Para a maioria, quão pequena é a porção de prazer que basta para fazer a vida agradável!

Friedrich Nietzsche

– Epílogo –

Doze Anos Depois

Doze anos se passaram desde a derrota do Lord das trevas, doze anos se passaram desde que o mundo bruxo voltara a ser reconstruído, doze anos se passaram desde o momento em que todos os bruxos acreditaram em uma nova esperança um novo recomeço.

Os quatro herdeiros, Rony e Hermione foram condecorados por serviços prestados ao mundo bruxo e trouxa no caso, os comensais que trabalharam disfarçados incluindo Lúcio que entrou no último momento foram homenageados pelo mundo bruxo. Mesmo com Hogwarts e algumas cidades destruídas foi mais que prazeroso reconstruir tudo outra vez. Isabella que se entendeu consideravelmente com Simon voltou para sua família na Itália, mas deixou claro que sempre viria à Inglaterra para visitá-los e trazer um presente para Jacob e os bebês que ainda estariam para nascer. O padre Matthew se feriu terrivelmente na perna, ele quase foi esmagado por um gigante, foi tratado em St. Mungus e voltou para a sua igreja em Godric´s Hollow, sempre que podia Agatha o visitava.

Infelizmente alguns comensais conseguiram fugir quando houve a queda de Voldemort, lógico que imediatamente os aurores começaram a perseguição a eles. Kingsley foi nomeado o novo ministro da magia e já fez melhorias junto com Percy que se tornou seu braço direito, Azkaban não possuía mais dementadores e sim guardas bruxos muito bem treinados, ele fez uma vistoria minuciosa no ministério inteiro e demitiu inúmeros bruxos que estavam ao lado de Voldemort e também fez uma inspeção em suas casas a procura de artefatos das trevas. Sua esposa Narcisa como primeira dama, fazia campanhas de donativos para os bruxos órfãos.

Minerva McGonagal se tornou a nova diretora de Hogwarts após a sua reconstrução, mas, agora já estava prestes a se aposentar e Neville Longbottom o atual professor de Herbologia era o mais cotado para substitui-la. Harry, Gina, Draco, Agatha, Rony e Hermione, decidiram que nunca mais se separariam e que seus filhos cresceriam juntos, então ecolheram uma cidade bruxa bem tranqüila para viverem.

Harry trabalhava como auror no ministério da magia e depois se tornou chefe do departamento, Rony também como previsto se tornou auror, Gina era a principal colunista de esportes do Profeta Diário, Hermione trabalhava no Departamento de Execução das Leis da Magia, Agatha atingiu o nível que sempre quis e começou a trabalhar no hospital St. Mungus onde era Medibruxa, Draco entrou para o departamento de Cooperação Internacional em Magia, como David saiu da área para cuidar da empresa da família, pois, Rebecca falecera, Draco aceitou o substituir pelo pedido do Sr. Ridgeway que precisava de alguém confiável e que falasse várias línguas.

Após a reconstrução de Hogwarts, todos fizeram uma homenagem a todos os mortos na guerra.

- Papai. – disse em voz baixa o garoto de olhos verdes e cabelos negros – O senhor comprou?

- Comprei. – disse Harry no mesmo tom de voz – Por que estamos cochichando Alvo?

- Não quero que o Tiago ouça. – explicou Alvo pegando um embrulho das mãos do pai – Tem certeza que é o certo?

- Claro. – afirmou Harry – Kendra tem o mesmo gosto que a sua madrinha Agatha, não tem como errar.

- Ótimo. – disse Alvo satisfeito.

- O aniversário da Kendra já passou. – disse Harry desconfiado – Por que quer dar os bombons a ela?

- Ora papai. – disse Alvo corando – Ela é minha melhor amiga, ela está nervosa com o fato de ir para Hogwarts hoje, é só para deixá-la mais calma.

- Sei. – disse Harry, eles estavam na sala de estar enquanto Gina gritava com Tiago por ainda não ter feito as malas – Por que não comprou para Rose também?

- Rose está sossegada. – explicou Alvo indiferente – Quero dizer, ela já sabe de tantas coisas sem ao menos ter entrado em Hogwarts.

- Ela tem a quem puxar. – disse Harry sorrindo se lembrando de Hermione.

Alvo o seu filho do meio, foi o único que havia herdado os olhos de Harry, embora ele ainda tivesse onze anos ele já era maduro para a sua idade, diferente de Tiago o mais velho, que não podia ser deixado sozinho um minuto ou a casa iria a baixo, já Lílian a sua princesinha têm exatamente tudo de Gina o que fazia Harry a amar mais.

- Kendra quer ir para Sonserina. – disse Alvo de repente, ele parecia deprimido – Eu não quero ir para a Sonserina, mas também não quero me separar dela.

- Alvo. – começou Harry se abaixando para ficar da altura do garoto de onze anos – Você possui o nome de dois grandes diretores de Hogwarts e um deles era a pessoa mais corajosa que eu já conheci e foi da Sonserina. Não importa para que casa você vai, desde que você faça a diferença nela.

O garoto assentiu um pouco mais animado.

- Papai, papai. – veio correndo uma garotinha ruiva de olhos castanhos para o colo de Harry – Mamãe está gritando feito louca.

- Lilian, não chame a sua mãe de louca. – disse Harry em voz baixa – Embora ela pareça um pouco louca agora, ela não é.

- Eu ouvi bem Harry Potter. – disse uma Gina irritada na entrada da sala – Eu pedi há uma semana pra ele arrumar as malas e o que ele faz? Deixa pra última hora.

- Calma Gina. – disse Harry andando até ela e lhe dando um beijo na testa – Temos muito tempo ainda.

- Já são dez horas. – disse Gina simplesmente.

- Tiago. – gritou Harry subindo escada acima – Estamos atrasados.

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- Vou sentir saudade minha princesa. – dizia Hermione a filha ruiva de olhos azuis enquanto penteava seus cabelos – Não esqueça de me escrever todos os dias.

- Não se preocupe mamãe. – disse Rose sorridente – Estou levando pergaminho a mais exatamente para isso.

- Tenho certeza que dará tudo certo. – disse Hermione fungando.

- Wow! Mamãe. – disse Rose em alerta – Viu meu exemplar de Hogwarts uma história?

- Eu coloquei na sua mala. – disse Hermione apontando para uma mala a um canto.

- Ok. – disse Rose aliviada – Quero mostrar outra coisa ao Alvo, a Kendra e ao Scorpius, ao Scorpius se ele se comportar, ele fica implicando comigo mamãe.

- Não dê atenção a ele. – disse Hermione se lembrando de como Draco implicava com ela na escola.

- Kendra jogou o livro em mim quando eu mostrei as fotos dos herdeiros dos elementais. – disse Rose – Eu não entendi por que ela jogou o livro em mim.

Hermione riu internamente, Rose podia ser muito inteligente como Hermione, mas era desligada como Rony. Kendra sua afilhada puxou muito ao gênio de Draco e vira e mexe Rose e ela discutiam, lembrava muito Rony e Draco na época de escola. Já Hugo seu filho caçula, conseguia facilmente se dar bem com todos, até mesmo com o gênio forte dos pequenos Malfoys.

- Quem está preparado para ir a Hogwarts? – perguntou Rony alegre entrando no quarto de Rose, seguido por Hugo que era ruivo de olhos castanhos – O carro já está ligado.

- Já estamos indo. – respondeu Hermione, enquanto Rony saia do quarto.

- Mamãe não diz que papai vai dirigir? – disse Rose agoniada.

- Ele melhorou bastante. – disse Hermione pensativa –          Quer saber? Vou ficar com a varinha em punho.

As duas riram e saíram do quarto.

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- Jake! – gritou a voz de Agatha da cozinha – Diga para seus irmãos se apressarem.

- A gente podia deixá-los aqui. – disse Jacob entrando na cozinha e pegando uma maçã, ele tinha os cabelos negros e os olhos cinza. – Que foi? – perguntou ele ao olhar reprovador da mãe.

- Mamãe. – disse a garota loira de olhos verdes entrando na cozinha com dois sapatos diferente nas mãos. – Só vou perguntar uma vez. Qual dos dois é mais bonito.

Agatha sabia como lidar com isso, sempre que ela escolhia um Kendra usava o outro, então como Agatha gostou do rosa ela respondeu:

- O azul.

- Ótimo. – disse Kendra decidida – Vou usar o rosa.

- Louca. – disse Jacob pra ele mesmo.

- Bom dia mamãe. – disse um loiro de olhos cinza entrando na cozinha e dando um beijo em Agatha – Já estou pronto. – disse olhando em seu próprio relógio.

- Que bom. – disse Agatha girando os olhos por causa da mesma mania de pontualidade que Draco tinha – Seu pai deve chegar a qualquer momento.

- Jake. – disse Kendra agora com dois vestidos nas mãos – O branco ou o rosa?

- O rosa. – respondeu Jacob sem pensar muito, ele já conhecia sua irmã o suficiente para saber que sua opinião não valia de nada.

- Perfeito. – disse Kendra satisfeita – Usarei o branco.

- Para qual casa você quer ir Scorp? – perguntou Jake apoiado no balcão da cozinha.

- Tanto faz. – respondeu Scorpius desinteressado – Em qualquer uma que eu for, terei de estudar de qualquer maneira.

- Corvinal é uma excelente casa. – disse Jacob orgulhoso – Mas não acredito que você iria pra ela, você nunca focou muito nos estudos.

- Tanto faz. – disse Scorpius comendo uma torrada.

- Scorp. – disse Kendra com duas bolsas de mão – A branca ou a estampada?

- Usa a estampada. – disse Scopius – O desenho dela combina com a sua tiara de cabelo com o laço rosa bebê.

- Boa idéia. – disse Kendra saindo alegre da cozinha.

Jacob encarou Scorpius indignado.

- Somos gêmeos. – disse Scorpius dando de ombros.

Agatha sorriu, seus filhos puxaram muito ao Draco, Jacob andava sempre sério e às vezes com um sorriso debochado nos lábios, Kendra era a mais parecida em gênio e aparência, a única coisa que ela tinha herdado de Agatha foram os olhos e Scorpion, embora ele fosse Draco Malfoy por inteiro, ele era o único que havia pegado um pouco do gênio de Agatha.

- Você sabe que nós seremos tachados em Hogwarts não sabe? – perguntou Kendra a Scorpius quando esta voltara à cozinha completamente vestida.

- Por que serão tachados? – perguntou Agatha confusa.

- Ora mamãe. – começou Kendra como se fosse óbvio – Se na escola nós já éramos, já estou ouvindo até as perguntas “Você é filha de dois dos herdeiros dos elementais?” É sempre assim, ai então começam as pressões, “Você tem que se parecer mais com a sua mãe e tal...”

- Kendra querida. – disse Agatha com um sorriso doce – Calma. Eu entendo você, também me comparavam com a minha mãe na escola, e eu me esforçava ao máximo pra dar o meu melhor, quando me escolheram para chefe das líderes de torcida eu achei que não daria conta como a minha mãe fez, mas, eu consegui. Querida, Hogwarts não precisa de mais uma Angeline ou mais uma Agatha, Hogwarts precisa de uma Kendra Malfoy.

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- Eles estão ali! – exclamou Lílian quando chegaram à estação nove e meia, ela apontava freneticamente para a família Weasley e a família Malfoy mais a frente – Por que não viemos todos juntos?

- Por que estávamos atrasados, querida. – disse Gina lançando um olhar de censura a Harry.

- Pensamos que não viriam mais. – disse uma Hermione sorridente.

- Contratempos. – disse Harry coçando a cabeça – Estão empolgados com o primeiro ano em Hogwarts?

- Demais. – uma Rose empolgada tomou a frente – Me preparei a semana toda. Imagina só Kendra – disse Rose agora falando com a loira – Se cairmos na mesma casa, podemos conversar até tarde, estudar e almoçar juntas, seremos melhores amigas para sempre...

- Mamãe. – chamou Kendra baixinho somente para que Agatha escutasse – Se eu cair na mesma casa que ela, me transfere para a Beauxbatons?

- Kendra! – disse Agatha indignada – É óbvio que não! E não adianta pedir para o seu pai.

Não adiantava mesmo, embora o amor de Draco por Kendra fosse incondicional, ele era apaixonado por Rose que era sua afilhada.

- Vem cá. – disse Alvo puxando Kendra pela mão a afastando de todos, Rose continuava a falar sem perceber que eles se afastaram – Tenho uma coisa pra você.

- O que é? – perguntou Kendra interessada.

Alvo tirou a caixa de bombons de dentro das vestes e entregou a Kendra.

- Você é um fofo Sev. – disse Kendra guardando a caixa na bolsa de mão – Não precisava.

- Você tava meio estressada em ir para Hogwarts. – disse Alvo dando de ombros – Achei que te deixaria mais animada.

- Não é Hogwarts que me deixa estressada. – disse Kendra girando os olhos – É ela. – disse apontando para Rose que continuava a falar.

- ...  e depois quando finalmente pudermos ir a Hogsmeade nos finais de semana...

- Hei ruiva. – disse Scorpius com um sorriso torto – Minha irmã já saiu daqui faz tempo.

Rose olhou em volta e viu Kendra um pouco afastada conversando com Alvo, e seus pais também já haviam deixado de prestar atenção nela e agora conversavam animadamente mais adiante.

- Eu sabia. – disse Rose aborrecida – Mas Jake ainda estava me ouvindo, não é Jake? – perguntou esperançosa olhando para Jacob que estava encostado em uma pilastra fitando o céu despreocupadamente.

- Você falou comigo Rose? – perguntou Jacob bocejando.

- É, eu acho que não. – disse Scorpius dando um sorriso de lado para Rose e se juntando a Kendra e Alvo.

“Garoto insuportável” – pensou Rose enquanto Scorpius se afastava.

- Com licença Rose, com licença. – pediu Tiago apressado, querendo chamar a atenção de todos, seus cabelos eram escuros e seus olhos castanhos – Vocês não sabem o que eu acabei de ver.

- O que? – perguntou Gina.

- Teddy, estava se despedindo de Victoire. – disse Tiago animado – Eles estavam se beijando.

- Espero que você não tenha atrapalhado. – disse Gina sorrindo – Rony tinha essa mania chata.

- ... e ele disse que estava aqui para vê-la partir! E daí ele me mandou embora. Ele a estava beijando! – completou Tiago, achando que não havia sido claro o bastante.

- Seria lindo se eles se casassem. – disse Lílian sonhadora.

- Acho melhor vocês se apressarem agora. – disse Rony quando ouviu o sinal de pertida do trêm.

Eles se despediram rapidamente enquanto viam seus filhos fazendo fila para embarcar no expresso de Hogwarts.

- Sabe querida. – disse Draco colocando o braço em volta dos ombros de Agatha – Como a gente já se livrou dos pirralhos...

- Draco!

- Quero dizer. – corrigiu Draco – Como a gente já embarcou os nossos filhos, podiamos ter finalmente a nossa primeira lua de mel. O que acha?

- Seria ótimo. – disse Agatha animada – Mas não pode demorar muito, sabe que eu tenho que voltar para o hospital.

- Eu sei. – disse Draco girando os olhos – Pelo menos quinze dias.

- Ok. – disse Agatha e eles se beijaram.

Os outros sorriram, Harry se recordou de tudo o que haviam passado desde o momento que Draco e Agatha resolveram se unir a Voldemort, dezenove anos, contando a partir daquela data se passaram e finalmente parecia que tinham se realizado. Harry inconcientemente tocou em sua cicatriz em forma de raio, desde a morte de Voldemort, ela não o incomodava mais. Tudo estava bem.

“Preparado para mais um ano Jake?” – perguntou Tiago em sua mente, enquanto entravam no trêm.

“Eu nasci pronto Tiago” – respondeu Jake com um sorriso torto – “Mas não pense que eu vou continuar te passando as respostas das matérias”

“Assim você estraga os sonhos que os meus pais tiveram pra mim”

“Vai se acostumando”.

“Mas Jake...” – insistiu Tiago.

“Não!”.

Fim?

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Vão para a próxima página. ♥