Já Não Pode Esperar escrita por Harryo Salvatore


Capítulo 11
Esperanças




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Apesar de Snape ter sido obrigado a conjurar um contra-feitiço, Potter passou a semana inteira na ala hospitalar. Diziam que ele estava bem, eu não conseguia entrar lá. Não ia conseguir olhar nos olhos dele, eu me sentia completamente culpada pelo ocorrido. 

Sei que a richa entre os dois não era só por mim, eu não era tão importante assim... vinha desde o ínicio, os apelidos, as humilhações, tudo. Mas na maior parte do tempo os dois tentavam disputar minha amizade. O que eu deveria ter feito era ido direto ao ponto edito logo, dito que... Eu não sabia o que dizer para acabar com aquilo!

-Ele insiste Lily.- Remo sentou ao meu lado na aula de poções.- Ele diz que você tem que ir até lá, ver ele na ala hospitalar.

-Eu tenho que ir? Quem ele pensa que é! Abusado.- Eu cochicei quando o professor Slughorn passou do nosso lado conferindo o preparo das poções.

Snape estava sentado do outro lado da sala, e eu podia sentir seu olhar me perfurar. Ele tentou se desculpar no dia do duelo por ter quase me acertado, mas eu nem sequer fiz questão de ouvir. 

Eu ficara em choque, Potter estirado no chão encharcado de sangue. Nada me faria esquecer aquela cena.

-Lily você é minha amiga, e Tiago também, você está agindo como uma criança! Não há nada de errado em ir visitá-lo, afinal de contas você se jogou na frente dele, foi você quem o defendeu. E não venha me dizer que você estava tentando defender os dois, todo mundo viu quem foi que você defendeu, e não foi, o Snape.

Eu bufei e fingi ignorá-lo.

Quando finalmente consegui sair da sala de Slughorn, meu estômago dava voltas e minhas pernas queriam me guiar até a ala hospitalar. Entrei no banheiro do segundo andar, completamente avulsa, sem me lembrar da minha querida amiga Murta-Que-Geme.

Ela estava lá obviamente, flutando perto das pias, gemendo. Quando se deu por minha presença me saudou com um estrondoso grito:

-O QUE VOCÊ VEIO FAZER AQUI? NÃO É BEM-VINDA AQUI!

-Desculpe...Eu não quis encomodar vossa alteza

Quando eu ia saindo ela passou flutuando tão rápido por mim e fez com que eu não pudesse passar pela porta, sendo ela um fantasma eu poderia passar sem problemas, mas fiquei parada.

-Você é a garota Evans que tentou salvar Potter não é? Você é a garota de cabelos acajú que todos falam, inteligente, bondosa, bonita, a perfeitinha da Grifinória!

-Sim eu sou a Evans, tentei sim salvá-lo, ele é meu amigo, o resto é com você e os fofoqueiros dessa escola.

-E o que você está fazendo neste banheiro, existem centenas de banheiro por aqui... Ninguém vem aqui.

Eu não tinha motivo, eu estava só fugindo de mim mesma, eu pensei.

-Ah, eu queria, me olhar no espelho antes de ir almoçar.

-Você é muito corajosa, afinal de contas, eles eram seus amigos e você se arriscou se pondo entre eles, podia ter perdido a amizade com um deles.

-E perdi, mas nem sei se era amizade, ele não era quem eu pensava.

Ela me olhou com pena.

-Infelizmente não tive a chance de ter uma amizade assim, tão disputada, tão forte.

Me olhei na espelho como disse a ela que faria, e bem ali estava a mecha desigual, a mecha que o feitiço cortara. E senti um arrepio e meus olhos se encheram de lágrimas.

Nossa amizade. Seve fora o primeiro, ele me apresentara a esse mundo, ele me mostrou quem eu sou hoje, me contou desse nosso mundo, me ensinou a controlar. E também fora ele quem cortou nossa amizade, quem acabou com tudo num piscar de olhos. Aquelas palavras irritantes, horrorozas! Um preconceito antigo e que talvez pudesse me cobrar a vida depois de sair de Hogwarts. 

E Potter, que mal chegara a me conhecer e já estava estragando tudo! Ele não pode esperar nem ao menos minha opnião própria, foi logo se mostrando ser o estúpido que é. Com toda arrogância, todo aquele talento para encrencas. Não há nada de errado em ser normal! Em ser um bruxo normal, uma pessoa normal!

-Tenho certeza que você vai achar uma saída. Pode até não ser a melhor, mas você vai encontrar. -Murta estava bem atrás de mim e sua mão pousava transparente em meu ombro.- Se você é tudo isso que dizem, não precisa se desesperar... Um dia tudo se ajeitará, e você talvez ria dessa situação.

Sim, eu fui até a ala hospitalar. E a primeira coisa que vi me deixou feliz, Potter estava de pé, vestido com suas vestes normais.Ele não parecia nem de longe abatido, não parecia que tinha estado uma semana ali, seu rosto intocado e o cabelo perfeitamente bagunçado.

Ele sorriu ao me ver.

-Lily!- Ele me deu um abraço apertado.

Fiquei desconcertada e corei. 

-Você está bem, quer dizer melhor, você está, você entendeu!

Ele riu.

Quando Tiago ia dizer alguma coisa as portas do Hospital se abriram num estalo e Dumbledore apareceu acompanhado de um casal.

Potter abraçou a senhora primeiramente, e ela retribuiu o abraço feliz.

-Meu filho! Estava tão preocupada, nunca mais me deixe assim!.

Em seguida o pai bagunlou os cabelos do filho e o abraçou. 

-Eu disse que você não devia sair por ai arrumando encrenca com esse tal Snape!- Havia desaprovação e amor equivalentes na frase.

A mãe dele era uma senhora com pose e elegância, os cabelos grisalhos num penteado ordenado e um glamuroso vestido negro com uma capa num tom de roxo muito escuro; o pai não ficava em lugar menor, as vestes muito limpas e intactas, tinhas os cabelos pretos mais os grisalhos também não faltavam, o mesmo corte do filho. Os olhos e linhas eram os mesmos. Um casal tão refinado e rico, com tinha dito Petúnia.

-Eu estou bem, foram só arranhões.

-Não foram só arranhões, foi um feitiço muito bem feito. E o senhor tem sorte que a Madame Pomfrey tenha cosiguido deixá-lo como antes, muita sorte meu caro.- Dumbledore deu palmadinhas nas costas do pai de Potter que conscentiu com a fala do diretor.- E essa é nossa heroína, Lilían Evans. Ela interrompeu o que poderia ter sido um fatal epísodio.

A mãe de Potter se dirigiu a mim e apertou minhas bochechas e depois me abraçou.

-Sou tão grata a você minha querida! O que seria de meu filho se você não o tivesse  interrompido!

-Ele, eles- Eu corrigi.- não sabem quando parar, e são meus amigos, eu não podia deixá-los, deixá-los se machucar.

Potter abriu um enorme sorriso quando eu disse que ele era meu amigo.

-Sim, somos, nós somos amigos.- Ele finalizou.

Uma brecha, eu abrira para que Potter pudesse caminhar até meu coração, e não era uma pequena brecha, uma fenda no meu do oceano. E por mais que meu rancor e minha raiva fossem inestimáveis por Severo eu ainda o considereva meu amigo.  

E bem, ali ele estava no meio do corredor vazio no caminho da Torre da Grifinória.

-Lily!- Ele correu até mim.-Lily, você está bem?

-Por que não estaria?

-Me disseram que o... o feitiço raspou em você.

-Sim, ele passou, no meu cabelo. -Eu passei a mão na mecha encurtada.

Ele engoliu a seco.

-Você ficou maluca Lily, você podia ter se machucado! Eu não aguentaria nem por um segundo ter visto você machucada.

-Mas aguentou e queria que tivesse sido pior com Tiago! Você é despresível Severo! Nunca muda! Eu consigo ver seu futuro sem aulas de Adivinhação! Vai se juntar ao Voldemort, virar uma daqueles nojentos! O que foi aquilo? Um treino?- Eu cuspi.- Não não tenho medo de dizer o nome do seu amiguinho e não tenho medo de VOCÊ! Está com peso na consciência? Me surpreeende você ter consciência! Mas sim Potter está bem, melhor do que nunca! E você só piora a cada dia... te decepicionei foi?

"Pois eu escute muito bem o que vou te dizer, posso ser sim sangue-ruim, nascida trouxa, como preferir, mas eu Lilían Evans não ligo, eu não me importo mais com você, e se restou algo de bom em você em não quero nem um pingo! Portanto corra, vá! Vá para os seus amiguinhos Comensais e diga á eles que o Potter me roubou de você! Eu não quero, e nem posso ver sua cara novamente! Porque, ai, ai de você, eu tenho até pena do que possa sair da minha varinha!"

Snape estava perplexo e depois de alguns segundos ele desfez a feição de assustado. Potter vinha caminhando pelo corredor.

-Algum problema aqui?- Tiago se pos atrás de mim.

Snape cerrou os olhos e antes que ele abrisse a boca para responder eu disse:

-Eu só estava tendo uma conversinha com o meu amigo.- Ao dizer isso segurei na mão de Tiago e olhei nos olhos dele.- Estava explicando, que o próximo a receber uma detenção aqui, pode ser eu.

E dizendo isso eu puxei Potter e saí prticamente correndo. Euqueria ficar á sós com ele. Aquele que tinha me roubado, roubado meu coração, minha alma, meu amor.


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Notas finais do capítulo

Estamos quase no final pessoal! MUUUUUAHAHAHAÁ!
P.S.: Eu amo o Snape!



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