quero o ver domar aquela fera da escola? – Perguntou Kukai.

— Que fera? Tem alguma novata? Se tiver é óbvio que vou conquistar, afinal eu sou lindo.

— É entrou uma garota lá, e já arranjou briga com o Nadehiko, mas depois daquilo ele mudou de atitude, parece ter ficado depressivo.

— Mandem a faixa vermelha para esta garota, seja lá quem for, não irá pensar em mudar minha leis diante aquela escola. Amanhã quero conhece-la e daí vamos ver se ela certamente vale a pena deixar naquela escola ou não.

— Ah, a Utau chegou?-Perguntou Kukai.

— Ela está no quarto dela, ôh garota chata. – Reclamou o irmão mais velho.

— Er... Posso ir lá?

— Se ainda quer algo luxuoso, peça um cachão ou suma da minha frente. Ah chega! Vão embora! – Falou irritado.

— Mas...!

—Eu já disse.

— Tá bom. – Disseram se retirando. Ikuto abriu devagar sua mão, mostrando um bracelete, o que havia encontrado no chão, após esclarecer que não havia roubado nenhum urso, que apenas se confundiu. Se fosse o caso aquele pedaço de plástico seco, seria o reencontro com a única mulher que lhe chamou atenção.

Amu-Ikuto: Será que algum dia iremos nos encontrar novamente?