Eu estava decidida: amanhã mesmo irei contar ao Justin o que eu sinto por ele. Por mais que eu sentisse um aperto no coração de imaginar a reação dele, eu precisava aliviar o peso em minha consciência. Eu lamento por ter me apaixonado por meu melhor amigo. Mas quem manda no coração? – Meus pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta. Me levantei e fui até lá e a abri. Era minha mãe.

– Oi, mãe. – Falei segurando a porta.

– Não vai comer?

– Estou sem fome.

– Desde que cheguei não te vi comer, e olha que cheguei às 11h.

Olhei para a janela na mesma hora. Já estava escurecendo. Ergui as sobrancelhas, surpresa. Voltei meu olhar para a minha mãe.

– Eu estava compondo, sabe como é, sempre perco a noção do tempo. – Dei de ombros.

– Stacy? Você voltou a compor? – Perguntou surpresa.

– Acho que sim, mas foi só uma música, afinal.

– Já terminou ela?

– Sim. – Sorri fraco.

– Posso ouvir? – Suspirei.

– Claro. – Abri a porta por inteiro e dei espaço para ela passar. Fechei a porta e peguei o caderno com a música, abrindo na página em que ela estava e deixando no meu campo de visão, para eu ler, pois não havia decorado a letra totalmente. Peguei o violão e comecei a tocar, pelo menos a melodia eu decorei. Cantei a música olhando para o caderno e às vezes olhava para minha mãe, que me fitava com um olhar de orgulho e sorria fraco para ela enquanto tocava. Assim que a música acabou, ela bateu palmas e eu ri.

– Que música linda, querida.

– Obrigada, mãe.

– Você escreveu ela baseada no que está sentindo, ou outra pessoa? – Perguntou despreocupadamente, mas senti a curiosidade em sua voz. Travei por um segundo. Deveria contar para ela ou não? Mas ela é minha mãe, não vou mentir para ela e talvez ela me diga algo que me acalme, e eu estava precisando disso, estou meio nervosa e ansiosa ao mesmo tempo, para contar ao Justin.

– Eu escrevi baseado no que estou sentindo.. – Falei tristemente. Coloquei meu violão na cama e fechei o caderno, enquanto minha mãe parecia pensativa. Fitando a parede ao meu lado.

– Quem é o garoto? – Perguntou.

– É... – Tossi para desfazer o nó que me deu na garganta. – É o Justin.

Ela arregalou os olhos surpresa.

– O Justin Bieber? Seu amigo?

Acho que ela não estava acreditando, e quando ela disse “seu amigo”, doeu meu coração, eu sei que ele é meu amigo. Mas precisava lembrar? Nunca gostei de nenhum garoto como gosto do Jay. Uma lágrima escapou de meus olhos e outra as seguiram. Minha mãe em silêncio me deu um abraço de conforto.

– Mãe, eu não queria gostar do Jus, mas, eu não pedi isso. – Desabafei.

– Não fica assim filha, amar não é um crime.

Ela tinha razão, amar não é um crime. E eu realmente amo o Justin. Isso só aumentou minha ansiedade.

– Vou dormir. – Falei me separando dela.

– Você tem que comer. Vou buscar algo para você comer.

– Tudo bem. – Eu respondi e ela saiu do quarto e fechou a porta.

Me levantei e fui tomar banho. Voltei para o quarto e vesti meu pijama da Minnie e coloquei meu violão no suporte que estava no canto esquerdo do meu quarto e o caderno na prateleira que ficava também ao lado esquerdo. Deitei na cama fitando o teto e cantarolando “This is Me” de Camp Rock. Logo a porta é aberta e minha mãe me traz uma bandeja. Me sentei na cama e coloquei a bandeja em meu colo. Sopa de galinha com pão.

– Obrigada. – Disse e lhe dei um meio sorriso.

– Por nada, Tacy. Fique bem. – Disse e saiu.

Fiz uma careta, ela estava me tratando como uma doente. Suspirei e comecei a comer a sopa e o pão. Percebi que estava com muita fome. Assim que terminei, peguei a bandeja e desci para colocar na pia. Depois de colocar a bandeja na pia, me sentei em uma das cadeiras da mesa e fiquei brincando com a toalha.

– STACY! STACY! – Ouvi a voz do meu irmão vindo de lá de cima.

– AQUI! – Gritei de volta. Escutei o barulho dele correndo e descendo a escada, logo ela aparece na soleira da porta e vem para o meu lado. Ele estava todo arrumado. Com uma blusa xadrez roxo com preto, a calça jeans preta, caindo e com cinto e um Supra amarelo. Parecendo o Justin.

– Aonde você vai?

– Vou encontrar a Claire. Como estou?

– Está parecendo o Justin.

– É, ele que me emprestou a roupa. – Franzi o cenho.

– Que coisa feia, Zac! Você tem bastante roupa, não precisa pedir emprestado a ninguém – Dei-Lhe um sermão.

– Calma, eu pedi conselhos de como eu devo fazer quando estiver com a Claire. Como conquistar ela.

– E ele te emprestou a roupa.

– Sim. Você sabe que metade das garotas do mundo gostam dele, então eu não teria um conselheiro melhor. Obrigado por conhecer ele, Tacy.

– E o que você quer comigo?

– Conselhos. Você é mulher, pode me ajudar.

– Rá! – Disse sarcástica – Não sou boa em conselhos. Agora vou dormir. Boa sorte, Zac. – Dei um beijo no seu rosto e subi as escadas correndo. Entrei no meu quarto e tranquei a porta de chave. Pulei na cama e me cobri. Estava muito cedo para dormir, mas assim eu só acordaria amanhã, perto do Justin chegar. Dormi logo em seguida.

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Acordei disposta. Me levantei rapidamente e fui tomar um banho demorado, lavei meu cabelo e sai do banho, o penteando calmamente. Vesti um mini short jeans azul e uma blusa preta, calcei minha sandália de casa, coloquei bastante perfume e desci as escadas. Começo a escutar vozes e abro a boca surpresa, para ter certeza, me aproximo mais da sala e meus olhos vagaram pela sala buscando os donos das vozes. No sofá, Justin estava conversando com Zac. Ele estava contando ao Jay o seu encontro com Claire. Meu coração vacilou. Mas eu não vou dar uma de covarde. Vou resolver isso. Fui até eles e cumprimentei o Justin com um abraço rápido.

– Não pensei que você ia vir tão cedo.

– Eu estava curioso em saber se os meus conselhos serviram. – Ele disse olhando para o Zachary.

– Zac, você me empresta o Justin um minutinho. – Perguntei.

– É todo seu. – Disse como quem não liga.

– Obrigada. Vem Justin, preciso te mostrar uma coisa.

Fui para o meu quarto e ele me seguiu. Fiz um gesto para ele sentar na cama e fechei a porta. Peguei meu violão – eu já havia decorado a letra da música. Seria menos difícil falar o que sinto, cantando. Me sentei em sua frente e comecei a tocar. Ele ainda estava confuso.

Só Pra Você Saber
Eu não deveria te amar,
Mas eu quero te amar
Eu não consigo recusar
Eu não deveria te ver,
Mas não consigo me mover
Não consigo enxergar mais além
E eu não sei
Como ficar bem, quando eu não estou
Porque eu não sei
Como conter esse sentimento
[refrão]
Só pra você saber
Esse sentimento está me controlando
E eu não posso evitar
Eu não vou me aproximar
Não posso deixá-lo vencer agora
Achei que você deveria saber
Dei o melhor de mim pra me permitir me afastar, de você
Mas eu não quero
Eu só tenho que te dizer isso tudo antes que eu me vá
Só pra você saber
É cada vez mais difícil, ficar perto de você
Há muito que eu não consigo dizer
Você me quer pra esconder os sentimentos
E enxergar de outra maneira?
E eu não sei
Como ficar bem quando eu não estou.
Porque eu não sei
Como conter esse sentimento.
[refrão]
Só pra você saber
Esse sentimento está me controlando
E eu não posso evitar
Eu não vou me aproximar,
Não posso deixá-lo vencer agora
Achei que você deveria saber
Dei o melhor de mim pra me permitir me afastar de você,
Mas eu não quero
Eu só tenho que te dizer isso tudo antes que eu me vá
Só pra você saber
Este vazio está me matando,
E eu estou me perguntando por que eu esperei tanto tempo?
Olhando pra trás eu entendo
Que sempre esteve lá apenas nunca revelado.
Estou esperando aqui...
Estive esperando aqui
mmmm.....
[refrão]
Só pra você saber
Esse sentimento está me controlando
E eu não posso evitar
Eu não vou me aproximar,
Não posso deixá-lo vencer agora
Achei que você deveria saber
Dei o melhor de mim pra me permitir me afastar de você,
Mas eu não quero
Eu só tenho que te dizer isso tudo antes que eu me vá
Só pra você saber

– Você que compôs? – Perguntou assim que eu terminei de cantar.

– Sim. Eu decidi desabafar o que eu estou sentindo. – Falei tentando controlar o nervosismo em minha voz.

– Você está apaixonada? – Perguntou despreocupadamente. Claro que ele não ligaria que eu estivesse apaixonada por outra pessoa.

P.O.V Justin

A música que a Stacy cantou era realmente linda. A Tacy é uma garota muito... Perfeita. Ela canta tão bem e escreve músicas verdadeiras e é tudo que eu gosto em uma garota. Sorriso encantador. Quando ela sorri, eu sinto uma imensa vontade de sorrir também. E quando ela chora, sinto uma imensa vontade de correr para abraçá-la. E em imaginar que eu transei com ela... O que mais tenho curiosidade de saber é se ela é virgem. Mas eu não sou louco de perguntar isso a ela. Eu tenho que confessar uma coisa: Eu estou gostando dela. Essa garota me conquistou. Me conquistou com suas palavras, com a sua história, com cada gesto que ela faz. Mas eu acho que ela me vê apenas como o melhor-amigo-patrão Justin.

– Você que compôs? – Perguntei assim que ela terminou de cantar.

– Sim. Eu decidi desabafar o que eu estou sentindo.

– Você está apaixonada? – Perguntei tentando parecer despreocupado. Senti um pouco de inveja do sortudo. Ou talvez... Muita inveja. E ciúmes.

– Sim. – Ela abaixou a cabeça. – Justin, me promete que nunca vai deixar de ser meu amigo?

– Claro que prometo. – Respondi confuso.

– Então... – Ela parecia exitante. – Justin, eu estou apaixonada por você. – Respondeu sem me olhar nos olhos e pareceu estar com medo da minha reação. Eu fiquei surpreso, mas me aproximei mais dela e ergui seu queixo para que pudesse me olhar nos olhos.

– Agora deixe eu te mostrar uma coisa. – Peguei o violão dela e comecei a tocar e cantar.

Se eu fosse seu namorado, nunca te deixaria ir

Eu posso te levar a lugares que você nunca foi antes

Querida, me dê uma chance ou você jamais saberá

Eu tenho dinheiro nas minhas mãos que eu gostaria de explodir

Prender prender prender, em você

Relaxando ao fogo enquanto comemos fondue

Eu não sei sobre mim, mas sei sobre você

Então diga "olá" em falsete em três, dois...

Eu gostaria de ser o que você quiser

Ei, garota, deixe eu te dizer

Se eu fosse seu namorado, nunca te deixaria ir

Manteria você meus braços, garota, você nunca estaria sozinha

Eu posso ser um cavalheiro, o que você quiser

Se eu fosse seu namorado, nunca te deixaria ir, nunca te deixaria ir

Me diga o que você gosta, me diga o que não gosta

Eu posso ser seu Buzz Lightyear, voar entre o mundo

Eu não vou querer brigar, você já sabe

Farei você brilhar como se estivesse deitada na neve

Burr

Namorada, namorada, você poderia ser minha namorada

Poderia ser minha namorada até o mundo acabar

Faço você dançar, dar um giro, uma pirueta e

A voz enlouquecendo neste refrão como um furacão

Estilosa

Eu gostaria de ser o que você quiser

Ei, garota, deixe eu te dizer

Se eu fosse seu namorado, nunca te deixaria ir

Manteria você meus braços, garota, você nunca estaria sozinha

Eu posso ser um cavalheiro, o que você quiser

Se eu fosse seu namorado, nunca te deixaria ir, nunca te deixaria ir

Então me dê uma chance, pois você é tudo que eu preciso garota

Passe uma semana com seu garoto, eu te chamarei de namorada

Se eu fosse seu homem, nunca te deixaria garota

Eu só quero te amar e te tratar bem

Se eu fosse seu namorado, nunca te deixaria ir

Manteria você meus braços, garota, você nunca estaria sozinha

Eu posso ser um cavalheiro, o que você quiser

Se eu fosse seu namorado, nunca te deixaria ir, nunca te deixaria ir

Na na na, na na na, na na na

Você garota

Na na na, na na na, na na na ey

Na na na, na na na, na na na ey

Na na na, na na na, na na na ey

Se eu fosse seu namorado

– Hm... Boyfriend. – Ela não pareceu entender minha intenção.

– Stacy, eu fiz essa canção para você.

– Hein? – Ela não parecia acreditar. Então irei provar a ela o que estou falando. Coloquei o violão ao meu lado da cama e me aproximei dela, lhe roubando um beijo. No começo ela ficou surpresa com meu ato, mas eu pedi passagem para minha língua e ela cedeu. A beijei com paixão e espero que ela sentisse tudo o que eu sinto por ela com esse beijo, e ela, para minha surpresa, retribuiu o beijo com a mesma intensidade.