One Love escrita por Samyy


Capítulo 5
Capítulo 5




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O frio cortante do inverno era sentido em toda cidade. A pouca neve que caia em forma de flocos começava a cobrir os pontos mais altos do grande centro, árvores, terraço de prédios e telhados das casas.

Hermione estava nesse exato momento em sua casa sentada em uma poltrona na frente da lareira que crepitava em chamas. Ela era uma garota bastante difícil e não se rendia muito facilmente.

Haviam se passado dois meses desde que o ocorrido acontecera. E durante esse tempo ela se concentrou em evitar Ron. De fato, ela conseguiu, mas como sabemos, o destino é traiçoeiro...

 

O aniversário de HArry estava se aproximando, seus amigos e pais combinaram de organizar uma grande festa surpresa.

Ginny, por mais que tivesses suas desavenças com Harry, amava suas festas e sempre era convidada, uma coisa que todos estranhavam.

As festas dadas pelos Potter's eram sempre as mais comentadas e badaladas da cidade, principalmente as de aniversário e mais especificamente as do Harry, afinal, não é todo dia que o filho dos mais renomados, competentes, procurados e repeitados advogados do país fazia anos.

 

3 dias para a festa...

 

Com o tempo frio, Hermione passava grande parte de seu tempo sentada no sofá em frente a lareira quente. A época em que se encontravam a ajudava. Estava de férias.

A temperatura não era normal para aquele mês. Normalmente em Julho é muito quente, mas os habitantes da cidade já estavam acostumados com mudanças constantes do clima.

— Quer filha? - A senhora Granger acabara de sair da cozinha, trazia consigo duas canecas de chocolate quente.

— Obrigada mãe. - Hermione agradeceu. Sua mãe se aproximou, lhe entregou o copo e sentou - se ao lado direito dela.

As duas eram muito friorentas, para se sentirem confortáveis com um tempo desses eram necessários muitos cobertores e casacos.

— Já sabe o que irá dar de aniversário a Harry? - A senhora Granger interrompeu o silêncio incomodo que caiu sobre as duas.

— Acho que sim. Mas tenho minhas duvi... - Ela não conseguiu completar a frase. Ficou completamente pasma com a cena que viu. - Como você consegue?

— Do que está falando? - Sua mãe estava confusa. Hermione apenas apontou e sua mãe imediatamente virou o corpo para ver o que tinha afligido a garota.

— Ah, é a Ginny... Ginny? - Ela arregalou os olhos.

— Que foi? - A ruiva perguntou com uma carinha de inocente.

— Você não está com frio? - Hermione estava impressionada. A amiga vestia um short jeans curto que batia na coxa e uma blusa de alças branca.

— Não, não estou. - E sentou - se no meio das duas, sem pedir espaço, não era da natureza de Ginny ser educada.

— Como você entrou aqui em casa? - Hermione se recuperou do pequeno susto.

— Pela porta, ué! - E novamente sem pedir, tomou a caneca de chocolate das mãos de Hermione.

— Eu dei as chaves para ela. - Senhora Granger explicou a filha.

— Ah, okay.

— Bom, vou deixa - las sozinhas. - Ela saiu da sala deixando as duas amigas a sós.

— Fala Ginny.

— O que? - Ela deixou cair leite no short.

— Vai me dizer que você veio na minha casa, às 22 horas da noite pra não fazer nada? - A morena encarou a ruiva com uma sobrancelha erguida.

— Faz isso não gatinha, vai ficar com rugas. - E riu da própria "piadinha".

— Haha, muito engraçado.

— Eu sei, sou hilária. - Ela disse sarcásticamente.

— Ginny, eu ia dormir agora. Fala ai o que você quer.

— Aff, eu não posso ter vindo a sua casa pra te fazer uma visita? - Ginny fingiu aborrecimento.

— Até parece.

— É você tem razão.

— Então? - Hermione estimulou a amiga a falar.

— Ah, eu queria que você me ajuda - se com uma coisa... - A ruiva começou.

— Jura? - Hermione disse irônicamente.

— Ah Mione, okay, vou pedir ajuda a Luna, ela é mais legal que você! - Ginny levantou - se irritada.

Hermione pensou por alguns segundos, Ginny vai pedir ajuda a Luna? Ao invés de mim? Os conselhos da Luna não tem cabimento.

— Pode parar ai ruiva. Por que está tão estressadinha e você quer ajuda em que? Não vou deixar você pedir ajuda a Luna!

Ginny, de costas, deu um sorriso vitorioso e voltou pro sofá.

— Fala qual o seu problema.

— Se eu te contar você não acredita.

— Fala logo criatura. - Hermione já estava impaciente. Aproveitou que a caneca de chocolate estava na mesa de centro e deu um gole nele, sua garganta estava seca.

— Que presente você acha que eu devo comprar pro Potter? - Hermione se engasgou. Ginny se assustou com a situação da amiga e deu várias batidas nas costas dela.

Hermione perdeu o folego, tossiu várias vezes e depois de muito tempo voltou ao normal.

— Ginny, pare de brincar. Quer me matar? - Ela começou a rir. - Quase que eu acreditei que você queria comprar um presente para Harry.

— Mas, eu quero. - Ginny disse seriamente.

Hermione abriu a boca três vezes para falar, mas não conseguiu encontrar as palavras certas.

Finalmente, quando conseguiu ela falou:

— Quem é você e o que fez com minha melhor amiga, que não compra presente pra ninguém, Ginevra Molly Weasley?

— Como assim?

— Nem pra mim, você nunca me deu um presente de aniversário, nem pro seu irmão, nem pros seus pais, mas você vai comprar pro Harry? - Hermione levantou - se do sofá indignada.

Isso era a pura verdade. Ginny nunca tinha dado presente à ninguém. Isso era uma novidade. Alguma coisa estava errada, muito errada.

— Pera ai. - Hermione começou a pensar no assunto. - Ginny, por que você vai comprar um presente pro Harry?

— Ah, bom, você sabe... - Ginny ficou encabulada.

— Não, sei não. - Hermione estava um pouco - muito - desconfiada.

— Ah, também, você vive trancada nessa casa desde que você e meu irmão se beijaram.

Hermione gelou. Estava tentando esquecer o ocorrido e levar uma vida normal, mas o normal dela era ficar trancada em casa, assistindo televisão comendo pipoca. Aquele beijo tinha sido muito bom, ela não podia negar, mas tinha medo do que iria acontecer depois. Sua esperiência com Krum foi muito ruim...

— O que aconteceu? - Ela tentou mudar de assunto.

— Bom, sabe meu ex - boyfriend, o Miguel Corner?

— Ginny, faz um favor? - A ruiva assentiu. - Fale só em um idioma, okay? - Ela bufou. - Lembro sim, por que?

— Bem, um dia desses eu estava na porta da minha casa, e ele estava por ali, mas eu não reparei. Você sabe como ele é agressivo. - Ela fez uma careta. - A Luna mora na rua de cima, eu ia na casa dela, comecei a subir a rua, mas ele segurou meu braço e o apertou. Pedi educadamente que ele retirasse suas garas de mim, mas o imbecil não soltou, então eu comecei a gritar que ele era um idiota, que se fizesse alguma coisa comigo ia se arrepender pro resto da vida e...

— Se eu fosse você tinha mordido o braço dele. - Hermione falou divertida.

— Ah, claro, eu ia pensar nisso quando tem um ex - namorado maniaco segurando meu braço e sendo indelicado. - Ginny foi sarcástica pela segunda vez aquele dia. - Claro que eu ia pensar nisso.

— Tá, mais então, o que aconteceu depois?

— Veja, Harry estava passando por ali e, por acaso ele me viu gritando pro Miguel me soltar e sabe, deu um murro nele. - Ginny disse tão naturalmente que Hermione demorou um pouco para digerir suas palavras.

— Ah, só isso Harry fez o que? - Ela imendou as duas frases.

— Ela deu um murro no Corner.

— Sério? - Ginny assentiu. - Vou fazer minhas conclusões, você quer dar um presente em agradecimento?

— É, por ai.

— Ginny, me engana que eu gosto.

— Tá falando do que? - Pela primeira vez Ginny estava confusa.

Hermione riu.

— Você está apaixonada amiga.

— O QUÊ? - Ginny deu um grito. - Claro que não, você está maluca? Têm problema? Nunca que eu me apaixonaria pelo Potter.

— Negação é o primeiro indicio de amor. - Hermione estava se divertindo as custas do surto da amiga.

— Vou te internar no hospício. Não estou apaixonada pelo Harry.

— Não é? Está até chamando ele de Harry, normalmente é Potter ou cicatriz. Ginny, não tente se enganar, você está apaixonada por ele.

— Senhor, não pode ser... - Ginny abriu a boca em terror.

— Não percebe? Essas brigas são só meios de reprimir esse amor...

— Amor? Não, estar apaixonada é diferente de se apaixonar.

— É, começa em paixão e termina em amor. - A morena ainda se divertia.

— É Hermione, assim como você e meu irmão.

Hermione parou de rir, ela ia insistir nesse assunto?

— Será que dá pra você para de falar nisso?

— Não. Você tem que ver o meu irmão, ele anda tão tristinho em casa. Fico até com pena.

— Gi, ficar vestida desse jeito nesse frio está afetando o funcionamento do seu cérebro. - Hermione a olhou realmente preocupada.

— Só falo o que eu penso. - Ginny revirou os olhos.

— Então você está pensando de mais. - Hermione tentou relaxa, pois estava bastante irritada.

— Tá okay, então, vai me ajudar com o presente?

— É né, fazer o que...

 

To Be Continued...

 


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