Quem Tem Medo Da Flor De Cerejeira? escrita por Luangel


Capítulo 17
Caos... Part. 2


Notas iniciais do capítulo

Oiê! Como vão vocês, meus queridos? Pessoal, peço minhas humildes desculpas, é que é ultimo bimestre, ou seja, provas e mais provas, além de alguns dilemas adolescentes ><, enfim, espero que gostem do capítulo, acho q poderia ter sido o melhor, mas tá ai!^^



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                —Seu inimigo sou eu rosadinha, não se distraia por causa de meu mestre...

Sakura Haruno:

                Não sabia há quanto tempo eu estava ali lutando, mas aquilo já estava começando a me deixar cansada e cada vez mais impaciente. Agora o quarto ao nosso redor estava completamente destruído, o carpete que cobria o chão estava sujo de poeira e fuligem das paredes que havíamos derrubado enquanto eu e Byakuya lutávamos. A cama e o dossel onde a Princesa Ichigo estava antes, agora se encontra completamente destruído. O pó daquela destruição infelizmente ainda flutuava no ar, reduzindo meu campo de visão. De súbito a poeira ao meu redor começou a girar em torno de mim como se eu estivesse dentro de um furacão.

                Para me proteger daquelas fagulhas de madeira, vidro e poeira, eu coloquei meus braços na frente de meu rosto, e fui forçada a fechar meus olhos para protegê-los, e esse talvez tenha sido meu erro... De súbito, o mini furacão parou tão rápido da mesma forma como surgiu. Abri meus olhos lentamente e uma luz forte me cegou, mas... No quarto onde eu estava era repleto de escuridão... Onde. Eu. Estou? Curiosa e preocupada eu abri meus olhos mais uma vez e após eles se acostumarem com a luminosidade, pude perceber espantada, o local onde eu estava. O lugar era bem diferente do quarto de poucos segundos atrás, eu estava em um outro ambiente, parecia outro planeta!

                A grama azul tremulava com um vento inexistente e o céu possuía um inexplicável tom de roxo, as estrelas douradas cintilavam alegremente ao lado da lua e o sol que decoravam o firmamento. Que lu...

                —Que lugar é esse?—Perguntou uma voz feminina atrás de mim, transbordando de deboche e curiosidade. —Você deve estar se perguntando isso agora...

Virei-me surpresa e em posição de defesa, me deparando com uma centenária e mediana cerejeira que sozinha, encantava aquele cenário bizarro, mas o que me chamou atenção foi quem estava sentado em um dos grossos galhos da arvore, Byakuya parecia tranqüilo e pouco interessado em mim, o que eu me perturbava e muito!

                Ele desviou seu olhar arrogante de mim e estendeu a mão para pegar uma cereja e mesmo elas não sendo comestíveis, ele a engoliu, fechando os olhos e saboreando o delicioso sabor que a fruta aparentemente parecia ter, nada daquilo me surpreendia mais, afinal naquele cenário nada fazia o menor sentido. Estreitei meu olhar sobre o garoto quando esse olhou para mim novamente.

                —Sabe onde está?

                —Se soubesse já teria respondido. —Retruquei e o moreno sorriu e estreitou também o seu olhar sobre mim.

                —Esse é o meu mundo!—Exclamou o youkai abrindo os olhos, como uma criança feliz.

                Aproveitando a distração do meu inimigo, eu investi contra a árvore, socando-a com toda a minha força, os troncos chacoalharam bruscamente, derrubando várias delicadas pétalas vermelhas de flores de cerejeiras, mas incrivelmente a arvore se manteve intacta como há poucos instantes. Os olhos dele se tornaram frios e sem brilho, ele estava realmente irritado.

                —Se quer guerra, é o que terá. —Falou Byakuya, sua face expressava uma cólera contida pela diversão de antes.

De súbito, o cenário ao meu redor mudou subitamente, o céu antes azul, ficou subitamente vermelho e as estrelas brilhavam fortemente, me deixando cega com sua luminosidade, a grama tornou-se preta e seus movimentos contra meus pés, me davam a desconfortável impressão de que estava sendo amarrada por elas.

                Antes que eu percebesse, as raízes da centenária cerejeira irromperam da terra em um estrondo assombroso e agarraram minhas pernas com uma velocidade sobrenatural, me mantendo de cabeça para baixo. De dentro de meu bolso eu tirei uma kunai e tentei cortar as raízes que me seguravam com firmeza, mas quando a kunai encontrou a raízes, o contrário aconteceu e a kunai se quebrou em minhas mãos, me deixando perplexa e resultando em uma gargalhada histérica do moreno.

                —Ninguém vence Byakuya, o rei das ilusões!—Gritou o garoto como um lunático e na hora essas palavras se imprensaram em minha mente.

                Senti algo subindo por minha perna e quando eu olhei, vi uma serpente se rastejando por meu corpo, meus olhos se arregalaram pelo medo e surpresa pelo animal que nunca havia visto na minha vida e que agora sibilava ferozmente, exibindo suas presas regadas a um veneno certamente fatal... Tentei manter a calma, tentei respirar fundo, tentei ignorar a minha cabeça latejando pelo sangue que ia para minha cabeça por causa do ferimento, tentei esquecer o som da risada diabólica de meu inimigo e tentei eliminar a agonia crescente de ter uma serpente subindo em minha perna. Juntei minhas mãos e juntando toda a concentração possível, eu gritei:

                —Kai!

                De repente tudo parou... Minha cabeça já não latejava mais, a serpente parecia ter largado de minha perna e a risada de Byakuya foi substituída por um silêncio absoluto, que eu não sabia se era bom ou ruim... Abri meus olhos e me surpreendi em estar de pé e de volta ao quarto de antes. Então... Aquilo havia sido um genjutsu... Ufa! Respirei profundamente enquanto gotas de suor escorriam por minha face, tentava em vão controlar a minha respiração, medo e controle de meu corpo e mente. Como eu não havia percebido que aquilo era uma ilusão?! Foco Sakura, foco! Por pouco e você estaria morta, me repreendi severamente, encarando o meu oponente que apesar de sério, não parecia nem um pouco surpreso pela minha proeza de cancelar sua ilusão.

                —Sakura, Sakura, vejo que não é tão inexperiente quanto eu pensava... —Comentou ele parecendo um pouco indiferente, como se aquilo não fosse um elogio e sim apenas um fato real como se falasse: o céu é azul, não como eu pensava. —Eu te subestimei, mas você ainda tem muito que aprender, você ainda é bem desatenta. —Respondeu exibindo um sorriso perverso, o que me assustou um pouco.

                —O que quer dizer?—Murmurei, tentando entender o que ele havia dito para mim aquilo não fazia o menor sentido!

                —O que eu quero dizer rosadinha maldita é que eu sou rei das ilusões e uma ninja de quinta categoria como você nunca vai conseguir me derrotar! Você acha que só desfazendo um genjustsu é poderosa?! Genjustu é uma das minhas artimanhas mais simples, querida! Você é tão burra —Disse enfatizando a palavra de forma cruel. — que até agora não percebeu que esta casa é envolvida em uma ilusão poderosa, meu bem! Tudo pode desabar ao meu comando... —Sussurrou se aproximando de mim, mas eu recuei cautelosamente. E como para provar suas palavras, o prédio tremeu mesmo que pouco. —E suas amigas vadiazinhas vão morrer pela sua arrogância, criança idiota!

                De súbito, o meu estômago se contraiu violentamente e meus olhos se arregalaram pelo medo que tomou meu corpo e mente. Imagens dessa longa noite tomaram espaço em minha mente, lembrei-me das garotas que desejavam morrer a viver mais um dia nesse inferno, lembrei-me do sorriso de esperança que minha companheira me deu quando a incentivei a fugir, parecia que uma fagulha de vida havia voltado para ela, e eu... Eu não me perdoaria nunca se soubesse que ela e as outras garotas haviam morrido... Eu precioso saber o nome dela, quero me tornar amiga dela e quero vê-la sorrir e viver intensamente longe daqui. Antes que eu me desse por mim, eu corria para longe de Byakyua que agora gargalhava de minha infantilidade, mas eu precisava avisar ás garotas sobre o real perigo que corriam, deveriam fugir o mais rápido possível!

                Eu saltava degraus, minhas pernas reclamavam e eu quase conseguia ouvir o som do sangue pulsando em minhas veias. A sombra tremulante do moreno se aproximava perigosamente de mim, enfiei a mão em minha bolsa e tirei uma bomba de luz, aquilo bem que veio a calhar! Sem hesitar a joguei para trás e apertei ainda mais meus passos, e fiquei satisfeita ao ouvi-lo praguejar e reclamar algo sobre “luz maldita”. Quase não acreditei quando avistei o salão das gaiolas onde eu estava antes, e felizmente no chão havia várias garotas que mesmo feridas tentavam ao máximo se manter despertas e a cada par de olhos, eu via uma esperança renovada, o que me dava forças para continuar.

                De súbito, a morena de antes apareceu na minha frente com um belo sorriso. Logo a princesa Ichigo se aproximou chorando e sorrindo ao mesmo tempo e me abraçou com força e eu fiquei feliz por ela estar bem.

                —Sakura que bom que voltou! Falta apenas você e agora finalmente poderemos fugir desse lugar desprezível!—Exclamou a morena de antes.

                —Ownnn que cena mais linda!—Exclamou uma voz masculina surgindo da escuridão, batendo palmas ceticamente. —Pena que ninguém vai sobreviver para contar lá fora... —Byakuya fingiu secar uma lágrima inexistente.

                O silencio e ódio lutavam pelo espaço, que parecia ficar cada vez com o clima cada vez mais pesado.

—Fujam. —Sussurrei para que só a minha mais nova companheira ouvisse.

—Para onde iremos?

—Desde que seja longe daqui!—Sussurrei, trincando os dentes. —Eu seguro ele.

—Não vou fugir sem você!—Retrucou Ichigo segurando a minha mão com firmeza.

Eu sorri e ela pareceu se surpreender com um sorriso tão inesperado e deslocado na situação em que nos encontrávamos. Sem dizer nada eu soquei a parede mais próxima o que eu abalei a estrutura do prédio, mas fez um buraco grande para que todas passassem e fugissem para suas liberdades roubadas.

—Fujam!—Gritei e poucos segundos depois, as prisioneiras corriam para o horizonte que agora já exibia um tímido amanhecer.

As ultimas a saírem foi Ichigo e a morena que praticamente teve que arrastar a princesa consigo.

                Eu e Byakuya fitávamos um ao outro com fúria recíproca, enquanto acima de nós, as decrépitas gaiolas balançavam em uma sinfonia irritante e metálica.

—Sinceramente Sakura... Eu não queria matar você, mas a senhorita já deu muito trabalho para mim e para meu mestre... —Respondeu desembainhando sua katana.

Peguei fios de aço e me preparei para que chegasse a hora exata para que eu pudesse matá-lo logo de uma vez! Longos minutos se sucederam até que quando ele sorriu debochadamente, eu vi a minha brecha e lancei os fios de aço contra meu oponente que pareceu se surpreender com minha ação.

—Mas o quê?... —Antes que ele terminasse a frase eu puxei as cordas, seria uma morte rápida apesar de um pouco dolorosa, “seria” se o maldito não tivesse se dissolvido em uma espécie de fumaça cor de rosa e desaparecido.

De súbito eu senti algo bater contra a minha nuca e com o impacto eu caí de joelhos para frente.

—Bú! Atrás de você!—Debochou o moreno com um sorriso vingativo nos lábios.

—Co...varde... —Balbuciei tentando ignorar a dor em minha cabeça.

—Morra, ninja maldita!—Exclamou Byakuya enfiando sua espada em minha barriga com força e a afundou cada vez mais, enquanto eu lutava para não gritar de dor.

De súbito, seus olhos vingativos e arrogantes se tornaram confusos, era como se ele entrasse em um transe ou como se alguém conversasse com ele e eu não ouvisse, era bem bizarro.

                 —Mudança de planos boneca, infelizmente não é hoje que vou te matar...Mas vou te deixar uma lembrancinha carinhosa.

Do cabo da katana, um spectro azulado dançou na lâmina até chegar dentro do meu corpo onde a lâmina se encontrava, e eu sem forças nenhuma não pude fazer nada a não ser ver Byakuya rir da minha dor que parecia corroer-me por dentro, como se algo vivo tomasse conta do meu ser de dentro para fora...


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews? Recomendações? Pedradas?
:*