A chegada das sombras, o dia em que tudo mudou.

Acordei com uma sensação estranha, estava nervosa. Fui para o banheiro e me olhei bem no espelho. Estava tão diferente. Faltava 1 dia para as férias de verão. Draco já havia informado aos pais dele que eu iria passar um tempo com eles. Para meu espanto, eles ficaram super animados por ter uma herdeira de Salazar Slytherin na família. Outra pessoa que ficou contente e orgulhosa foi a notável Comensal da Morte Bellatrix Lestrange, tia de Draco. Enxagüei meu rosto, e sequei-o na toalha. Em seguida me despi e tomei um relaxante banho na banheira.

-O que aconteceu ai Hermione? Porque essa demora toda? – Malfoy perguntava impaciente.

-Espere um pouco, já estou saindo. Usei minha varinha para me secar rapidamente e me vesti. Abri a porta e dei de cara com Draco.

-Uoow! – Disse ele me olhando de cima a baixo, logo agarrando minha cintura e lascando-me um beijo.

Fomos juntos para o Salão Principal, hoje havíamos decidido faltar todas as aulas e aproveitar o tempo que restava em Hogwarts, pois não tínhamos certeza se voltaríamos ano que vem.

Depois de tomarmos café da manhã fomos à beira do Lago Negro, passear. Eu adorava aquele lugar, era simplesmente mágico. Tantas coisas já haviam acontecido ali.... Por um momento as lembranças do meu terceiro ano em Hogwarts passaram por minha mente.

-Ei, lembra que foi aqui a primeira vez que nos encontramos esse ano?

Draco estava exatamente no mesmo lugar que meses antes, quando caíra uma chuva torrencial e pouco tempo após ter recebido a Marca Negra.

-É claro que eu lembro... Desde aquele dia eu comecei a reparar mais em você. Em como estava diferente. – Disse olhando-o nos olhos.

-Aquele dia foi inesquecível. – Ele desviou o olhar para as águas do lago. – Mas eu não comecei a reparar em você naquele momento, eu já fazia isso muito tempo antes... Desde aquela vez que você meu deu um soco. – Falou rindo.

-Mas foi bem merecido! – Retruquei e o beijei de leve em um pedido de desculpas sem graça.

-Tudo bem, eu admito que mereci.

-Bom, teve outras ocasiões em que eu reparei em você também... O Baile de Inverno no quarto ano, por exemplo, você estava bem atraente! –Falei sem jeito.

-É, mas mesmo assim você ficou toda derretidinha pelo Krum. – Ele estava sério.

-Não aconteceu nada demais entre mim e o Vitor naquela noite, seu idiota.

-Me sinto melhor assim. – E me beijou novamente.

Eu adorava esses momentos com Draco, sem preocupações, só nós dois e ninguém para nos atrapalhar. Ficamos horas conversando e andando de mãos dadas pelos jardins da escola, que afinal eram magníficos.

Tudo estava a mil maravilhas, quando um assunto surgiu. Dumbledore. Desde que a Marca de Draco começara a doer eu sentia que ele estava tenso, como se estivesse escondendo algo de mim. E hoje eu descobri o que era.

-Escute Hermione, eu não pude te contar antes, porque recebi ordens para manter o sigilo. Bom, eu nem faço ideia de como te dizer isso...

-Pode dizer, seja o que for eu vou entender. – Disse tentando tranquilizá-lo.

Ele chegou mais perto de mim e lançou o Abaffiato ao nosso redor.

-Eu recebi ordens para matar Dumbledore.

-MASOQUE?

-Fale baixo!

-Ok, desculpa... Draco, como assim você matar Dumbledore? Ficou louco????

-Não, eu não estou louco. Eu tenho que fazer isso, Hermione. Só assim vou conseguir trazer de volta a honra da minha família!

-Mas Draco, Dumbledore não é um bruxo qualquer!

-Eu sei que não. Todos os dias eu vou de madrugada a sala precisa e concerto o Armário Sumidouro que eu encontrei lá no inicio do ano.

-Genial! Mas no que o armário irá nos ajudar?

-Eles irão transportar os outros comensais para dentro da escola, já que impossível aparatar aqui. A outro armário na loja Borgin & Burkes no Beco Diagonal.

-Entendi. Bom, eu quero participar! Não vou ficar parada aqui vendo vocês lutarem sozinhos, não mesmo.

-Mas vai ser muito arriscado.

-Não importa.

Ele suspirou.

-Tudo bem, acho que não tem problema nenhum você participar.

-Ótimo, então vamos a nossa Sala Comunal agora para podermos planejar tudo direitinho.

-Não sabia que você iria ficar tão empolgada assim!

-Ah Malfoy, você ainda precisa aprender que um Slytherin sempre adora umas batalhas de vez em quando!

Fomos para nosso escritório na sala comunal e ficamos umas duas horas lá planejando o ataque. Nossa grande dúvida era o professor Snape, afinal de qual lado ele estava? Se ele viesse a nos trair durante a operação tudo iria por água a baixo.

Anoitecera. Estávamos tensos e ansiosos. Faltava uma hora para que os demais comensais chegassem à escola. Tínhamos planejado cada detalhe, e fora, por incrível que pareça, muito divertido.

-Estou espantado com os instintos psicopatas da minha namorada... –Disse Draco brincando.

-Pode ir se acostumando Sr. Malfoy.

Os minutos se passaram em um passe de mágicas. Logo estávamos na Sala Precisa aguardando a chegada dos demais. O armário então começou a tremer, e dentro de instantes saiu de dentro dele vários comensais, todos estavam agitados.

Eles me cumprimentaram com um tom de interesse e curiosidade na voz, mas também com respeito.

Mostramos nossos planejamentos a Bellatrix, que milagrosamente fora bem simpática comigo, e disse que estava na hora de agirmos.

Em pouco tempo, a Batalha na Torre de Astronomia começara.

Entre os Comensais da Morte presentes estavam os irmãos Aleto e Amico Carrow,Yaxley, Fenrir Greyback, Thor Rowle e Gibbon, além de Bella. No outro lado de Hogwarts estavam os irmãos Gina, Rony e Gui Weasley, Remo Lupin, Ninfadora Tonks, Minerva McGonagall e Neville Longbottom. Gui foi atacado e mordido pelo lobisomem Fenrir Greyback recebendo cicatrizes no rosto. Como Greyback não estava transformado completamente na hora do ataque, Gui ficou com sintomas licântropos mínimos. No lado dos Comensais, a única morte foi a de Gibbon devido a uma Maldição da Morte "perdida" lançada por um colega.

Eu e Draco estávamos duelando com algumas pessoas que vieram de Hogsmeade quando vimos Harry e Dumbledore chegando ao auto da torre. Corremos para lá.

Dumbledore parecia excepcionalmente fraco, e eu já tinha um palpite de onde eles estiveram. Procurando as Horcruxes.

O momento chegara. Draco aproveitou a fraqueza de Dumbledore e o desarmou, e eu o Potter.

Cheguei perto dele e fiquei vigiando para que ele não se movesse. E comecei a observar Draco e o velhote, os dois estavam conversando. Um estouro tirou a minha atenção de Potter e ele deu um soco em Draco, dizendo que estava se vingando pelo “nariz”. Não aguentei de tanta raiva. Meu sangue ferveu. A partir daí não lembro como acontecera, mas sim que aconteceu. Imobilizei Potter e lancei  a minha maldição imperdoável preferida, Crucio. Enquanto Draco estava no chão Snape entrou em cena para não deixar que Dumbledore fugisse, e o matou. Bellatrix gritou de excitação e felicidade e lançou a Marca Negra sobre Hogwarts. Concentrei-me mais ainda em torturar Potter para ficar mais contente. Seu nariz sangrava, suas veias pulavam sobre a pele tal era o efeito do meu feitiço. Ele estava morrendo, morrendo de dor. O Weasley apareceu então e começou a fazer um escândalo, mais membros da ordem chegaram atrás dele. Fomos obrigados a recuar. Agora que o diretor havia morrido nós podíamos desaparatar na Mansão Malfoy.

A Missão foi um sucesso.