Era tudo uma questão de paciência. Harry, que já estava nervoso com tudo que havia acontecido nas ultima horas, nem percebera que não fora a lugar algum nessa busca. Tudo havia se concentrado ali. Dug era muito maléfico e não sabia perder, e nem aceitava alguém melhor do que ele. Bem parecido com seu mestre, Voldemort, que também não suportava que o superassem e por falar nele, estava de volta.

    A vida de Harry ia declinando a cada dia. Ele ainda não sabia o que houvera com a família. Ele estava em busca de Rony, mas resolveu voltar para casa e continuar em seu trabalho, pois pensou que se continuasse sua vida como auror, teria que ir atrás de Dug de um jeito ou de outro.

    Avisou Vito e Rodrigo que resolveram se alistar como aurores e foram para o ministério da magia. Harry não viu problema algum, pelo contrário, isso o animou. Seguiu em direção a Hogsmeade, deixando para trás um terreno com uma coluna só e uma pilha de pessoas reconstruindo o que era um grande castelo até pouco tempo atrás. Harry desaparatou para o escuro e, segundos depois, apareceu ás portas do Largo Grimmauld n°12.

    A porta estava escancarada e havia um silêncio enorme lá dentro. Harry, já preocupado, entrou correndo e deu de cara com o Sr. Weasley, amordaçado e amarrado no sofá e a sala bagunçada.

    - Sr. Weasley? O que houve aqui? – Perguntou Harry desamarrando Arthur.

    - Foi o Tiago. – Respondeu ofegante – Ele acordou no meio da noite e destruiu tudo, jogou um feitiço do corpo preso nos outros, me amarrou, pegou sua firebolt e saiu voando.

    Harry ficou pálido e se desesperou. Correu pelo corredor a caminho do quarto onde estavam Gina e Hermione junto com a Sra.Weasley.

    - Harry! – Disse Gina – Que bom que você chegou.

    - O que houve aqui?

    - Provavelmente – Disse Hermione – Tiago foi levado por Dug.

    - Já fiquei sabendo. Dug quase me matou novamente. Eu tenho que voltar ao ministério.

    - O que vai fazer lá? – Perguntou Sra. Weasley

    - Lá eu vou voltar ao trabalho, e aproveito para procurar Dug e Rony e Tiago.

    Harry correu até a porta e o Sr.Weasley estava arrumando a sala com magia. Harry desaparatou e aparatou em frente a um banheiro público com uma plaquinha escrito “cavalheiros”, entrou, subiu na privada e apareceu em uma das chaminés no Ministério da Magia, cheio como sempre. Seguiu loucamente e ininterrupto até a sala de Kingsley Shaklebolt, o ministro da magia e seu auxiliar Percy Weasley. Lá dentro da sala estavam Kingsley, Percy, Vito e Rodrigo.

    - Harry! – Disse Rodrigo

    - Potter – Disse Kingsley – Já tenho uma missão para você

    - É... Eu sei!

    - É dele que Dug está correndo atrás, ministro – Disse Vito.

    - Outro? – Perguntou Quim

    - É. Eu tenho um dom para fazer inimigos.

    E Vito contou a todos a história de Dug e Harry. Quim e Percy se horrorizaram.

    - Ele é aprendiz de Vol...

    - NÃO FALA ESSE NOME! – Berraram Vito, Harry e Rodrigo juntos.

    - Não me diga que... – Interrompeu-se Kingsley quando viu o rosto sério dos três.

     - Reúna todos os aurores, essa é uma emergência – Disse Quim andando rapidamente pelo salão do departamento de mistérios, berrando para Percy.

    - Mas ele não está normal. Está no corpo de Dumbledore. – Disse Harry

    - Feitiço das trevas extremas – Disse Kingsley – Reúna o departamento de Má execução de magia por espíritos, almas e poltergiests.

    - Mas esse departamento não existe – Disse Percy

    Kingsley parou para pensar e disse a Percy dando-lhe um tapinha nas costas.

    - Parabéns. Você, Percy Weasley, acaba de ser nomeado chefe do departamento da Má execução de magia por espíritos, almas e poltergiests e assistente-chefe.

    Percy ficou radiante de felicidade com essa nova notícia e começou a avisar os outros funcionários que queriam mudar de departamento.

   - Harry, reúna os novos aurores e sigam atrás de Dug enquanto os outros vão deter Você Sabe Quem.

    Harry, Vito e Rodrigo correram pelo pátio enquanto os outros, desesperados com a notícia, arrumavam tudo às pressas. Dois funcionários passaram por Harry carregando um cubo de cristal gigantesco onde nele, estava preso, Barthô Crouch Jr. Harry correu até a fonte que jorrava água, agora colorida, por suas estátuas douradas e parou para falar com Percy, que trazia com ele Neville, Luna, Simas e Dino.

    - O que estão fazendo aqui? – Perguntou Harry

    - Percy nos enviou um patrono falante e viemos rapidamente. – Disse Simas

    - Você sabe quem voltou mesmo? – Perguntou Dino

    - Sim – Respondeu Harry

    - E no corpo de Dumbledore? – Perguntou Neville

    - Sim.

    - E o que temos que fazer? – Perguntou Luna

    - Não sei. Estou preocupado com Tiago e Rony – Disse Harry

    - Nem sinal deles? – Perguntou Neville

    - Não. Eu, Vito e Rodrigo vamos procurá-los.

    - Vamos com você

    - Não. Vocês devem procurar Você sabe quem

    - Nós vamos com você Harry. Não adianta discutir.

    Harry acabou por aceitar, quando viu que atrás dele, vinham Hermione e Gina.

    - Aonde quer que vá, nós também vamos.

    - Não – Disse Harry – É gente demais. Pode ser perigoso...

    - Para Harry! Nós vamos e ponto. – Disse Hermione

    E Harry concordou também. Percy disse que ficaria ali, procurando informações. Então, Harry, Hermione, Gina, Luna, Neville, Dino, Simas, Vito e Rodrigo estavam prontos para ir. Desaparataram e apareceram em Hogsmeade, onde o castelo, logo a frente, já estava quase todo reconstruído.

    Harry e os outros correram até McGonagall.

    - Algum sinal deles?

    - Nenhum Potter! E Granger...  E Weasley... E Finneggan, E Longbottom, e Lovegood, e Thomas, e Grifinória e Sr. Estrupacabra. Esqueci alguém?

    - Não. Onde posso procurá-lo? – Perguntou Harry

    - Pessoas como Dug deixam um rastro de morte. Logo vocês saberão. Quando eu vi, ele rumava ao norte. – Disse Minerva apontando para o norte.

    Harry e os outros seguiram ao norte. No caminho, Harry viu a cabana de Hagrid e sentiu uma enorme vontade de ir até lá, mas não podia. Tinha que fazer suas prioridades. Harry ficou curioso para saber quando viria a primeira notícia de um ataque de Dug, mas não precisou, pois ouviu um barulho ao longe, vindo da casa dos gritos.

    Então seguiram até lá, silenciosamente. Harry disse aos outros que iria lá dentro com a capa da invisibilidade e que ficassem ali, caso demorasse, começavam a atacar.

    Harry entrou. A casa estava quase silenciosa, exceto pelo ruído estranho que Harry ouvira, e que se repetia a cada 5 segundos. Harry jogou a capa sobre ele e subiu a escada que rangia, mas parece que ninguém o escutava.

    Havia alguém ali sim. Harry parou a frente da porta do quartinho onde, anos atrás, descobriu que Perebas, o rato de Rony, era na verdade, Pedro Pettigrew, que acabou por morrer enforcado pela própria mão mecânica, dada de presente pelo Lorde das Trevas. Lá dentro estavam Dug e uma pessoa bem menor, cujo Harry quase teve um ataque ao ver que era Tiago.

    - Vamos lá, Tiago. Vamos começar o processo. – Disse Dug

    Harry parou gélido. Não podia se mostrar agora. Dug pegou uma minúscula faca de seu bolso, fincou em seu umbigo e subiu até o peito, onde ali, retirou a adaga e abriu o corpo, mostrando seu interior. Não havia coração nem órgãos. Era tudo trevas.

    Dug colocou o dedo anelar no ponto do coração de Tiago e berrou:

    - Trasfigoure Catratero!

    Harry olhou, sentindo horror no que via. Dug começara a sugar a alma de Tiago e colocar em seu próprio corpo. Era por isso que nunca morria. Ele havia mais de uma alma dentro de si. Era como um dementador, só que não havia o beijo de almas.

    Um frio repentino atravessou Harry ao ver seu filho mais velho, transferir a alma para o corpo de Dug. Claro que não era de propósito. Depois da transgressão, Tiago estava magro e cinzento, virara outra criatura e Harry sabia qual era.

    Tiago virara um Inferi.