Dont Look Back In Anger escrita por ladyofcamellias


Capítulo 3
Capítulo 3- Hands


Notas iniciais do capítulo

Meeeeeeeeus lindos cupcakes *-* como vão vocês? Então, esse capítulo aí não é lá o melhor do mundo, mas também não é dos piores. Eu escrevi ele com o mínimo de pressa, já que quero adiantar bem com a fic essa semana, porque dia seis começam minhas aulas e o tempo vai se tornar algo precioso pra mim. Enjoy (:



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POV Annabeth

Talvez a vida seja um eterno recomeço. Era o que pensava, sentada ali, no degrau da varanda de um garoto que conhecera há apenas um dia. Garoto este que era um pouco estranho, mas de um jeito bom e ruim, ao mesmo tempo. Garoto este que me fizera matar aula. Garoto este que por pouco não me rendera uma bela advertência. Garoto este, chamado Percy Jackson, cujo me levara agir de uma maneira que, essa nova Annabeth que ando criando aos trancos e barrancos, jamais agiria.

E sentada ali, naquele dia de outono surpreendentemente ameno, pensava em como o mundo dava voltas e que cada um tinha a sua vez. Era como se estivesse determinado que, por certo período de tempo, sua vida seria uma maravilha, e no outro, tudo seria um desastre. E o ser humano, por mais que o buscasse com todas as suas forças, nunca seria capaz de alcançar o equilíbrio. Nunca.

Quer dizer, olha pra mim. Eu tinha a vida perfeita. Pais que me amavam e irmãos, por mais que fossem umas pestes, adoráveis. Dinheiro. E morava numa das cidades litorâneas mais bem habitadas dos Estados Unidos. Minha mãe era uma das mulheres mais bem sucedidas de toda São Francisco. Jovem, cheia de confiança e linda. Aí, do nada, ela descobre um maldito tumor em fase terminal no cérebro e passa seu último mês de vida deitada numa cama, sem ter a menor consciência do que se passava ao seu redor.

E por mais que eu tenha sofrido e chorado, dei a volta por cima. Embora não de um jeito lá muito certo, andando com as pessoas erradas e fazendo coisas também erradas. Festas, álcool e garotos: péssima combinação. Mas até mesmo dessa fase eu saí. Tinha uma melhor amiga fiel, um namorado lindo e era um das garotas mais invejadas de um dos melhores colégios de Nova York. Ninguém imaginava que aquele rostinho bonito tivera e ainda tinha uma vida difícil. Negligenciada pelo pai e vivendo às custas do tio que ficara com a maior parte das ações da empresa de sua mãe morta.

Daí tudo desabou. E eu tinha medo, muito, muito medo, de que o resto da minha vida se resumisse a somente isso: viver num sonho, ser acordada para um pesadelo e depois, com toda dificuldade do mundo, voltar a sonhar, pra depois o ciclo se repetir novamente.

Eu poderia escrever um livro sobre aquela merda toda se continuasse na mesma linha de raciocínio, mas fui interrompida por um Percy suado e ofegante parado a minha frente, usando um uniforme do time de basquete um pouco grande e dando risada.

_ Em que mundo você estava? _ Ele continuava rindo, enquanto abria a porta. A casa era bonita, embora bem simples. Eu não o respondi, e o tal parecia me ignorar por completo, parada no meio da sala de estar, subindo as escadas apressadamente.

_ Percy? _ gritei seu nome quando estava em um dos últimos degraus. Ele se virou para mim, e eu hesitei mordendo o lábio, antes de perguntar. _ Você conseguiu?

Ele deu um sorriso que ia de orelha a orelha, do tipo que é tão grande que parece que vai fazer seu rosto rasgar. Mesmo de longe, parecia olhar nos meus olhos, quando disse:

_ É, Annie, eu consegui. Sou o mais novo titular do time de basquete da Goode High School.

_ Nunca te dei essa intimidade toda _ sussurrei para mim mesma quando ele já havia desaparecido pelos corredores do segundo andar da casa.

Coloquei minhas coisas no sofá grande e bege. Andando lentamente pelo cômodo, pude perceber que tudo ali parecia ter aquele ar meio antiquado, porém confortável. Peguei meus livros e o notebook e me sentei à mesa, do que parecia ser a cozinha, com o intuito de já ir adiantando o trabalho. Mas fui interrompida por uma voz vinda da porta.

_ Você é...? _ ela perguntou surpresa por encontrar na sua cozinha uma desconhecida.

Tinha cabelos tão negros quanto o de Percy, embora cacheados até um pouco abaixo dos ombros. Os olhos eram de um azul cristalino e seus traços indicavam ter por volta de uns quarenta anos, embora ainda fossem muito bonitos.

_ Sou uma amiga do Percy. A gente combinou de fazer um trabalho, só que ele se atrasou um pouco por quase do teste do time de basquete, aí, você sabe...

_ Sim, sim _ interrompeu-me, balançando as mãos como se fosse para eu parar de falar, já que elas estavam livres por ter apoiado na pia as sacolas de supermercado que segurava. _ Ele falou que você iria vir. É Annabelle, não é?

_ Annabeth _ corrigi, um pouco sem jeito. Ela notou a minha timidez e sorriu docemente.

_ Fico besta de ele ter ido direto pro banho. Desde pequeno, toda menina que ele trás em casa já quer levar pro seu quarto e ficar tocando aquele maldito violão.

_ Ele toca? _ perguntei um pouco surpresa. Ela assentiu, embora tivesse um pouco distraída guardando às compras. _ Quer ajuda?

_ Ah sim, seria ótimo _ agora foi ela que se surpreendeu com a minha pergunta. _ Talvez alguns hábitos do Percy tenham mudado e eu não saiba. Desde os dez anos que ele estava morando com o pai na Flórida. Até que finalmente nos resolvemos e viemos todos para Nova York. Ele até que tem gostado bastante dessa nova rotina.

Ele realmente tinha jeito de alguém que morava perto do litoral, pensei distraidamente. Ninguém poderia se bronzear daquele jeito morando no Maine ou em Seattle.

_ Tem sim _ respondi-lhe, sorrindo.

_ Percy adora o pai. Quis ir morar com ele assim que adquiriu idade o bastante para decidir de quem seria sua guarda. Eu nunca entendi muito bem essa obsessão dele. Quer dizer, Poseidon estava sempre tentando fazê-lo seguir seus passos, querendo ensinar o garoto a surfar ou a pescar. Mas, uma coisa que eu admiro no meu filho é essa determinação que ele tem desde pequenininho. Aos cinco anos dizia que queria ter uma banda de rock.

Eu ri, imaginando uma miniatura do Percy fingindo ser o Slash ou qualquer coisa parecida. E foi então que o vi parado e encostado no batente da porta, com os cabelos molhados e uma expressão que indicava um mínimo de vergonha de constrangimento.

_ Mãe! _ repreendeu-a, enquanto ainda Sally ria, indicando pra eu me sentar a sua frente. _ Você adora me fazer passar vergonha, não é? Escuta, você pode me avisar quando for umas seis e meia. É que Rachel vai vir aqui para casa mais ou menos essa hora.

Ela falou um “não falei” mudo para mim, retirando-se da cozinha. Eu fingir rir, até ver que ela estava longe e erguer minhas sobrancelhas interrogativamente para Percy.

_ Rachel?

_ Conhece? _ ele parecia distraído, revirando a minha pesquisa, já que aparentemente não havia feito nenhuma.

_ Para minha infelicidade, sim _ tomei os papéis de suas mãos, querendo que prestasse atenção no que fosse falar em seguida. _ Olha Percy, conheço até mais do que queria. E aquela garota, ela não presta, mesmo. Toma cuidado.

Ele só pegou minhas mãos em cima da mesa, sorrindo calmo. Eu senti que elas eram quentes, um pouco ásperas e grandes. E até que gostava da sensação de segurança que me transmitiram quase que de imediato.

_ Eu sei me cuidar. Confia em mim. _ ele fortaleceu o aperto antes de soltar de vez e tornar a remexer a papelada. _ Então, o que temos aqui?

_ Tipo, eu procurei Quíron depois e ele me informou que o trabalho seria contar alguma história da mitologia grega por meio de slides, um seminário, pra falar a verdade. Daí a primeira coisa em que eu pensei foi no seu nome. Perseu, sabe, o filho de Zeus.

_ Sim _ ele dava novamente aquele sorriso gigantesco, _ sim, sim. É que, por mais que ele não tenha sido filho de...

_ Poseidon.

_... meu pai me quis dar o nome _ ele riu, fungando um pouco. _ Então, digamos que eu conheço um pouquinho da história dele.

_ Sendo assim, ao trabalho _ fingi bater continência e ele riu, e logo ambos de nós estávamos concentrados em nossas próprias tarefas.

POV Percy

Eu me sentia esquisito, ali. Annabeth me olhava, já do lado de fora, como se esperasse alguma coisa de mim, mordendo levemente o lábio. Os cabelos loiros dela pareciam brilhar com a luz do pôr do sol e a primeira imagem que me remetia era a de um anjo.

_ Por que essa implicância com a Rachel? _ perguntei-lhe, ainda que tivesse medo da resposta. Ela olhou para as mãos, estalando os dedos. Ergui seu queixo até que ficasse à minha altura, olhando-me bem nos olhos.

_ Não é nada demais. _ disse baixinho, tentando desviar, mas eu a mantinha firme ali. Sei que soa meio egoísta, porque sabia que ela estava completamente sem jeito, mas é que olhar naqueles olhos grandes e tempestuosos não poderia se comparar a nenhuma outra sensação que já tivesse tido.

_ Caso não fosse “nada demais” eu aposto que você não estaria assim.

Eu pensei que tivesse lhe pego dessa vez, mas ela apenas deu um suspiro, meio que tranquilo e cansado, enquanto colocava suas mãos sobre as minhas. Estas, pelo que notara, pareciam estar sempre gélidas.

_ Você entende se eu disser que não quero falar sobre isso?

Assenti e beijei-lhe a testa. Ela parecia extremamente vulnerável, enquanto atravessava a rua, em direção a sua casa. Não a valentona que todos descreviam no colégio, a garota perversa que as líderes de torcida diziam ser ou a esquisita que meus companheiros de time falavam sobre. Só uma menina magra e alta, quase como uma modelo, com sua vida e seus problemas, todos só dela e que não deixava que ninguém chegasse perto.

Era assustadora a diferença entre Annabeth e Rachel. Enquanto uma parecia sempre delicada como uma bicicleta cor-de-rosa de uma garotinha de quatro anos, a outra era quase como um trator, passando por cima de tudo e todos que estivessem em seu caminho. A líder de torcida quase se jogara em cima de mim hoje mais cedo, quando os meninos disseram que estava dentro, e naquele momento me senti no mínimo assustado

Do outro lado da rua o pai de Annie parecia a esperar impacientemente. Eu vi apenas quando ele pegou-lhe pelo braço e a arrastou para dentro. Sinceramente, não entendia o motivo de tanto estresse, mas não era ninguém para questionar nada ali.

Annie. Da onde tirara o maldito apelido?


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Notas finais do capítulo

Pobre Annabeth, o senhor Chase é maligno. Mas até que o capítulo teve seus momentos, né, apesar de, como eu disse lá em cima, não ser um dos meus favoritos.
Eeeeentão, vocês foram muito bonzinhos no capítulo passado. 7 leitores, 7 reviews. Vamos continuar bons em matemática e manter o equilíbrio? Resumindo, quero o equivalente pro número de leitores o de reviews.
E, LEIAAAAAAAAAAAAAAAAAM ISSO, É IMPORTAAAAAAAAAANTE! Ok? Ok. Antes que eu me esqueça, tenho um presentinho pra vocês. O capítulo que vocês leram quase começou de um jeito completamente diferente, assim como o anterior. E, como eu não apaguei do meu PC, ESTOU DISPOSTA A MOSTRÁ- LO PARA VOCÊS. SE QUISEREM, ME MANDEM UM PEDIDO NOS REVIEWS QUE EU ENVIAREI O INÍCIO DO COMEÇO ALTERNATIVO POR MP. MAAAAAAAAAS SÓ ACEITAREI OS PEDIDOS QUE VIEREM POR REVIEWS.
É isso. Mil beeeeijos e vejo vocês logo, certo?