Lapidado escrita por Luiza Holdford 2


Capítulo 1
Capítulo 1 - Forjado


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a quem me ajudou nessa, IsabellaSCullen, que leu e me deu sua opinião. E me sugeriu títulos! Obrigada, e continue com Saltitante! kkkk'
E eu meio que me inspirei numa música do 30 Seconds Of Mars. Não precisa escutar ou conheçer a música, só avisando mesmo.



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“Stefan – uma pausa – teria como você vir aqui, por favor? – outra pausa, dessa vez bem mais longa – é que eu preciso mesmo falar com você. Espero não estar te incomodando – ela suspirou – me ligue, por favor, quando ouvir essa mensagem, está bem? Beijos” Stefan ouviu a mensagem de Elena entrando na sua caixa postal, uma ligação que ele não atendeu propositalmente.


Não atendeu porque era difícil para ele manter contato com Elena, agora principalmente. Tudo doía, e ele ainda a amava tanto.


“Será que é mesmo uma boa ideia retornar?” ele se perguntou. Claro que sim, era Elena. Ele não podia não retornar. E o assunto parecia sério.


Ele pegou o celular, discando os primeiros dígitos do número dela, já gravado em sua agenda, e esperou. Depois de dois toques, ela atendeu.


– Stefan... – ela arfou do outro lado da linha – Obrigada por retornar.


– Diga o que você quer – ele respondeu


– Você pode vir aqui? Eu tenho algo sério para conversar com você.


– Ok. – ele suspirou derrotado – Me espere, já estou indo.


– Até depois...


– Até – ele desligou o celular, levantando de onde e estava e indo se arrumar para aquele “encontro”


(...)


Elena terminava de escovar os dentes quando a campainha soou.


– Já vou! – ela gritou para baixo, enquanto ajeitava rapidamente os cabelos e disparava pela escada – Stefan... – ela cumprimentou, sem fôlego pela corrida


– Elena – ele falou preguiçosamente – Não vai me convidar para entrar?


– Claro – ela deu espaço para ele entrar


– Não que eu precisasse...


– Quer algo para beber? – ela ignorou o comentário dele, tentando parecer simpática


– Se você estiver disposta a me ceder esse pescocinho lindo... – ele ergueu uma sobrancelha – Fora isso, eu recuso.


– Bem, - ela pareceu desconfortável – Vamos nos sentar, então. Você na frente.


Eles caminharam até a sala, se sentando em um dos confortáveis sofás.


– Diga, então, o que você queria tão urgentemente me falar. – Stefan começou


– Que eu estou cansada. Cansada de fugir disso tudo.


– E do que você fala? – ele perguntou intrigado


– De nós, de você, de tudo. - ela suspirou pesadamente – Não importa se Klaus te liberou da promessa, você continua agindo tão friamente quanto possível. E isso não é você.


– Talvez esse seja o novo eu – ele respondeu, como se fosse fácil assim.


– E o antigo? Onde esse foi parar? – ela torceu os lábios, se perguntando se deveria mesmo falar o que vinha a seguir – Estamos vivendo uma mentira.


– Por que diz isso? – ele franziu o cenho


– Nada disso parece real. Você, eu, não estamos vivendo a história certa.


– Essa é a nova história certa, Elena. Nós tínhamos um amor... – ele fez uma pausa – Mas nós tivemos que deixá-lo ir.


– E as promessas? E tudo que vivemos? – ela parecia estar segurando o choro.


– Não foi o suficiente... – ele se levantou do sofá – Era só isso?


– Espere! – ela se levantou junto, o empurrando levemente de volta para o sofá, fazendo-o sentar bem ao seu lado – Me responda uma coisa: você mataria para provar que está certo?


– Obviamente.


– E para salvar alguém? Mataria?


– Você já sabe a resposta, Elena. – ele olhou no fundo dos olhos dela – Mataria se você para salvar alguém que amo.


– Mataria para me salvar?


– Sim... – ele sussurrou – Claro que sim.


– Pensei que não me amasse mais – ela completou


– Eu tive que deixá-lo ir – ele sorriu de lado – Não quer dizer que eu realmente deixei.


– E eu imagino que isso dói.


– Oh, você não sabe o quanto! Não importa quantas vidas eu viva, eu nunca esqueceria.


– Eu imagino sim. – ela colocou a mão no lugar onde seu coração batia – Dói em mim também. Todas as noites eu tento controlar essa dor...


– Mas nunca consigo. – ele completou – E então eu fico ouvindo o som da minha própria respiração, quando a dor abranda e já é possível respirar.


Os dois ficaram ali, sentados no sofá, ouvindo a chuva cair lá fora e sentindo a dor do outro.


– Eu pensei que você quisesse ir logo – ela falou baixinho


– Não mais. Eu gosto da sua companhia. – ele olhou longamente para ela – Me responda agora: você realmente me quer? E... Por quê?


– Sim. Eu te amo, Stefan, e não há muito que se fazer quanto isso.


– Teria o Damon – ele falou contra a sua vontade. De forma nenhuma queria ver os dois juntos, mas era o melhor para ela. Damon a merecia mais do que ele agora.


– Damon... – ela sorriu involuntariamente – Ele é um doce, um amor. Se eu conseguisse o amar como eu te amo, seria perfeito. Mas não dá. Ele é o ideal agora, mas não o que quero. Stefan, por favor... – ela implorou pela última vez


Era o necessário. Cada palavra proferida por ela desde o inicio tocavam o coração dele, o amolecendo. Ele já não aguentava mais, precisava dela como precisava de sangue. Talvez mais. Ele a amava, e era tudo o que importava agora.


– Só me responda mais uma coisa – ele tentou reprimir mais um pouco esse sentimento, mesmo sabendo que era uma luta perdida – O que te faz ainda ter tantas esperanças sobre mim?


– Eu te vejo como um diamante bruto. Capaz de ser lapidado, ter suas superfícies rugosas transformadas em algo liso e brilhante, e finalmente se tornar bonito de novo.


– E se eu for algo impossível de lapidar? – ele ergueu uma sobrancelha, curioso


– Não é. Você já foi bonito uma vez. – ela traçou levemente o contorno do rosto dele, com carinho – E mesmo assim, você ajudaria outros diamantes a ficarem bonitos. Sabia que diamantes impossíveis de se lapidar são triturados e o pó é usado para a lapidação de outros? – Elena perguntou, e ele assentiu com um movimento com a cabeça – Eu te vejo assim. Me ajuda a enfrentar tudo isso. – e então ela deu um lindo sorriso – E é como diz aquela música: “Diamonds are a girl's best friend” – ela cantou


– Onde você ouviu isso? – ele perguntou bem-humorado, sorrindo de volta.


– Em Moulin Rouge. É um filme bonito, um amor impossível. – ela sorriu levemente com a lembrança do filme – E é tão trágico no final.


“Está parecendo com isso, agora” Elena pensou “começa tão lindo, mais alguém, ou algo, interrompe o amor dos dois. E tudo se torna trágico, destruindo corações junto”


– Já assisti, acho – ele falou – Mas eu pensei que a música falava justamente que diamantes são melhores do que homens...


– E fala. – ela concordou – Eu adaptei para o que eu queria. Desejo o diamante e o homem.


– E se for caro demais?


– Estou disposta a pagar o preço – ela o encarou – Eu faria qualquer coisa por você. Eu vou lutar.


– Essa sua esperança é uma droga, Elena, literalmente. – ele desviou o olhar para a mesinha de centro – Quando ela acaba, você precisa de mais, e inventa outra história para se agarrar.


– Eu não estou inventando – ela puxou o rosto dele de volta, obrigando-o a encará-la – Porque, Stefan, prefere que eu pare?


– Não. – ele respondeu suavemente – A sua esperança me dá esperanças. Eu não deveria, mas gosto disso.


– Você não está lutando o suficiente – ela o olhou desaprovadoramente – Me mostre que me ama, Stefan, Lute por isso também.


– E como você quer que eu faça isso? – Elena sentiu a respiração gelada dele contra o seu rosto


– Faça o que tiver que fazer.


Então Stefan fez o que já queria fazer a muito tempo. Inclinou-se levemente e colou seus lábios no dela, num beijo desesperado, porém doce. Ele mal podia esperar por aquele momento, por finalmente sentir a boca dela contra a sua, e o amor dos dois fluindo juntos.


Elena também ansiava por aquele momento. Ter Stefan finalmente junto a si. Nenhum beijo de ninguém, nem mesmo Damon, se comparava a aquilo. Era Stefan quem ela realmente ama, e era o beijo dele que a fazia se derreter de dentro para fora.


Mas logo que o beijo começou, ele terminou.


– Mas o que... – Elena começou a falar, quando Stefan se separou bruscamente dela, mas não pode terminar


– Desculpe, Elena... Eu não posso! – ele se levantou, correndo para a porta e indo embora.


E Elena ficou ali, no sofá, escutando a chuva caindo ruidosamente lá fora e recriando aquele momento em sua mente, enquanto lágrimas caiam silenciosamente no carpete.



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Notas finais do capítulo

O que acharam, pessoas que leram? Aceito reviews e recomendações com um sorrisso no rosto! :D
Stelena é tão raro nesse Nyah, eu quase entrava em depressão procurando e não achando. Eu tive que escrever, e espero não estar muito mau.
Me digam o que acharam, sério!
Ah, e aceito capas, até conseguir fazer uma! E se for linda e maravilhosa, eu não mudo! :)
Outra coisa, eu tenho outra fic de TVD, dessa vez só com o Stefinho lindu, vocês podem ler por favor? Juro que é legal! (Link: https://www.fanfiction.com.br/historia/184960/Feelings_And_Blood )