Herdeiros Dos Elementais - A Guerra escrita por JessyFerr


Capítulo 2
Capítulo 2 Uma Nova Pessoa


Notas iniciais do capítulo

Nossa estou muito feliz com os reviews que vcs deixaram, foram muito fofos. Eu gostaria de agradecer a indicação que a Aly deixou em "Transiição" valeu flor, eu amei as suas palavras.
Eu dei muita risada com o espanto de vários leitores por ter se passado sete anos, calma gente eu não fiquei louca, vcs vão entender por que fiz isso.
Bjos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/199152/chapter/2

Os ideais que iluminaram o meu caminho são a bondade, a beleza e a verdade.

Albert Einstein

– Capítulo Dois –

Uma Nova Pessoa

Sete anos depois.

_______

Na pequena igreja de uma vila pacata chamada Godric´s Hollow, um pequeno momento de oração acontecia entre os fiéis. O padre dera um breve sermão sobre a importância da oração e todos já iam se despedindo uns dos outros.

- Está vendo ali Catarina. – disse uma das antigas fiéis olhando para fora da igreja – Aquela mulher está ali de novo.

- Por que será que ela não entra Judith? – perguntou Catarina curiosa – E aquelas roupas cruzes.

- Aconteceu alguma coisa minhas filhas? – perguntou o padre se aproximando, era irônico ele chamá-las de filhas, pois, elas tinham idade suficiente de serem avós dele.

- É que aquela mulher nunca entra para participar da missa. – explicou Judith – Estamos curiosas.

- Por que não vão pra casa e rezem pela moça? – perguntou o padre amigavelmente – Eu falo com ela, vai ver é tímida.

Enquanto as duas devotas saiam da igreja encarando a mulher em frente, o padre se aproximou dela. A mulher vestia roupas escuras e uma longa capa lhe cobrindo a cabeça e parte do rosto.

- Boa tarde. – disse o padre sorrindo – Por que não entra? Vamos conversar um pouco.

- Se eu entrar, não vai me acontecer nada de ruim? – perguntou a mulher por debaixo da capa.

- Por que aconteceria? – perguntou o padre confuso.

- Por que talvez eu esteja, como vocês dizem, cheia de pecados.

- Então aqui é o lugar certo. – disse o padre amigavelmente – Vamos, me acompanhe.

A mulher o acompanhou lentamente e eles se sentaram em um dos bancos. A mulher ficou um bom tempo, observando a igreja por dentro, era diferente de tudo que ela já tinha visto antes, mas, trazia a ela uma paz que ela nunca havia sentido.

- Nunca foi a uma igreja antes? – perguntou o padre amavelmente.

- Não que eu me lembre. – respondeu a mulher fria, ela encarou o padre por debaixo da capa, ele tinha um sorriso tão doce e amigável, seu rosto resplandecia serenidade.

- Por que sempre vem aqui?

- Eu vejo essas pessoas tão felizes aqui. – explicou a mulher com um tom amargurado na voz – Eu queria saber por que são tão alegres.

- A senhorita não é feliz?

- Senhora.

- Desculpe. – pediu o padre – É que é tão jovem para ser casada.

- E o senhor é bonito demais para ser padre.

- Obrigado minha jovem, mas nós somos imagem e semelhança de Deus, então todos somos belos. – disse o padre sorrindo – Então a senhora não é feliz?

- Não. – respondeu a mulher amarga – Há muito tempo, bem na verdade minha alegria recente foi o meu filho.

- Que maravilha!

- Sim. Vai fazer um ano. – disse ela com um pouco mais de ânimo na voz – É a cara do pai.

- E o seu marido faz o que? – perguntou o padre curioso.

- Ele é... militar. – disse a mulher vicilante.

- Uma profissão honrada. – disse ele – E a senhora trabalha?

- Eu sou... médica. – disse a mulher hesitante – Essa é a minha maior angustia.

- Mas é uma profissão tão bonita. – disse o padre confuso.

- É que eu não sei se faço certo em exercer essa profissão. – explicou ela – Eu atendo pessoas más, pessoas muito ruins, assassinos. E eu tenho pensamentos estranhos referente a eles, eu penso que deveria deixá-los morrer, já que fizeram tanto mal. Estou errada em pensar assim padre?

- Sim. – disse o padre espantado – Você deve cuidar deles mesmo assim.

- Eu nunca tive pensamentos assim antes. – disse a mulher angustiada – Eu fico feliz em vê-los sofrer de dor, isso me diverte, pela criação que tive, sentir essas coisas não é normal... não é bom.

- Se você se sente tão mal em relação a eles por que não pede para mudá-la de setor no hospital?

- Eu não trabalho em um hospital específico. – explicou ela – Isso é complicado de dizer.

- Se quiser pode dizer em segredo de confissão.

- Como?

- Está vendo aquela cabine ali. – disse o padre mostrando o confessionário – Tudo o que me disser ali, ficara entre Deus, você e eu.

- Não. Eu prefiro assim. – disse a mulher respirando fundo – Eu sou de confiança do... chefe, só posso atender os favoritos dele ou até ele mesmo, mais ninguém.

- Eu acho que seria loucura da minha parte se eu dissesse que a senhora trabalha para algum tipo de seita? – perguntou o padre olhando para um pouco de pele exposta no braço da mulher, ele viu de relance uma tatuagem.

- É exatamente uma seita. – disse ela – Eles matam pessoas que não são iguais a eles, mas, quando se machucam, eu cuido deles. Quero dizer, dos favoritos do chefe.

- Entendo, por isso está infeliz, não concorda com essas atitudes. – disse o padre deprimido – Por que não vai embora? Fuja de lá?

- Não posso, seria ruim. – disse a mulher com um sorriso torto.

- Eu queria saber o que fazem em uma seita? – perguntou o padre como se para ele mesmo.

- Eu queria saber o que os padres usam por debaixo das roupas.

- Como?

- Nada. – disse ela rapidamente – São só os meus pensamentos estranhos outra vez, eu acho que virei uma pervertida... me desculpe dizer essa palavra aqui. Eu te ofendi?

- Não se preocupe, minha filha. – disse o padre calmamente.

- É estranho você me chamar de filha. – disse a mulher irônica – Provavelmente temos quase a mesma idade. Você se sentiria atraído por mim padre...? Ah me desculpe de novo. Eu devo chamá-lo de senhor?

- Como preferir. – respondeu o padre a avaliando – Talvez dá próxima vez você pudesse participar da missa.

- Talvez. – respondeu ela se levantando – Eu só precisava conversar com alguém de fora. Alguém em quem pudesse confiar.

- Agora sabe que estou sempre aqui para aconselhá-la se quiser. – disse o padre sereno.

- Obrigada. – disse a mulher se encaminhado para a saida – Eu volterei com certeza.

- Espere. – disse o padre rapidamente – Que educação a minha. Eu sou o padre Matthew, qual o seu nome para colocá-la em minhas orações?

A mulher abaixou o capuz para encarar o padre, seus cabelos negros e brilhantes estavam presos em um grosso rabo de cavalo, alguns fios teimavam em cair em seu rosto, as pontas dos seus cabelos eram loiras, seus olhos verdes estavam contornados com uma maquiagem escura e em seus lábios havia um batom vermelho que realçava mais a sua pele branca.

- Agatha – respondeu ela com um sorriso torto – Agatha Malfoy.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Diz que sim. ♥