Make The Difference escrita por Queen Julia


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... :)
Me desculpem pelos erros.



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Com um barulho vindo do lado de fora da minha casa eu acordei. Ainda era de noite, o que me fez chegar a conclusão que deveria ser mais um querendo nos assaltar. Olhei para o outro lado do quarto, e por trás da cortina que ia para a minha varanda vi uma sombra. Com cuidado estiquei o braço para trás a procura do meu abajur, arranquei da tomada e o segurei com firmeza. A sombra começou a avançar e um pouco antes de entrar no quarto, o tal assaltando bateu três vezes com a mão na janela. Arregalei os olhos, o ladrão estava pedindo para entrar?


Não larguei o abajur, caminhei lentamente até a porta levando o abajur até a varanda, abri a porta rapidamente e quando fui bater no assaltante ele agarrou o meu braço e tampou minha boca, não tinha nenhum tipo de luz para eu descobrir quem era, sem ter tempo de me defender ele me empurrou contra a parede, e deixei o abajur sem querer cair no chão, rezei que fizesse o maior barulho possível, mas com a sorte que eu tenho caiu como uma pluma. Levantei meu joelho e acertei a barriga dele e o empurrei, ele que continuava com a mão na minha boca, caiu no chão e eu fui junto. Tentei me levantar mas quando percebi o assaltante já estava me prendendo no chão por cima de mim.


- Calma tigresa – ele disse rindo. Não precisava de luz para descobrir quem era, ainda bem que estava escuro por que já neste ponto eu deveria estar corada. Sabia que aquela era meu amigo Dan, seu rosto estava muito próximo do meu, e percebi que ele se segurava para não rir da minha fraqueza. Juntei toda a minha força e o derrubei para o lado indo para cima dele.


- O que dizia? – perguntei me levantando.


- Então vai querer o envelope ou não? – ele disse se sentando na minha cama.


Sentei do outro lado da cama, e ele tirou o envelope do bolso e deixou cuidadosamente sobre a minha cama como se a qualquer momento fosse explodir.


- Ah... me de logo isso. – eu disse irritada pegando o envelope e abrindo.


- Irritadinha. – resmungou Dan.


Deixe-me explicar. Quando eu tinha 12 anos meus pais morreram de alguma doença que ninguém sabia dizer qual. Desde então minha irmã Paylor enlouqueceu de vez, e começou a culpar a Capital pela morte deles.


- Estou lhe dizendo Violet, é obra deles que não agüentavam ver como nossa família era feliz e não precisava se ajoelhar aos pés da Capital. Fizeram isso de propósito, e eu vou me vingar guarde minhas palavras.


Eu ficava calada, minha irmã nasceu com um tom de autoridade que fazia com que eu não questionasse nada. Nos últimos anos eu ignorei os sumiços de minha irmã e quando ás vezes alguns adultos do distrito chegavam desesperadamente para mim pedindo para eu entregar algum recado para ela. Minha família era dona de uma fábrica no distrito 8 especializada em uniformes de Pacificadores, isso fez com que minha família se tornasse muito rica e comprando uma grande casa. Depois que meus pais morreram, a fábrica deveria ter sido passada para Paylor ou para Robert Liong, sócio e grande amigo da família e pai de Dan. Mas a fábrica foi tomada pelos pacificadores, quando fomos reclamar no Edifício da Justiça disseram que meus pais John e Rubi Blake deviam muitos papeis não sei sobre o que para o prefeito do distrito.


Pela quantidade de dinheiro que tínhamos não foi preciso jogar os corpos dos meus pais em um buraco qualquer, como o resto do distrito. Mas isso não inquietou Paylor, desde então nós trabalhamos na fábrica junto com a família de Dan, e da família de minha amiga Bonnie. Depois que Katniss Everdeen e Peeta Mellark ganharam os Jogos vem crescendo o descontentamento no distrito 8. Na fábrica as máquinas barulhentas, deixavam as idéias de um levante andar livremente sobre as mentes dos trabalhadores. Eu e Dan ficamos com muito medo de nossas famílias estarem envolvidas nisso, e roubamos um envelope que o pai de Dan guardava trancada em seu escritório, também trancado.


- Era só o que me faltava. – eu disse olhando para o grande mapa do distrito 8 que estava dentro do envelope. Naquela hora eu petrifiquei e esperei que Dan fizesse um escândalo.


- Eu odeio isso tanto quanto você, mas admita eles pensaram em tudo. – sussurou Dan. Olhei para ele brava, que estava encarando  o mapa sem se quer piscar. Olhei novamente para mapa e percebi sobre o que ele estava falando.


Havia várias anotações nos cantos, vários caminhos eram traçados entre várias casas, e duas delas era a minha e a de Dan.


- Túneis subterrâneos, deve ser assim que eles passavam de uma casa para outra tão rápido. – Dan murmurou.No mapa uma grande seta estava apontada para oeste do distrito.- Essa não... eles estão pensando em fugir para o 13.


- Distrito 13? Mas não existe, são só destroços da guerra de 75 anos atrás. – eu disse com raiva.


- Violet lembra daquilo que ouvimos uma vez quando éramos pequenos? Sobre os vídeos que passam na televisão e pessoas morando no subterrâneo?


Vasculhei em minha mente, lembranças sobre aquele dia. Minha família e a de Dan estavam reunidos no escritório da casa, e eu e Dan brincando do outro lado da casa. Tínhamos uns 6 anos e decidimos ir escutar atrás da porta sobre o que eles conversavam, aquilo me perturba até hoje, ás vezes desejo nunca ter escutado aquilo.


- Paylor você pode ter só 23 anos, mas seja inteligente – disse a doce voz de Clair mãe de Dan – Eles usam o mesmo vídeo mostrando o distrito 13 desde que eu me conheço por gente. Naquela parte que eles mostram o Edifício da Justiça, preste atenção passa sempre o mesmo tordo. No canto direito da tela. Ainda acho que eles não querem mostrar o que realmente passa por lá, por que existem moradores vivendo no subterrâneo. E a Capital não quer atacar por causa da energia nuclear que o distrito produzia.


Depois daquele dia não ouvimos mais eles falando sobre isso. Mas sabíamos que o assunto ainda existia, e não só entre as nossas famílias, mas sim em todo o distrito.


- Ah Paylor, olha só onde você se meteu. – eu disse chorando. Dan veio me abraçar, e guardou o mapa dentro do envelope.


-  Acha que devemos contar a eles que sabemos? – perguntou ele depois que eu me acalmei.


- Não, deixe eles se preocuparem com isso. – eu disse – Além do mais temos mais com o que se preocupar.


- Ah é. Como o que? – ele perguntou.


Eu estava a ponto de responder, “Para o nosso funeral depois que tudo isso acabar.” , mas não queria parecer fraca na frente dele.


- Para a prova de amanhã. – eu disse me levantando e abrindo a janela que iria para o terraço.


Antes dele sair ele me olhou e deu um sorriso triste daqueles que dizem “Vai ficar tudo bem.” Me deu um beijo na testa e pulou para a rua e foi correndo para a sua casa. Esperei até ele sair de minha vista e fui me deitar.


- A sorte não está do meu lado.




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Notas finais do capítulo

Julguem a minha mãe que criou essa mente problemática e sem criatividade. :(



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