Morning Light escrita por Dani


Capítulo 11
X - Boys, Boys, Boys


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, a escola tem me atrasado então entendam tributos :) Muito obrigado a minha babie letter pela recomendação e pelo review de No. 100 ♥ Esse capítulo não é um dos meus favoritos mas é importante para a história. BOA LEITURA!!!



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A tarde é preguiçosa no Distrito 8.

Depois de reclamações contínuas Effie e alguns organizadores decidem que seria melhor se ficássemos em algum hotel do Distrito, pelo menos agora que o trem apresentou esses problemas.

No enorme prédio me sinto mais livre como se eu tivesse mais espaço, me sinto menos sufocada, que de costume naquelas paredes metálicas do trem.

Quando entramos no belo hotel os murmúrios de comemoração são claros.

- Finalmente acomodações aceitáveis. – Vênus diz e sinto pena de quem dividirá o quarto com ela, ela deve ter uns quinhentos pares de sapatos em todas aquelas malas e quase todas as vezes que ouço sua voz é uma reclamação atrás da outra.

- Aqui é bonito. – uma menininha, que agora não me lembro o nome, que embarcou no Distrito 11 diz.

Os olhinhos arregalados de Annelys analisa o todo, mas nada abala seu humor, desde que deixamos o 10.

- Aqui tem alguma piscina? Lago artificial? – ouço a voz de Lucca perguntando a cada pessoa uniformizada do hotel.

- Bebidas. – tio Haymitch diz quase correndo ao ver uma plaquinha dizendo bar em uma porta de vidro dentro do hotel.

- Eu preciso de um lugar aberto para pintar e gostaria de poder visitar a cozinha de vez em quando. – meu pai afirma educadamente a atendente.

- Tem alguma floresta por aqui? – minha mãe e Finn parecem sufocados e desesperados.

Aquela bagunça me deixa cansada, me sento sofazinho na entrada até que organizem todos os quartos. Minha cabeça está pesada.

Acordo quando alguém me empurra no sofá e se senta ao meu lado.

- Fizemos uma aposta de quanto tempo você dormiria aqui na entrada do hotel, mas como anoiteceu e você nem se moveu resolvemos te acordar. – Annelys me conta entre risadas.

Junto com ela estão Lucca, Finn e uma garotinha mais nova, uns 12 anos, cabelos encaracolados, olhinhos brilhantes e risonhos. A garotinha do 11.

- Parem de rir de mim. – levanto do sofá e saio andando. Me sinto patética ao voltar a eles quando percebo que não sei o caminho para os quartos já que há tantas portas, corredores e já contei mentalmente três elevadores.

Eles riem ainda mais.

Paro e olho eles até que eles se contenham.

- Não preguiça ficar nervosa. – a garotinha me diz e pega na minha mão. Me sinto estranha sendo guiada por uma pessoa que tem quase metade do meu tamanho. Ela é bem menor que Finn, me lembra uma bonequinha.

- Riley você é muito boazinha. – Annelys grita rindo alguns passos atrás.

- Eu gostaria de ver a senhorita acordo descabelada e confiante vagando sem rumo pelo hotel, dando um jeito de encontrar o caminho certo. – Lucca faz piada como se nós fossemos grandes amigos que fazem brincadeiras um com o outro o tempo todo. Meu irmão ri cada vez mais de tudo que ele fala.

Garotos.

- Eu estava dormindo. Indefesa. – digo brincando também e deixando a histeria de lado enquanto aquela garotinha tão pequenina continua me guiando por corredores e portas e no final um elevador.

- Eu só queria saber se Annelys não estava mentindo. – Lucca me responde.

- Sobre? – pergunto.

- Você realmente conversa enquanto dorme. – ele sorri torto com os lábios fechados e eu não quero acreditar que ele me ouviu dormindo.

Todos dizem que eu pareço uma bêbada enquanto converso dormindo. Até tio Haymitch acha engraçado.

Quando me atrevo a cochilar nas pequenas festas que meus pais ás vezes fazem lá no Distrito acabo virando motivo de piada.

- E o que eu disse? – digo e a menininha e Finn disparam a rir tanto que ela lacrimeja e meu irmão começa a soluçar.

- Você não me disse que você estava gostando de alguém. – Annelys diz me dando um tapinha no ombro.

Arregalo os olhos.

- Eu disse que estava gostando de alguém?

- Você falou sobre algum garoto bastante. – Lucca conta. – Mas não mencionou o nome.

Respiro mais calma.

- O que é uma pena, eu adoraria saber. – Lucca dá de ombros e vai para onde deve ser seu quarto um pouco longe do meu.

- Eu e Riley estamos juntas. – Annelys afirma me colocando na cama como se fosse um bebê sonolento que mal consegue ficar em pé sem ajuda.

Riley. O nome daquela menininha é Riley.

- Coleguinha de quarto. – Lori sai do nada e levo um susto, as meninas riem e decido que já fui motivo de risadinhas tempo demais. Deito e durmo um pouco enquanto Lori passa esmalte nas unhas de suas mãos.

Tenho um sonho horrível em que espinhos de rosas entram em contato com minha pele com força e começa a arranhá-la,machucá-la, cortá-la. Acordo tremendo mas Lori não percebe então saio andando enquanto fracos raios de sol deixam o sol alaranjado me lembrando das pinturas de meu pai. Finn começa a andar do meu lado assim que coloco meus pés fora do hotel, mal percebo de onde ele surgiu.

Consigo ver uma enorme cabine do trem bem nos fundos do hotel.

- O trem não devia estar na estação?

- Só o motor está com defeito. – meu irmão me conta. – Trouxeram alguém do 3 para ajudar. O cara é demais. Ele já consertou metade dos defeitos em poucas horas, deve estar bom pela manhã.

Continuo me aproximando.

- Nos acomodamos no hotel e já teremos de partir? – pergunto.

- Temos as apresentações, o baile, os passeios. – Finn me conta. – E uma metidinha ruiva disse que nunca mais passa noites no trem. A partir de hoje ela só ficará em hotéis. Então acho que nem ficaremos mais no trem o tempo todo.

Uma metidinha ruiva. Percebo que senti falta do meu irmão nessas semanas. Nós discutimos, mas temos essa ligação, pensamos muito parecido, tanto que sei muito bem quem é essa metidinha ruiva. Ele não poderia ter descrito Vênus de forma melhor.

- Lucca é muito engraçado. – meu irmão me tira de minhas distrações encarando a paisagem colorida do 8.

Não sei se é apenas comigo. Mas sempre que tento evitar alguma pessoa apenas parece que todo o mundo grita seu nome para mim. Ou apenas comenta sobre, como meu irmão inocentemente acabou de fazer.

- Ele e a metidinha ruiva namoram. – digo e me sinto mal, os olhos do meu irmão ficam quase tristes.

- É claro que é mentira. – meu irmão diz como se ele quisesse se convencer disso enquanto falava.

- Como você poderia saber disso?

- No tempo todo que passamos juntos essa tarde ele me perguntou várias coisas sobre você e nem falou nada sobre ela.

- Porque ele falaria sobre ela?

Meu irmão se afasta um pouco como se previsse alguma reação minha.

- Estávamos falando sobre garotas.

Olho boquiaberta para Finn e ele estava certo. Meu primeiro impulso é dar um tapinha de leve nele, mas apenas o acuso: - Você é uma criança.

- Contei a ele que gosto de Lori. – ele diz confiante.

Não consigo segurar o riso.

Não sei a idade de Lori, mas ela é mais velha que eu, talvez até mais velha que Lucca, mesmo que seu rosto seja bastante jovial.

- Ele não disse se gostava de alguém. Mas foi ai que começou a perguntar sobre você. – Finn me olha. – Eu não sei o que alguém acharia de interessante em você.

- Não sei o que Lori acharia interessante em você. – rebato e ele volta para o hotel fingindo estar magoado. Fazíamos isso muito em casa com nossos pais, mas como meu pai sempre acreditava e ficava choramingando para minha mãe sobre como ele estava arrependido e ela puxava nossas orelhas, paramos com o tempo.

Me viro rindo de Finnick e por isso não noto a enorme poça de óleo escuro em que piso e caio.

- Caramba. – digo pensando em como Octavia reagirá as manchas de óleo no meu cabelo e em minhas roupas.

Uma mão forte se abre na frente de meus olhos.

- Garotas tão bonitas não deviam ficar caídas no chão. – uma voz grave e profunda me fala.

Olho para o dono da voz. Sua expressão é amigável, porém séria, e seus olhos de um castanho escuro que me lembra mel, mas ás vezes oscila com a luz do sol e se torna bem escuro.

- Eu tenho que olhar por onde ando. – digo quando pego em sua mão e tento me levantar acabo nos desequilibrando e derrubo-o também na poça.

Olho para ele horrorizada por ter sujado suas roupas.

- Eu, eu não...me desculpa. – digo pensando em como ele deve ter se arrependido de ter tentado me ajudar.

Ele dá uma risada olhando suas roupas e me olha de volta com os olhos calmos.

- Esse tipo de coisa acontece. – ele diz e me estende a mão. – Mas eu ao menos gostaria de saber o nome da garota que me deixou imundo.

- Primrose. – digo e pego em sua mão ainda sem graça.

- Sou Dean. – ele sorri e então levanta nós dois.



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Notas finais do capítulo

Tributos por causa da escola está MUITO difícil postar então eu adoraria receber alguns reviews para eu não sentir que estou me dividindo em duas por nada, muito obrigado leitores pelo apoio devido aos assuntos de plágio, agora que thg se tornou moda mais e mais plágios estão surgindo, então fiquem atentos qualquer coisa falem comigo por MP. Obrigadíssimo aos leitores novos, que são bastantes desde o último capítulo e sejam bem vindos a bordo. Milhões de kisses from Distric 2 ♥
PS. me falem o que acharam do personagem novo :)
PS2. me deixem saber qual ou quais personagens vocês acham que inspiraram o nome do capítulo ;)