Corações Perdidos escrita por Kuchiki


Capítulo 4
IV - Felicidades e Tristezas


Notas iniciais do capítulo

Não demorei não é? Estava louca para receber mais comentários, então, me virei com a criatividade.
Aproveitem!



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O coração batia descontroladamente enquanto achava que a qualquer momento poderia parar.

Martelava, ela entendia que era a falta dele agora. Seu chão caiu. Onde se apoiaria?


"Meu maior erro foi te amar demais." Pensou enquanto caminhava pela praça. Onde crianças brincavam alegremente. Se lembrou da promessa que ele tinha feito na infância, naquela mesma praça.


Nunca a magoaria. E de certa forma, quebrou a promessa mesmo não querendo.

Seu coração estava em pedaços, e continuava batendo. Por pura teimosia. Ou não...


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Quarto capítulo.


– Primeiramente, temos que definir seu estilo. Pink, Punk ou... - Eu a fitei.


– O que? O que é isso? - Perguntei.


– Não acredito. Santo Deus, ilumina essa flor que ela está precisando. WAKE UP GIRL! Não acredito, você está perdidaça nesse mundo. - Senti uma interrogação se formar em mim.


– Agora que eu não entendi nada. Pode falar português, por favor? Se não for muito complicado... - Marina resolveu falar.


– Mônica, que tipo de roupa você prefere? - Agora sim.


– Eu gosto de roupas que não chamem atenção, bom, eu nunca chamaria mesmo. Mas gosto de me vestir com calça jeans, casacos grossos, blusas de manga comprida e tênis estilo "All Star". - Falei. - Ah, e as roupas devem ter um tom escuro. Preto, cinza, azul marinho... - Denise se atirou na minha frente.


– O caso é sério. Oh, my God! Uma monga possuiu o corpo dessa jovem moça. "Fia", o que você tem? A falta de estilo é incrível, nunca na minha vida vi uma criatura tão carente de BOM GOSTO. Cadê os vestidos estampados? Coloridos? Brilhantes? As sandálias? Aonde elas entram na história? - Deu uma pausa e seus olhos saltaram para fora. - Ahh! Já sei! Você é o que eu estou pensando que é?– Agora meus olhos que saltaram para fora.


– Está maluca, mulher? Está me estranhando? - Gritei.


– Não estou falando nada gata. Apenas refletindo o que você deu entender que era. - Cruzou os braços. - Mas já que não é, vou escolher umas roupinhas bem fashions.


– Ah, não! - Fui paxada para a área dos vestidos, era um mais esquisito que o outro.


Marina ria alto com as caretas que eu fazia a cada peça que Denise escolhia.


– Me amarrota que eu tô passada! Eu nunca tinha visto vestido mais lindo que esse! Môzinha do meu core, vamos para o provador agora! - Era muito feio, eu odiei. Parecia que todos eram iguais, só mudava a marca. E que caras essas marcas...


– Eu não vou vestir isso nem que me pague. É muito brega. - Fiz outra careta.


– Primeiro, o vestido não é brega, acho que estamos falando do seu estilo e, segundo, quem disse que esse vestidão linto é para você? EU é que vou provar. - Essa garota é doida, mas tudo bem. Marina não se continha, ria cada vez mais alto das palhaçadas dela.


– Mô, me desculpe, mas a Dê é uma figura, muuuuito engraçada. - Dei de ombros enquanto Denise se maravilhava com a imagem que refletia no espelho do provador.


– Ele é lindo, perfeito. - Começou a pular de alegria. O vestido era tomara que caia, caiu, deixando à mostra seu sutiã de bolhinhas vermelhas, já que ele bem solto no corpo. Ela correu de volta para dentro do provador vermelhinha, e eu gritei rindo com Marina:


– Parece que foi feito para uma menina com mais "comissão de frente".


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(Autora)


Enquanto isso...

Na lanchonete Magali e Quim conversavam...


– Quim, me explica isso direito. Você se apaixonou por outra garota? - As lágrimas eram inevitáveis nesse momento.


– Sim Magá, eu sinto muito. - Se entregou.


– Eu a conheço? - Perguntou.


– Conhece. - Respondeu rapidamente.


– Quem é? - Perguntou novamente.


– A Cascuda... Ela também se apaixonou por mim. - Eles se olharam. Ela sentiu como se estivesse cortando as artérias do seu coração.


– Ela vai falar com o Cascão? - Enxugou a lágrima que insistia em cair. Ele fez a mesma coisa, as mãos se tocaram. Ambas geladas. Não existia mais amor entre os dois.


– Quim... Aonde foi que eu errei? - Tirou lentamente a mão dele da sua.


– Você não errou em nada Magali. Foi uma namorada perfeita. E é por isso que eu estou tendo manter aqula promessa que te fiz quando éramos crianças intacta. - Ele também chorava. - Será que posso continuar sendo seu amigo?


– Eu te amo. - Ela repetiu o que o seu coração tentava expressar. - Sempre amei. E sei que vou continuar amando.


– Magali, eu também te amo. Mas não do jeito que você quer. - Falou.


– Você quer me deixar com ciúmes, é isso? Ontem eu falei com o Cascão mas não era nada demais. Ele meu melhor amigo e... - Ele colocou as mãos em minha boca, me impedindo de falar.


– Magá... Não diga nada. Não gaste sua saliva à toa. Não é por isso. Eu gosto mesmo da Cascuda. Eu não te largaria por ciúmes.


– Seu amor não pode ter acabado de uma hora para a outra. Não pode. Eu errei sim em algo. - Abaixou a cabeça.


– Não chore por mim, Magali. Você não errou em nada. O amor pode ser tão forte que a pilha acaba. - A abraçou.


– Por que não compra uma pilha nova? Por que? - O abraçou também. Ele ficou em silêncio.


– Sempre estarei aqui quando precisar de mim. Sou seu amigo. E isso não vai mudar. - A olhou nos olhos. - Agora eu tenho que ir embora, meu pai quer conversar comigo. - Deu um beijo na bochecha dela. A mesma o abraçava, apertando brutalmente o corpo do amado. - Magali... Me solta, por favor. Vai ser melhor assim. - As mãos foram caindo lentamente e quando ela voltou à realidade, ele já não estava mais lá.


O coração batia descontroladamente enquanto achava que a qualquer momento poderia parar.

Martelava, ela entendia que era a falta dele agora. Seu chão caiu. Onde ela se apoiaria?


"Meu maior erro foi te amar demais." Pensou enquanto caminhava pela praça. Onde crianças brincavam alegremente. Se lembrou da promessa que tinha feito. Nunca a magoaria. E de certa forma, quebrou a promessa mesmo não querendo.Seu coração estava em pedaços, e continuava batendo. Por pura teimosia. Ou não...


Por coincidência ou destino, seu amigo sujinho também estava lá, no outro lado da rua. Com o mesmo rosto, bom, não parecia o mesmo. Tantas vezes brincalhão, agora ele parecia uma aparição. Sentia a mesma dor que ela sentia.


– Cascão! - O chamou. Ele a olhou.


– Magali? - Atravessou, e por instante, com o encontrar dos olhares, se sentiram vivos novamente.


– E então, você não deve ficar assim. - Falou tentando tranquilizá-lo.


– A Cascuda foi a minha única namorada. A única em minha vida. Sabe quando você sente seu coração estar perdido? É o que eu sinto agora. O que eu faço? Que rumo tomo na minha vida? Eu a amo. Ainda amo. - Ele a abraçou por impulso. Ela correspondeu o abraço.


– O Quim também foi meu único namorado. E meu coração também insiste em amá-lo. - As lágrimas escorreram novamente. Só que dessa vez, do rosto dos dois.


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Cebola falava com Irene no celular, já cansado da voz dela.


– Irene, eu já disse que eu não vou sair com você. Só porque estudamos inglês juntos, não quer dizer que eu goste de você, somos apenas amigos. Me esquece. - Já era a quadragésima vez que Irene estava ligando para ele na semana. Implorando por apenas um passeio no Shopping.


– Ah, Cê, por favor. É um passeio amigável. Prometo não fazer nada. - Repetiu. - E se você não aceitar, vou ficar insistindo.– Ele suspirou e sussurrou.


– Ok, que horas a gente se encontra?


– Por que não agora? A gente se encontra daqui a 20 minutos na praça de alimentação. Falou pulando de alegria.


– A gente se vê. - Estava doido para desligar o telefone.


– Por que você não coloca no viva-voz? Assim, a gente pode continuar conversando. Aí, enquanto vai para lá você volta a falar normal comigo, porque não quero ninguém escutando as nossas conversas. - Ele arregalou os olhos.


– Irene, vai acabar seu crédito. Tenho que desligar. Beijos! - Desligou rapidamente, tentando fugir de outra desculpa dela.- Ô mulher complicada essa, hein? - Suspirou novamente tentando ser corajoso e escolheu a roupa.


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(Mônica - PDV)


Denise escolheu outro vestido, tomou bronca daquele.


– E ele nem era tão bonito assim, ok? - Se explicou.


– Sei, sei... - Eu e Marina começamos a rir novamente.


– Bom, Denise, já que não deu muito certo com você, vou escolher umas roupas para Mô. - Marina me puxou para a área adolescente.


Calças jeans, blusas com uma manga só, tênis, cintos, casacos de couro... Tudo. Lindas as roupas.


– Mônica, eu vou me basear no estilo que você descreveu. Que tal essa blusa roxa quadriculada de manga até o cotovelo? - Perguntou, eu adorei.


– Nossa, é linda. - A coloquei sobre meu corpo, imaginando como ficaria em mim.


– E o quadriculado voltou à moda. Também, com essa febre do "Crepúsculo". - A olhei com cara de interrogação. Marina falou:


– Denise, não começa. - Rimos. Denise cruzou os braços.


– Não saber o que é pink e punk tudo bem. Mas é o "CREPÚSCULO". É uma franquia de livros que e tornou um fenômeno no mundo todo. E depois dizem que a burra sou eu. Não é só de estilo que você precisa Mônica. De informação também. Precisa saber o que acontece nesse mundo. Xô depressão! Sofrer não vai trazer seus pais de volta! - Ela colocou as mão na boca e sussurrou um "desculpinha, eu não queria dizer isso, mas é verdade." Marina gritou:


– DENISEEEE! CALA A BOCA! - Minha cara se fechou.


– Tudo bem, eu tenho que superar mesmo... Está desculpada, Denise. - Ela me abraçou.


– Ai gata, eu posso ser faladeira, mas sou pura de coração, tá? Não fica brava comigo. - Marina bateu em sua própria testa.


Bom, nosso passeio entre "novas amigas" não deu muito certo, mas até que foi divertido. Acho que nunca tinha rido tanto na minha vida.

Compramos algumas roupas com muita dificuldade, um par de tênis e Denise se desculpou me dando uma maquiagem. Bom, eu não uso, mas tudo bem.


Saímos da loja mortas de fome e fomos reto para a praça de alimentação.


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(Autora)


Cebola e Irene estavam lá, sentados, aguardando o seu pedido. Ela o pertubava com suas conversas sem graça e de menina. Falando do vestido novo da loja, que ontem tinha ido ao cinema e tinha estreado um novo filme de romance e o pior, queria ver com ele.


Em uma mesa lá atrás, alguém observava tudo. Também aguardava seu pedido.


Quem será?


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Cascão e Magali resolveram se sentar juntos em um dos bancos da praça. Eram pessoas completamente diferentes mas mesmo assim conseguiam se entender. Colocaram os sentimentos para fora.


E quando acabou a conversa, o amigo sujinho insistiu levá-la para casa.


Nem perceberam que foram de mãos dadas, pareciam um casal.


Ou perceberam. Mas por que o silêncio? Algum motivo especial para quererem estar próximos?


Continua...













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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem o que acharam!
Ah, e eu vou escolher o melhor comentário do capítulo e dedicar à pessoa que o mandou.
Então, caprichem, hein?
Beijos! XoXo



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