– NOVA ORDEM

Sirius sentou-se na cadeira da cozinha enquanto Lola curava seus ferimentos, ele conversava com Kingsley, Harry, Rony e Gui sobre Régulo.

– Há quanto tempo descobriu que ele estava vivo?

– Faz mais ou menos uns cinco meses, eu estava passando pelo Brasil quando eu encontrei alguns bruxos e eles me contaram que havia um cara muito parecido comigo atacando as bases alemãs no Brasil, causando conflitos. Ele ainda não tomava a poção, até que um dia, segui algumas pistas e encontrei-o. Foi um choque e tanto. No primeiro momento ele resistiu à maldição, mas estava ficando louco e me atacou.

– E qual era seu plano Gui?

– Bom, no Brasil eu tenho alguns amigos que trabalham com dragões, e me disseram que um cara chamado de Dylan estava tentando trapacear com falsas negociações. Sabia que poderia encontrá-lo no Amazonas, só que chegando lá, Sirius estava tentando escondê-lo e Max me atacou.

– Sirius, porque Régulo foi dado como morto?

– Porque quando comensal, ele se arrependeu das coisas terríveis que Voldemort o mandara fazer, ele roubou o medalhão de Slytherin e assim que descobriu que seria caçado, armou um plano para forjar a própria morte. Eu não descobri muito mais do que isso.

– Bem, teremos que ter um plano para conseguir chegar até Voldemort.

– Acho que teremos que fazer uma Nova Ordem da Fênix, novos recrutas. O quanto antes. – Sugeriu Gui.

– Tenho muitos contatos por todo o mundo, posso ajudar vocês. – Sugeriu Lola.

– Você tá achando que vai entrar para a Nova Ordem?

– Você acha que tá falando com alguma criança? Poupe seu tempo Harry.

– Lola tem razão Harry, como medibruxa e irlandesa, ela pode trazer aliados de toda parte que também podem nos ajudar. – Retorquiu Rony.

– Não sei não.

– Ah me poupe Harry, eu vou entrar pra Ordem sim e ponto final. – Disse Lola empinando o nariz, terminando o curativo de Sirius e saindo para a sala.

– Bela mulher essa que você arrumou, gostei dela. – Sirius deu um sorriso cansado e bebericou um copo de cerveja amanteigada.

– Ela é maravilhosa sim, meio teimosa, meio dona da razão, mas ela é bela como ninguém.

– Harry, você é totalmente nojento apaixonado. – Fred fez cara de nojo.

– Ah tá, e você não tá apaixonado?

– Estou, mas não ficou cantando para os quatros ventos do universo que amo Angelina.

– Aaaaah, você tá é com inveja porque minha noiva está comigo e a sua está na França com os pais dela, rá! – Riu-se Harry.

– Não enche Harry. – murmurou Fred embravecido.

– Ok ok meninos, chega! Vamos saindo da minha cozinha, vou preparar o jantar. Aaah, antes que eu esqueça. – Molly olhou profundamente nos olhos de Kingsley e falou claramente – Minha casa não vai ser sede da Ordem, não outra vez! Arranjem outro lugar, A’toca é pequena.

– Tudo bem ministro, o Largo Grimmauld está disponível.

– Aquela casa de rato? – Ginchou Molly indignada.

– Aquela casa de rato, como você chama, é um local bastante de difícil localização e está reformado para sua enorme falta de informação.

– Qualquer informação sua não me interessa. – Retorquiu Molly indiferente ajeitando as cadeiras e colocando as facas para cortarem os legumes.

– Não liga não Sirius, esse é o jeito de mamãe dizer que você é bem-vindo de novo. – Sussurrou Rony.

– Mulher difícil, essa sua mãe.

– Fred, Rony, Gui! Levem as mesas para fora. Harry, Draco: peguem os talheres, por favor. Meninas venham cá me ajudar.

Os irmãos Weasley levaram as mesas para o jardim da casa e arrumaram a mesa, Draco improvisou pequenos lampiões com fadas luzentes dentro para deixar o ambiente mais iluminado. Gina colocara pequenas harpas encantadas para tocarem. Na mesa havia de tudo: pernil, arrozes, cremes, feijão, peito de peru, sopa de cebola, torta de abóbora, suco de amora e abóbora, entre vários.

Assim que terminaram o jantar, eles marcaram a primeira reunião da Ordem.

– O fiel do segredo será Arthur e somente ele poderá informar onde fica a sede. Amanhã, por volta das oito horas da manhã estejam lá. Vamos nos preparar, criar listas de pessoas para nos aliarmos e pessoas com as quais não devemos nos meter e locais estratégicos para instalarmos bases. – Ordenou o ministro. – Arthur, por gentileza, poderá nos informar onde está a sede da Ordem?

– Largo Grimmauld, número 12.

– Ok, é isso.

Gui pegou a mão de Fleur, deu um beijo em sua mãe e aparatou. Fred mandou beijo para os meninos sorriu, disse:

– França, aqui vou eu. – E aparatou.

– Por Merlim! O que Fred vai fazer na França?! – Perguntou Molly incrédula.

– Ver Angelina Sra. Molly. – Harry sorriu contente por Fred, mas aflito por outro lado. O Lord das Trevas estava de volta e ninguém sabe como.

– Vamos? – Perguntou Harry pegando na mão de Lola. Ela sorriu.

– Vamos. Vocês vão? – Ela virou para Draco, Gina, Rony e Hermione.

– Vou dar uma passadinha na casa da minha mãe com Gina antes. – Draco sorriu e aparatou com Gina.

– E nós vamos ficar mais um pouco. – Respondeu Rony.

E assim, de mãos dadas, Harry e Lola desaparataram para casa. Assim que chegaram, desfizeram os feitiços e foram para o quarto. Harry sentou-se tenso, abaixou a cabeça e enterrou o rosto nas mãos. Lola sentou-se ao seu lado e o abraçou.

– Lola, eu te prometo. Vou acabar com isso antes mesmo de começar. Eu não vou ter paz enquanto ele estiver aí fora. Ninguém vai ter.

– Calma querido. Nós vamos sair dessa, vamos sim! Eu só não entendo... Como? Você destruiu... Eu vi! Destruíram todas as horcruxes dele, até você! É impossível!

– Eu também não sei como. Eu não consigo pensar direito. Minha cabeça tem um turbilhão de pensamentos. Eu não sei o que fazer Lola! Não sei o que fazer como auror, como Harry, como inimigo de Voldemort! Eu não sei... – Harry falou tão rápido e sentiu aliviado ao terminar, respirou fundo e deitou a cabeça no colo de Lola – Eu temo tanto pela vida de vocês.

– Não vai acontecer nada Harry! Nós vamos vencer, vamos descobrir como definitivamente aniquilar o Lorde das Trevas, para que a gente possa viver em paz.

– Nós não podemos garantir isso ainda. Temos que nos reorganizar, juntar aliados e trazer Régulo para o nosso lado. Só com a força de vontade, nunca vamos vencê-lo. Temos que ter estratégia e cartas na manga.

– Harry, vamos dormir, certo? Você precisa descansar, colocar as ideias em ordem. Tivemos um dia muito agitado, precisa esfriar a cabeça pra descobrir o que fazer. Esse desespero não vai te ajudar em nada.

– Tudo bem.

Harry tomou uma ducha quente e vestiu suas vestes. Sentou-se em uma poltrona inclinável em sua varanda e ficou observando o céu escuro.

– Harry?

– Estou indo.

Harry estava inquieto. Era certo que não conseguiria dormir logo que deitasse, sua cabeça não parava de zunir. Ele estava apavorado, sem saber o que fazer, como quando tinha dezessete anos e teve que enfrentar o Lorde. Mas agora não tinha relíquias da morte, não tinha horcruxes. Só ele e o Lorde. Seria uma batalha longa e cansativa. Harry precisaria de toda ajuda possível, aliados, criaturas mágicas, trouxas. Tudo. Para acabar de uma vez por todas com o Lorde das trevas.

A noite de Harry foi bastante inquieta. Por volta das sete e meia, Lola o acorda com uma bandeja de café da manhã na cama.

– Bom dia querido! – Ela sorriu e lhe deu um beijo.

– Hmmmm. Bom dia minha bruxinha favorita. – Harry olhou a bandeja todo faminto. Haviam ovos, bacons, salsichas, pãezinhos com geleia de framboesa e um bom chocolate fumegante. Harry levantou-se cheio e satisfeito, esperou Lola terminar seu banho e foi se arrumar para poderem ir para a nova sede da Ordem.

Assim que saiu do banho, ele olhou no relógio. Todos os ponteiros estavam apontados para “perigo eminente” onde era para ser o lugar do número 12. Harry vestiu uma camisa social branca e um calça jeans preta, calçou um tênis converse sem cadarço, colocou seus óculos e deixou o cabelo de lado. Lola vestira um vestido floral curto, de costas nuas e um oxford cáqui, deixou seus cachos loiros penderem nas costas e passou um leve batom rosa.

– Sempre tão linda. – Sorriu Harry.

– Sempre tão sua. – Ela soriu.

– Vamos? – E aparataram para a sede da nova Ordem da Fênix.