PET - Pokemon Estilo De Treinador (1 T) escrita por Kevin


Capítulo 9
Capitulo 9 - O Caminho dos Bravos


Notas iniciais do capítulo

Existe um momento em que tudo muda. O meu foi no quinto dia de jornada.



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Capitulo 9 - O Caminho dos Bravos



Já se perguntou do que você tem medo? Se as coisas que lhe arrepiam são realmente perigosas, ou são apenas estranhas ao seu conceito.


Eu estava acabado. Três pokemons esgotados, fora os meus ferimentos. Eu dormi a luz das estrelas um pouco a frente do local da batalha com Choc. Não tinha a certeza de onde eu me encontrava.


Pela manhã fui acordado pelos raios de sol. Após um lanche e uma verificada nos pokemons, caminhei rumo ao que acreditava ser o caminho para a cidade de Cerulean. Após quase um dia inteiro sem ver ninguém eu finalmente determinei, por meio de uma placa, que estava no caminho certo. Consegui chegar a um vilarejo, que ficava bem perto da cidade a qual eu me dirigia.


Lá eu conheci um jovem, nem lembro o nome dele mais. Apenas, que ele tinha um Eevee. Animado com a minha aparição repentina ele me convidou para uma batalha. O Eevee dele contra o meu. Não vi porque não o fazê-lo.


A batalha foi equilibrada, e acredito que ele teria me vencido. O meu estava muito fraco, e eu ainda estava machucado, mas na verdade o pai dele interrompeu a disputa o arrastando para casa. Nunca vou me esquecer das palavras do pai daquele garoto. “O mundo está perigoso para essa coisa de treinadores. Não faça amizade com os viajantes. Eles apenas querem garantir um local seguro para suas cabeças e comida de graça.”


Eu não queria nada daquilo, mas lembrei das histórias e entrevistas que já havia escutado. Realmente a maioria dos treinadores pokemons faziam muitas amizades por onde passavam, e usufruíam da hospitalidade de suas amizades, isso quando não pediam abrigo na cara de pau.


Os ladrões tem assustado as pessoas. Acho que por isso as pessoas não querem mais ter contato com os treinadores.


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Eram 20:00 da noite. Kevin havia acabado de chegar à cidade, e de longe via uma grande estrutura. Imaginava que poderia ser o Centro Pokemon, mas qual não foi a sua surpresa ao identificar o lugar como um ginásio. Em seu quinto dia de jornada era o terceiro ginásio que visitava.


– Fala sério... - Kevin parava observando o lugar. - Tenho certeza que já estive aqui antes... Acho que para ver um teatro ou algo assim. - Kevin tentava se lembrar quando foi a última vez que esteve em Cerulean. Não reconhecia a cidade, mas o prédio que estava sua frente era reconhecível.


Kevin sentiu as dores pelo corpo. Precisava descansar tão logo possível. Iria para o Centro Pokemon, mas sabia que no ginásio também poderia procurar abrigo.


Tocou a campainha e logo surgiu uma jovem de cabelos ruivos sorrindo.


– Olá! - A jovem olhou e ficou espantada com o que via. - Nossa parece que passou por uma barra. O que aconteceu? -


Kevin ainda não havia conseguido se quer se limpar, após 24 horas. Ele clamava por banho e uma cama macia. Curativos iriam cair bem.


– Sou um treinador. Tive uns problemas no Monte Lua. - Kevin sorriu disfarçando um pouco da dor que estava sentindo. - Sou Kevin Maerd Junior. -


– Nossa... Monte Lua são dois dias de caminhada do ponto seguro aqui, a não ser que rolou montanha abaixo até um vilarejo próximo... Vou adorar escutar sua história. - A mulher parou. - Esse nome me é familiar. Bem, eu sou Misty. Líder do Ginásio de Cerulean. Aposto que essa sua história deve ser cheia de emoções. -


Misty a líder do ginásio de Ceruelean foi uma companheira de viagem de Ash. Especializada em pokemons de água, passou a compartilhar o gosto pelas artes que suas outras três irmãs possuíam. As quatro juntas eram as líderes do ginásio de Cerulean, apesar de Misty ser a líder principal que detinha o título de uma das oito melhores líderes. Cabelos vermelhos que agora iam até os ombros, um corpo esbelto de mulher adulta e jovem. Percebia-se pelas roupas leves que a mesma possuía marcas de roupa de banho.




– A contar que sou treinador a um pouco menos de uma semana... Acho que deve ser sim. - Kevin já ia entrando dentro do ginásio e deu uma pequena risada. - A propósito pretendo desafiá-la pela sua insígnia também. É o motivo para eu ter vindo para cá. -


Misty virou-se para ele.


– Ahn... Desafio recusado até que você ganhe mais experiência. - Diz a líder. - Mas a hospedagem ainda é a minha oferta. - Misty parou ao ver os olhos interrogativos de Kevin.


– E qual seria o motivo para a recusa? - Kevin fuzilando-a com os olhos estava pronto para começar a gritar.


– Sua inexperiência. - Misty voltou-se para ele. - Escute, tenho visitas, além de ti. Se quiser ficar é bem vindo. Mas, não fale nada sobre me desafiar, e muito menos sobre eu ter recusado. Não quero enfrentar iniciantes, estamos entendidos? -


Kevin gritou chamando-a de algumas coisas não compreensíveis e logo tratou de sair do ginásio, ele mesmo batendo a porta.


Misty começou a gritar, mas já com a porta fechada, mas acabou sendo interrompida.


– O que aconteceu? - Moreno de cabelos pretos, aquele era Ash, Mestre Pokemon de Kanto.


– Foi um treinador... - Misty para por um momento ficando sem jeito. - ... Queria ver uma apresentação de minhas irmãs... Só que quando eu disse que elas não estavam... Ele começou a me ofender. - Sorrindo sem graça misty olhava para Ash tentando confirmar se ele havia acreditado.


– Que estranho... Tive a impressão que Ele tinha gritado algo como lhe derrotar de forma humilhante... - Ash parou pensando um pouco. - Mas, acho que deve ser por culpa das coisas que escutei falar de Brock. - Ash sorriu para Misty fazendo sinal para que eles voltassem para dentro. - A Associação de Batalhas recebeu uma denuncia dizendo que havia líderes de ginásio se recusando a lutar contra novatos. -


Misty sorriu sem graça procurando algo para dizer.


– Tenho pena desses líderes. - Ash mostrava-se zangado. - Eles serão multados com todo o rigor. As regras são claras, todo desafio deve ser aceito, a não ser que haja um motivo justo e que o desafiante entenda-o como justo. - Ash respirou fundo. - Espero que o Brock não esteja envolvido nisso. -



Kevin já estava longe. Havia chegado ao Centro Pokemon e além de colocar seus pokemons em repouso foi receber alguns cuidados médicos.


– Não precisa ficar tão nervoso. - Enfermeira sorria para ele. - Apesar de parecerem muito abatidos, seus pokemons estão apenas cansados. Seja lá pelo que tenha passado, conseguiu por fim aquilo sem colocá-los em tanto risco. - A enfermeira sorria. - Por sorte, você também não quebrou nada. -


Kevin saltou o ar.


– Desculpe Joy! - Kevin saia da maca. - Eu não estou bravo com o que me ocorreu na viagem, e sim com o que aconteceu há pouco. - Kevin cerrou os punhos com raiva. - Misty está se recusando a lutar contra treinadores iniciantes. -


A enfermeira olhou incrédula.


– Tem certeza? - Joy ia com ele para o refeitório enquanto conversavam. - Além dos Pokemons de água, sua especialidade é a arte. Imagino que talvez ela esteja se preparando para outra apresentação e por isso recusou. - Joy sorriu. - Ela não pode recusar um desafio por você ser iniciante. -


– Mas, foi o que ela disse com todas as letras. - Kevin sacudiu os ombros.


– Bom... - Joy fica pensativa. - Tente conseguir uma outra insígnia. Vermilion é a cidade mais próxima com um Ginásio, pelo que sei. Lá o Tenente Surge nunca foge de uma luta. Aceita tudo o que mandarem para ele. - Joy olhou para Kevin fazendo sinal para ele se servir com a bandeja. - Com uma insígnia, eles não poderão negar enfrentar-lhe. -


Kevin fez que sim. O jantar passou calmo. Havia poucos treinadores ali. Todos falando de suas experiências. Kevin comentou um pouco de sua jornada.


– Hum... Por que não vai ao caminho dos bravos? - Questionou um treinador. - Convenhamos que precisa treinar mais. - O treinador deu uma risada. - Ainda mais se está sua história for toda real. Você só pega pedreira. -


– Caminho dos bravos? - Questionou Kevin tentando ignorar o comentário sobre sua história ser uma completa mentira. Ele mesmo não acreditava que estava vivendo.


– É uma trilha onde os treinadores gostam de ir para treinar. - O rapaz explicava. - Um pouco depois da trilha, talvez uns 5 quilômetros, existe um ginásio não oficial. O rapaz que o construiu está para receber a autorização legalizando seu ginásio. - O garoto fez um gesto com as mãos, mostrando ser uma batalha difícil. - Eu perdi, e pelo que saiba, quase cem treinadores o enfrentaram nos últimos tempos e não conseguiram derrotá-lo ainda. - O rapaz riu. - É um ótimo desafio para treinar suas habilidades. O caminho não é fácil, ainda mais pelos treinadores que há nela. O líder do ginásio não oficial é muito forte. E o caminho não tem ladrões, é bem seguro treinar nele. -


Kevin ficou pensando em realmente participar. O caminho dos bravos parecia ser muito interessante. Kevin no dia seguinte se preparou para sair, mas foi interceptado pela Joy antes.


– Escute... O líder do ginásio não oficial... Tem uma pequena rincha com Misty e Brock. - Joy parou alguns minutos vendo que Kevin lhe dava atenção. - Se contar a ele sobre o que aconteceu entre vocês, ele certamente vai querer denunciá-los. - Joy olhou em volta certificando-se que não havia ninguém. - Peço que por favor, não comente nada com ele. -


– O que? - Kevin interrompeu a fala de Joy. - Por que acha que eu não iria fazer algo para eles aprenderem uma lição? Eles estão errados. Deveriam ser símbolos de honra e moralidade, mas estão agindo completamente diferente. -



– Eu não sei quais são as punições para quebra de regras. - Joy ponderou. - Acho que eles mereçam ser punidos realmente, mas devo lembrar que eles te subestimaram. Provavelmente o líder não oficial iria tentar tirá-los do cargo de líder, pelo menos de maiores líderes. Quem sairia perdendo não seriam só eles, mas você também. Assim como todos que já enfrentaram-nos e venceram para essa temporada. - Joy parou. - Você pode não ter a chance de vir a enfrentá-los novamente e também pode vir a necessitar passar por ginásios que não esperava passar. Lembra-se das regras? A quantidade de insígnias dos maiores líderes? -


Kevin assentiu com a cabeça dizendo que entendia. Ele não prometeu nada a enfermeira pois não sabia qual seria sua reação frente ao líder não oficial. Mas, agradeceu o conselho e se foi.


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– É! Essa é minha décima vitória consecutiva. - Kevin vibrava. Estava próximo a hora do almoço e já tinha conseguido enfrentar dez treinadores e vencidos a todos usando Nidoran e Pidgey. Ou seja, ele tinha 16 lutas. Três derrotas, uma para a estilo do poder, uma para o pai de Brock e uma para Agatha. Um empate para o jovem com um eevee. E 12 vitórias, começando pela Jessie e seguindo pela do Choc. - Nada mau para 6 dias de viagem. -


Kevin olhava em volta, queria conferir se havia algum outro treinador antes de rumar para o famoso ginásio não oficial. Mas, não encontrava ninguém.


– Acho que é hora de conhecer o cara que quer se tornar líder. - Kevin caminhou para a direção que havia lhe indicado como local


– Hum?? - Kevin encontrava um complexo de estrutura diferente em meio a mata. Quando ele se aproximou viu um rapaz robusto, talvez com seus quase 20 anos, rindo enquanto um jovem mais novo saia chorando.


– Esse povo da Tec-Pokemon deveria aprender que conhecimento sem prática não dá resultados. - O rapaz se virou para Kevin. - Ola! Sou AJ líder deste ginásio. Gary permitiu que eu o abrisse. Passei pelas provas e outros. Agora faltam-me apenas 100 vitórias consecutivas, como manda o regulamento, eu serei oficializado líder de ginásio. -


Kevin deu mais uma olhada no rapaz. Realmente parecia ter muita experiência.


– Sou Kevin, da Cidade de Tin. - Kevin saudou o rapaz. - Por que... Quer ser líder de ginásio? - Kevin nunca tinha se perguntado como alguém se torna líder de ginásio. A curiosidade aumentou por lembrar-se da menção de Brock de já ter sido e ter voltado a ser. Assim como o pai dele.


– É uma oportunidade. - Disse AJ que olhou para um senhor que estava junto a ele. - Um treinador treina para melhorar cada vez mais. Os líderes treinam para além de melhorarem, poderem avaliar a capacidade dos treinadores em jornada. - AJ viu o velho balançando a cabeça confirmando.


Aquele senhor, de terno e com duas bandeiras, uma em cada mão, tratava-se de um juiz oficial da liga pokemon. Enviado pela Liga Pokemon de Kanto para avaliar as batalhas, tornando a contagem oficial.


Também era como um tutor para os jovens líderes, neste caso o AJ. Por isso, AJ vez ou outra consultava-lhe, mesmo que com os olhos, se sua resposta estava correta.


– Meu motivo é porque após ter vencido na Batalha da Fronteira, uma competição de bastante nível, que é mais um desafio pessoal, eu percebi que não sentia tanto prazer em participar de competições, mas de testar habilidades, tanto as minhas quanto a dos meus adversários. - AJ sorriu. - Por isso criei esse Caminho do Bravo a beira do meu possível ginásio. Toda a estrada pela qual passou é protegida por mim. Tenho alguns pokemons vigiando o caminho. É um local seguro para treinar. E quando sentem-se preparados os treinadores procuram-me para que ambos porém aprova as habilidades. -


Kevin compreendia o que AJ estava falando. Parecia confuso de se entender, mas Kevin imaginava que AJ havia encontrado no propiciar a possibilidade de crescer aos treinadores o sentido para sua vida. Assim Como Melani acreditava que treinador e pokemon deveriam se ajudar a por para fora seu potencial, AJ queria por para fora o potencial de seus adversários. O melhor lugar para isso, na cabeça de AJ, era um ginásio.



– Venha! Vou mostrar o meu ginásio. - AJ fez sinal para Kevin o seguir. A arena ficava do lado de fora do ginásio. Provavelmente queria aproveitar a natureza.


Dentro era um verdadeiro centro de treinamento. Havia pesos e muitas coisas que Kevin sabia, dava para usar perfeitamente no treinamento. Havia algo parecido com um colete, muitos pokemons usavam.


Kevin observava aquele colete com curiosidade.


– Aquela é minha criação. - Aj percebeu o olhar curioso de Kevin. - Coletes de força. Reduzem os movimentos dos pokemons em 50% e ao mesmo tempo exigem dele resistência, já que são pesos também. - AJ parou um pouco. - Alguns acham isso cruel. Mas, é como se o pokemon na verdade treinasse cansado. - AJ parou. - Todo o ser vivo possui um ponto de limite de onde supostamente ele não consegue passar. O colete remete esse ponto de limite para que o pokemon, sem correr riscos reais, possa tentar ultrapassá-lo criando assim um novo limite. -


– Na visão de AJ os seres vivos deveriam explorar tais limites, sempre ultrapassando-os. - O velho juiz riu. - É um estilo interessante para um líder de ginásio -


Kevin naquele instante franziu a testa. Estilo. Aquilo para ele fazia sentido agora. Abaixou sua mochila e pegou o diário de seu pai. Lá havia a palavra estilo escrita de forma normal, mas ele nunca conseguia traduzir aquele trecho de forma efetiva.


– O que está fazendo? - Questionou AJ.


– Então... Estilo é uma forma de treinar? - Kevin parou imaginando. - Até da para fazer sentido, mas ainda não me dá uma informação coerente. - Kevin guardou o diário enquanto AJ nada entendia. - É um jogo bobo que to participando. - Kevin preferiu não entrar em detalhes sobre o diário de seu pai. As vezes até ele achava aquela história de diário em código com segredos ser muito bobo.



– Meus pokemons favoritos são que podem usar o ataque de fúria. Pois, após o ataque o pokemon fica no seu limite. - Aj sorriu estendendo uma pokebola em sua direção. - Aceita batalhar contra o meu estilo? Tenho 99 vitórias consecutivas. Quer me dar a honra de me tornar um líder oficial de Kanto? -


– É para isso que vim aqui! - Kevin animou-se! - Apesar que não possuo um estilo como você! No momento to buscando apenas estimulo para arrebentar a Misty e o Brock. -


– Aqueles patetas? Não acredito que perdeu para eles. Se não fosse contra as regras eu iria desfazer o convite da luta. - AJ cerrou os punhos engolindo a sua real vontade. - Não vai honrar a minha vitória decisiva, mas, espero que não seja tão fraco. -


– O que? - Kevin se enfureceu. - Eu não fui vencido. Eles não quiseram lutar, pois comecei a jornada há uma semana. - Kevin berrava, mas de repente parou lembrando-se do pedido de Joy.


Kevin baixou cabeça acalmando-se. Olhou para o juiz que parecia mais concentrado em AJ do que nas falas e gritos de Kevin.


– Esqueça o que eu disse e vamos batalhar. - Kevin pegou uma pokebola.


Eles foram para fora do ginásio aonde havia a arena. O juiz agitou as bandeiras anunciando que seria uma disputa de dois pokemons.


– Só preciso do meu Sandslash. VAI! -


– Isso é o que eu quero ver. Eevee Preciso de sua ajuda! -


Os pokemons se encararam. Sandslash parecia ser bem poderoso. Eevee estava atento. Se perguntava se aquele pokemon realmente era um perigo para ele.


– Sandslash para debaixo da terra. - O comando de AJ foi atendido rapidamente. Sandslash usando o cavar agora estava oculto.


– Droga o ring dele é terra firme. Não tem nada que eu possa usar. - Kevin preocupou-se com o movimento adversário. Sabia que o cavar era um ataque que garantia muita vantagem. - Agilidade para evitar os ataques surpresas. - Foi a única coisa que Kevin conseguiu pensar. Assim Eevee começa a se movimentar e os ataques surpresas de Sandslash vão sendo frustrados.


– Muito bom, parece que tem habilidade para uma semana, só que não tem para competir com o ataque fúria. - AJ se interessou pela batalha ao ver que o pequeno Eevee com uma semana de treinado, conseguia evitar os ataques surpresas que o cavar tentava provocar.


– Eevvee mantenha sua agilidade aumentando. - Kevin limitou-se a continuar na sua tentativa de fuga, não conseguia acompanhar com os olhos, e nem com o pensamento, a velocidade do ataque adversário.


O ataque de fúria é surpreendente. Sandslash ataca com tudo e a todo o momento. Eevee vai desviando como pode, mas começa a ser colocado ao chão pois começa a ser acertado.


– Eu treino a muito tempo, tanto quanto o Ash... Sua sorte é que os pokemons que estou usando são recentes, e não os meus antigos. Regras de um líder de ginásio. - AJ gabava-se. Sabia que estava para vencer.



– Não me subestime... Ah! - Kevin pega o diário e abre na pagina onde isso está escrito. Repara que tem algo escrito em código.


– O que é isso? Quer saber como batalhar? É só prestar atenção. Sandslah ataque de corpo. - Eevee continua a ser acertado.


Kevin tentava decifrar um pedaço que ele julgava importante.


– Eu consigo ler... Não subestime a ninguém, um mestre pokemon pode perder para alguém que apenas começou a trilhar se ele tiver... ah! Olha aqui a palavra de novo... Estilo! -


Eeevee continua apanhando e sem energias desmaia.


– Volte. - Kevin para pensando. - Estilo? Será que isso está certo? Como o estilo pode derrotar um mestre? - Kevin selecionou uma nova pokebola. - Vai pidgei... -


– Essa coisinha? - Aj começou a rir. - Mas é a primeira vez que vejo alguém me desafiando com um pidgey. Os pokemons do tipo solo, como sandslash possuem vantagem sobre os voadores. Ainda mais desse nível. -


– Pidgei use a ventania. - Kevin comandava o ataque, mas nada faz. - Não pare! Vamos rancar esse pokemon do chão. Eu sei que você consegue! - Dizia Kevin.


– Sandslash salte e acabe com ele. - Assim que Sandslash salta, pidgei aumenta a potência do seu ataque mudando de ventania para um turbilhão de vento.


– Tornado! - Grita Kevin empolgado.


– Mas, o que? - AJ vê seu pokemon girar e cair desacordado. - Tornado sendo apenas um pidgey? Achei que eles só aprendessem isso como pidgeyotto. - AJ sacava outra pokebola. - Vai Beedril. -


Kevin rapidamente apontou sua pokeagenda. Lembrava-se perfeitamente do pokemon que pesquisou quando conheceu Melani e confirmando seus dados, após escutar a voz da pokeagenda estava animado. Uma abelha que ao invés das mãos possuía pequenos ferrões.


– Isso vai ser mole, a vantagem de tipo é minha e agora que meu pidgey aprendeu o tornado! Tornado nele. -


O tornado de pidgey é forte, mas acaba não derrubando Beedril que voa pelo tornado, mesmo que com certa dificuldade.


– Agora meu zangão Ataque de fúria. - AJ agora comandava sua abelha que atacava com os ferrões de seus braços sem parar.


Pidgey é acertado três vezes pelos ferrões e começa a cair. Com isso seu rodamoinho de vento vai diminuindo. Ao final do rodamoinho os dois pokemons caem ao chão sem forças.


– Empate! – Gritava o juiz.


– Como é que é? - Kevin e AJ gritaram.


Kevin nunca havia empato. Sequer entendia o que empate significava. Empate parecia não ter um gosto tão bom naquele momento. Principalmente para AJ.


Ele não considerava a luta interrompida contra o jovem com um eevee numa cidadezinha perdida como empate. Mas, rapidamente entendeu. Foi a mesma sensação.


– Não acredito! - AJ caía de joelhos. - Como aquele tornado pode me derrubar? -


– Se você percebesse que a vantagem era sua, até que usou a fúria. - Diz o Juiz. - Você será um ótimo líder. Mas, tem que entender que alguns seres possuem seu limite, que não conseguiram superar mesmo querendo porque é uma impossibilidade biológica. - O juiz sorriu. - Agora haja como o líder que tem sido até aqui e faça o seu trabalho. -


Kevin havia recolhido pidgey e estava pensando em tudo aquilo. Se ele não pode vencer AJ que tinha pokemons nitidamente mais fracos que os de Misty e Brock, como ele queria vencer aos dois?



– Kevin! Meus parabéns! - Kevin via AJ com a mão estendida para ele. - Você com pouco tempo de jornada conseguiu criar e treinar bem seus pokemons. Quebrou minha sequencia de vitórias e me fez perder a concentração. - AJ sorriu. - Você perdeu pela sua pouca experiência em batalhas. Quando um golpe novo te é apresentado, você fica sem saber como reagir. - AJ levantou as mãos mostrando dois dedos. - Esse é o número de vezes que você tem para ver um golpe e reagir a ele. Se for acertado pelo mesmo golpe mais de duas vezes, sua vitória se torna quase impossível. -


Kevin sacudiu a cabeça entendendo. Viu o ataque de fúria duas vezes. Mas, não conseguiu agilidade para pensar em como desviar dele. Agora compreendia que ele também precisava de mais experiência em batalhas.


– Eu perdi por ter subestimado o poder de seu pidgey e exigido demais de meus pokemons. - AJ suspirou. - O ataque de fúria tem a desvantagem de deixar o pokemon cansado e precisando de um tempo para se recuperar. Normalmente a ultima coisa que se reergue é a defesa. – AJ sorriu. – Quando saltei com SandSlash contra o pidgey ele ainda não havia se recuperado do movimento Ataque de fúria que usou contra o Eevee. Pulando, baixou ainda mais sua defesa sendo alvo do tornado. A mesma coisa com a Beedril. Ela já forçava para manter-se no tornado. Quando comandei a fúria, ela passou por sua defesa, mas tinha abaixado a própria. - AJ escutou o juiz aplaudindo-o.


– Vamos começar a contagem novamente AJ! - Sorriu o juiz. - Tenho certeza que muitos alunos da TecPokemon virão te enfrentar, e assim fará rapidamente suas 100 vitórias. -


Kevin estava feliz com o empate. Ali estava realmente um grande futuro líder. Mas, a menção da Tecpokemon havia lhe intrigado. A Tecpokemon era uma escola preparatória para treinadores. Lembrava que sua irmã havia sugerido dele ingressar em uma, mas acabou que não passou de uma ideia que não vingou.


– Podem me mostrar o caminho da Tecpokemon? - Kevin estava curioso para ver como aquilo funcionava.


<><><><><>


Eu lutei bastante naqueles dias. Realmente era um lugar seguro para treinar. Aprendi bastante. Mas, confesso que não me senti tão animado quanto parece. Me diverti e me sentia super por ter vencido tantas vezes, mas a batalha em si não me satisfez.


Da vez que enfrentei Choc, que capturei Pidgey e Nidoran, que vi Melani capturando Gyarados, e até mesmo quando enfrentei AJ. Eu senti algo diferente. Uma sensação plena. Como se tudo aquilo tivesse um motivo e um propósito além de apenas aumentar suas habilidades.


E foi ai que eu tive a primeira visão do que Agatha me falou. “Quando estiver enfrentando o seu próximo adversário, lembre-se de nossa batalha. Aposto que nela você encontrará algo que o ajude nas próximas.” E na Batalha contra ela, no meio daquela derrota eminente eu tinha um objetivo, acertar um golpe. Assim como minha irmã havia feito.


Um objetivo. Sempre que luto com um objetivo fixo, que sei pelo que estou lutando, não apenas sobreviver, eu me saio bem. Eu me sinto bem lutando com objetivos. Agatha falava de perceber o motivo de cada luta. Assim como Mellany o motivo de cada captura.


Na mesma época que recebi a mensagem de Choc recebi uma mensagem de AJ me convidando para ir a seu ginásio desafiá-lo. Ele tornou-se líder enquanto eu estava fora. Com isso o número de ginásio havia subido para 33.


Mas, eu tenho certeza, de todos os líderes de ginásio de Kanto, talvez AJ não seja o mais forte, mas certamente era o que levava a ideia de avaliar as habilidades do treinador mais a sério.


Eu deveria enfrentá-lo novamente? Acho que ele merece a oportunidade de enfrentar a pessoa que retirou sua sequencia de vitórias. Mas, sem o Eevee parece tão estranho.



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Notas finais do capítulo

Avisos:
Explicação de como se calcula o Nivel do Treinador no episódio 11.
Explicação de como se calcula o nível de Raridade no episódio 30.
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Nome: Kevin Maerd Junior
Cidade Natal: Tin na região de Kanto
Ocupação: Treinador
Nível: J
Idade: 12
Qtd. Pk: 2
Pokemon: Eevee - Nível de Raridade 7
Pokemon: Nidoran Femea - Nível de Raridade 6
Pokemon: Pidgey - Nível de Raridade 4
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Nome: AJ
Cidade Natal: ??
Ocupação: Treinador / Aspirante a Líder de Ginásio
Nível: D
Idade: 25
Qtd. Pk: ???(+6)
Pokemon: Sandslash - Nível de Raridade 7
Pokemon: Beedril - Nível de Raridade 9
Analise da Batalha de Kevin e AJ:
Sandslash e Eevee são pokemons de mesmo nível. No entanto, a experiência de pokemon e treinador sobressaem-se contra os adversários.
Sandslash contra Pidgey. O pokemon ave leva total desvantagem, tanto de nível quanto de tipo. No entanto, o uso do ataque de fúria diminui a defesa e a resistência, deixando pokemon cansado e com guarda baixa. Desta forma, pidgey consegue realizar golpes certeiros sem muita defesa.
Beedrill contra pidgey. Novamente o limite do pokemon é explorado por AJ. Ainda na montagem de um estilo próprio de superar os limites, AJ acaba enfraquecendo o próprio pokemon deixando o empate acontecer.
Obs.: Importante entender que o nível de raridade do pokemon, não é o tamanho do poder que ele possui, mas sim a classificação ao qual ele pertence numa escala de raridade, ou para melhor entender, uma escala de padrão. Onde o peso de importância de um Sandslash é o mesmo de um Eevee, ambos treinados. O nível não vai interferir, e dizer que o Sandslash é mil vezes mais forte que o Eevee, ou o Eevee conhecer mil golpes a mais que o SansdsLash.