Spirit Bound Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gente,
esse capítulo é todo criação minha... apesar de ser malvado, eu adorei escrever esse!
confesso que me inspirei um pouco no Damon Salvatore, minha outra paixão vampirica!!!
Espero que gostem!
Ah, e desculpa pela demora em postar... tive muita coisa pra fazer e pouco tempo... o próximo não vai demorar, prometo!
bjs



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A ingenuidade de Rose se tornou minha aliada. Buscar um contraventor para resolver um problema elementar mostrava isso. Bud era extremamente corrupto e inescrupuloso. Tinha sido um erro terrível seu procurar por ele. Um erro que eu consideraria mortal, considerando que um vampiro poderoso está lhe perseguindo.

Com uma boa dose de compulsão e muito dinheiro, Bud concordou em me ajudar em tudo que precisasse. Sem qualquer questionamento. Ele tentou localizar o carro que Rose tinha locado, mas foi inútil. Eu tentava controlar minha raiva a cada telefonema que ele fazia e que a resposta era negativa.

“Eles pegaram um quarto em um pequeno hotel da cidade, mas quando meus homens chegaram, já haviam saído. Agora não tem qualquer rastro daqueles garotos.”

Ele falou, depois de mais outra ligação. Eu estava em pé em uma sacada, olhando o céu. O sol tinha se posto, mas um borrão claro no horizonte indicava que ainda não podíamos sair. Essa era uma das grandes desvantagens de ser um Strigoi. Somente a completa escuridão da noite nos protegia. E no Alasca, a noite era uma coisa que demorava a chegar. Maldito lugar.

“Eu preciso de um carro, com vidros bem escuros. O máximo que você puder arrumar.” Eu falei, minha voz saindo surpreendentemente calma.

“Vamos sair, Dimitri?” Uma das Strigois do nosso grupo, Brigite, perguntou tranquilamente. As mulheres Strigois eram as mais fáceis de serem sobrepujadas, já que, ainda que fossem monstros, ainda eram do sexo feminino. A atração que elas sentiam por mim bastava para que me seguissem e fizessem tudo que eu pedisse. Eram fáceis de serem seduzidas.

“Não. Não tem um ‘vamos’ aqui. Somente eu vou sair.” Respondi rapidamente. “Arrume um lugar para que eles fiquem fora de vista.” Ordenei para Bud, apontando com a cabeça para o grupo de Strigois que estava comigo. “E quanto a vocês, fiquem aqui, para o caso de Rose aparecer. E, lembrem-se, ela é minha. Eu quero ser avisado imediatamente, caso isso aconteça.”

Eu me sentia agitado e com fome. Precisava de algo para descarregar toda aquela tensão que me dominava. Normalmente, eu raramente saia para buscar comida. Eu não precisava desse tipo de exposição, já que tinha um verdadeiro exército trabalhando para mim. Mas hoje, saí dirigindo devagar pela cidade, observando como as pessoas são inconscientes do perigo que as espreita. A noite estava agitada, era uma cidade grande, de certa forma, e possuía uma boa atividade noturna. Eu olhei cuidadosamente cada grupo de adolescentes que eu avistava, na esperança de ser Rose com seus amigos. Mesmo sendo óbvio que eles não vieram aqui para diversão, eu não resistia ao impulso de procurar e procurar. Até que eu vi, uma garota baixa, com um longo cabelo escuro, observando uma vitrine. Meus sentidos gritaram. Roza. Era ela?

Estacionei o carro, sem chamar muita atenção. O meu instinto de sobrevivência me forçava a ser discreto. Eu não podia sair atacando levianamente qualquer pessoa no meio da rua. Andei até a garota, mas percebi logo que não se tratava de Rose. Era apenas uma garota humana com as mesmas características físicas dela. Mesmo assim, fiquei a observando a uma distância segura. Pobre garota. Sorri internamente, enquanto a observava. Ela seria minha agora. Senti minha garganta queimar de sede, desejando seu sangue, não era algo que eu pudesse controlar facilmente. Presa e predador. Isso era mesmo algo que me dava um prazer inexplicável.

Ela começou a andar e eu a segui vagarosamente, esperando uma oportunidade de capturá-la. Assim que ela entrou em uma rua com pouco movimento, eu parti para ela com um único movimento, segurei seu pescoço a pressionando contra a parede. Ela tentou gritar, mas eu apertei ainda mais a sua garganta e a ergui de forma que pude ver bem o seu rosto em pânico. Era doce o seu desespero. Ela se debatia e aquela luta dela pela vida somente aumentava a minha satisfação.

Eu contemplei bem os traços do seu rosto. Lembrava bastante Rose, embora estivesse distante de alcançar toda beleza dela. Com a minha outra mão livre, passei os dedos por seus cabelos, ainda me divertindo com o medo que ela sentia.

“Não sei porque tanto medo.” Falei ironicamente. “Você vai ter uma doce morte.”

Ela tentou gritar, mas eu fui mais rápido. Cravei minhas presas em seu pescoço e, em poucos momentos, senti seu corpo esmorecer.


Quando retornei à locadora de veículos, havia uma estranha calma naquele local. Eu entrei mansamente e me coloquei em pé atrás de Bud, que virou se assustando.

“Ah, você.” Ele respondeu ainda se recompondo. “Tentei ligar para você diversas vezes.” Eu coloquei as mãos nos bolsos do meu casaco, só agora percebendo que havia deixado o celular cair. Provavelmente tinha sido enquando me livrava do corpo da garota que eu havia matado. Bud continuou a falar. “A garota que você procurava retornou,” ele apontou para um carro completamente destruído. “Ela veio devolver o carro. Antes da hora prevista.”

“E onde estão os outros? Porque eles não a pegaram?” Falei tentando controlar a fúria que me invadia. Um fantasma de um sorriso cruzou os lábios de Bud, mas ele ficou sério novamente quando percebeu meu olhar perigoso.

“Eles pegaram um carro e saíram, logo depois de você.” Bud falou, com a voz levemente trêmula. Eu imaginava que era por causa do meu rosto era puramente mortal. Eu soquei uma mesa que estava ali. A madeira se esfacelou.

“Ei, cara, essa mesa é feita de carvalho! Ela está destruída! O que diabos é você?” Os olhos dele eram assustados.

Eu não respondi. Apenas respirei fundo, me forçando a pensar racionalmente. Eu não podia colocar tudo a perder assim. Eu precisava dele ainda, para rastrear o cartão de crédito de Rose. Bud ainda me olhava com medo, mas não ousou a insistir na pergunta.

“Eu quero o rastreamento do cartão que Rose Hathaway utilizou. Preciso saber para onde ela foi.”

“Claro, eu posso fazer isso,” ele ainda parecia e nervoso. “Mas tem algo que lhe ajudará agora. Ela retornou com um homem, um homem maduro. Eles fretaram um avião para Las Vegas. Eu posso monitorar toda atividade.”

Eu o olhei fixamente.

“Faça isso. Quero todos os detalhes.” Eu andei até ele, e me abaixei até ficar frente a frente com ele. Levantei os óculos escuros, de forma que ele pudesse ver bem como eram meus olhos. “Quando os meus... amigos retornarem, não diga a eles que eu estou aqui.”

Gotas de suor brotaram de sua testa e sua respiração era muito ofegante.

“Você tem algo parecido com um galpão aqui? Um lugar onde eu tenha espaço para lutar?” Perguntei.

“S-sim. O local onde eu guardo os carros é bem amplo.”

“Perfeito.” Eu disse sorrindo.




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