Sangue, Vermelho Sangue. escrita por GabyRocknroll


Capítulo 1
Capítulo 1




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Diane...

Era uma noite bem escura, a lua havia sumido do céu fazendo com que as estrelas ficassem sozinhas.

Mas eu não olhava pro céu, mas sim olhava para o homem na rua que observava minha casa. Eu ainda era muito pequena para poder entender as coisas direito, então só fiquei olhando para ele.

Antes que o homem pudesse me perceber, meu pai me puxou pelo o pulso. Correndo escada abaixo, chegamos até a sala de estar. Quando chegamos lá, vi que minha mãe estava muito preocupada olhando para fora da janela.

Para me esconder, meu pai abriu um pequeno alçapão, que até agora eu não tinha notado. Ele me colocou lá dentro e fechou sem dar nenhuma explicação me deixou sozinha em lugar escuro e úmido onde a única fonte de luz era um pequeno buraco que tinha no assoalho, onde eu poderia ver o que acontecia, a partir de certo ângulo. Quando a porta foi derrubada, eu só vi quem era quando a pessoa pegou meu pai pelo pescoço e perguntou onde eu estava. Ele não disse nada, o homem perguntou mais uma vez, de novo meu pai não respondeu. O homem ficou nervoso e o atacou. Meu pai fez o que pôde, mas não foi o bastante. Minha mãe tentou protege-lo, mas deu na mesma.  Eles estavam mortos. Pelo pequeno buraco escorria um filete de sangue, pelo cheiro pude perceber que era o da minha mãe. O homem revirou a casa inteira, mas não conseguiu me achar.

Na noite seguinte, eu sai de lá verificando antes se tinha alguém ainda. Eu arrumei algumas coisas, vesti um grande casaco preto do meu pai, sai de casa e comecei a andar em direção a cidade. Eu não tinha comido nada, estava fraca e cansada. Eu estava ficando tonta, as coisas estavam ficando escuras, e eu acho que acabei apagando.

Nicholas...

Uma noite quando estava voltando pra casa de uma longa viagem, vi uma coisa preta na estrada. Parei para ver o que era, e descobri uma menininha de cabelos longos, pretos e lisos. A parte superior de seu rosto estava coberta por sua franja. As bochechas e o nariz estavam cobertos por sardas, sua pele era branca como farinha, seus lábios eram vermelhos como sangue. Mas não foram essas características que me chamaram a atenção. Sua boca estava aberta, então podia ver seus dentes, ela tinha caninos como de um lobo, talvez até maior. Logo consegui entender o que ela fazia no meio da noite. Eu a peguei no colo e coloquei dentro do carro. Quando cheguei em casa, deitei ela na minha cama, e fui dormir no quarto de hospedes.

Na manhã seguinte, eu acordei cedo. Aproveitei e verifiquei se tinha fechado as cortinas, depois fui até a cozinha e preparei meu café da manhã. Algum tempo depois, ouvi passos vindo da escada, depois a menina apareceu na porta da cozinha, ainda com o casaco. Ela se sentou na cadeira a minha frente. Ela me olhou confusa. Eu expliquei a ela como a tinha encontrado. Eu avisei que morava perto de uma area de caça, se ela quisesse comer, tinha de comer animais quadrupedes. Ela me examinou, e acabou concordando.

“Você pode ir por aquela porta.” Eu disse apontando para a porta dos fundos. Ela se levantou lentamente, acho que estava um pouco desconfiada de mim. Ela foi até a porta, tirou o casaco e saiu. Cinco minutos depois ela estava de volta, toda ensanguentada.la olhou pra mim e perguntou onde era o banheiro. Depois de ter tomado banho ela voltou pra cozinha, se sentou no mesmo lugar e continuou me olhando. Eu disse que ela podia vir morar comigo, mas tinha que estudar.

Umas semanas depois acabei achando uma escola noturna. O que era um pouco comum em Winterwood. Na verdade só tinha três, mas são as melhores da cidade. Eu acabei adotando a menina, Diane, ela cabou se acostumando, a viver comigo.

Lola...

Quando eu acordei de manhã estava muito sol. Eu era bem pequena, então naquela manhã eu achava que todos estavam usando óculos de sol. Quando desci para tomar café minha mãe me falou que eu ia para uma das melhores escolas da cidade, uma noturna que não entendi o nome.

A noite eu comecei a me arrumar pra ir a escola, eles tinham um uniforme estranho, mas bonitinho.

Quando já estava na escola, conheci uma menina bem estranha, ela tinha olhos vermelhos, era bem pálida e tinha dentes pontiagudos como de um gato zangado. Ela se chamava Diane.

Já no primeiro dia de aula estávamos nos dando bem. Até chegar a aula de educação física, quando jogaram uma bola na cabeça dela tão forte que ela desmaiou.

Eu fiquei na enfermaria esperando ela acordar. Quando ela finalmente acordou, ainda estava meio tonta, ela olhou pra mim e depois olhou pro teto.

“Tudo bem?” eu perguntei, ela olhou pra mim e fez sim com a cabeça, então ela me examinou e sussurrou uma coisa que eu não consegui entender direito, então cheguei mais perto. Ela pediu para eu chegar mais perto, e me contou uma coisa muito chocante. Eu fiquei muito assustada, não conseguia me mexer, quando senti algo no meu pescoço. Eu sentia dor, era como se eu não tivesse controle sobre mais nada, como se um piano tivesse caído em cima de mim. Eu me sentia tonta, e com dor de cabeça, meus braços e pernas estavam pesados, meus olhos queimavam e a minha cabeça parecia prestes a explodir. Então eu desmaiei de dor.

Quando acordei Diane já estava boa, ela estava sentada em poltrona do lado da minha cama, ela olhava pro chão, parecia arrependida. Eu sentei e olhei pra ela. Ela me olhou de volta com olhos tristes, disse que sentia muito e que tentava se controlar o máximo, mas quando viu a oportunidade não resistiu.

Sete anos depois...

Jake...

Quando eu me mudei de Nova York para Winterwood, eu achava que ia ser mais sinistro. Eu acabei achando quando descobri que minha escola era noturna, muitos meninos contaram sobre histórias de um monstro que atacava os animais selvagens da cidade. Mas eu acho que eles só estavam inventando tudo aquilo.

Um dia antes eu acabei sabendo que meu melhor amigo, Thomas, tinha se mudado com seu pai também. 

Na manhã seguinte, fomos pra escola juntos. Quando chegamos uma menina de cabelos negros curtos, olhos azuis e pele pálida. Ela olhou pra mim e sorriu, eu nunca tinha visto uma menina igual a ela, eu a achei interessante. Ela estava junto com uma menina de cabelos igualmente negros, só que mais compridos, seu rosto coberto por uma franja, mas podiam-se ver seus olhos vermelhos como sangue, combinando com sua boca igualmente vermelha destacados na pele pálida. Ela também tinha sarda. Ela também deu um sorriso, mas ela era diferente, quando ela sorriu, ela mostrou os dentes afiados e grandes. Ela tinha um sorriso bonito.

Thomas...

Quando eu e o Jake chegamos à escola esbarramos em duas meninas, uma delas tinha olhos bem vermelhos. Ela era linda.

A primeira aula era de ciências. O professor era estranho. Mas eu nem prestei a atenção na aula direito porque a menina de olhos vermelhos estava na mesa ao meu lado.


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