Things I ll never say escrita por Lonely Looney


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

AmandaxSnape, a saga. Random. Os dois são diferentes, mas têm mais em comum do que imaginam. Esse capítulo havia sido apagado do computador by mistake e eu tive que reescrevê-lo. Nunca pensei que fosse capaz de reescrever algo que já havia saído da minha mente. Acho que foi graças ao estímulo positivo da minha irmã, dizendo que eu era capaz e que sairia até melhor. Não sei se saiu melhor ou se saiu bom, aliás, mas saiu.



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Amanda 02 - 

Deitada à beira da piscina em sua cadeira de praia, Amanda Rice se perguntava se suas Férias de Verão poderiam ficar ainda mais enfadonhas. Mas é claro que ela não as passaria em casa, por maior que fosse a opulência de sua mansão. Amanhã Amanda e seus pais estariam viajando para a Turquia e de quebra mais alguns lugares nos arredores.

Mas nada parecia ter graça... Sem ele. Amanda se perguntava, o que ele estaria fazendo? Será que estava se bronzeando em alguma praia ensolarada?

A garota sentiu uma súbita onda de calor, e o sol não era o responsável. Ela sorriu e passou a língua nos lábios, respirando fundo para se recompor. Estendeu a mão até a mesinha branca de plástico ao seu lado para alcançar sua Piña Colada. Tomou um gole.“Perfeito”, pensou.

Severus Snape... Apaixonada por ele desde seus doze anos, então pelas suas contas, já fazia quatro anos. O que havia nela que, de alguma forma, o repelia?

Amanda era bonita e sabia disso. Esguia, relativamente alta, com seus cabelos longos e loiros, ela muitas vezes causava inveja em suas colegas, ganhando assim, algumas inimizades. Mas não havia motivo, pois Amanda não era esnobe, mesmo tendo o que todos gostam de chamar de “uma vida perfeita”. 

E ela precisava de uma resposta. O que ele fazia enquanto ela jazia lá, pensando nele?

Amanda, então, foi tomada por uma súbita inspiração. Pegou seu roupão, vestiu-o e saiu correndo pela mansão em direção a seu quarto, quase derrubando o mordomo que carregava uma bandeja de copos. 

Entrou no quarto e bateu a porta, acordando sua coruja, que dormia em cima de seu laptop. Amanda detestava quando Eilan escolhia justamente esse canto para dormir, mas dessa vez nem se importou, foi correndo até suas prateleiras e pegou uma caixa de madeira, que continha vários pergaminhos, uma pena e tinta. 

Era isso. Ela escreveria para ele. Mas escreveria o quê? Não podia escrever frases tolas como “eu te amo”! Isso era direto demais, batido demais e ela já dissera tantas vezes e mesmo assim ele não parecia acreditar...

Amanda escolheu um CD de sua vasta coleção e colocou para tocar. A música era perfeita, justamente como ela se sentia.

Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas


Amanda suspirou. E começou a escrever a carta.

Snape,

Como pode ser gostar de alguém e esse tal alguém não ser seu? Peço tanto a Deus para esquecer, mas só de pedir, me lembro. Sinto que você é ligado a mim, sempre que estou indo, volto atrás. Estou entregue a ponto de estar sempre só, esperando um sim ou nunca mais...
E fico me perguntando, enquanto passo praticamente todas as horas do meu dia pensando em você, com o que você ocupa o seu? Amanhã vou para a Turquia, mas não estou muito empolgada.
Sei que sempre digo isso, mas nunca muda. Amo você.

A.R.


É, parecia razoável. Fora as lágrimas intrusas que caíram no pergaminho. Mas ela deixaria assim. Se fosse para reescrever a carta, ela deixaria de ser especial.

- Eilan, acorde, meu amor. – Amanda chamou a coruja, que piou, bicando-lhe o dedo indicador carinhosamente. – Tenho uma missão para você. É muito importante.

***
Estava mais calor que de costume e Snape estava realmente mal-humorado, em Grimmauld’s Place. A casa era abafada e não estava num estado de conservação muito bom. Snape pegou um livro da estante abarrotada, folheou-o e atirou-o contra a parede. Deixou-se cair na poltrona velha e apertou os olhos com o indicador e o polegar, suspirando.

Algo entrou voando pela sua janela, assustando-o. Uma coruja? Uma enorme coruja prateada! E de alguma forma, ele já a vira antes... Havia uma carta presa em sua pata. Curioso, ele desamarrou e leu.

Ao terminar, seu coração estava acelerado e suas mãos tremiam. A.R. Ele nem precisava pensar para saber o que significava essa sigla. 

E a coruja estava lá, parada, a observá-lo. Então, ela piou. Ora, então a carta pedia uma resposta? Pois bem. Assim que Snape recuperasse o controle sobre suas emoções, ele escreveria.

***
Amanda entrou no quarto como uma bala. Sim, a viagem havia sido maravilhosa, mas ela só pensara na resposta àquela carta. Será que havia resposta? 

E lá estava Eilan, dormindo em cima do Sony Vaio na escrivaninha. Amanda pensou em olhá-la com reprovação, mas ao ver um pergaminho amarrado na pata da coruja, esqueceu tudo.

Retirou o pergaminho nervosa, mas hábil, para não machucar Eilan. Afinal, ela era sua amiga e a ajudara. E havia chances de ser sua própria carta...

Mas não era... Amanda leu, sem sequer respirar.

Amanda,

Confesso que minhas férias não estão sendo as melhores e fiquei surpreso ao receber sua carta. Não vou dizer que não sinto nada por você. Não quero lhe dar falsas esperanças, nunca haverá nada entre nós, mas você me faz sentir como se eu realmente fosse o que você vê. 
Aproveite sua viagem, traga-me alguma lembrancinha. Nunca fui à Turquia.

S.S.


Amanda terminou de ler e mal conseguia respirar, seu coração batia muito depressa. Então, Por mais que ele a desencorajasse, havia esperança! E ela riu, pois antes mesmo de saber, havia comprado presentes para ele...

Ela abraçou a carta, rodopiou e se jogou em sua cama, derrubando vários bichinhos de pelúcia. Sim, seria um ótimo ano em Hogwarts...


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Notas finais do capítulo

As músicas que me inspiraram foram Vanessa da Mata e Maria Gadú. Sei que a versão original da música em francês não é da Gadú, mas é a de que eu mais gosto :)



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