Renesmee Pov

Suores frios...

O coração batendo com demasiada força...

Meu corpo tremendo como se já estivesse desistindo da luta e quisesse simplesmente se render e deixar aquele corpo que daqui a momentos estaria marcado...

Eu queria morrer naquele momento,não apenas pela humilhação que Jacob me espunha mas porque não suportaria me ver ao espelho após minhas costas estarem desenhadas com aquelas linhas horriveis.

Era isso que ele queria?...Fazer-me passar pelo que ele passou por minha causa?...Se sim,estava a dar resultado,nunca me senti tão arrependida por alguém que tinha feito até agora.

– Jacob,por favor...eu lhe imploro_minha voz esforçava a sair mas eram apenas sussurros devido ao choro.

– Mas o que temos aqui?A poderosa Renesmee Cullen implorando para não ser castigada?_não o conseguia ver mas Jacob falava muito alto e de seguida ouvia as risadas dos escravos.Deveria ser um espetaculo,pois jamais ouvi falar de uma senhora amarrada no tronco.

– Não adianta implorar,e sabe o porquê?Porque nenhum de nós aqui se deu o trabalho de implorar pois sabemos que nenhum dos senhores sentiria pena de nós,então minha esposa,porque deveria eu ter?_os escravos fibravam a cada palavra dita por Jacob,não porque me odiavam mas apenas porque adoraram ver os papéis se inverterem.

Senti passos atrás de mim e mais uma vez Jacob se aproximou de meu ouvido.

– Relaxe,o segredo é não contrair muito os músculos do corpo,a dor será amena._sua voz era quase diabólica.Eu já rezava baixinho pedindo para que minha vida fosse tirada antes mesmo daquele chicote ousar tocar em mim.Jacob sorriu levemente e então ouvi o chicote batendo no chão.Iria começar...

– JACOB POR FAVOR EU TE PEÇO,EU FAÇO QUALQUER COISA,QUALQUER COISA MAS POR FAVOR EU NÃO QUERO SER MARCADA!POR FAVOR ME TIRE DAQUI EU FAÇO TUDO QUE MANDAR,EU LHE PEÇO,PELO AMOR DE DEUS!!_eu reuni todas as forças que consegui reunir,gritando pelos pulmões,eu estava disposta a qualquer coisa para sair daquele castigo.A minha boca ja estava seca e meus olhos fracos de tanto chorar.

Silêncio se fez...e de repende uma chuva de gargalhadas.Sim,eu era o espetaculo de aberrações inteiro.

Senti algo tocar em minhas costas mas felizmente não era o chicote e sim os dedos de Jacob.

– Não se preocupe meu amor,eu jamais machucaria suas costas lindas,tão branquinhas,tão macias..._disse ele beijando sobre ela,o que me fez suspirar de alivio mas também de satisfação pois um toque gentil vindo de Jacob era raro.

– Mas...ela não sairá em pune._disse ele de repende,dirigindo-se para os escravos novamente._Ela disse que faria qualquer coisa não é?Pois assim seja!A partir de hoje,e espero que todos me oiçam para verem que não estou brincando!Minha dignissima mulher será agora...uma de nós,uma trabalhadora!A partir de nós não quero que nenhum de vós faça tarefas para ela,se quiser algo ela mesma o fará!Suas roupas agora seram os trajes iguais aos vossos,e o tratamento também,afinal de contas há melhor maneira de castigar alguém do que torna-la no que ela mais abomina?_e assim que acabou seu discurso,os escravos gargalhavam e gritavam entusiasmados.Eu ainda tentava recuperar o folego até sentir meus pulsos livres das cordas.Dois escravos levantaram-me e arrastaram-me para perto de Jacob.

– Micaela e Sara iram te mostrar sua nova...endurmentária...se não tiver do seu gosto,bem,paciencia!_disse Jacob sorridente chamando as tais escravas com um sinal de dedos.

Eu não abria minha boca.Talvez por estar exausta,talvez por achar ser um sonho.Apenas deixe-me levar pelos escravos que me encaminhavam até um quarto nos fundos...um quarto de escravos,pequeno,mal ilumado e horrivel.

Eles atiraram-me no chão,pois tal como lhes foi ordenado,eu agora seria tratada de forma diferente.E logo de seguida entraram as tais escravas.Estavam com um ar altivo,e atiraram-me uns trapos.

– Mude,vamos,não ouviu o que o patrão falou?_disse uma delas,a mais alta e corpulenta.Tinha um ar ameaçador mas não quis mostrar o meu medo.Ela irritou-se por eu não ter dito nada e chutou meu pé._Vamos!Está surda?Não se arme em madame porque é uma de nós agora!

– Eu jamais serei como voces suas imundas!_cuspi.Elas entreolharam-se,atonimas.

– Olhe aqui sua branquela,o patrão foi muito claro,a partir de agora terá um tratamento diferente então não nos provoque,podemos partir essa sua carinha de boneca de porcela e ao contrario de Jacob não vamos ter pena!Agora vista-se!_desta vez foi a mais pequena que falou atirando-me os trapos na cara.

Não pude mentir,estava um pouco assustada.Eu já não era a senhoria era mais uma...escrava...e elas sim,poderiam muito bem bater-me se fosse do seu agrado.

Levantei-me meio cabaleante pois minhas pernas ainda permaneciam bambas e fui retirando minhas roupas sobre o olhar atento das escravas e com muito esforço coloquei aquelas...roupas.

Eram demasiado largas para mim,o tecido era grosso,e tinha um cheiro horrivel.Elas viram o meu desagrado e riram.

– Faça essa cara não porque agora terá que se acostumar._disse a mais alta,olhou para o meu vestido e apanhou._O que acha,me ficou bem?_perguntou á outra._Acho que o irei usar hoje quando for visitar o Jacob para faze-lo lembrar deste dia mas vou deixa-lo chicotear-me mas...com outra coisa!_e as duas cairam na gargalhada.

O meu sangue ferveu...não sei se era por aquela nojenta ter ousado tocar no meu vestido ou por referir-se a Jacob daquela maneira á minha frente.Não pensei duas vezes,e a ataquei,pulando para cima dela desferindo-lhe vários tapas.

– Saia de cima de mim sua branquela,ou vai se arrepender!_me ameaçava ela,já no chão,mas minha raiva era tanta que nem suas inventidas nem as da outra escrava para nos separar davam certo.Eu estava possuida,só pensava em bate-la e nada mais.

A outra desistiu de nos separar e correu para pedir ajuda.De imediato uns escravos vieram e com muito esforço nos separaram,mas antes já tinha conseguido deixá-la com um olho negro e com as roupas bem rasgadas,sem falar nas linhas de sangue que minhas unhas haviam deixado.

Os escravos me carregaram novamente até o centro do pátio onde Jacob permanecia conversando com alguns escravos.Seu rosto expressou um ar surpreso assim que viu o estado que a escrava estava.

– Ainda agora ganhou os habitos Renesme?Está me saindo uma bela briguenta!Olhe como deixou a Micaela tadinha..._ele estendeu seus braços,para ela.Aos quais ela atendeu.

– Estou toda dorida senhor Black,olhe o estado que ela me deixou._choramingou ela,fazendo-se de coitada.Pousou o rosto no peito de Jacob e soluçou.Respirei pesadamente.

– Prontos,prontos...vá lá para dentro de casa,farei questão de ser eu mesmo a cuidar desses ferimentos._disse ele gentilmente e Micaela acenou,passando por mim com um ar triunfante.

– Como se atreve a tratar assim aquela imunda Jacob,eu sou a sua mulher mereço respeito!_esbravejei e ele aproximou-se de mim...sério.

– O que merece é limpar o chão lá de casa,está imundo._disse frio com um semblante que jamais tinha visto nele.Quando estava prestes a protestar,fui novamente levada pelos escravos até a cozinha da casa.Jacob já permanecia lá,dando ordem ás escravas de como eu deveria ser tratada a partir de agora.

Uma delas deu-me um ano e um balde com água ao qual deixei cair,pois minhas mãos estavam fracas.

– Imprestável!Vamos,comece a limpar,ao menos já espalhou a água pelo chão.

Uma outra empurrou-me com violencia e eu cai de bruços,soltando um grito abafado devido a dor.Peguei no pano e comecei a lavar o chão.Fechei o olhos com força.Quem diria...Renesmee Cullen naquela situação lamentável.Meus pais se envergonhariam de mim.

Enxuguei rapidamente as lágrimas pois não queria ser motivo de gozo da criadagem novamente.

Limpei o chão,o que pareceu durar uma eternidade mas foram apenas vinte minutos.Levantei,sinto-me exausta e suja.

– O que devo fazer agora?_perguntei encarando-as enquanto elas permaneciam sentadas como se estivessem no teatro.

– O patrão disse que assim que acabasse aqui,iria limpar os aposentos dele,então pode subir._respondeu uma com ar zombateiro.

Dei meia volta,pegando no pano e no balde subindo as escadas.Talvez Jacob se arrependeria desta brincadeira idiota e eu poderia descansar um bocado.Queria simplesmente esquecer este dia...

Estava a frente do quarto de Jacob e assim que pus a mão na maçaneta ouvi barulhos estranhos.Franzi a testa e decidi entrar...grande erro.

Senti meu coração enfraquecer,minhas mãos perderem o controle mas graças a Deus não derrubei o balde.E meus olhos...vendo aquela cena...gostaria que me esfaqueacem naquele momento,seria menos doloroso.

– Ah,já acabou o serviço na cozinha?Muito bem,vá agora lavar os lavados._disse Jacob ofegante enquanto Micaela se contorcia debaixo dele,tendo vários espasmos.Estava tão satisfeita que nem se importou com a minha presença lá,muito pelo contrário.Jacob voltou sua atenção para ela,a estocando com mais ferocidade ainda.Micaela estava ao rubro,arranhando levemente as costas de Jacob enquanto pedia por mais e gemia o seu nome.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto,ao qual não tive forças para lutar contra.Me dirigi até os lavados,não porque queria mas sim para evitar que meus olhos presensiacem mais aquela cena.

Mordi meus lábios para que eles não ouvissem meu choro mas também com os gemidos dos dois,eram impossivel.Curvei-me afim de limpar o chão mas parei assim que ouvi passos.

– Não mandei parar,mandei?Não se incomode com a nossa presença._disse Jacob duro,de mãos dadas com a escravas e os dois ainda nús.Subiram para a banheira,e desta vez se beijavam.

Eu sabia que Jacob queria me castigar,sabia que isso não era nada perante ao que estava por vir mas com os raios,como doia!Meu coração apertava como se tivesse sido esfaqueado trinta vezes.Fechei mais uma vez os olhos,tentei ignorar seus gemidos e tentei pensar em outras coisas...meu pai...minha vida...Nahuel...como eu era feliz.E me mantive forte,não choraria á sua frente.

– Já acabei._falei num sopro de voz mas fui ignorada.Jacob ainda a beijava com volúpia._Senhor..._insisti.

– Oh desculpe-me não a tinha ouvido.Muito bem para primeiro dia,pode descansar agora.A Sara te dará a sua comida agora e prepare-se que amanhã acordará cedo para trabalhar._disse ele e ao seu lado,a escrava se contorcia para não gargalhar.

Acenei apenas e abandonei o local.Fui até a cozinha onde a tal Sara disse-me para a acompanhar.Levou-me novamente para o quarto dos escravos e lá estavam um prato com uma espécie de pão e um pouco de frango assim como com um copo de água.

– Se levantará assim que o sol arraiar.Tem muita coisa para fazer._disse ela fechando a porta de seguida.Fiquei uns minutos alheia até que decidi atacar o prato.Minha fome era imensa tanto que decidi ignorar o aspecto daquela comida.Mal acabei de comer,dei um fortissimo gole deixando a água percorrer pela minha garganta que estava bastante seca.

Deite-me na cama,se é que se pode chamar aquilo de cama.Juntei minhas mãos e repousei meu rosto nela.Meus olhos se fecharam prontamente devido ao cansaço.Meu Deus,o que seria de mim de agora a diante?

Continua...